O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio
Moro, anunciou na tarde desta segunda-feira a escolha do ex-superintendente da
Polícia Federal no Paraná Rosalvo Ferreira como o responsável pela Secretaria
de Operações Policiais Integradas, em órgão a ser criado na pasta que comandará
a partir de janeiro; delegado foi quem não cumpriu, em julho desse ano, a
decisão do desembargador Rogério Favreto, do TRF4, de soltar Lula, consultando
antes o então juiz federal Sergio Moro
BRASÍLIA (Reuters) - O futuro ministro
da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, anunciou na tarde desta
segunda-feira a escolha do ex-superintendente da Polícia Federal no Paraná
Rosalvo Ferreira como o responsável pela Secretaria de Operações Policiais
Integradas, em órgão a ser criado na pasta que comandará a partir de janeiro.
Segundo
Moro, a ideia da secretaria é coordenar operações policiais em nível federal.
"Hoje nós temos
muitos grupos criminosos ou muitas atividades criminosas que transcendem as
fronteiras estaduais e essa ação precisa muitas vezes de uma coordenação a
nível nacional", explicou ele, em rápida fala à imprensa.
O futuro
ministro ressalvou que a criação dessa secretaria está resolvida na discussão
do organograma da pasta, mas ainda não é uma questão totalmente fechada.
"Tem
que fechar com as outras áreas do governo, mas a ideia é criar dentro do
Ministério de Justiça e Segurança Pública uma Secretaria de Operações Policiais
Integradas", disse.
Moro disse
também que o delegado da Polícia Federal Fabiano Bordignon, que já esteve
lotado na sede da polícia em Foz do Iguaçu, será o novo chefe do Departamento
Penitenciário Nacional (Depen). Ele disse que entre as atribuições dessa
secretaria será construir mais presídios em tempo mais curto e valorizar o
trabalho de agentes penitenciários.
"É uma função
estratégica, nós todos sabemos que os presídios no Brasil eles hoje constituem
uma espécie de problema devido a questão de superlotação e fragilidade em
certos presídios. Nós não podemos evidentemente generalizar essa afirmação
porque a situação em cada Estado da federação é diferente", disse.
O futuro
ministro disse que busca um nome para assumir a Secretaria Nacional de
Segurança Pública (Senasp) e admitiu que o general da reserva Carlos Alberto
Santos Cruz chegou a ser cogitado para ocupar esse cargo.
Moro disse
que o presidente eleito Jair Bolsonaro externou-lhe na semana passada o desejo
que o general ocupasse um cargo no Palácio do Planalto —Santos Cruz foi
escolhido nesta segunda mais cedo por Bolsonaro para a Secretaria de Governo.
"Logicamente
o presidente tem preferência", disse Moro.
O futuro ministro disse que tanto a Senasp quanto a
Secretaria de Operações Policiais teriam atribuições diferentes. A primeira
cuidaria de repasses, uniformização de procedimentos e questões de gestão e
demais ações ficaria com a segunda.