segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

No Dia Mundial dos Direitos Humanos, povo vai às ruas por Lula Livre


O Dia Nacional de Lula por Lula Livre acontecerá numa data emblemática: quando serão celebrados também os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotado pela ONU em 10 de dezembro de 1948; nesta segunda-feira, ações por todo o País serão realizadas contra as violações dos direitos humanos do ex-presidente e em defesa de sua liberdade; grande ato foi convocado em São Bernardo às 18h30
247 - Numa data emblemática, quando são celebrados os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, da Organização das Nações Unidas, o Comitê Nacional Lula Livre, junto aos movimentos da Frente Brasil Popular, realizará nesta segunda-feira 10 ações por todo o país contra as violações dos direitos humanos do ex-presidente Lula e em defesa de sua liberdade.
Um grande ato está convocado para a sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, às 18h30, com a presença de representações políticas de vários países. Em um vídeo de convocação (assista abaixo), o Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel destaca os feitos do presidente contra a extrema-pobreza e ainda a campanha para que Lula receba o Nobel da Paz.
Mantido como preso político desde o dia 7 de abril, Lula teve seus direitos políticos garantidos e reafirmados pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU em agosto deste ano. Apesar disso, foi impedido de disputar a presidência da República, teve sua candidatura impugnada e até hoje continua na sede da Polícia Federal em Curitiba.
Inscreva-se na TV 247 e assista ao vídeo que convoca para a Jornada Lula Livre:


Bancada da mídia perde força no Congresso


MANAUS, AM, E SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) - Em campanha eleitoral marcada pela força das redes sociais online, a chamada "bancada da mídia" perdeu espaço no Congresso Nacional, mas teve força para eleger três governadores de estado.
Levantamento da Folha de S.Paulo aponta que dos 40 parlamentares eleitos em 2014 que eram sócios de emissoras de rádio e televisão, 4 não disputaram a reeleição e 11 foram derrotados nas urnas, incluindo nomes tradicionais como Romero Jucá (MDB-RR) e José Agripino Maia (DEM-RN).
Por outro lado, 25 seguirão no Congresso nos próximos quatro anos -5 senadores e 20 deputados. A eles se unirão três novos deputados que declararam ser sócios de emissoras de rádio: Leur Lomanto Júnior (DEM-BA), David Soares (DEM-SP) e João Maia (PR-RN).
Oficialmente, a bancada da mídia terá 28 representantes no Congresso. Mas ainda há uma legião de parlamentares ligados a emissoras mesmo não constando entre os sócios. É o caso de veteranos como o deputado federal Silas Câmara (PRB-AM), cujo irmão é sócio de uma emissora de televisão no Amazonas.
Entre os novatos, há nomes como o deputado eleito Lafayette Andrada (PRB-MG), cujo pai, Bonifácio Andrada (PSDB-MG) é sócio de uma rádio em Minas, e o deputado eleito Paulo Martins (PSC-PR), que é funcionário de uma emissora da Rede Massa, ligada ao governador eleito Ratinho Júnior (PSD).
Na Bahia, o senador eleito Angelo Coronel (PSD-BA) tem um assessor como gestor de uma rádio comunitária na cidade de Coração de Maria (BA), seu reduto eleitoral.
Parte dos deputados e senadores que apareciam como proprietários emissoras em 2014 também deixou de fazer parte das empresas -as cotas da sociedade foram repassadas para familiares e aliados últimos anos. É o caso, por exemplo, do senador Jader Barbalho (MDB-PA) e do deputado federal eleito Aécio Neves (PSDB-MG).
A mudança aconteceu após uma série de inquéritos e ações civis públicas movidas em 2015 pelo Ministério Público Federal, questionando as concessões em nome dos parlamentares.
Segundo a Procuradoria, a Constituição determina que deputados e senadores não podem ser concessionários de serviços públicos, regra que valeria também para a radiodifusão. Já os parlamentares argumentam que a legislação restringe apenas que eles exerçam cargos executivos na direção das empresas.
Se, no Congresso, a bancada da mídia perderá espaço na próxima legislatura, os meios de comunicação tradicionais mostraram força com a eleição de governadores de três estados.
O caso mais surpreendente é o do apresentador de TV Wilson Lima (PSC), 42, eleito governador do Amazonas. Ele não tinha carreira política e até junho apresentava o "Alô Amazonas", popular programa com temas policiais e comunitários.
Paraense e de origem familiar pobre, Wilson fez a carreira no Amazonas dentro do RCC (Rede Calderaro de Comunicação), que reúne a TV A Crítica, afilada da Record, e outras dez empresas. Ao todo foram 12 anos trabalhando para o grupo.
Após a vitória no segundo turno, o jornal A Crítica fez uma capa especial onde se lia "O Brasil e o Amazonas decidiram virar a página". No Instagram, a presidente da RCC, Tereza Cristina Calderaro Corrêa, comemorou: "QUE FORÇA tem nosso grupo no Amazonas".
Em entrevista por telefone, o vice-presidente Dissica Calderaro disse que a celebração de sua mãe foi em caráter pessoal. Ele afirma que a RCC não se envolveu na campanha de Lima e que o conglomerado tomará distância do seu governo.
"O grupo A Crítica não mudará e será o grupo O Elogio. Vamos continuar o nosso trabalho", disse. "O próprio programa Alô Amazonas cobrará o governador."
No Pará, o clã Barbalho, dono do grupo RBA, voltou ao poder após 25 anos com a eleição de Helder. Seus pais, o senador Jader e a deputada federal Elcione, renovaram seus mandatos.
O conglomerado inclui a afiliada local da TV Bandeirantes, o jornal Diário do Pará, entre outros meios comunicação. Não são raras reportagens críticas a adversários, principalmente do PSDB, ao lado de menções elogiosas a Jader e a Helder.
No Paraná, a família do governador eleito Ratinho Júnior (PSD) é dona da Rede Massa, que reúne emissoras de rádio e a afiliada do SBT no estado. O pequeno império comunicacional foi criado pelo seu pai, o apresentador de televisão Ratinho.
Entre os novos senadores, três têm relações estreitas com emissoras de televisão, casos de Jayme Campos (DEM-MT), Weverton Rocha (PDT-MA) e Carlos Viana (PHS).
A família de Campos é sócia da TV Brasil Oeste no Mato Grosso, enquanto Carlos Viana foi eleito em Minas Gerais após uma carreira de apresentador na Record Minas.
No Maranhão, Weverton tem ligações com a TV Difusora, afiliada do SBT, há, pelo menos, dois anos.
O senador eleito é sócio de uma empresa firmou contrato de promessa de compra e venda da emissora, que pertence à família do senador Edison Lobão (MDB).
Desde que o contrato foi assinado, TV Difusora tornou-se uma espécie de vitrine para Weverton. Ele passou a ter presença constante em programas como o Bom Dia Maranhão, no qual costuma aparecer em entrevistas e reportagens sobre a sua atuação em Brasília.
Por meio de sua assessoria, o senador eleito informou que é um potencial comprador, mas não possui o controle atual da emissora.
Enquanto novos nomes ganham espaço, clãs tradicionais que controlam meios de comunicação sofreram reveses neste ano. No Norte, a derrota mais emblemática foi a do senador Romero Jucá, que não se reelegeu. A sua família controla as afiliadas das redes Record e Bandeirantes, além da rádio 93 FM, em Boa Vista.
Na avaliação do jornalista Eugênio Bucci, professor da Escola de Comunicação e Artes da USP, as empresas de rádio e televisão ainda constituem um polo de poder importante na política brasileira.
Ele afirma, contudo, que as emissoras são importantes na formação de convencimentos políticos, mas não é exatamente determinante no voto do eleitor.
Ele cita como exemplo a família Barbalho, que mesmo sendo dona de uma TV, passou duas décadas fora do governo. "É um clã enraizado e que controla uma emissora. Mas existem outros fatores importantes para a vitória [de Helder Barbalho], como o desgaste do governo atual", afirma Bucci.


domingo, 9 de dezembro de 2018

Velho truque: sem resposta decente para caso do Coaf, Bolsonaro ataca o PT. Por Kiko Nogueira

Bolsonaro grava vídeo para a tal Cúpula Conservadora das Américas


É o truque mais velho do livro, mas a validade venceu.
Em discurso por vídeo no encerramento da Cúpula Conservadora das Américas, em Foz do Iguaçu, auto proclamada resposta da direita ao Foro de São Paulo, Jair Bolsonaro insistiu na retórica da campanha.
Sem uma resposta decente para o caso do ex-assessor de seu filho Flávio citado no Coaf, escândalo que respingou em toda a família e em sua papagaiada anti corrupção, ele voltou suas baterias para o velho espantalho petista.
“Ou mudamos agora o Brasil, ou o PT volta, com muita mais força do que tinha”, falou.
“Não está em jogo o sucesso” do seu mandato, “mas o do Brasil”.
Acusou novamente “fraude nas eleições”. Isso vindo do sujeito cujas contas foram aprovadas no TSE com ressalvas e que teve seu serviço uma usina de fake news.
Lembrou que luta contra ideologias de esquerda desde os anos 70, quando era ainda um garoto, antes da fundação do PT nos anos de 80.
“O oxigênio deles [das esquerdas] é a população mais pobre”, admitiu.
Lançou dúvida sobre o potencial conclusivo das investigações sobre sua facada porque Adélio Bispo de Oliveira é ex-militante do PSOL.
“Há um aparelhamento de todas as instituições no Brasil”, garante.
É preciso “lutar pela liberdade”, um “bem maior”.
Pouco antes, seu filho Eduardo tinha dado uma explicação tragicômica para o imbroglio Coaf: amizade e política podem se misturar e “às vezes ocorre de emprestar dinheiro”.
Acrescentou que “o que ocorreu ali ninguém sabe”.
Esse governo é uma tragédia anunciada.
Bolsonaro vai tentar manter o clima de guerra para disfarçar o fracasso em tempo recorde.
Ele sabe que é uma fraude. Um sujeito dado a pequenos expedientes e grandes negócios há 30 anos na política.
Ninguém poderá se surpreender se o PM/motorista de Flávio Bolsonaro não aparecer com uma carteirinha de fundador do PT.
Fonte: DCM

Bolsonaro sugere reforma eleitoral: 'Ou PT volta com muito mais força'


Presidente eleito diz que sistema eleitoral brasileiro precisa ser aperfeiçoado

O futuro presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), participou por videoconferência no sábado (8) do encerramento da Cúpula Conservadora das Américas, evento organizado por um de seus filhos, o deputado Eduardo, em Foz do Iguaçu (PR).
Ele reforçou a desconfiança no sistema eleitoral brasileiro, que, na visão dele, precisa ser aperfeiçoado. "Ou mudamos agora, ou o PT volta, com muito mais força do que tinha", afirmou, segundo o Uol.
"Não estou aqui fazendo uma afirmativa, a desconfiança da possibilidade de fraude é uma coisa na cabeça de muita gente aqui no Brasil. Não é porque nós ganhamos agora que devemos confiar nesse processo de votação. Queremos é aperfeiçoá-lo", complementou.
"Nós pretendemos então no primeiro semestre [fazer] uma boa proposta de mudança do sistema de votação no Brasil, porque eu e muitos entendem que nós só ganhamos a vitória porque tínhamos muito, mas muito mais votos do que eles. E tivemos uma situação parecida, de um certo equilíbrio."
Bolsonaro obteve cerca de 57 milhões de votos nas eleições de outubro, 10 milhões a mais do que o petista Fernando Haddad. 
Fonte: Notícias ao Minuto



sábado, 8 de dezembro de 2018

Recordar é viver: o que fazia o filho de Bolsonaro para o pai achar que ele iria para a Papuda? Por Kiko Nogueira



Alguns episódios, vistos retrospectivamente, ganham outra dimensão, maior ou menor.
Em fevereiro de 2017, o fotógrafo Lula Marques flagrou uma troca de mensagens de WhatsApp (sempre ele) entre os então deputados Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo.
Você vai se lembrar.
A cena fica diferente após a descoberta do Coaf sobre a movimentação financeira atípica de R$ 1,2 milhão do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício José Carlos de Queiroz.
Esse valor inclui tanto saques como transferências, créditos em suas contas, entre outras operações. Um cheque foi para Michelle Bolsonaro.
Cerca de um quarto do valor suspeito (R$ 324,8 mil) foi movimentado por meio de saques. Foram retiradas que variavam de R$ 100 a R$ 14.000.
Voltando: Marques postou a foto do papo em seu Facebook. A conversa é a seguinte:
Jair: “Papel de filho da puta que você está fazendo comigo”.
Jair: “Tens moral para falar do Renan? Irresponsável” (O caçula de Bolsonaro se chama Renan)
Jair: “Mais ainda, compre merdas por ai. Não vou te visitar na Papuda”.
Jair: “Se a imprensa te descobrir ai, e o que está fazendo, vão comer seu fígado e o meu. Retorne imediatamente”.
Eduardo: “Quer me dar esporro tudo bem. Vacilo foi meu. Achei que a eleição só fosse semana que vem. Me comparar com o merda do seu filho, calma lá”.
O registro foi feito no plenário no dia da eleição para a Presidência da Câmara. Jair teve quatro votos, menos que os brancos.
A lista de presença não contém o nome de Eduardo, que não compareceu à sessão.
Mas isso é apenas uma parte da história.
A pergunta que não quer calar: o que Eduardo estava fazendo, e onde, para seu pai achar que ele iria para a Papuda?
A família brasileira, cujos valores são resguardados pelos Bolsonaros, aguarda ansiosamente a resposta.
Almoço dos Bolsonaros. Aquele na seta é Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio citado no Coaf

Fonte: DCM


PMs que participaram da campanha de Flávio Bolsonaro foram presos

Flávio Bolsonaro e o pai. Foto: Reprodução/Congresso em Foco



Recordar é viver. Matéria do Estadão de 5 de setembro de 2018:
Dois policiais militares que participavam de agendas da campanha do deputado estadual Flávio Bolsonaro, candidato ao Senado pelo PSL do Rio de Janeiro nas eleições 2018 e filho do presidenciável Jair Bolsonaro, foram presos na semana passada na Operação Quarto Elemento. A ação, desencadeada pelo Ministério Público Estadual, investiga suposta quadrilha de policiais especializada em extorsões. Os irmãos gêmeos PMs Alan e Alex Rodrigues de Oliveira estavam entre os 46 suspeitos com prisão decretada pela Justiça.
Nas últimas semanas, eles acompanharam o postulante em agendas na zona oeste da capital fluminense. Segundo integrantes da campanha, os irmãos policiais atuavam dando apoio de segurança nos eventos de campanha de Flávio Bolsonaro.
Alan e Alex se aproximaram do PSL por meio da irmã, Valdenice de Oliveira Meliga. Ela é uma das assessoras do deputado estadual e tesoureira do partido no Rio. A funcionária está nomeada no gabinete de Flávio como cargo de confiança na Liderança da legenda. Em junho, recebeu salário de R$ 6.490.
A prisão dos PMs causou mal-estar na campanha de Flávio. Um dos motes dos Bolsonaro é o enfrentamento dos criminosos. O presidenciável e seus filhos (além de Flávio, o vereador no Rio Carlos Bolsonaro e Eduardo, deputado federal por São Paulo) defendem rigor no combate aos criminosos.
Nesta terça-feira (4/8), Flávio negou, pessoalmente e por nota, que os irmãos integrassem a sua campanha. Valdenice, porém, afirmou ao que os dois atuavam como voluntários em agendas do parlamentar. Segundo ela, os irmãos são inocentes

Fonte: DCM

Bolsonaro diz que cirurgia marcada para janeiro pode ser adiada


Presidente eleito afirmou nesse sábado que a causa do mal-estar sentido na véspera foi uma confusão nos medicamentos que está tomando; Bolsonaro está no olho do furacão após vir à tona o escândalo do Bolsogate; nesta sexta, o vice Mourão deu uma declaração de sentido dúbio em entrevista à jornalista Miriam Leitão: "Estou aqui para substituir o presidente"
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesse sábado que a causa do mal-estar sentido na véspera foi uma confusão nos medicamentos que está tomando e declarou que talvez adie a cirurgia programada inicialmente para janeiro de 2019.
"Me confundi com uma série de medicamentos...e aí dormi, mas estou bem. Tomei uma dose além do normal, foi como tomar um sonífero", disse a jornalistas após participar de mais um evento militar no Rio. "Talvez adie a cirugia, mas estou bem; vamos esperar. O Brasil precisa de todos para tirar o país dessa situação", acrescentou.
Ele afirmou que deve voltar a São Paulo na próxima semana para fazer novos exames e disse que, por ele, se estiver bem, opera "logo, agora".
"Se o doutor Macedo achar na quinta-feira que estou em condições, posso baixar logo. Eu gostaria de não ficar uma semana baixado depois, em janeiro", disse ao citar ainda a possível ida ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, como um dos motivos também para mudar data da cirurgia.
Coaf
Sobre a movimentação de 1,2 milhão de reais do assessor do filho Flávio Bolsonaro, detectada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o presidente eleito disse que conhece Fabrício Queiroz desde 1984 e tem uma amizade próxima.
"Eu já o socorri financeiramente em outras oportunidades. Nessa última agora houve um acúmulo de dívida e ele resolveu me pagar... em 10 cheques de 4 mil reais. Eu não botei na minha conta por que tenho dificuldade para ir em banco e deixei para minha esposa."
"Lamento o constrangimento que ele está passando, mas ninguém dá dinheiro sujo com cheque nominal. Espero que ele se explique...foi normal e natural", adicionou o presidente eleito
Bolsonaro destacou que movimentação atípica não é sinônimo de crime e que seu filho Flávio Bolsonaro não foi alvo da operação que teve como origem um pente fino da Coaf.
Ele disse que ainda não conversou com Queiroz e muito pouco com seu filho, que está abatido com a situação.
"Se errei (em não ter declarado o dinheiro recebido de Queiroz), eu arco minha responsabilidade junto ao fisco", disse ele.
Por Rodrigo Viga Gaier; Edição de Claudia Violante


Bolsonaro admite que sonegou informação sobre empréstimo no seu IR


Depois de apontar que o pagamento de R$ 24 mil feito pelo ex-assessor Fabrício Queiroz a sua esposa Michele seria fruto de um empréstimo não declarado em seu imposto de renda, o presidente eleito admitiu neste sábado 8 ter sonegado informações ao fisco; “Se eu errei, eu arco com a minha responsabilidade perante o Fisco. Sem problema nenhum”, afirmou; ele voltou a dar uma explicação sem sentido sobre o cheque à futura primeira-dama: "questão de mobilidade"; Bolsogate cresce com a percepção de que Fabrício era uma espécie de caixa eletrônico do clã
247 - O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), admitiu neste sábado 8 que sonegou informações sobre o empréstimo que disse ter concedido ao amigo e ex-assessor Fabrício Queiroz, por não ter declarado a transferência ao fisco. Sobre o cheque à sua esposa Michele, ele reafirmou que teria sido fruto do empréstimo e voltou a dar explicações sem sentido para que estivesse no nome da futura primeira-dama. "Questão de mobilidade", declarou.
“Se eu errei, eu arco com a minha responsabilidade perante o Fisco. Sem problema nenhum”, afirmou, após ter participado de um evento da Marinha no Rio de Janeiro. Sobre o cheque, disse ainda:
"Não botei na minha conta por questão de... Eu tenho dificuldade para ir em banco, andar na rua. Deixei para minha esposa. (...) Mas ninguém recebe ou dá dinheiro sujo com cheque nominal, meu Deus do céu".
Para Bolsonaro, as informações foram vazadas por advogados de parlamentares que foram presos no mês passado, no âmbito da Operação Furna da Onça, que levou à prisão dez deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
“O Coaf não vazou nada. Pelo que eu sei, foram advogados dos parlamentares que estão presos, que estão respondendo a processo que vazaram isso aí para desviar o foco da atenção deles para com o meu filho”, disse.



Eduardo Bolsonaro sobre depósitos: amizade e trabalho se misturam


Deputado federal diz que "ninguém sabe" o que de fato ocorreu no caso de Fabricio Queiroz, ex-assessor de seu irmão, Flávio Bolsonaro, e da movimentação de R$ 1,2 milhão em sua conta; "O que ocorreu ali ninguém sabe, nem o Coaf sabe", declarou; ele comentou ainda transferências feitas por ex-assessores da Alerj a Queiroz: "A relação no gabinete conosco é a melhor possível, as vezes até se mistura o trabalho com a amizade"
247 - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) declarou neste sábado 8 que "ninguém sabe" o que de fato ocorreu no caso envolvendo o ex-assessor de seu irmão, o deputado estadual Flávio Bolsonaro, e seu pai, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
O escândalo, já conhecido como 'Bolsogate', foi revelado após um relatório do Coaf ser divulgado pelo jornal O Estado de S.Paulo. De acordo com o relatório, o órgão considerou suspeita uma movimentação de mais de R$ 1,23 milhão entre 1º de janeiro de 2016 e 31 de janeiro de 2017 na conta de Fabricio Queiroz, funcionário da família. Há ainda um cheque nominal de R$ 24 para Michel Bolsonaro e o registro de 176 saques no período de um ano.
"O que ocorreu ali ninguém sabe, nem o Coaf sabe. Ocorreu uma movimentação suspeita que está sendo investigada. A gente tem que trabalhar é para não permitir interferência na investigação. Fora isso, o que que eu vou falar? Ninguém sabe. Você sabe de onde é que veio esse dinheiro? Você já viu alguma alegação do Queiroz?", indagou o deputado.
As declarações foram feitas durante entrevista coletiva na Cúpula Conservadora das Américas, evento organizado pelo próprio deputado em Foz do Iguaçu (PR). Questionado sobre os sete servidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que passaram pelo gabinete de Flábio Bolsonaro e fizeram transferências para uma conta de Queiroz, Eduardo respondeu que às vezes "o trabalho se mistura com a amizade".


Gleisi cobra explicações sobre incêndio e atuação da PM em ocupações


Após uma ação violenta da Polícia Militar do Paraná nesta sexta-feira 7, um incêndio destruiu centenas de casas da Ocupação 29 de Março, em Curitiba; um jovem foi assassinado durante o episódio; a presidente do PT exige, em nota, "esclarecimentos urgentes e informações confiáveis por parte das autoridades estaduais"
Paraná 247 - A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), exigiu esclarecimentos das autoridades após uma ação violenta seguida de um incêndio na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), onde ficam diversas ocupações de famílias. Um jovem foi assassinado no local.
Em nota, Gleisi diz que o incêndio e a abordagem promovida pela PM do Paraná "exibem uma realidade preocupante, que faz com que a sociedade exija esclarecimentos urgentes e informações confiáveis por parte das autoridades estaduais".
Leia abaixo a íntegra do comunicado e uma reportagem do Brasil de Fato sobre o caso:
O incêndio de ocupações em Curitiba precisa ser esclarecido e inocentes não podem mais ser vítimas da ação policial
O incêndio de centenas de moradias em ocupações na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) na madrugada passada e a abordagem promovida pela Polícia Militar do Paraná (PM-PR) aos moradores da região ao longo da última sexta-feira (7) exibem uma realidade preocupante, que faz com que a sociedade exija esclarecimentos urgentes e informações confiáveis por parte das autoridades estaduais.
Combater o crime, principalmente o crime organizado, é dever da polícia e necessidade social. Para tanto, policiais devem estar preparados, principalmente com um sistema de inteligência que articule suas ações sem comprometer a integridade da população inocente nas comunidades onde vão atuar e a sua própria como agentes de segurança.
Infelizmente as famílias de trabalhadores, que perderam o pouco que tinham no incêndio ainda por esclarecer, tiveram direitos violados e se viram criminalizadas pela operação policial. Não há justificativa para ação repressiva e ameaçadora dessa natureza, que resulta em graves consequências. Não se pode admitir uma punição coletiva dos habitantes da comunidade.
Essas pessoas vivem o drama do déficit habitacional, da falta de moradia digna, que afeta milhares de famílias na Grande Curitiba, e são condicionadas a sobreviverem em condições degradantes por falta de uma política habitacional de interesse social, evidenciando o desprezo das autoridades locais por sua gente.
Esse abandono e desprezo são agravados com a violência e o terror de uma ação policial generalizada. É preciso que as autoridades políticas do Estado e o comando da PM esclareçam o crime que vitimou um profissional da segurança pública e a morte até então confirmada de um morador da ocupação, além do incêndio que vitimou as centenas de famílias, evitando, com isso, que situações semelhantes venham a se repetir.
Solidariedade aos moradores das ocupações da CIC que foram atingidas. Apoio aos movimentos sociais de luta pela moradia e às organizações de advogados, imprensa livre e a todas as pessoas que, desde a madrugada,têm se mobilizado em esclarecer, divulgar e prestar socorro e assistência às famílias das ocupações. Condolências às famílias do policial e do morador que foram assassinados.
Senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR)

Presidenta Nacional do PT



Ex-assessor fisgado pelo Coaf era íntimo e pescava com Jair Bolsonaro


Fisgado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) com movimentações de R$ 1,2 milhão, incompatíveis com sua renda, o policial Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro tinha total intimidade com o clã presidencial. A tal ponto, que saía para pescar com o próprio Jair Bolsonaro, que justificou a transferência de R$ 24 mil para a futura primeira-dama Michele Bolsonaro como o pagamento de um empréstimo não registrado em seu imposto de renda
247 – Fisgado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) com movimentações de R$ 1,2 milhão, incompatíveis com sua renda, o policial Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro tinha total intimidade com o clã presidencial. A tal ponto, que saía para pescar com o próprio Jair Bolsonaro, conforme demonstra imagem publicada no Instagram de Queiroz.
Bolsonaro justificou a transferência de R$ 24 mil para a futura primeira-dama Michele Bolsonaro como o pagamento de um empréstimo não registrado em seu imposto de renda. Abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre o caso:
O presidente eleito Jair Bolsonaro disse hoje (7) ao site O Antagonista que os R$ 24 mil pagos em cheques pelo ex-assessor Fabrício José de Queiroz à futura primeira-dama Michelle Bolsonaro referem-se à quitação de uma dívida pessoal. “Emprestei dinheiro para ele em outras oportunidades. Nessa última agora, ele estava com um problema financeiro e uma dívida que ele tinha comigo se acumulou. Não foram R$ 24 mil, foram R$ 40 mil. Se o Coaf quiser retroagir um pouquinho mais, vai chegar nos R$ 40 mil.”
Segundo o presidente eleito, Queiroz pagou em dez cheques de R$ 4 mil. “Eu podia ter botado na minha conta. Foi para a conta da minha esposa, porque eu não tenho tempo de sair. Essa é a história, nada além disso", afirmou.
Ele comentou também que não registrou a operação no imposto de renda.
Segundo Bolsonaro, Queiroz é seu amigo há 34 anos, desde os tempos da Brigada Paraquedista, quando era soldado. Ele passou em concurso da Polícia Militar do Rio de Janeiro e, mais tarde, foi contratado pelo gabinete do filho Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), deputado estadual eleito senador.
O presidente eleito disse ainda que só pretende reatar contato com o velho amigo depois que ele explicar ao Ministério Público Federal (MPF) a movimentação atípica de R$ 1,2 milhão identificada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) em sua conta no período 2016-2017.


Ex-assessor fez 176 saques em um ano. Era o caixa eletrônico dos Bolsonaro?


Cresce o escândalo 'bolsogate', que envolve o policial Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, que teve movimentações de R$ 1,2 milhão captadas pelo Coaf e fez uma transferência de R$ 24 mil para Michele Bolsonaro. Sabe-se, agora, que ele fez 176 saques em apenas um ano e recebeu diversos depósitos de funcionários que passaram pelo gabinete de Flávio Bolsonaro. Ao que tudo indica, ele era uma espécie de caixa eletrônico da família presidencial
247 – "O ex-motorista do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) fez 176 saques de dinheiro em espécie de sua conta em 2016. A movimentação dá uma média de uma retirada a cada dois dias. O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontou uma movimentação financeira atípica de R$ 1,2 milhão do ex-assessor parlamentar e policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz naquele ano. Esse valor inclui tanto saques como transferências, créditos em suas contas, entre outras operações. Cerca de um quarto do valor suspeito (R$ 324,8 mil) foi movimentado por meio de saques. Foram retiradas que variavam de R$ 100 a R$ 14.000", aponta reportagem de Italo Nogueira, publicada na Folha de S. Paulo.
Ou seja, cresce a cada dia o escândalo 'bolsogate', que envolve oFabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, que teve movimentações de R$ 1,2 milhão captadas pelo Coaf e fez uma transferência de R$ 24 mil para Michele Bolsonaro. Sabe-se, agora, que ele fez 176 saques em apenas um ano e recebeu diversos depósitos de funcionários que passaram pelo gabinete de Flávio Bolsonaro. Ao que tudo indica, ele era uma espécie de caixa eletrônico da família presidencial.
"Boa parte das movimentações financeiras em que a outra parte é identificada se refere a transações com membros do próprio gabinete de Flávio Bolsonaro. Sete nomes que constam do relatório fizeram parte da equipe do deputado estadual. Três são parentes de Queiroz. Estão na lista Marcia Oliveira de Aguiar (mulher), Nathalia Melo de Queiroz e Evelyn Melo de Queiroz (filhas). Todas também integraram em algum momento o gabinete de Flávio Bolsonaro. A partir de dezembro de 2016, Nathalia saiu da Alerj para integrar a equipe do hoje presidente eleito, Jair Bolsonaro, na Câmara dos Deputados. Ela se desligou do cargo em outubro deste ano, na mesma data em que o pai deixou o gabinete do senador eleito", diz ainda a reportagem.
Bolsonaro disse que a transferência de R$ 24 mil para Michele refere-se a uma dívida não registrada em seu Imposto de Renda.


Folha empareda Bolsonaro: qual a origem do dinheiro?


"Afinal, qual a origem do dinheiro à disposição do assessor parlamentar? Por que ele tinha valores a pagar à esposa do presidente eleito?", questiona a Folha de S. Paulo, em editorial. "Para que não pairem dúvidas sobre a conduta do futuro chefe do Executivo e de seus familiares, é preciso que o caso seja esclarecido com presteza. As explicações dadas até agora para tantas operações permanecem insatisfatórias". No futuro governo, Coaf ficará sob as asas de Moro
247 – O clã Bolsonaro ainda não explicou suas relações com o ex-assessor Fabrício Queiroz, nem a origem dos recursos movimentados por ele – nada menos que R$ 1,2 milhão em um ano, incompatíveis com seus rendimentos. É o que aponta editorial da Folha, publicado neste sábado.
"Afinal, qual a origem do dinheiro à disposição do assessor parlamentar? Por que ele tinha valores a pagar à esposa do presidente eleito?", questiona o texto.
"O caso torna-se mais nebuloso ao se saber que o assessor também fez depósitos em favor de sua filha —até recentemente empregada no gabinete de Jair Bolsonaro. Para que não pairem dúvidas sobre a conduta do futuro chefe do Executivo e de seus familiares, é preciso que o caso seja esclarecido com presteza. As explicações dadas até agora para tantas operações permanecem insatisfatórias."