Depois de nomear um general para cuidar do Congresso,
Bolsonaro resolveu escalar outro para cuidar da mídia; o general da reserva
Floriano Peixoto Vieira Neto deverá ir para Secom; Bolsonaro anunciou que a
senadora Ana Amélia (PP-RS), candidata a vice-presidente na chapa de Alckmin,
poderá ser a porta-voz da nova administração; Amélia é conhecida como "Ana
do Relho" por haver defendido as agressões à caravana de Lula no Rio
Grande do Sul, inclusive com ataques utilizando relhos
247 - Depois de
nomear o general Carlos Alberto dos Santos Cruz para cuidar do Congresso, Jair
Bolsonaro resolveu escalar outro general para cuidar da mídia. O general da
reserva Floriano Peixoto Vieira Neto deverá ir para a Secretaria de Comunicação
Social (Secom), anunciou o presidente eleito nesta terça (27). Ele cuidará das
relações com a mídia e dos polpudos contratos de publicidade do governo. Na
mesma entrevista, Bolsonaro disse que a senadora Ana Amélia (PP-RS), que foi
candidata a vice-presidente na chapa de Alckmin, poderá ser a porta-voz da nova
administração.
A
senadora é conhecida como "Ana do Relho" por haver defendido as
agressões à caravana de Lula no Rio Grande do Sul, inclusive com ataques
utilizando relhos (aqui); nas planilhas de doações da
Odebrecht para campanhas eleitorais com uso de caixa 2, ela era cognominada
como "Véia".“Excelente pessoa. Se for possível, nós a aproveitaremos,
ou melhor, a convidaremos”, afirmou Bolsonaro sobre a senadora na entrevista (aqui).
A
Secom ficará subordinada à Secretaria-Geral da Presidência, que será
comandada por Gustavo Bebianno e tem sido uma das áreas de disputadas no novo
governo. A disputa pelo órgão levou a uma queda de braço entre Bebianno e
Carlos Bolsonaro, veredador no Rio e um dos filhos do presidente eleito, que
coordenou a campanha nas mídias sociais. Hoje, a área de comunicação está
vinculada à Secretaria Geral e, depois de idas e vindas para outros lugares do
Planalto ontem, foi batido o martelo que permanecerá lá. Por conta das
disputas, na semana passada, Carlos deixou Brasília anunciando que estava se
afastando da sua atuação neste setor.
Apesar
das polêmicas, Bolsonaro ainda quer convencer o filho, de alguma forma, mesmo
que no Rio de Janeiro, a continuar ajudando no comando das postagens das redes
sociais. Por isso mesmo, o desenho não está fechado. O governo quer reduzir o
tamanho da Secom e focar os trabalhos na área digital.
Bebianno
afirmou à jornalista Andréa Sadi nesta terça que escalou o general
Floriano para fazer um pente-fino em possíveis fraudes em contratos da
Secretaria da Comunicação Social da Presidência. "Ele é acima de qualquer
suspeita, ele tem esta função executiva", afirmou Bebianno (aqui).