As crianças de
Arapongas em situação de risco e que estão afastadas temporariamente do
convívio familiar por decisão do Poder Judiciário passaram a contar com um
espaço muito melhor adequado. Foi inaugurado na tarde desta terça--feira (18) o
Abrigo Institucional Casa Lar Criança Feliz, localizado no Jardim Caravelle. “O
bem-estar das crianças e as condições de trabalho da equipe eram nossa
prioridade e isso foi plenamente alcançado com esta obra, por isso a nossa
gratidão a todos que participaram”, afirmou a secretária da Assistência Social
e presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
(CMDCA), Ismailda Ferreira de Lima da Silva.
A
Casa Lar atende crianças e jovens de 0 a 18 anos incompletos. A capacidade de
atendimento é de 20 crianças e adolescentes, sendo que atualmente estão sendo
atendidas oito crianças. A obra compreendeu a reforma do prédio como um todo
(parte elétrica, hidráulica, sanitários, salas, pintura etc) e também
ampliação: garagem coberta, almoxarifado, banheiro adaptado para pessoa com
deficiência, entre outras melhorias. Na parte de equipamentos, foi feita a
instalação das câmeras de segurança nas áreas interna e externa, aquisição de
brinquedos para novo parquinho e móveis e eletrodomésticos. No total, foram
investidos R$ 169 mil, recursos do Fundo Municipal para a Infância e a
Adolescência, conforme aprovação do CMDCA.
O
prefeito Sérgio Onofre destacou o empenho da equipe, hoje formada 13
servidores, entre coordenadora, assistente social, psicóloga, cuidadoras,
auxiliares e motorista. “Estou vendo o brilho nos das cuidadoras porque vão
poder passar o Natal com as crianças em casa nova. Mais importante que a casa
são vocês, pois para fazer o que vocês fazem é preciso ter um dom”, ressaltou o
prefeito. Ele também citou outras obras entregues pela administração, como as
três unidades do projeto Meu Campinho, como forma de tirar as crianças da rua.
O
promotor da Infância e Juventude, Marcos Pesenti, lembrou que o acolhimento
institucional é uma das medidas mais extremas que se pode tomar, pois tira a
criança do seu convívio familiar. “Por isso tem que ser o mais breve possível.
Daí a importância de um espaço como esse para que a criança não sinta tanto a
ausência dos pais e da família, com um serviço de qualidade que ajude a criança
a superar a situação de vulnerabilidade a que está exposta”, argumentou o
promotor. A juíza da Vara da Infância, Juventude e Família, Tatiane Garcia
Silvério, foi representada por Priscila Buzatto. O evento também contou com a
presença de vereadores, secretários municipais, representantes da OAB, do Sima,
do Sindicato do Comércio e do Procon, entre outras entidades.