Executiva Nacional do PT rebateu as acusações lançadas contra
o ex-presidente Lula e seu filho Luis Claudio nesta quinta-feira, 6, pelo
ex-ministro Antonio Palocci em depoimento à Justiça Federal de Brasília;
"Palocci não tem credibilidade para acusar Lula nem ninguém. Seus
depoimentos e delações servem à caçada que setores do sistema judicial movem
contra Lula e o PT, em conluio com a grande mídia, e em sintonia com Jair
Bolsonaro", diz a Executiva do PT, presidido pela senadora Gleisi
Hoffmann; "É uma testemunha que depõe com interesse próprio, pois pode
perder os benefícios se não for comprovada a delação", reforça a nota
247 - A Comissão Executiva Nacional do PT rebateu as
acusações lançadas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta
quinta-feira, 6, pelo ex-ministro Antonio Palocci em depoimento à Justiça Federal de Brasília.
"Palocci não tem
credibilidade para acusar Lula nem ninguém. Seus depoimentos e delações servem
à caçada que setores do sistema judicial movem contra Lula e o PT, em conluio
com a grande mídia, e em sintonia com Jair Bolsonaro", diz a Executiva do
PT, presidido pela senadora Gleisi Hoffmann. "É uma testemunha que depõe
com interesse próprio, pois pode perder os benefícios se não for comprovada a
delação", reforça a nota.
Leia,
abaixo, a nota do PT na íntegra:
Palocci mente para salvar sua fortuna
Ao depor
hoje para a 10a. Vara Federal de Brasília, Antônio Palocci acrescentou mais uma
falsidade às 12 mentiras que já havia contado sobre Lula, numa negociação
fraudulenta com a Lava Jato, para sair da cadeia e receber de volta pelo menos
R$ 43 milhões dos R$ 80 milhões que os investigadores encontraram em suas
contas bancárias.
A acusação
contra Lula e seu filho Luís Cláudio, no âmbito da Operação Zelotes, é uma
farsa montada a partir de reportagem mentirosa do jornal "Estado de S.
Paulo" em outubro de 2015; uma ficção relacionando Medida Provisória de
2009 a pagamentos por serviços prestados em 2014. Mesmo sendo óbvia a mentira,
procuradores de Brasília usaram a reportagem para incluir Lula e seu filho numa
denúncia sobre corrupção na Receita Federal.
A Medida
Provisória 471 foi editada em 2009, com aprovação unânime do Congresso
Nacional, para prorrogar por 5 anos a vigência de incentivos fiscais criados no
governo de Fernando Henrique Cardoso e que levaram a indústria automotiva a se
instalar nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Os incentivos foram
renovados em 2013, pela MP 627.
Ao contrário
do que alegam os acusadores de Lula, a medida não foi feita para beneficiar a
empresa A, B ou C, mas para promover a industrialização e gerar dezenas de
milhares de empregos de qualidade, como ocorreu nos polos automotivos de
Camaçari (BA), Fortaleza, Goiana (PE), Manaus e Anápolis (GO). Foi uma
bem-sucedida política de desenvolvimento regional.
Desde que a
ação, apesar de esdrúxula, foi aceita pela Justiça, em 2017, nenhuma testemunha
confirmou as acusações levianas do Ministério Público, pois elas não se
sustentam nem em provas nem nos fatos nem na lógica. Somente Antônio Palocci se
dispôs a sustentar essa farsa, depois de vender a alma à Lava Jato.
Ele acusou
Lula sem que o juiz lhe tivesse perguntado nada sobre o ex-presidente.
Perguntado sobre a tramitação da Medida Provisória 471, em 2009, respondeu que
foi absolutamente normal, para em seguida dizer que teria conversado sobre isso
com Lula e com Luís Cláudio, quatro anos depois, e reforçou a ficção
jornalística que deu início ao processo.
Interrogado
pela defesa de Lula, Palocci foi obrigado pelo juiz a responder que não há
testemunhas das supostas conversas que narrou, nem com Lula nem com Luís
Cláudio. E teve de confirmar que sua falsa acusação faz parte da delação
negociada com a Lava Jato. Ou seja: é uma testemunha que depõe com interesse
próprio, pois pode perder os benefícios se não for comprovada a delação.
Palocci não
tem credibilidade para acusar Lula nem ninguém. Seus depoimentos e delações
servem à caçada que setores do sistema judicial movem contra Lula e o PT, em
conluio com a grande mídia, e em sintonia com Jair Bolsonaro.
Comissão
Executiva Nacional do PT
São Paulo, 6
de dezembro de 2018