Enquanto o ex-presidente Lula é mantido há sete meses como
preso político, condenado por um crime sem provas, o ex-deputado Rodrigo Rocha
Loures (MDB-PR), ex-assessor de Michel Temer, que foi filmado no ano
passado com uma mala com R$ 500 mil em propina da JBS, que teria o próprio
Temer como destinatário, teve dispensado o uso de tornozeleira eletrônica;
decisão é do juiz Jaime Travassos Sarinho, da 15ª Vara Federal de
Brasília, com a concordância do Ministério Público Federal; Rocha Loures é no
processo por corrupção passiva
247 - Enquanto o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva é mantido há sete meses como preso político, condenado por
um crime sem provas, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, que foi filmado
no ano passado com uma mala com R$ 500 mil em propina da JBS, que seria
destinada a Michel Temer, teve dispensado o uso de tornozeleira eletrônica
Decisão foi tomada
nesta quinta-feira (8) pelo juiz Jaime Travassos Sarinho, da 15ª Vara
Federal de Brasília, com a concordância do Ministério Público Federal.
Rocha
Loures chegou a ser preso pela PF no ano passado e ao ser solto, também em
2017, passou a usar tornozeleira por determinação da Justiça. Ao todo, ele
ficou um ano e quatro meses com o equipamento.
A
suspeita do Ministério Público e da Polícia Federal é que o dinheiro seria
propina para o presidente Michel Temer, que nega a acusação. A parte do
processo para Temer foi suspensa por decisão da maioria da Câmara dos
Deputados.
O juiz Jaime Travassos Sarinho, da 15ª
Vara Federal de Brasília, determinou nesta quinta-feira (8) a retirada da
tornozeleira eletrônica de Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR), ex-deputado federal e
ex-assessor especial do presidente Michel Temer.
Segundo
o juiz, a decisão foi tomada porque Rocha Loures já foi interrogado e colaborou
com as investigações. O Ministério Público concordou com a retirada da
tornozeleira, e agora caberá à Polícia Federal retirar o equipamento.
Após a
decisão, o advogado de Rocha Loures, Cezar Roberto Bitencourt, afirmou à TV
Globo ressaltou que o cliente não cometeu infração no período em que foi
monitorado.
"Ele
cumpriu rigorosamente as medidas cautelares, sem nenhuma infração, por mais de
um ano. Como o processo está chegando ao fim, a defesa pediu a revogação, o
Ministério Público concordou e o juiz decidiu revogar", declarou.
No ano
passado, Rocha Loures ficou conhecido por ter recebido uma mala com R$ 500 mil
da JBS – segundo o Ministério Público, o dinheiro seria propina para o
presidente Temer, que sempre negou.
Rocha Loures
chegou a entregar a mala à PF, em 23 de maio do ano passado, mas com R$ 465 mil.
Depois, no mesmo dia, o ex-deputado devolveu os R$ 35 mil que estavam faltando.
Os
advogados de Rocha Loures argumentam que ele não sabia que havia dinheiro na
mala e que "muito menos" o montante seria para ele.