quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

PT cobra da PGR e da PF apuração de vazamentos que beneficiaram Bolsonaro


Um grupo de 14 deputados da bancada do PT entrou com representações na PGR, Conselho Nacional do Ministério Público e Corregedoria da Polícia Federal cobrando investigações sobre vazamentos antes da operação Furna da Onça, beneficiando tanto o presidente eleito, Jair Bolsonaro, como o seu filho Flávio Bolsonaro; Ministério Público pediu uma série de ações contra deputados e funcionários da Alerj, mas nada em relação a Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz e sua filha Nathalia
Do PT na Câmara - Um grupo de parlamentares da Bancada do PT na Câmara ingressou na terça-feira (11) com representações na Procuradoria-Geral da República, Conselho Nacional do Ministério Público e na Corregedoria da Polícia Federal para que sejam abertas imediatamente investigações sobre vazamentos antes da deflagração da Operação Furna da Onça, beneficiando tanto o presidente eleito, Jair Bolsonaro, como o seu filho Flávio Bolsonaro, deputado estadual (PSL-RJ) e senador eleito.
Os parlamentares pedem a apuração dos responsáveis pelo vazamento, com afastamento das atividades funcionais e, se for o caso, adoção de medidas administrativas e penais cabíveis. Eles alegam que um possível vazamento de informação permitiu ao ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, não ser preso durante a Operação Furna da Onça, da Lava Jato no Rio de Janeiro, deflagrada no dia 8 de novembro. Durante a operação foram presos 10 deputados estaduais e várias outras pessoas acusadas de envolvimento em um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e loteamento de cargos públicos, além de mão de obra terceirizada no Governo do Estado do Rio de Janeiro
O ex-assessor de Bolsonaro é acusado de movimentar R$ 1,2 milhão, embora seu salário fosse incompatível com tal montante. Ele também destinou um cheque de R$ 24 mil à futura primeira-dama Michele Bolsonaro. Fabrício Queiroz pediu demissão do gabinete do filho de Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro no dia 15 de outubro.
Curiosamente, 24 horas depois, no dia 16 de outubro, o Ministério Público Federal solicitou ao juiz do caso, Marcelo Bretas, a deflagração da operação e a autorização para as prisões e os mandados de busca e apreensão. A Justiça autorizou a ação no dia 25. Por causa do período eleitoral, que proíbe prisões, ela foi realizada no dia 8 de novembro.
Outro fato que chama a atenção, segundo os parlamentares do PT, é que a filha de Fabrício Queiroz, Nathalia Melo de Queiroz, pediu demissão também no dia 15 de outubro. Inicialmente, ela era funcionária de Flávio Bolsonaro na Alerj, mas depois se transferiu para o gabinete de Jair Bolsonaro, na Câmara dos Deputados. Tanto ela como o pai participaram ativamente de movimentação financeira suspeita, conforme mostra relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Na representação ao corregedor do CNMP, Orlando Rochadel Moreira, os deputados do PT afirmam que as circunstâncias indicam que 'alguns dos alvos da investigação, bem como beneficiários do esquema criminoso, tiveram tempo e condições de atuarem no sentido de frustrar a ação policial/penal". É o que mostram as medidas adotadas pela família Bolsonaro em relação a seus assessores, justamente uma semana depois do primeiro turno das eleições, apontam os petistas.
O Ministério Público pediu uma série de ações contra deputados e funcionários da Alerj, mas nada em relação a Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz e sua filha Nathalia.
Além do líder da Bancada, Paulo Pimenta (RS), assinam as representações a deputada Margarida Salomão (MG) e os deputados Arlindo Chinaglia (SP), Carlos Zarattini (SP), Helder Salomão (ES) Henrique Fontana (RS) João Daniel (SE), Jorge Solla (BA), Marcon (RS), Paulo Teixeira (SP), Paulão (AL), Waldenor Pereira (BA), Ságuas Moraes (MT) e Wadih Damous (RJ).



Mutuários do Solo Sagrado assinam contratos no domingo


Sorteados deverão comparecer no ginásio de esportes “Lagoão”, no período das 8 às 12 horas, munidos dos originais do documento de identidade (RG) e do CPF.
(foto: Profeta)
A assinatura dos contratos das pessoas sorteadas para ocupar as casas do Residencial Solo Sagrado acontecerá no domingo (16/12). Os futuros mutuários deverão comparecer no ginásio de esportes “Lagoão”, no período das 8 às 12 horas, munidos dos originais do documento de identidade (RG) e do CPF.
De acordo com a secretária municipal de Assistência Social, Ana Paula Nazarko, estarão presentes, além da equipe da Prefeitura, funcionários da instituição financeira (Banco do Brasil). “Assinarão os contratos todos os candidatos considerados aptos e que tiveram seus dossiês aprovados pelo banco, após análise contratual”, frisa.
A secretária, no entanto, lembra que existem casos de pessoas sorteadas e que estão em “diligência” contratual ou de documentos. “O banco já informou que nem todos os contratos estarão prontos para domingo, pois alguns estão passando pela chamada diligência”, ressalva.
A secretária observa, porém, que é importante que todos compareçam no Lagoão. “Isso porque o banco ainda não nos passou a relação das pessoas que possuem esse tipo de pendência”, esclarece, acrescentando que quem ainda não fez a vistoria técnica das casas também não está apto a assinar o contrato. “A vistoria é obrigatória e aqueles que ainda não providenciaram devem fazê-la até sexta-feira para poderem assinar o contrato”, reforça.
Desde o sorteio que definiu as 500 famílias que vão ocupar o Residencial Solo Sagrado, realizado no dia 2 de dezembro, a Secretaria da Assistência Social deu início ao chamado “Trabalho Técnico Social”. São medidas que visam concluir o processo de homologação dos contemplados com vistas à inauguração do empreendimento e entrega oficial das moradias, prevista para o dia 21 de dezembro.
Na quarta-feira passada, por exemplo, foi realizado um encontro no auditório Gralha Azul, da Unespar Apucarana, onde foi apresentado o “Manual do Usuário” por engenheiros da Construtora Prestes. Já a vistoria dos imóveis está acontecendo nesta semana, no período de segunda a sexta-feira.


Tribunal de Justiça barra reeleição de presidente da Câmara de Apucarana


Em decisão proferida no início da noite de terça-feira, a Juíza de Direito Substituta em 2º Grau do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), Cristiane Santos Leite, negou liminar em uma ação inominada (incidental) com pedido de liminar impetrada pelo presidente da Câmara de Apucarana, vereador Mauro Bertoli (DEM), junto a uma
ação rescisória que tramita naquele tribunal que trata da elevação do número de cadeiras no Legislativo de 11 para 19. 
Com a ação inominada, Bertoli queria uma segurança jurídica de que a reeleição da mesa executiva da Câmara estaria garantida na ação rescisória independente do questionamento sobre o número de vereadores. Com a negativa da juíza, Bertoli está impedido de concorrer à reeleição de presidente no pleito para escolha da nova mesa executiva da Câmara marcado para a próxima segunda-feira (dia 17)
A ação rescisória que pede suspensão de decisão de primeira instância que anulou as duas sessões do Legislativo que aumentaram o número de vereadores na Câmara primeiro para 19, em 2012, e para 15, em 2015, foi movida no final de 2016 pelos ex-vereadores Vladimir José da Silva (PDT), Gilberto Cordeiro de Lima (PMN) e Antônio Ananias (PSDB), além do suplente de vereador na época e hoje vereador Profressor Edson da Costa Freitas.
Em sua decisão desta terça-feira, a juíza Cristiane Santos Leite entende que não cabe liminar na ação rescisória, tendo em vista  ue ela não tem efeito suspensivo. “Em que pese a existência de Ação Rescisória em trâmite no PJE sob nº 5000826-90.2018.8.16.000, onde tampouco parece existir nos autos a probabilidade da alteração da sentença. Primeiro porque não houve a concessão do efeito suspensivo pleiteado, segundo porque, em análise própria deste momento processual, não parece que as alegações dos autores da rescisória se encaixam nas hipóteses taxativas constantes nos incisos do art. 966 do Código de Processo Civil”, alega a juíza. “Com efeito, embora se discuta a matéria referente ao número de cadeiras de vereadores na Câmara Municipal, na realidade todo o procedimento legislativo, ao menos em cognição sumária, é nulo, ante o reconhecimento de vício formal e, em consequência não hã como ser mantido dispositivo legal considerado nulo a fim de que o requerente possa ser candidato à reeleição para a presidência da Mesa Executiva da Câmara de Vereadores de Apucarana, ante a vigência de lei acima citada”, afirma a juíza nos autos.
Neste aspecto, a magistrada indeferiu o pedido de liminar e, ao mesmo tempo, intimou a Câmara de Apucarana para que apresente as contrarrazões ao Agravo de Instrumento dentro de um prazo de trinta dias.
CONSULTA
O presidente da Câmara de Apucarana, Mauro Bertoli, disse logo após a decisão do TJ-PR que entrou com a ação inominada na ação rescisória apenas para tirar uma dúvida de que ele poderia ou não disputar a reeleição. A consulta com pedido de liminar, conforme assinala, foi uma indicação não somente sua mas do seu grupo político. “Eu não sou vereador com vaidades. Mesmo se eu tivesse obtido liminar com parecer favorável, ainda assim iria consultar meu grupo político para decidir sobre disputar ou não a reeleição”, afirma Mauro Bertoli, lembrando que já é presidente da Câmara pela terceira vez.
“Dentro do meu grupo político têm outros companheiros em condições de assumir a presidência da Câmara. Qualquer um a ser indicado pelo grupo vou seguir a orientação”, afirmou.
Fonte: TN Online

Depósitos a ex-assessor ocorreram em dias de pagamento da Alerj


Fabrício José Carlos de Queiroz é investigado por movimentação financeira milionária

Depósitos mensais feitos na conta do policial militar Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), coincidem com as datas de pagamento de salário dos servidores da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).
Em todos os meses a sequência de depósitos começa após a data do pagamento do salário. Na maioria das vezes, as entradas se iniciam no mesmo dia ou no dia seguinte, se estendendo até uma semana após a quitação do vencimento.
A informação sobre a coincidência de datas foi revelada pelo site da Veja, na tarde desta terça-feira (11). Queiroz é citado em relatório do Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras) como tendo uma movimentação atípica de R$ 1,3 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.
A coincidência entre as datas reforça a suspeita de que Queiroz era o responsável por recolher parte dos salários de servidores do gabinete de Bolsonaro. Esta é uma prática comum no Legislativo. Como o dinheiro costumava ser sacado logo em seguida, como a Folha revelou na terça, não é possível saber o destino final dos recursos.
Muitos deputados usam essa verba para projetos mantidos em seus currais eleitorais. Outros distribuem para outros apoiadores que não puderam ser abrigados em seu gabinete por limitação de vaga. Há também relatos de parlamentares que ficam com esse dinheiro, seja para uso próprio, seja para campanhas eleitorais.
O Ministério Público do Rio de Janeiro investiga o caso de Bolsonaro e outros 20 deputados citados no relatório do Coaf.
A correlação entre pagamento e depósito é evidenciada pelas diferentes datas em que os depósitos começam a ocorrer. Em abril de 2016, por exemplo, o pagamento ocorreu apenas no dia 14. Os depósitos começaram no mesmo dia e se estenderam até o dia 25.
Em maio, o pagamento ocorreu no dia 11. No mesmo dia, R$ 5,8 mil entraram na conta de Queiroz. Outros dois depósitos foram feitos no dia 12 e 16.
Já em agosto, o pagamento na Alerj ocorreu mais cedo, no dia 3. Os depósitos nesse mês também ocorrem a partir desse data, se estendendo até o dia 10. Em setembro, os salários foram entregues já no dia 1º. No dia seguinte, Queiroz passa a receber novos depósitos.
Flávio Bolsonaro afirmou em oportunidades anteriores que Queiroz já lhe apresentou uma versão sobre a movimentação que considerou plausível. O senador eleito não disse qual era a explicação, sob alegação de que ela deveria ser apresentada ao Ministério Público.
Queiroz foi procurado em endereços ligados ao seu nome no Rio de Janeiro, mas não foi localizado. Com informações da Folhapress.
SAIBA MAIS:
Fonte: Notícias ao Minuto

De pedalinhos a cuecas: as inconsistências do caso "sítio de Atibaia"


Mesmo com todas as contradições na acusação, MPF voltou a pedir a condenação do ex-presidente nesta segunda-feira (10)

Sítio na cidade de Atibaia, interior de São Paulo, é de propriedade da família Bittar / Reprodução

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumpre pena desde o dia 7 de abril em Curitiba (PR), após uma condenação sem provas na ação penal conhecida como "caso triplex". Em 2019, ele será novamente julgado na operação Lava Jato. Desta vez, com base em um processo conhecido como "sítio de Atibaia". 
As acusações são as mesmas do triplex: corrupção passiva e lavagem de dinheiro. As inconsistências também remetem ao caso do apartamento no Guarujá.
Brasil de Fato teve acesso aos documentos referentes ao processo e identificou uma série de fragilidades. De modo geral, todas elas estão contempladas nos argumentos da defesa do ex-presidente. Ainda assim, o Ministério Público Federal (MPF) protocolou na última segunda-feira (10) as alegações finais do processo e reforçou o pedido de condenação para Lula e outros 12 réus.  
Confira abaixo as principais inconsistências.
Ato de ofício
Para se comprovar o crime de corrupção passiva, é preciso que a acusação demonstre qual foi a vantagem recebida por um gestor público e especifique qual "ato de ofício" ele executou em troca desses benefícios.
A lógica da denúncia é que as empreiteiras OAS, Schahin e Odebrecht teriam financiado uma série de reformas em um sítio em Atibaia, interior de São Paulo, em troca de contratos com a Petrobrás – e que o ex-presidente teria atuado para favorecê-las nesses contratos. Lula é acusado de receber um valor estimado em R$ 920 mil reais por meio dessas "reformas e benfeitorias" na propriedade.
Em nota à imprensa, a defesa do petista deixa claro que “não existe qualquer elemento mínimo que permita cogitar que Lula praticou qualquer dos crimes indicados pelo órgão acusador”. Na sequência do documento, os advogados acrescentam que “a Força Tarefa da Lava Jato não indicou qualquer ato da competência do Presidente da República [ato de ofício] que Lula tenha praticado ou deixado de praticar que pudesse estar relacionado com reformas realizadas em 2009 em um sítio de Atibaia e, muito menos, em 2014, quando ele não exercia qualquer cargo público”. 
O ato de ofício, requisito básico para condenação, não está especificado em nenhuma das 168 páginas da denúncia do Ministério Público Federal (MPF).
É dono ou não é?
Comprovar o suposto crime de lavagem de dinheiro também tem sido uma tarefa difícil, uma vez que Lula sequer é reconhecido como dono do imóvel – o sítio está registrado no nome de Fernando Bittar. Portanto, o ex-presidente não é beneficiário das reformas, mesmo que tenha frequentado o local.
A denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal considera que Bittar seria nada mais que um "laranja", utilizado para ocultação da propriedade de Lula. Para o advogado e ex-ministro da Justiça, Eugênio Aragão, a força-tarefa da Lava Jato abandonou o objeto da acusação contra o ex-presidente para poder condená-lo.
“Mudou porque o MP [Ministério Público] partiu da ideia de que [o Lula] era dono, de fato, do sítio de Atibaia, e ficou muito claro que ele não era o proprietário. Então, ficou numa situação complicada. E o que ele fez? Disse que o Lula não era o proprietário, mas sim o beneficiário. Então, mudou a própria definição fática, o próprio conteúdo da denúncia", explica o ex-ministro da Justiça.
A confusão gerada por essa mudança ficou clara no último dia 14 de novembro, quando Lula compareceu à sede da Justiça Federal em Curitiba (PR) para prestar depoimento sobre o caso e manifestou dúvidas em relação à natureza da acusação. Antes de iniciar o depoimento, ao ser questionada pelo réu, a juíza Gabriela Hardt, substituta da 13ª Vara da Justiça Federal do Paraná, admitiu que o processo não diz respeito à propriedade do imóvel.
Juíza Gabriela Hardt: Senhor Luiz Inácio Lula da Silva, o senhor sabe do que está sendo acusado nesse processo?
Lula: Não. Gostaria de pedir que a senhora me explique qual a acusação.
Juíza Gabriela Hardt: São dois conjuntos de acusação. A primeira é de corrupção. O senhor teria recebido vantagens indevidas da Odebrecht e da OAS, relacionadas aos contratos que eles têm com a Petrobras, e um segundo conjunto de atos de lavagem de dinheiro, relacionadas ao sítio.
Lula: Eu pensava que a acusação que pesava sobre mim era que eu era dono de um sítio em Atibaia.
Juíza Gabriela Hardt: Não é isso.
Lula: Mas eu sou dono do sítio ou não?
Juíza Gabriela Hardt: Isso não sou eu quem tem que responder.
Só a palavra de um delator
Também em depoimento à juíza Hardt, concedido no dia 9 de novembro deste ano, o empresário Léo Pinheiro, da OAS, que tenta obter há dois anos benefícios por um acordo de delação premiada, disse que o valor da reforma no sítio de Atibaia era referente a uma suposta propina que a OAS teria feito ao PT. Pinheiro declarou que a negociação era realizada por meio o ex-tesoureiro do partido, João Vaccari Neto.
Porém, o próprio Vaccari nega categoricamente a acusação. A defesa de Lula apresentou em 19 de novembro, ao juízo da 13ª. Vara Federal Criminal, uma declaração manuscrita do ex-tesoureiro do PT em que ele expressa: “Não intermediei o custeio de supostas reformas realizadas pela OAS no chamado ‘sítio de Atibaia’. Refuto enfaticamente que tenha realizado qualquer ‘encontro de contas’ com Sr. Léo Pinheiro, ou com outro executivo da OAS envolvendo valores relativos ao apartamento do Guarujá ou a reformas no ‘sítio de Atibaia’. Jamais intermediei qualquer tratativa para pagamento de vantagens indevidas em favor do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.
Resta, portanto, apenas a palavra de um delator.
Então, de onde veio o dinheiro para a compra do sítio?
Fernando Bittar e seu sócio Jonas Suassuna são os proprietários do sítio, conforme expresso na escritura. Em depoimento feito à Justiça em junho deste ano à Justiça Federal em São Paulo, Priscila Bittar, irmã de Fernando, contou que o dinheiro para a compra do sítio em 2010 foi dado pelo pai, Jacó Bittar: “Meu pai tinha o dinheiro da anistia [indenização por ter sido punido como sindicalista durante a ditadura] e queria um sítio para realizar o desejo de que todos tivessem um local para frequentar, passar o tempo junto”.
No dia 18 de junho de 2018, o então juiz Sérgio Moro, futuro ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PSL), decidiu não colher o depoimento de Jacó. No despacho, o magistrado considerou que o depoimento seria de “duvidosa relevância” e mencionou o estado de saúde do depoente – que, aos 78 anos, tem mal de Parkinson – para alegar “razões humanitárias” na dispensa.
“Na verdade, não interessava ao Moro trazer esse assunto a lume. [Moro] não queria trazer esse depoimento ao processo. Quando lhe interessa, não existe nenhum tipo de humanitarismo. Não houve humanitarismo em relação à Marisa, esposa do Lula. Não há nenhum humanitarismo para nada que faça o Moro. Então, ele falar de humanitarismo soa como uma pilhéria”, questiona Eugênio Aragão.
A defesa do ex-presidente chegou a sugerir que o depoimento fosse feito por escrito, mas os procuradores da força-tarefa da Lava Jato não concordaram. No entanto, no dia 20 de junho, a defesa de Lula juntou ao processo uma declaração de Bittar, prestada a um escrivão no dia 5 do mesmo mês, em que ele afirma estar “ciente de sua responsabilidade civil e penal” sobre as afirmações prestadas.
Naquele depoimento, Jacó esclarece: “Para a compra do sítio em Atibaia, eu fiz uma doação para o Fernando de um valor que recebi por causa da anistia política. Isso também está declarado”.
Jacó Bittar é amigo há décadas do ex-presidente Lula. Ele conta que, quando foi diagnosticado com Parkinson em 2009, Lula e Marisa o receberam no Palácio da Alvorada e na Granja do Torto para que se curasse de um quadro de depressão. Na mesma época, teve a ideia de “comprar um sítio perto de São Paulo para reunir a família e os amigos mais próximos” – confirmando a versão do filho Fernando.
“Desde o início, minha ideia era que o Lula e a Marisa frequentassem o sítio com total liberdade, assim como meus filhos”, declarou Bittar “Quando o Lula teve o câncer, em 2012, oferecemos o sítio para ele fazer o tratamento e ele passou longos períodos lá”, concluiu.
Lula e Jacó Bittar (à direita) durante fundação da CUT
Jacó também evidenciou a proximidade de suas relações com a família do ex-presidente: “Conheci Luiz Inácio Lula da Silva em 1978. (…) Fundamos juntos o Partido dos Trabalhadores em 1980. (…) Nos tornamos grandes amigos e nossas famílias convivem intensamente desde então. (…) Tenho os filhos de Lula como se fossem meus próprios filhos, e sei que ele tem o mesmo sentimento em relação com meus filhos”.
O pai de Fernando Bittar contou que Lula o procurou em 2014 para conversar sobre uma possível compra da propriedade. Segundo ele, o ex-presidente se sentia constrangido de estar usando o sítio mais que a família Bittar. Jacó afirma que foi contra a venda e combinou com o filho que isso só seria feito em caso de necessidade – e que “Lula teria preferência na compra”.
Bittar terminou a declaração lamentando que o sítio tenha sido usado como pretexto para acusar seu filho e seu amigo. “As idas frequentes e bem-vindas do Lula e da Marisa são decorrentes de uma amizade iniciada há quatro décadas e do relacionamento íntimo que temos. Lamento profundamente que esse sítio tenha sido utilizado para acusar o meu filho e o meu amigo”, finaliza.
Pertences não são suficientes
Entre as supostas provas apresentadas pelo MPF e a Polícia Federal, estão bens pessoais de Lula e seus familiares, como roupas íntimas e dois pedalinhos encontrados no lago do sítio com as inscrições “Pedro” e “Artur” – nomes de dois netos do ex-presidente –, além do depoimento de Léo Pinheiro.
No depoimento à juíza Hardt, Lula questionou os indícios apresentados pela acusação. “Eu vou lá porque o dono do sítio me autorizou a ir lá, tá? Que bens pessoais que eu tinha no sítio? Cueca? Roupa de dormir? Isso eu tenho em qualquer lugar que eu vou. E nenhum empresário pode afirmar que o sítio é meu se ele não for meu”, questionou o ex-presidente.
Outro indício que o Ministério Público apresentou para acusar Lula de corrupção passiva é ele ter passado "muito tempo" na propriedade, entre 2011 e 2016. Os procuradores somaram as vezes que os carros da segurança de Lula passaram pelo pedágio da rodovia Fernão Dias no período: 540. Como tem pedágio na ida e na volta, chegaram à conclusão de que o petista foi 270 vezes ao sítio nesse período. Segundo a defesa, nada disso tem relevância, uma vez que Lula não nega em nenhum momento ter frequentado o local com "bastante frequência".
Uma vez que Lula não recebeu, não é beneficiário nem fez operações bancárias com os valores da suposta propina, também não há materialidade para o crime de lavagem de dinheiro, segundo Eugênio Aragão.

O que diz a defesa
Os advogados do ex-presidente também questionam a competência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar o processo relacionado à propriedade em Atibaia. A defesa aponta que, no caso do sítio, “o Ministério Público do Estado [de São Paulo] abandonou a investigação, aparentemente por constatar que não era possível vincular Lula a nenhum crime”.
“Lula também apresentou em seu depoimento a perplexidade de estar sendo acusado pelo recebimento de reformas em um sítio em Atibaia que, em verdade, não têm qualquer vínculo com a Petrobras e que pertence, de fato e de direito, à família Bittar, conforme farta documentação constante no processo”, acrescenta.
Em nota, os advogados dizem ainda que “o depoimento prestado pelo ex-presidente Lula também reforçou sua indignação por estar preso sem ter cometido qualquer crime e por estar sofrendo uma perseguição judicial por motivação política materializada em diversas acusações ofensivas e despropositadas para alguém que governou atendendo exclusivamente aos interesses do País”.
Considerando os prazos para alegações da acusação e defesa, a sentença sobre o caso do sítio de Atibaia deve ser proferida nos primeiros meses de 2019.
Edição: Mauro Ramos
Fonte: Brasil de Fato

Fabrício Queiroz contrata contador para explicar transações suspeitas


"Um contador está escrutinando o relatório do Coaf a pedido de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro que movimentou R$ 1,2 milhões em suas contas. Só aí ele irá a público se explicar", diz o blog do jornalista Lauro Jardim
247 - O PM Fabricio Queiroz, ex-assessor do deputado Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) que movimentou R$ 1,2 milhão em transações suspeitas, não compatíveis com seu patrimônio, contratou um contador.
"Um contador está escrutinando o relatório do Coaf a pedido de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro que movimentou R$ 1,2 milhões em suas contas. Só aí ele irá a público se explicar", diz o blog do jornalista Lauro Jardim,do jornal O Globo. 


Jornalista que produz perfil de Carlos Bolsonaro relata ameaças


O jornalista Bruno Abbud, da revista Época, registrou um Boletim de Ocorrência por ameaças que está recebendo nas redes sociais; Abbud está preparando uma matéria a respeito do vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ); contrariado com o fato, o filho de Jair Bolsonaro postou nem sua rede social que está tendo a vida vasculhada; Carlos desejou "boa sorte" ao profissional e pediu a seus seguidores que não dessem "bola". Depois disso, o repórter passou a ser atacado nas redes
247 - O jornalista Bruno Abbud, da revista Época, registrou um Boletim de Ocorrência por ameaças que está recebendo nas redes sociais. Abbud está preparando uma matéria a respeito do vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ). Contrariado com o fato, o filho de Jair Bolsonaro postou nem sua rede social que está tendo a vida vasculhada. Carlos desejou "boa sorte" ao profissional e pediu a seus seguidores que não dessem "bola". Depois disso, o repórter passou a ser atacado nas redes.
A nota da jornalista Mônica Bergamo revela que o suposto desdém de Carlos Bolsonaro funciona como "senha" para o ataque em "manada" tal como aconteceu nas eleições. A legião de seguidores do vereador, com os pendores violentos de praxe, passou a intimidar o jornalista da revista em um protocolo que já se tornou comum quando o assunto é família Bolsonaro. 


Papa nomeia bispo o monsenhor Carlos José para a vacante diocese de Apucarana


A Nunciatura Apostólica no Brasil comunicou nesta quarta-feira, 12/12, a decisão do papa Francisco em nomear bispo para a vacante diocese de Apucarana (PR), o monsenhor Carlos José de Oliveira, atualmente vigário geral da arquidiocese de Botucatu (SP) e padre na paróquia Nossa Senhora da Piedade, na cidade de Lençóis Paulista (SP).
Monsenhor Carlos José de Oliveira
O Monsenhor Carlos José de Oliveira nasceu dia 17 de outubro de 1967 em Botucatu (SP) primogênito de Mario Salvador de Oliveira e Maria Aparecida Santi de Oliveira. O seu ingresso para a vida religiosa se deu no seminário São José, a partir de onde cursou filosofia e teologia na Pontifícia Faculdade Nossa Senhora da Assunção de São Paulo.
Foi ordenado diácono no dia 8 de dezembro de 1991 e sacerdote em 4 de Outubro de 1992. De 1994 a 1996 fez o mestrado em Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma. Em 2016 defendeu sua tese de doutorado em Teologia pela PUC Rio de Janeiro. Retornando de Roma, em 1996, assumiu como pároco/reitor do santuário Nossa Senhora da Piedade, na cidade de Lençóis Paulista (SP), arquidiocese de Botucatu, onde se encontra até hoje.
O religioso assumiu e desenvolveu, entre outras, as seguintes funções na arquidiocese e província eclesiástica: assessor da Pastoral Familiar, professor de Teologia na Faculdade João Paulo II, em Marília (SP), foi responsável pelo Jornal Monitor Diocesano e assessor do Encontro de Casais com Cristo (ECC) da Arquidiocese, Coordenador arquidiocesano de Pastoral, Coordenador de Pastoral da província eclesiástica de Botucatu. Além disto, foi fundador e presidente da casa de acolhida “Mãe da Piedade” para moradores de rua e toxicodependentes, é vigário geral da Arquidiocese, coordenou o Conselho de Presbíteros e assumiu a função de Assessor da Renovação Carismática Católica.
Saudação
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou saudação o monsenhor Carlos José de Oliveira. O texto é assinado pelo secretário-geral da Conferência, dom Leonardo Steiner. Confira, abaixo, a saudação na íntegra:
Saudação da CNBB ao monsenhor Carlos José de Oliveira
Brasília, 12 de dezembro de 2018
Prezado irmão, Monsenhor Carlos José de Oliveira.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), recebeu com satisfação a sua nomeação como bispo de Apucarana (PR), nesta quarta-feira, 12 de dezembro. Sua formação no campo da Teologia Moral e da Cristologia é sinal de uma preparação remota da Divina Providência em vista da missão que a Igreja lhe apresenta neste momento da vida.
Saudamos a sua chegada em nosso meio com as palavras do Papa Francisco pronunciadas por ocasião de uma celebração matinal da Eucaristia na Casa Santa Marta, no mês de maio deste ano de 2018: “Esta é experiência do bispo: o bispo sabe discernir o Espírito, sabe discernir quando é o Espírito de Deus que fala e que sabe defender-se quando fala o espírito do mundo […] se oferece ao Senhor, obediente. Advertido pelo Espírito. O bispo vai avante sempre, mas segundo o Espírito Santo”.
Desejamos que seu empenho pastoral seja recompensado com frutos abundantes para o Reino de Deus e enviamos o nosso abraço fraternal de boas-vindas à nossa Conferência Episcopal.
Em Cristo,
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB

Audiência Pública e Sessão Ordinária marcam o início da semana na Câmara de Apucarana


Dois Projetos de Lei e um Requerimento foram aprovados

(Foto: Edson Denobi)
Na terceira apresentação do orçamento previsto para o exercício financeiro de 2019 da Lei Orçamentária Anual (LOA) da Câmara Municipal de Apucarana, realizada ontem (segunda-feira 10/12), antecedendo a Sessão Ordinária, o servidor Júlio César Ravazzi dos Santos, Oficial Técnico Legislativo, apresentou a previsão do orçamento para o próximo ano. Segundo ele, serão disponibilizados R$ 12.005.015,40, sendo distribuídos em dotações orçamentárias: 70% que serão utilizadas em despesas com pessoal civil: R$ 8.403.510,78, valor previsto no Orçamento Anual para gastos com folha de pagamento e obrigações patronais e 30% com despesas com manutenção legislativa – R$ 3.601.504,62 – valor previsto no Orçamento Anual para gastos com manutenção das atividades do Executivo Municipal.
Também, em audiência pública, a Prefeitura de Apucarana confirmou a previsão de arrecadação para 2019. A estimativa de que entrem R$ 372.703.049,05 nos cofres municipais ao longo do próximo ano, já apontada em meados do mês de setembro, foi ratificada pela Secretaria Municipal da Fazenda. O detalhamento do projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) para o próximo exercício foi feito no plenário da Câmara de Vereadores por Elinésio Lopes Santana Júnior, assistente do secretário Municipal da Fazenda, Marcello Augusto Machado. O montante estimado é 6,4% maior do que o orçamento previsto para este ano, que deve fechar em R$350.286.410,32.
A LOA apresenta compatibilidade com a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e com o plano plurianual (PPA), compreendendo detalhadamente uma previsão dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimentos com todos os programas, projetos, atividades e operações especiais da administração pública municipal. Em 2019, pelo menos R$24 milhões serão destinados ao pagamento de precatórios e amortização da dívida pública.
Com relação à aplicação dos índices constitucionais, a divisão do orçamento total apresenta a seguinte previsão: R$ 92.112.814,00 (24,71%) serão absorvidos pela Educação, R$ 129.298.970,00 (34,69%) pela Saúde, R$ 129.279.224,40 (34,69%) pelas demais secretarias e R$10.007.025,25 (2,68%) pela Assistência Social. Outros R$ 19 milhões serão absorvidos por obras e aquisição de novos equipamentos para a prefeitura e órgãos centralizados, autarquias de Saúde e Educação e para o Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan). O duodécimo a ser repassado à Câmara de Vereadores em 2019 será 7,98% maior que em relação a este ano, chegando a R$12.005.015,40.
O projeto da LOA 2019 será agora avaliado uma última vez pelas comissões de vereadores, que poderão sugerir emendas. A matéria deve ser aprovada e devolvida ao Executivo Municipal até o dia 31 de dezembro para, então, ser sancionada pelo prefeito Beto Preto.
SESSÃO ORDINÁRIA
Na sessão ordinária foram aprovados dois Projetos de Lei de autoria do vereador Mauro Bertoli e do vereador José Airton Deco de Araújo. Também foi aprovado o requerimento de autoria do vereador Franciley Preto Godoi, o Poim, que pede informações aos diretores das empresas Viação Garcia Ltda. e Expresso Nordeste Linhas Rodoviárias Ltda., sobre a viabilidade dos ônibus entrarem no Distrito de Pirapó, visando o embarque e desembarque dos passageiros.
O Projeto de Lei, de autoria da vereadora Márcia Regina de Sousa, que proíbe a utilização, fabricação e comercialização de fogos de artifício e explosivos diversos que causem barulho, ficando permitido a utilização de artefatos silenciosos, a fim de proteger o bem-estar da comunidade e dos animais, obedecendo ao estabelecido por Lei Federal, não foi votado por um pedido de vista apresentado pelo vereador Deco. O mesmo justificou que esteve na última semana em Brasília e não teve tempo para analisar profundamente o projeto, que voltará na pauta para ser apreciado e votado em 2019. O vereador justificou que não é contra o projeto, apenas que vai estudar melhor o seu conteúdo.
A vereadora Márcia disse que a proposta foi amplamente discutida nos últimos meses e que chegou à Câmara através de um abaixo-assinado com mais de 1500 assinaturas e que hoje conta com cerca de 2.300 assinaturas. Ela agradeceu os presentes pela colaboração no projeto e justificou a elaboração do teor.
A votação será apenas no ano seguinte pois e próxima sessão será específica para a eleição do novo presidente do legislativo. Acompanharam a sessão pessoas favoráveis e contrárias ao projeto da vereadora.
Outro projeto que não foi votado, por ter sido pedido vista é o do vereador Lucas Leugi. O projeto que proíbe a concessionária Sanepar a fixar e cobrar valor ou outra taxa mínima no município de Apucarana, iria para terceira votação, mas atendendo ao pedido da vereadora Marcia de Sousa, também voltará a pauta em 2019.
ELEIÇÃO PARA PRESIDENTE
Na próxima segunda-feira (17/12), às 16 horas, a Câmara Municipal se reúne para a última Sessão Ordinária antes do recesso parlamentar. A sessão será exclusiva para eleição do novo presidente do legislativo, vice-presidente, 1 e 2º secretário.
 *Com informações da PMA - jornalista Fábio Rena Beraldo e foto Edson Denobi


Secretaria da Mulher entrega certificados a 160 formandas em Apucarana


Centro de Oficinas forma alunas nos cursos de cabelo e estética, corte e costura e costura no ônibus itinerante no 2º semestre
(Foto: Edson Denobi)
Nesta terça-feira (11/12), 160 alunas receberam o certificado de conclusão dos cursos profissionalizantes gratuitos oferecidos pelo Centro de Oficinas da Mulher, em cerimônia na Praça CEU, com a presença do vice-prefeito Júnior da Femac, da secretária da Mulher e Assuntos da Família, Denise Canesin Machado, da secretária de Esportes e da Juventude, Jossuela Pinheiro, e do secretário da Agricultura José Luiz Porto.
O vice-prefeito salientou que a qualificação profissional sempre foi muito importante. “No período entre 2013 e 2018, a nossa gestão, capitaneada pelo prefeito Beto Preto, adquiriu 166 diferentes cursos profissionalizantes, com um investimento da ordem de R$900 mil. Viabilizamos a formação de mais de 15 mil pessoas, incluindo o Pronatec, e vagas ofertadas via Assistência Social, com a Qualificação Total, e a Secretaria da Mulher”, lembrou Junior da Femac.
As alunas concluíram os cursos de cabelo e estética, corte e costura e costura no ônibus itinerante – na qual elas aprendem no próprio bairro, já que as aulas são dentro de um ônibus. Monaisa Fernanda de Oliveira, de 31 anos, foi uma das formandas. Ela concluiu o curso de depilação e já está trabalhando na área. “Amei fazer o curso. Ano que vem quero ir atrás de outro, quero fazer o curso de cabeleireira”, disse.
A secretária Denise Canesin explica que os cursos profissionalizantes são uma maneira da mulher lutar pela própria autonomia, pela própria independência. “As mulheres são persistentes. Elas podem, se preparadas para tal, buscar o caminho do empreendedorismo, ter um negócio próprio. De qualquer maneira, elas buscam e têm o protagonismo feminino, o ser você independente do outro”, afirma.
Designer de sobrancelha e manicure foram os cursos escolhidos pela formanda Jully Ribeiro, de 30 anos, que começou a ter clientes no salão em que trabalha depois de concluí-los. “Cheguei há três anos de Maringá e tive muita dificuldade em conseguir emprego”, conta. “Agora, os cursos abriram uma nova porta para mim. Ano que vem quero ver se consigo fazer o curso de cabeleireira. Quem sabe se futuramente posso ter meu próprio negócio?”