terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Aécio: mesada de R$ 50 mil da JBS e negócios milionários


Causam espanto os valores envolvidos nas investigações relativas a Aécio Neves que vieram à luz com a operação Ross da Polícia Federal e do Ministério Público; uma projeção inicial indica propinas que chegariam ao montante de R$ 128 milhões pagos pela JBS para o tucano e seu grupo de 2014 a 2017; neste valor está incluída uma "mesada" de R$ 50 mil mensais paga ao tucano pela JBS por meio da rádio Arco Íris, de propriedade da família Neves, e a aquisição superfaturada de um imóvel do jornal Hoje em Dia, em Belo Horizonte, por R$ 17 milhões, supostamente a pedido do senador
247 - Causam espanto os valores envolvidos nas investigações relativas a Aécio Neves que vieram à luz com a operação Ross da Polícia Federal e do Ministério Público. Uma projeção inicial indica propinas que chegariam ao montante de R$ 128 milhões pagos pela JBS para o tucano e seu grupo de 2014 a 2017. Neste valor está incluída uma "mesada" de R$ 50 mil mensais paga ao tucano pela JBS por meio da rádio Arco Íris, de propriedade da família Neves, e a aquisição superfaturada de um imóvel do jornal Hoje em Dia, em Belo Horizonte, por R$ 17 milhões, supostamente a pedido do senador.
Segundo os jornalistas Fábio Fabrini e Reynaldo Turollo Jr. em reportagem veiculada pelo site da Folha de S.Paulo, em troca da propina, segundo as investigações, "Aécio interveio junto ao governo de Minas para viabilizar a restituição de créditos de ICMS de empresas do grupo J&F, que controla a JBS".
O relator do inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) é o ministro Marco Aurélio, que determinou o cumprimento dos mandados de busca e apreensão na última terça (4).
As investigações foram abertas no ano passado depois que o empresário Joesley Batista e outros ex-executivos do grupo J&F fecharam acordo de delação premiada. As suspeitas apontam para os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Inicialmente, a Polícia Federal pediu ao Supremo medidas mais duras e em relação a mais pessoas, mas a PGR (Procuradoria-Geral da República) discordou da necessidade delas.
A PF queria a imposição de medidas cautelares —recolhimento noturno, proibição de manter contato com outros investigados e proibição de sair do país— a Aécio e três deputados: Paulinho da Força, Benito Gama (PTB-BA) e Cristiane Brasil 
O ministro Marco Aurélio negou as prisões temporárias e autorizou as buscas nos termos do requerimento da PGR. Os políticos que não foram alvo dos mandados continuam, porém, sob investigação (leia aqui). 
"O quadro revelado [...] demonstra a existência de indícios de relação ilícita entre o investigado Aécio Neves e o Grupo J&F, entre os anos de 2014 a 2017, caracterizada pelo alegado recebimento de quantias em dinheiro, pelo senador ou em seu favor, mediante mecanismos características da lavagem de capitais, via empresas e pessoas identificadas na investigação em curso", escreveu Marco Aurélio da decisão do dia 4, segundo a reportagem da Folha de S.Paulo.
"Há mais: ficaram demonstrados indicativos da atuação do parlamentar, nessa qualidade, como contrapartida aos benefícios financeiros", anotou o ministro. A contrapartida seria a interferência no governo de Minas para restituir ao grupo J&F créditos de ICMS, o principal imposto estadual.

Projeto da Escola sem Partido é derrotado na Câmara dos Deputados


Foram quase três horas de obstrução até o presidente do colegiado, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), jogar a toalha e encerrar os trabalhos da comissão especial que analisa o projeto que ficou conhecido como Escola Sem Partido. "A Oposição cumpriu seu papel e merece o reconhecimento desta comissão, mas quem está sepultando este projeto são aqueles que são favoráveis à matéria, que não se fazem presentes", disse Marcos Rogério
Por Christiane Peres, do portal Vermelho – Foram quase três horas de obstrução até o presidente do colegiado, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), jogar a toalha e encerrar os trabalhos da comissão especial que analisa o projeto que ficou conhecido como Escola Sem Partido (PL 7180/14). Após seis semanas tentando votar o relatório do deputado Flavinho (PSC-SP) e enfrentando dura obstrução da Oposição, o parlamentar reconheceu o trabalho dos deputados contrários à matéria e criticou a ausência de seus aliados no colegiado.
"A Oposição cumpriu seu papel e merece o reconhecimento desta comissão, mas quem está sepultando este projeto são aqueles que são favoráveis à matéria, que não se fazem presentes", disse Marcos Rogério.
Logo após o encerramento da comissão, os deputados contrários ao texto, ocuparam a mesa da presidência da comissão e comemoram o feito ao som de "viva Paulo Freire".
Vice-líder da bancada comunista, a deputada Alice Portugal (BA), que foi perseguida e calada diversas vezes na reunião do colegiado, vibrou com a vitória. "Marcos Rogério talvez não quisesse essa nódoa na sua biografia. Viu que iríamos derrubar esta comissão e decidiu encerrá-la. É uma das maiores vitórias da minha vida. Talvez enfrentemos uma guerra grande na próxima legislatura, um tsunami, mas ter derrotado essa matéria agora foi muito importante. Foi a prova de que a resistência dá certo. E estamos fortalecidos para enfrentar qualquer tentativa de reduzir a educação. Queremos uma educação plural", defendeu.
Para o presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Pedro Gorki, com o projeto que estava sendo analisado, os deputados favoráveis ao chamado "Escola Sem Partido" subestimavam a capacidade de pensar dos estudantes. "Eles acham que engolimos tudo? Agora, é preciso dar voz aos estudantes. Se eles pensam que vão conseguir nos enterrar, que eles saibam de uma coisa: somos que nem sementes, quanto mais nos enterra
Professora da rede pública amapaense e membro do PCdoB na comissão, a deputada Professora Marcivânia (PCdoB-AP) foi uma das importantes vozes contrárias ao projeto. Para ela, o texto tira a qualidade da educação e prejudica os professores brasileiros. "Foi uma batalha incrível. A gente mostrou que não tem medo. Eles disseram aqui que virão com tropa de choque na próxima legislatura, podem vir. Nós vamos enfrentar com a força que sempre enfrentamos", destacou.
Agora, com o encerramento da comissão, para o texto ser analisado novamente pela Casa, uma nova comissão especial deverá ser formada na próxima legislatura.


Município libera terrenos para mais quatro empresas no Parque da Juruba


Os lotes estão sendo liberados gradativamente, acompanhando o avanço das obras de infraestrutura realizadas no parque. 
(Foto: Profeta)

O prefeito Beto Preto assinou nesta segunda-feira (10/12) a liberação de mais quatro lotes no Parque Industrial da Juruba. As leis autorizam o Executivo a ceder terrenos e a conceder  incentivos do Programa de Desenvolvimento Econômico de Apucarana (Prodea).
De acordo com o prefeito, os lotes estão sendo liberados gradativamente, acompanhando o avanço das obras de infraestrutura realizadas no parque, localizado na região sul da cidade. “No final de novembro já havíamos liberado nove lotes e agora assinamos a cessão de terrenos para mais quatro empresas”, afirma Beto Preto, que no ato esteve acompanhado pelo seu vice, Junior da Femac, e pelo secretário de Indústria e Comércio, Edison Peres Estrope.
O parque, também chamado de Cidade Industrial da Juruba, será constituído ao todo por 237 lotes e nesta primeira etapa serão liberados 31 terrenos.  Os benefícios são concedidos por projeto de lei de iniciativa do Executivo, após parecer favorável da Comissão Municipal de Desenvolvimento Econômico (CMDE), e aprovados pela Câmara de Vereadores.
Os mais recentes imóveis foram alienados para a Pires e Ricardo Ltda (área de 1.090,48 m²),  CCR Bonés e Carteiras Ltda (1.750,00 m²), Blue Ocean Confecções Ltda (1.442,68 m²) e Pires – Distribuidora de Artigos Religiosos Ltda (1.750 m²).
“A empresas que estão indo para a Cidade Industrial são, na maioria, de Apucarana e estão ampliando as instalações e gerando mais empregos”, frisa Beto Preto, acrescentando que os empreendimentos beneficiados no ato desta segunda-feira são das áreas de vestuário, artigos de uso pessoal e doméstico e de fabricação de produtos de concreto.
ETAPAS – Com área total de 556 mil metros quadrados, o Parque Industrial da Juruba/Cidade Industrial de Apucarana fazia parte da antiga Fazenda Juruba. Trata-se do principal projeto para a expansão industrial do Município. “Contará com rede de água, esgoto, energia elétrica compatível com atividades industriais, rede telefônica e de fibra ótica, iluminação e pavimentação asfáltica”, lembra o prefeito Beto Preto.
A primeira etapa do empreendimento, projetado para um total de 237 lotes com áreas entre mil e dois mil metros quadrados, prevê a liberação de 31 lotes. A infraestrutura do parque está sendo implantada pela Romo Pavimentadora Ltda, empreiteira contratada pela Prefeitura ao custo R$ 535 mil. Os recursos são do próprio município e a estimativa para a estruturação completa do parque – que será feita em quatro etapas – é de que serão necessários cerca de R$ 10 milhões.


Em sessão polêmica, Osvaldinho é reeleito presidente da Câmara de Arapongas


A polêmica envolveu o vereador Agnelson Galassi (PHS) que estava inscrito na chapa Livramento e Autonomia do Legislativo que tinha a vereadora Angélica Enfermeira (PSC) como candidata a presidente. Galassi, por meio de requerimento retirou seu nome, fato que prejudicou a composição da chapa e provocou o indeferimento do registro. Galassi deu seu voto a favor da chapa vencedora.
(Foto: Câmara Municipal)
Por 8 votos a 7, o vereador Osvaldo Alves dos Santos, o Osvaldinho (PSC) foi reeleito presidente da Câmara Municipal de Arapongas e cumprirá mais dois anos de mandato 2019/2020 à frente do Legislativo local. Além de Osvaldinho, também foi eleito o vereador Miguel Messias (PSL), como vice-presidente, e os vereadores Márcio Nickenig (PSB) e Levi Aparecido Xavier (PHS), como 1º e 2º secretários, respectivamente.
Apenas a chapa encabeçada pelo atual presidente denominada Transparência e Honestidade, estava apta a ser votada. A chapa concorrente, intitulada Livramento e Autonomia do Legislativo, encabeçada pela vereadora Angélica Enfermeira (PSC), com a composição prejudicada, teve o registro indeferido. O prejuízo foi por conta de requerimento do vereador Agnelson Galassi (PHS), solicitando a retirada do seu nome da chapa. Galassi estava inscrito como 1º secretário na chapa da vereadora.
A renúncia do vereador foi tida por alguns, como traição e as críticas surgiram logo após o resultado da votação.
Na sua fala a vereadora Angélica Enfermeira (PSC) disse que a grande vitória foi da democracia, porque teve sete vereadores que tiveram a coragem de tirar o cabresto, nós tivemos sete vereadores que tiveram vergonha na cara, que não se venderam, que não se omitiram, indignou-se a vereadora.
Já o vereador Reivaldo Santos (PTB) parceiro de chapa da vereadora, se referiu ao vereador como Judas. “Quero dizer que há dois mil anos atrás teve um Judas que traiu Jesus e agora tem outro”, clamou o vereador.
Confira quem votou em quem
Chapa Transparência e Honestidade
- Osvaldo Alves dos Santos (PSC)
- Miguel Messias (PSL)
- Márcio Nickenig (PSB)
- Levi Aparecido Xavier (PHS)
- Agnelson Galassi (PHS)
- Rubens Franzin Manoel, o Rubão (PP)
- Toninho da Saúde (PHS)
- Pastor do Mercado (PMDB)

Chapa Livramento e Autonomia do Legislativo
- Angélica Enfermeira (PSC)
- Cleide Bisca (PSDB)
- Reivaldo Santos (PTB)
- Adauto Fornazieri (PSC)
- Aroldo Pagan (PHS)
- Dr. Fernando Oliveira (PSDB)
- Tico do Bar (PDT)






Saques sincronizados de ex-auxiliar de Flávio Bolsonaro levantaram suspeita no Coaf


A movimentação financeira sincronizada e os saques atípicos na conta do policial militar Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, caracterizaram 'contas de passagem', cujo real destinatário do valor creditado não é seu titular; nos dias 16 e 17 de fevereiro, Queiroz fez três saques de R$ 5.000 cada um, totalizando R$ 15 mil; o movimento foi seguido de cinco depósitos em dinheiro vivo feitos em sua conta entre os dias 15 e 17 de fevereiro, que totalizaram R$ 15,3 mil
247-  A movimentação financeira sincronizada e os saques atípicos na conta do policial militar Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, caracterizaram 'contas de passagem', cujo real destinatário do valor creditado não é seu titular. Nos dias 16 e 17 de fevereiro, Queiroz fez três saques de R$ 5.000 cada um, totalizando R$ 15 mil. O movimento foi acompanhado de cinco depósitos em espécie feitos em sua conta entre os dias 15 e 17 de fevereiro, que somam R$ 15,3 mil.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo relata a rotina dos saques de Queiroz: "movimento sincronizado também ocorreu em junho, quando nos dias 14 e 15 ele fez dois saques de R$ 5.000, tendo recebido no mesmo período em depósito de dinheiro vivo R$ 13,2 mil."
A "dança" dos depósitos e saques segue a lógica da fraude. O jornal explica a procedimento: "os maiores saques feitos em 2016 pelo policial militar Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), foram precedidos, geralmente na véspera, de depósito de valores de mesmo patamar."
E relembra como o Coaf rastreou indícios de irregularidade: "Queiroz foi citado num relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) como tendo apresentado uma movimentação financeira atípica de R$ 1,2 milhão em 2016. O alerta se deve tanto ao volume como à forma com que as transações foram feitas. O documento, contudo, não é o suficiente para apontar algum ato ilegal."
Segundo o jornal, "do total movimentado, R$ 324,8 mil se referem a saques e R$ 216,5 mil a depósitos em espécie --os demais valores são transferências identificadas, entre outras operações."
A matéria ainda destaca que "dos 176 saques realizados pelo policial militar naquele ano, 50 foram de valores acima de R$ 2.000. Apenas um, contudo, superou os R$ 10 mil, no qual a comunicação ao Coaf é automática."


Imóveis de Aécio são alvos de mandados de busca e apreensão

Foto: Pedro França / Agência Senado

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) cumprem mandados de busca e apreensão em imóveis que pertencem a Aécio Neves (PSDB) e de sua irmã, Andréa Neves, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, na manhã desta terça-feira (11).
Também são alvos a deputada e ex-ministra do Trabalho, Cristiane Brasil (PTB-RJ); o presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força (SD-SP); Benito da Gama (PTB-BA); os senadores Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Agripino Maia (DEM-RN), além de empresários suspeitos de emitirem notas fiscais frias e realizarem doações para Aécio, para ajudar na arrecadação de caixa 2.
A ação está relacionada a uma operação que tem como base as delações de Joesley Batista e Ricardo Saud, ambos da J&F. Eles apontaram o pagamento de propina no valor de R$ 110 milhões a Aécio, que também é suspeito de compra o apoio político do Solidariedade por R$ 15 milhões.
A Operação Ross, como foi chamada a ação, é um desdobramento da Operação Patmos.
Fonte: Paranaportal

Pedágio sobe até 17,6% no Paraná


A Agência Reguladora de Serviços Delegados do Paraná (Agepar) aprovou ontem aumento de 6,66% a 17,6% para as tarifas do pedágio operadas por cinco das seis concessionárias que atuam no Estado. O porcentual é superior aos 4,99% de inflação registrada pelo  Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA). Apenas a Econorte, que opera pedágios na região do Norte Pioneiro, ficou fora do reajuste, por decisão da Justiça Federal. 
De acordo com a decisão da Agepar, a Rodonorte poderá aumentar suas tarifas em 6,66%, a Ecocataratas em 7,66%; Ecovia em 7,91%. Com a decisão, a tarifa para veículos de passeio entre Curitiba e o Litoral, por exemplo, vai subir dos autais R$ 19,40 para R$ 20,90. Não foi definida a data para entrada em vigor dos aumentos. A Caminhos do Paraná terá aumento de 8,4% e a Viapar de 17,6%, com a tarifa saindo de R$ 13,40 para R$ 15,80 no caso de veículos de passeio. 


A Agepar alegou que o valor é maior do que a inflação do período devido ao fato de, “a forma paramétrica, que é utilizada para cálculo do reajuste, ser composta de outros índices, que acabaram elevando o percentual”. Ainda segundo a agência, o índice maior para a Viapar resulta, além do reajuste anual de 7.79%, “de um acréscimo oriundo do degrau tarifário aprovado em janeiro deste ano e não aplicado”. 

As concessionárias protocolaram o pedido de reajuste no último dia 27 no Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PR). A governadora Cida Borghetti (PP) chegou a recorrer à Justiça Federal para tentar barrar o aumento, apontando que as concessionárias são alvo de investigação do Ministério Público Federal na operação Integração, que apura suspeitas de um esquema de pagamento de propina a agentes públicos em troca de aditivos contratuais e elevação de tarifas. A Justiça, porém, recusou o pedido do governo do Estado. A Agência Reguladora de Serviços Delegados do Paraná (Agepar) aprovou ontem aumento de 6,66% a 17,6% para as tarifas do pedágio operadas por cinco das seis concessionárias que atuam no Estado. O porcentual é superior aos 4,99% de inflação registrada pelo  Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA). Apenas a Econorte, que opera pedágios na região do Norte Pioneiro, ficou fora do reajuste, por decisão da Justiça Federal. 

De acordo com a decisão da Agepar, a Rodonorte poderá aumentar suas tarifas em 6,66%, a Ecocataratas em 7,66%; Ecovia em 7,91%. Com a decisão, a tarifa para veículos de passeio entre Curitiba e o Litoral, por exemplo, vai subir dos autais R$ 19,40 para R$ 20,90. Não foi definida a data para entrada em vigor dos aumentos. A Caminhos do Paraná terá aumento de 8,4% e a Viapar de 17,6%, com a tarifa saindo de R$ 13,40 para R$ 15,80 no caso de veículos de passeio. 

A Agepar alegou que o valor é maior do que a inflação do período devido ao fato de, “a forma paramétrica, que é utilizada para cálculo do reajuste, ser composta de outros índices, que acabaram elevando o percentual”. Ainda segundo a agência, o índice maior para a Viapar resulta, além do reajuste anual de 7.79%, “de um acréscimo oriundo do degrau tarifário aprovado em janeiro deste ano e não aplicado”. 

As concessionárias protocolaram o pedido de reajuste no último dia 27 no Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PR). A governadora Cida Borghetti (PP) chegou a recorrer à Justiça Federal para tentar barrar o aumento, apontando que as concessionárias são alvo de investigação do Ministério Público Federal na operação Integração, que apura suspeitas de um esquema de pagamento de propina a agentes públicos em troca de aditivos contratuais e elevação de tarifas. A Justiça, porém, recusou o pedido do governo do Estado. 


segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Audiência confirma orçamento 6,4% maior para Apucarana em 2019


Plenário da Câmara de Vereadores recebeu nesta segunda-feira detalhamento do projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) para o próximo exercício
(Foto; Edson Denobi)
Em última audiência pública antes da aprovação final por parte dos vereadores, a Prefeitura de Apucarana confirmou a previsão de arrecadação para 2019. A estimativa de que entrem R$372.703.049,05 nos cofres municipais ao longo do próximo ano, já apontada em meados do mês de setembro, foi ratificada nesta segunda-feira (10/12) pela Secretaria Municipal da Fazenda. O detalhamento do projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) para o próximo exercício foi feita no plenário da Câmara de Vereadores por Elinésio Lopes Santana Júnior, assistente do secretário Municipal da Fazenda, Marcello Augusto Machado. O montante estimado é 6,4% maior do que o orçamento previsto para este ano, que deve fechar em R$350.286.410,32. “Estamos tratando de proposta de orçamento público, que é uma previsão de recursos que serão arrecadados no ano, e da lei, que é um documento com a especificação de onde esses recursos serão investidos”, salientou Júnior.
A LOA apresenta compatibilidade com a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e com o plano plurianual (PPA), compreendendo detalhadamente uma previsão dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimentos com todos os programas, projetos, atividades e operações especiais da administração pública municipal. Além de evolução da receita e das despesas públicas municipais ao longo dos últimos anos, Júnior apresentou estimativas das principais receitas e despesas para o próximo ano. Em 2019, pelo menos R$24 milhões serão destinados ao pagamento de precatórios e amortização da dívida pública.
Com relação à aplicação dos índices constitucionais, a divisão do orçamento total apresenta a seguinte previsão: R$92.112.814,00 (24,71%) serão absorvidos pela Educação, R$129.298.970,00 (34,69%) pela Saúde, R$129.279.224,40 (34,69%) pelas demais secretarias e R$10.007.025,25 (2,68%) pela Assistência Social. Outros R$19 milhões serão absorvidos por obras e aquisição de novos equipamentos para a prefeitura e órgãos centralizados, autarquias de Saúde e Educação e para o Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan). O duodécimo a ser repassado à Câmara de Vereadores em 2019 será 7,98% maior que em relação a este ano, chegando a R$12.005.015,40.
O projeto da LOA 2019 será agora avaliado uma última vez pelas comissões de vereadores, que poderão sugerir emendas. A matéria deve ser aprovada e devolvida ao Executivo Municipal até o dia 31 de dezembro para, então, ser sancionada pelo prefeito Beto Preto.
Histórico da evolução da receita
Exercício Valor % aumento
2015 R$ 254.125.211,00 7,04%

2016 R$ 292.617.847,78 15,15%
2017 R$ 310.691.199,85 6,18%
2018 (previsão) R$ 350.286.410,32 12,74%
2019 (previsão) R$ 372.703.049,05 6,4%

Histórico da evolução da despesa
Exercício Realizada/Empenhada Percentual
2015 R$ 260.404.438,85 10,9%

2016 R$ 306.423.287,78 17,6%
2017 R$ 302.077.090,03 -1,42%
2018 (Fixada) R$ 350.286.410,32 15,9%
2019 (Fixada) R$ 372.703.049,05 6,4%

Estimativas das principais receitas em 2019
Receitas Estimativa
IPTU R$ 17.000.000,00*

IMPOSTO DE RENDA R$ 12.421.271,00
ITBI R$ 6.325.000,00
ISSQN R$ 24.632.570,00
FPM R$ 59.000.000,00
ICMS R$ 54.010.293,00
IPVA R$ 19.859.033,00
FUNDEB R$ 56.871.729,00
TRANSFERÊNCIA SAÚDE R$ 88.022.470,00
*(70% do valor lançado)



Prefeito sanciona lei do abono natalino


O valor é de R$ 80 e será creditado na conta bancária de cada servidor na sexta-feira, dia 14
(Foto: Edson Denobi)
Todos os servidores do quadro de pessoal efetivo e também os cargos de provimento em comissão da Prefeitura de Apucarana receberão um abono natalino, no valor de R$ 80. O projeto de lei de iniciativa do Executivo foi aprovado  nesta semana pela Câmara de Vereadores. O valor será creditado na conta bancária de cada servidor neste dia 14 de dezembro, junto com a segunda parcela do 13º salário.
De acordo com o prefeito Beto Preto, a gratificação é uma forma de premiar, neste final de ano, a dedicação dos servidores municipais. . “O abono é como se fosse uma cesta de Natal, mas com a opção de o servidor escolher os alimentos natalinos que ele ou sua família apreciam”, observa Beto Preto.
O prefeito lembra que o abono vem sendo concedido desde 2013. No ano passado, o valor repassado foi de R$ 62 e neste ano foi elevado para R$ 80. “O servidor tem a liberdade de definir de que forma vai utilizar o recurso, aumentando a ceia ou adquirindo um presente para o filho”, reforça Beto Preto, acrescentando que, em gestões anteriores os servidores recebiam um panetone e, às vezes, um frango resfriado.
Segundo o secretário municipal de Fazenda, Marcello Machado, estão sendo beneficiados servidores do quadro efetivo e os cargos de provimento em comissão. “A medida contempla 3.150 funcionários, incluindo os da Autarquia Municipal de Saúde (AMS), da Autarquia Municipal de Educação (AME) e do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan)”, afirma Machado, acrescentando que o valor total dos recursos que serão liberados é de R$ 252 mil.


Justiça Federal restabelece decisão de abertura de cancelas da praça de pedágio de Jacarezinho e imediata redução de tarifas em todos os pedágios



A pedido de procuradores da força-tarefa da Lava Jato, o juízo da 1ª Vara Federal de Curitiba ratificou a decisão tomada pelo juízo da 1ª Vara Federal de Jacarezinho no dia 22 de novembro, e concedeu liminar que determina a imediata desinstalação da praça de pedágio da Econorte em Jacarezinho. Enquanto não efetivada a ordem, o tráfego na praça deve ser livre, permanecendo abertas todas as cancelas. Além desta medida, a decisão impôs à concessionária Econorte a redução imediata das tarifas em 26,75% em todas as outras praças da empresa e a retomada do cronograma original das obras da concessão. Por fim, a Econorte ficou obrigada a dar início às obras do Contorno Norte de Londrina em 30 dias. A decisão também proíbe que o DER, o Estado do Paraná e a União promovam novas modificações contratuais enquanto corre o processo, além de determinar bloqueio de R$ 1 de um bilhão das contas bancárias de empresas do Grupo Triunfo, controlador da concessionária.
A Ação Civil Pública anticorrupção movida pelo MPF, inicialmente proposta perante a 1ª Vara Federal de Jacarezinho, foi transferida para a 1ª Vara Federal de Curitiba por decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em razão de possível conexão com outra ação anterior. Coube então ao juízo da 1ª Vara Federal de Curitiba analisar os pedidos do MPF e ratificar a decisão da 1ª Vara Federal de Jacarezinho que concedeu a liminar pedida pelo órgão.
Essas duas decisões judiciais, tomadas por dois juízos distintos e independentes, demonstram o acerto e a importância de se determinar a imediata abertura de cancelas da praça de pedágio de Jacarezinho e a imediata redução de tarifas em todos os pedágios da Econorte. Isso porque a manutenção do referido pedágio e dos valores praticados pela concessionária trará prejuízos irreparáveis aos usuários das rodovias, que continuarão pagando tarifas que, de acordo com a investigação, decorreram de atos administrativos ilegais, “comprados” por intermédio do pagamento de propinas milionárias a agentes públicos do Estado.
O pedido decorreu do gigantesco esquema criminoso identificado nas investigações da operação Integração, que apura a prática de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, estelionato e peculato na administração das rodovias federais no Paraná. As irregularidades, segundo o MPF, teriam se iniciado no ano de 1999, a partir de quando as concessionárias passaram a pagar propinas para manter a “boa vontade” do governo e dos agentes públicos na gestão das concessões.
Irregularidades nos aditivos – Na primeira fase da operação Integração, que teve foco nas irregularidades da Econorte, foram presos Nelson Leal Jr., ex-diretor do DER, e Hélio Ogama, ex-diretor da Econorte. Ambos, que atualmente colaboram com as investigações, confessaram que a elaboração dos aditivos ocorria em um contexto de pagamento de propinas. Já na segunda fase da operação Integração, o aprofundamento das investigações levou à prisão de dirigentes de outras concessionárias e também da regional paranaense da ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias) – João Chiminazzo Neto, então diretor da ABCR/PR, promovia arrecadação de dinheiro vivo junto às concessionárias para, posteriormente, realizar pagamentos de propinas a agentes públicos incumbidos de fiscalizar as concessões, tanto no DER como na Agência Reguladora do Paraná (AGEPAR).
Vigorando o esquema de pagamento de vantagens indevidas no DER/PR, em 2000 e 2002 o Estado do Paraná firmou aditivos contratuais com todas as seis concessionárias. Esses aditivos geraram polêmica e foram objeto de dezenas de ações judiciais, especialmente porque reduziram investimentos e elevaram as tarifas em detrimento dos usuários.
Em 2012, análise de auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) identificou diversas irregularidades nesses aditivos. Conforme a Corte de Contas: 1) Embora os investimentos previstos no contrato original tenham sido remanejados para os últimos anos das concessões, sem quaisquer justificativas técnicas, desconectados das necessidades dos usuários dos trechos rodoviários atingidos, os valores originalmente previstos para restauração, recuperação e manutenção dessas obras não executadas permaneceram incorporadas às tarifas de pedágio cobradas dos usuários. Assim, o usuário pagou por um serviço que não foi executado; 2) A alteração do critério de medição dos serviços realizados de “área estimada” para “quantitativo de insumos” tornou a fiscalização menos eficaz e facilitou a utilização de materiais de baixa qualidade que exigem maiores gastos com manutenção, em benefício das concessionárias, eliminando assim o risco de execução assumido no contrato original; 3) a ocorrência de significativas mudanças nos cenáios econômicos, desde a época em que foram assinados os contratos, que impactaram o custo do capital, eventualmente desonerando as concessionárias, não foram consideradas nos ajustes promovidos, de modo a reduzir proporcionalmente as tarifas cobradas dos usuários. Ao contrário, há indícios de que o fluxo de caixa alterou-se em prol das concessionárias mesmo levando-se em conta, na avaliação dos investimentos, o custo de oportunidade da época em que os contratos foram assinados.
No caso da Econorte, a investigação identificou que a concessionária dispunha de uma rede de contratos falsos e superfaturados para produção de recursos em espécie e superfaturamento de custos operacionais. Para a prática, se utilizava de uma empresa subsidiária (Rio Tibagi) e contava com o aval e até com ordens dos altos executivos das holdings TPI e THP. Com isto, produziam-se recursos para pagamento de propina e forjavam-se supostos desequilíbrios no contrato de concessão, obtendo de forma fraudulenta aumentos exorbitantes de tarifas de pedágio. O esquema envolvia também a supressão indevida de obras, a exemplo do Contorno Norte de Londrina, que foi retirado do cronograma da concessionária em aditivo assinado por Nelson Leal Jr. no dia 25 de janeiro de 2018.
Relevante também a instalação ilegal da praça de pedágio de Jacarezinho, permitida pelo DER nos termos aditivos firmados em 2000 e 2002. A irregularidade já foi reconhecida pela justiça em milhares de ações individuais, que têm resultado na concessão de isenções da tarifa de pedágio aos usuários da rodovia que procuram a justiça.
O MPF pede na ação civil pública o reconhecimento da nulidade de diversos aditivos ao contrato da Econorte, elaborados nos anos de 2000, 2002, 2013, 2014, 2017 e 2018 em prejuízo dos usuários das rodovias administradas. Todos estes atos administrativos foram elaborados num contexto de corrupção de agentes públicos.
O valor mínimo estimado pelo dano causado pela Econorte chega a mais de R$ 500 milhões. Deste valor, mais de R$ 159 milhões seriam equivalentes apenas às tarifas exorbitantes. Com o pedido de danos morais coletivos, o valor da causa ultrapassou R$ 1 bilhão. Trata-se, ainda, de um valor mínimo, sem prejuízo de novos pedidos de reparação para o caso em que novas apurações demonstrem um dano ainda maior.
Irregularidades começaram a ser apontadas pelo MPF em 2013 – As irregularidades na administração da concessão começaram a ser apontadas por um grupo de trabalho do MPF em 2013. Na época, foram identificados 13 atos secretos que beneficiaram as concessionárias, além de diversas doações eleitorais suspeitas. Posteriormente, investigações da Operação Lava Jato comprovaram que tais atos eram editados como contraprestação por propinas pagas sistematicamente pelas concessionárias.
Risco de novas modificações ilegais – a liminar obtida pelo MPF vedou a elaboração de aditivos novos enquanto correr a ação civil pública. A decisão considerou o risco de que a Econorte busque novo reequilíbrio contratual, a despeito das irregularidades sob apuração. Um executivo do Grupo Triunfo, Carlo Botarelli, testemunhando na ação penal da primeira fase da operação Integração, afirmou em juízo que a empresa buscaria novo reequilíbrio devido às isenções concedidas pela justiça aos usuários da BR-153.
A decisão proibiu expressamente a elaboração de aditivo que promova novo aumento da tarifa para além do IPCA. Isto pois o magistrado entende que o novo aumento pretendido pelo executivo favoreceria a concessionária por uma irregularidade que ela mesma praticou (instalação ilegal da praça de pedágio de Jacarezinho).
Redução de tarifas e retomada imediata de obras – Diante das provas de irregularidades nos aditivos apresentadas pelo MPF, a decisão determinou providências imediatas para reversão dos prejuízos verificados. A praça de pedágio de Jacarezinho deverá ser desinstalada; enquanto não cumprida a medida, as cancelas ficarão abertas. As demais praças da Econorte deverão reduzir imediatamente em 26,75% as tarifas praticadas. As obras do Contorno Norte de Londrina e as demais obras do cronograma previsto no contrato original deverão ser retomadas em 30 dias.
A liminar obtida determina também que a União, o Paraná e o DER/PR deverão se manifestar, em até 90 dias, sobre eventual declaração de caducidade da concessão da Econorte e revogação do convênio de delegação de rodovias federais.
Caso o Paraná decida pela caducidade da concessão da Econorte, a empresa será retirada da administração das rodovias por ter descumprido o contrato de concessão. O MPF, ainda, pretende que a União se manifeste sobre a retomada das rodovias federais delegadas, uma vez que o estado do Paraná teria mostrado inaptidão para gerenciá-las.
Lei Anticorrupção – Na ação, o MPF pede ao juízo a imposição de sanções da Lei Anticorrupção a várias empresas do Grupo Triunfo. Em caso de procedência, além da reparação do dano bilionário, as empresas podem ficar impedidas de receber incentivos do poder público por até 5 anos. No caso da Rio Tibagi, o MPF pediu a dissolução compulsória desta empresa, por entender que “foi criada pela Triunfo com o propósito de burlar a legislação tributária e produzir caixa 2 para a Econorte”.
Fonte: Paranaportal

Operação Mustela: Veja a lista dos presos pelo Gaeco nesta segunda




O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público do Paraná, cumpriu na manhã desta segunda-feira (10) 12 mandados de prisão temporária e 44 mandados de busca e apreensão. A operação, batizada de Mustela, uma alusão ao popular furão, investiga esquema de propinas entre empresários, agentes políticos e médicos para furar a fila do SUS no Paraná.
A operação aconteceu em Curitiba, Campo Largo, Marechal Cândido Rondon, Almirante Tamandaré, Campina Grande do Sul, Telêmaco Borba, Bandeirantes, Campo Magro, Colombo e Siqueira Campos. Veja a lista dos 12 presos na operação do Gaeco:
– César Augusto Cubis;
– Claudete Manfrin Nonato;
– José Carlos Martins, vereador em Bandeirantes;
– Lourival Aparecido Pavão, que foi assessor de Ratinho Junior (PSD) na Assembleia Legislativa;
– Luiz Geraldo Hablich;
– Paulo Roberto Mendes de Morais;
– José Carlos da Silva, assessor do deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), segundo o Gaeco;
– Sônia Aparecida dos Santos;
– Flávia Lilian Gomes, secretária no Hospital São Lucas;
– Taiana do Carmo, funcionária do Hospital São Lucas;
– Bruno Novochadlo de Moura Jorge, médico do Hospital São Lucas;
– Marcel Sangeroti, médico do Hospital São Lucas;
– Ricardo Moro, médico do Hospital São Lucas;
– Volnei José Guareschi, médico e sócio do Hospital São Lucas.
Fonte: Blog do Esmael

Diplomado, Bolsonaro diz que será presidente de todos os brasileiros


Em meio ao escândalo das transações suspeitas envolvendo o filho, Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão são diplomados nesta tarde pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como presidente da República e vice para cumprir mandato de 2019 a 2022; em discurso, Bolsonaro disse governará para todos a partir de 1º de janeiro, defendeu que a "soberania do voto" é inquebrantável e garantiu que não haverá mais "submissão aos interesses alheios", o que é contraditório com sua política externa
247 - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) diplomou nesta segunda-feira (10), Jair Bolsonaro como presidente da República para cumprir mandato de 2019 a 2022.
A cerimônia de diplomação do presidente eleito em 28 de outubro e de seu vice, Hamilton Mourão, é realizada em sessão solene no plenário da Corte. Os diplomas são assinados pela presidente do TSE, ministra Rosa Weber.
Durante seu discurso, Bolsonaro agradeceu a Deus pela vitórias em eleições "limpas e justas". Agradeceu os 57 milhões de votos e pediu a confiança dos que não votaram nele, prometendo ser o presidente "de todos os brasileiros". 
Bolsonaro também defendeu o combate à corrupção, em meio ao escândalo de transações suspeitas envolvendo o ex-assessor do filho Flávio Bolsonaro, e falou em "não mais submissão" a interesses alheios, o que é contraditório com sua política externa alinhada aos Estados Unidos.
Inscreva-se na TV 247 e assista ao evento ao vivo:


Mais Médicos: vagas não são preenchidas e governo convoca novo edital


Pelo menos 107 lugares na região Norte não têm interessados; a quatro dias do prazo final, metade dos profissionais inscritos ainda não se apresentou


Desde a saída dos 8.517 médicos cubanos do programa Mais Médicos, por decisão do governo daquele país, após o presidente eleito Jair Bolsonaro qualificar os profissionais como "escravos" de uma "ditadura", regiões mais remotas do Brasil estão em situação crítica.
Apesar de o governo Michel Temer ter lançado edital para preencher as vagas deixadas pelos cubanos, e de ter recebido 36.222 inscrições de médicos brasileiros, apenas 4.322 haviam se apresentado para o trabalho, até a última sexta-feira (7). O prazo final é o próximo dia 14.
No entanto, em algumas áreas, mais afastadas dos grandes centros urbanos, a situação é mais grave. Na região Norte, 106 vagas não foram ocupadas, informou o Ministério da Saúde, nesta segunda-feira (10). Os lugares remanescentes estão distribuídos entre oito distritos indígenas e 19 municípios.
Segundo o levantamento final, não houve interessados em um distrito indígena (Dsei) — Médio Purus, no Amazonas — e em outros dois municípios: Terra Santa, no Pará, e Castanheiras, em Rondônia.
Por isso, a pasta publicou, também hoje, novo edital para a segunda etapa de seleção. Desta vez, poderão se inscrever, a partir desta terça (11), médicos com CRM no Brasil ou formados no exterior, mesmo sem revalidar o diploma.
Para efetuar a inscrição, serão exigidos 17 documentos, entre eles o reconhecimento da instituição de ensino pela representação do país onde os profissionais obtiveram a formação. 
"Não existem médicos; nem brasileiros, nem cubanos. Não há nenhum tipo de atendimento médico", declarou Jnna Andrade, voluntário do Conselho Indigenista Missionário, em conversa com a Agência Efe.
No leste do Estado, conta ele, a população tem de se deslocar até 80 km para ter acesso à saúde básica, e até 400 km quando se trata de atendimento de urgência. "Os moradores recebem cuidados paliativos provisórios e às vezes correm risco de vida porque seguem doentes ou podem morrer", lamentou o missionário.
Em Alagoas, na região Nordeste, a situação não é diferente. Todas as 128 vagas lançadas no concurso do Ministério da Saúde foram preenchidas mas, até agora, apenas 28 médicos haviam se apresentado, até a semana passada.
O portal G1, o presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Amazonas, Januário Neto, classifica a situação da região como "emergencial". "Ninguém quer vir aqui", destacou Neto, em referência à centena de vagas que nenhum médico quis ocupar.
Fonte: Notícias ao Minuto