segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Serrano e Streck: Moro comete infração ao tirar férias para montar equipe


Os juristas Pedro Serrano e Lenio Streck, ao comentarem a decisão de Sérgio Moro de tirar férias, argumentam que um juiz só pode aceitar um cargo político no Poder Executivo se, antes, pedir exoneração; "A montagem do Ministério da Justiça e Segurança constitui atividade tipicamente político-partidária, totalmente estranha à magistratura. Estando ainda no cargo", criticam; "O tribunal ao qual Moro é vinculado deveria, de oficio, abrir um procedimento. O CNJ tem o dever de fazer"; eles alertam que medida pode abrir precedente perigoso para a Justiça
247 - Os juristas Pedro Serrano e Leio Streck avaliam que a decisão do juiz Sérgio Moro de entrar de férias de suas funções para montar a equipe do Ministério da Justiça e Segurança Pública que comandará no governo de Jair Bolsonaro é uma agressão à Constituição. 
"Em termos jurídicos, parece claro que um juiz de Direito só pode aceitar um cargo político no Poder Executivo se, antes, pedir exoneração. Afinal, a Constituição veda que o juiz exerça atividade político-partidária. Consequentemente, parece óbvio — embora o óbvio se esconda e esteja no anonimato no Brasil — que, se o juiz, sem sair do cargo, aceita convite para ser ministro de Estado e, sem sair do cargo, entra em férias para organizar o ministério, ele estará infringindo o Estatuto da Magistratura, o Código de Ética dos juízes e a Constituição da República", afirmam os juristas em artigo no portal jurídico Conjur. 
Serrano e Streck alertam para os riscos da permissão desta atitude do juiz da Lava Jato. "Se isso vira precedente, qualquer juiz ou membro do MP poderá negociar seu cargo com um governo. Se o governo aceitar que o juiz ou promotor assuma o novo cargo, esse juiz poderá continuar no cargo montando sua pasta, até o dia da posse. Sim, porque, afinal, qual é a diferença entre estar de férias e estar no exercício da função? Afinal, o próprio Moro estava em férias quando impediu o cumprimento de um Habeas Corpus, não faz muito", avaliam. 
"Se para Moro não existe férias para juízes — estando sempre com competência (há até acórdãos de tribunais dizendo isso, errada ou acertadamente) —, então podemos concluir, sem medo de errar e sem colocar uma gota de subjetivismo, que o juiz Sergio Moro, em férias ou não, está exercendo atividade outra que não a de magistrado. Ou montar um ministério é atividade de um magistrado?", questionam. 
Os dois advogados cobram uma manifestação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre a atitude do juiz. "O que espanta (ou não espanta) é que, no Brasil, estamos nos acostumando a deixar passar essas coisas. O tribunal ao qual Moro é vinculado deveria, de oficio, abrir um procedimento. O CNJ tem o dever de fazer. Mas, pelo visto, até agora, nada", afirmam. 
Leia o artigo na íntegra no Conjur


Moro tira férias antes de virar ministro


Sérgio Moro apresentou pedido de férias para se afastar da magistratura antes de assumir o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, em janeiro de 2019; Moro pediu 17 dias de férias que ainda tem acumulados, a partir desta segunda-feira, até o dia 21 deste mês, e informa que solicitará em seguida novo pedido de férias, até o dia 19 de dezembro
BRASÍLIA (Reuters) - O juiz federal Sérgio Moro apresentou nesta segunda-feira pedido de férias para se afastar da magistratura antes de assumir o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, em janeiro de 2019.
Em ofício enviado ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Moro pediu 17 dias de férias que ainda tem acumulados, a partir desta segunda-feira, até o dia 21 deste mês, e informa que solicitará em seguida novo pedido de férias, até o dia 19 de dezembro.
Com isso, o magistrado só pedirá exoneração do cargo no início de janeiro, logo antes de assumir o ministério.
“Assim, pretendo tirar a partir da presente data as várias férias que acumulei durante meu período de magistrado em decorrência das necessidades do serviço. As férias também permitirão que inicie as preparações para a transição de governo e para os planos para o ministério”, disse o juiz em ofício enviado ao corregedor do TRF-4, Ricardo do Valle Pereira.
A partir desta segunda, assumirá a 13ª Vara, onde correm os processos da operação Lava Jato, a juíza substituta Gabriela Hardt. Depois da exoneração de Moro, o tribunal abrirá uma seleção interna para que juízes de outras varas se candidatem a assumir a 13ª, e o critério de seleção é a antiguidade no cargo. Os processos da Lava Jato não serão redistribuídos.
O juiz foi convidado oficialmente na semana passada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro e aceitou o cargo em encontro na casa de Bolsonaro no Rio. No entanto, para ser ministro, Moro terá que se exonerar da Justiça Federal, já que a Constituição só aceita que magistrados exerçam o magistério, além da função de juiz.
Moro dará uma entrevista coletiva na terça-feira para esclarecer as razões de ter aceitado participar do governo e apresentar suas propostas de atuação.


Lula pede liberdade após Moro virar ministro


"A formalização do ingresso do juiz no cenário político – em ostensiva oposição a Lula – torna ainda mais necessária uma análise retrospectiva de sua conduta em relação ao ex-presidente", dizem os advogados do ex-presidente Lula. "Outrossim, um olhar sobre os detalhes do processo eleitoral e seus desdobramentos permite confirmar, acima de qualquer dúvida razoável, que a atuação do juiz Sergio Moro em relação a Lula sempre foi parcial e teve por objetivo interditar o ex-presidente na política – viabilizando ou potencializando as chances de um terceiro sagrar-se vencedor nas eleições presidenciais". Lula, que liderava todas as pesquisas, foi retirado do processo eleitoral após ser preso por Sergio Moro e ter a sentença confirmada pelo TRF-4
247 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou com pedido de liberdade junto ao Supremo Tribunal Federal, após o juiz Sergio Moro, que o prendeu numa das decisões mais contestadas da história jurídica do Brasil, ter aceitado ser ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, favorecido na disputa presidencial de 2018 pela exclusão de Lula. "A formalização do ingresso do juiz no cenário político – em ostensiva oposição a Lula – torna ainda mais necessária uma análise retrospectiva de sua conduta em relação ao ex-presidente", dizem os advogados. "Outrossim, um olhar sobre os detalhes do processo eleitoral e seus desdobramentos permite confirmar, acima de qualquer dúvida razoável, que a atuação do juiz Sergio Moro em relação a Lula sempre foi parcial e teve por objetivo interditar o ex-presidente na política – viabilizando ou potencializando as chances de um terceiro sagrar-se vencedor nas eleições presidenciais. E agora irá participar, em relevante ministério, do governo do candidato eleito após contato com seus aliados no curso do processo eleitoral".
Algoz de Lula, Moro acaba de pedir férias, antes de se tornar ministros, conforme informa a Agência Reuters:
BRASÍLIA (Reuters) - O juiz federal Sérgio Moro apresentou nesta segunda-feira pedido de férias para se afastar da magistratura antes de assumir o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, em janeiro de 2019.
Em ofício enviado ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Moro pediu 17 dias de férias que ainda tem acumulados, a partir desta segunda-feira, até o dia 21 deste mês, e informa que solicitará em seguida novo pedido de férias, até o dia 19 de dezembro.
Com isso, o magistrado só pedirá exoneração do cargo no início de janeiro, logo antes de assumir o ministério.
“Assim, pretendo tirar a partir da presente data as várias férias que acumulei durante meu período de magistrado em decorrência das necessidades do serviço. As férias também permitirão que inicie as preparações para a transição de governo e para os planos para o ministério”, disse o juiz em ofício enviado ao corregedor do TRF-4, Ricardo do Valle Pereira. 
A partir desta segunda, assumirá a 13ª Vara, onde correm os processos da operação Lava Jato, a juíza substituta Gabriela Hardt. Depois da exoneração de Moro, o tribunal abrirá uma seleção interna para que juízes de outras varas se candidatem a assumir a 13ª, e o critério de seleção é a antiguidade no cargo. Os processos da Lava Jato não serão redistribuídos.
O juiz foi convidado oficialmente na semana passada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro e aceitou o cargo em encontro na casa de Bolsonaro no Rio. No entanto, para ser ministro, Moro terá que se exonerar da Justiça Federal, já que a Constituição só aceita que magistrados exerçam o magistério, além da função de juiz.
Moro dará uma entrevista coletiva na terça-feira para esclarecer as razões de ter aceitado participar do governo e apresentar suas propostas de atuação.
 

Feira incentiva utilização da semente crioula


Evento acontece nesta quinta, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Apucarana. 
(Foto: Edson Denobi)
O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Apucarana, em parceria com a Emater e Prefeitura, realiza nesta quinta-feira (08/11) a 3ª Feira de Sementes Crioula. O objetivo do evento é incentivar a produção orgânica, multiplicando o uso das sementes que são passadas de geração em geração. Além de palestras e concurso de culinária, a feira também contará com um momento para a troca das sementes crioulas entre os agricultores familiares.
O evento, que acontecerá na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, será aberto às 8 horas com um café da manhã. Na sequência haverá três palestras: crédito rural e agricultura familiar; merenda escolar 100%  orgânica até 2030; e agroecologia.
Às 13 horas, haverá a troca de semente entre os agricultores familiares. “O objetivo é que as sementes crioulas não fiquem restritas a poucos produtores. São sementes relacionadas à economia familiar, como feijão, milho, abóbora e arroz. A troca também visa que elas sejam plantadas em solos diferentes, proporcionando a renovação natural da genética”, explica Laíde Lopes Suzuki, presidente do Sindicato dos trabalhadores Rurais.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais afirma que a semente crioula se contrapõe às convencionais ou transgênicas. De acordo com ela, as sementes geneticamente modificadas estão associadas a grandes extensões de terra, ao uso de agrotóxicos e com a alta produtividade.
Já as sementes crioulas estão relacionadas com a produção orgânica e são variedades desenvolvidas, adaptadas ou produzidas por agricultores familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas ou indígenas. “Ao produzir a própria semente, o agricultor familiar garante autonomia e diminui os custos na propriedade”, analisa.
Uma das palestras previstas na feira abordará a implantação gradativa da merenda orgânica. Visando atender os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, estados e municípios estão propondo ações para garantir que 100% da merenda escolar seja de produtos orgânicos. O governo do Paraná, por exemplo, já desenvolveu um estudo para implantar a merenda orgânica, gradativamente, até o ano de 2030.
“Essa transição começa aos poucos e os agricultores familiares precisam ir se adaptando. Neste contexto entra também a semente crioula, que está associada à produção orgânica, não prejudica a saúde do homem e contribui com a preservação do meio ambiente”, frisa Laíde.


Prefeitura de Apucarana promove concurso de decoração natalina


A casa melhor enfeitada receberá R$ 800, enquanto o 2º lugar ficará com R$ 600 e o 3º lugar com R$ 400.
(Foto: Edson Denobi)
Visando estimular a ornamentação da cidade para este fim de ano, a Prefeitura de Apucarana criou o Concurso Noite de Luz.  Serão premiadas as três melhores decorações residenciais. O objetivo é representar a tradição do Natal, mantendo o espírito natalino de fraternidade, cooperação e amor ao próximo.
O concurso está sendo coordenado pela Secretaria Municipal da Promoção Artística, Cultural e Turística de Apucarana (Promatur). As inscrições são gratuitas e acontecem no período de 26 de novembro a 15 de dezembro. As fichas devem ser retiradas na Promatur, localizada no Cine Teatro Fênix, e os interessados deverão informar no documento estarem cientes de que a residência deverá permanecer enfeitada até o dia 6 de janeiro.
“Já a divulgação do resultado e a entrega das premiações vai ocorrer no dia 28 de janeiro, fazendo parte das comemorações dos 75 anos de Apucarana”, informa a professora Maria Agar, secretária da Promatur.  De acordo com ela, a casa melhor enfeitada receberá R$ 800, enquanto o 2º lugar ficará com R$ 600 e o 3º lugar com R$ 400.
Conforme o regulamento do concurso, a ornamentação poderá ser instalada nas fachadas e jardins das casas residenciais. “Uma comissão, composta por três pessoas, estará visitando os imóveis. Os critérios que serão avaliados são espírito natalino, beleza e criatividade”, cita Maria Agar, acrescentando que serão analisadas somente a decoração na parte externa e interna visíveis a partir da rua.
A secretária afirma que o concurso busca incentivar a população a enfeitar as residências para o período natalino. “Queremos estimular a criatividade da comunidade, deixando a cidade de Apucarana mais bela para as festividades natalinas. O concurso busca incentivar a população para criar um clima especial, transmitindo o espírito de fraternidade e amor ao próximo ”, ressalta.
Como ocorre tradicionalmente, a Prefeitura também enfeitará as ruas neste período. “A Prefeitura já está preparando a decoração natalina, trazendo neste ano novidades para motivar o comércio. Teremos também uma série de eventos no Platô da Praça Rui Barbosa, buscando atrair a população dos bairros para o centro da cidade”, reforça a secretária.


Enem mostra coragem temática e fala de refugiados, nazismo, censura, regime militar e escravidão


As provas de Ciências Humanas, Linguagens e Redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foram realizadas neste domingo e chamaram a atenção para os temas arrolados, todos oriundos de alta qualidade crítica e da historiografia sem 'rabo preso'; alguns dos temas abordados foram feminismo, nazismo, censura, escravidão, regime militar e crise de refugiados; o Enem segue assim sua tradição de ser uma prova independente de influências políticas de turno e consagra o Inep (Instituto Anísio Teixeira) como órgão de excelência para a elaboração deste que é um dos maiores exames nacionais do mundo
247 - As provas de Ciências Humanas, Linguagens e Redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foram realizadas neste domingo e chamaram a atenção para os temas arrolados, todos oriundos de alta qualidade crítica e da historiografia sem rabo preso. Alguns dos temas abordados foram feminismo, nazismo, escravidão, regime militar e crise de refugiados. O Enem segue assim sua tradição de ser uma prova independente de influencias políticas de turno e consagra o Inep como órgão de excelência para a elaboração de um dos maiores exames do mundo. 
A reportagem do jornal O Globo colheu depoimentos de candidatos. "Segundo a candidata Bruna Damasceno, de 19 anos, do Rio de Janeiro, esta foi uma das provas que mais abordaram temáticas envolvendo políticas e questões sociais atuais. Uma delas tratou do feminismo com um recorte de raça, referindo-se especificamente às mulheres negras. Além disso, ela diz que uma questão tratava sobre nazismo".
De acordo com outra candidata, Lorena Santos, "foi usado um poema de Graciliano Ramos e um texto sobre publicidade e racismo como base para questões de interpretação de texto. Ela deixou o Colégio Luiz Viana, em Salvador, na Bahia, às 14h40 (15h40 pelo horário de Brasília) e classificou a prova como 'muito mais fácil do que a dos três anos anteriores'. Ela está fazendo o Enem pela quarta vez".
Segundo o jornal, "uma das questões tratou da censura e da falta de liberdade de expressão características do regime militar (1964-1985). Em uma questão da prova de inglês foi usado um trecho de um dos clássicos do escritor inglês George Orwell, '1984'. Mais especificamente, o momento no qual o herói da narrativa, Winston, conversa com o colega O' Brien sobre o controle do partido. A candidata Ana Luísa Siqueira, de 16 anos, treineira, lembra o trecho: 'Winston conversa com O'Brien explicando que o passado não existe fisicamente, mas nos registros e memórias. É que o partido controla o passado, a memória e os registros. Foi esse o trecho usado — diz ela, que considerou a prova de inglês fácil para quem estuda o idioma de forma regular".


Arma usada por Bolsonaro para ganhar eleição foi tema da redação do Enem


A manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet foi o assunto que a organização da prova deste ano escolheu para os estudantes inscritos

Estudantes responderam ainda testes sobre linguagens, Códigos e suas
tecnologias e Ciências Humanas e suas tecnologias  

São Paulo – Assim como nas eleições presidenciais deste ano, que elegeram Jair Bolsonaro (PSL), o controle de dados pela internet terá papel fundamental também no resultado da edição 2018 do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, realizado ontem (4) em todo o país.
O tema escolhido pelos organizadores para a redação é a manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet. Na disputa, a disseminação de notícias falsas pelo WhatsApp e pelas redes sociais no ambiente da internet, paga com recursos de empresários – o que configura caixa 2 –, foi determinante no resultado eleitoral.
Além do texto dissertativo-argumentativo, com até 30 linhas, os estudantes responderão questões nas áreas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias. No total são 90 questões de múltipla escolha.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação, a redação é um texto no qual o estudante tem de apresentar argumentos para justificar a defesa de seu ponto de vista. Por isso, são exigidas competências para dissertar sobre um assunto proposto, descrevendo-o com explicações para tentar convencer o leitor dos argumentos apresentados.
As provas começaram às 13h30 e os participantes tiveram  5 horas de 30 minutos para resolvê-las. Aqueles com direito a tempo adicional e que solicitaram o recurso durante a inscrição terão uma hora a mais. Deficientes auditivos e surdos que optaram fazer a videoprova traduzida em libras terão duas horas a mais de prova.
Fonte: RBA

Grupo Havan abre “embaixada” em Brasília; Daciolo diz que é coisa do demônio


O Grupo Havan inaugurou neste sábado (3) em Brasília uma nova loja para marcar o início do governo de Jair Bolsonaro (PSL), mas aquela da cafonérrima ‘Estátua da Liberdade’, símbolo da empresa, não pôde ser instalada no Distrito Federal.
O dono da Havan, Luciano Hang, um controverso empresário que coleciona processos e condenações na Justiça, inaugurou a “embaixada” no Distrito Federal com clima de comício político. Além de polêmico, anticomunista, ele adora a bandeira dos Estados Unidos e outros ícones norte-americanos em detrimento da cultura brasileira.
De acordo o jornal Folha de S. Paulo, Hang esteve à frente no segundo turno de um consórcio de empresários que pagaram disparos de fake news, via WhatsApp, contra o candidato do PT Fernando Haddad. A questão foi parar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que examinará pedido de inelegibilidade de Bolsonaro pelo uso de caixa 2.
Sobre a ‘Estátua da Liberdade’
Entretanto, os brasilienses foram poupados da estátua jacu porque a Administração do Setor de Indústrias e Abastecimento e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) impediram a instalação do objeto que, somada à estrutura do empreendimento, chega a medir cerca de 35 metros de altura.
O impedimento se deve a um decreto distrital que limita em 12 metros as peças publicitárias. A norma é em respeito ao Plano Diretor de Publicidade, que orienta a instalação de meios de propaganda no SIA e em outras regiões administrativas do Distrito Federal. O grupo Havan está recorrendo da proibição.
Em setembro passado, o então presidenciável Cabo Daciolo (Patriota-RJ) prometeu combater a ‘Estátua da Liberdade’ porque, segundo ele, mais do que símbolo dos EUA, seria a representação do demônio neoliberal.
Fonte: Blog do Esmael

Transição gera atrito entre Cida Borghetti e Ratinho Júnior

Foto: Jonas Oliveira/Governadoria

Depois de duas semanas sem dar respostas, a governadora Cida Borghetti (PP) marcou para amanhã, no Palácio Iguaçu, uma reunião para tratar do processo de transição do governo do estado com o governador eleito, Ratinho Junior (PSD).
Já em 17 de outubro, ele havia pedido para que o processo iniciasse oficialmente na última segunda-feira (29), primeira depois do 2º turno da eleição presidencial. O prazo se esgotou e só em um encontro em Brasília, na semana passada, ficou acertada a criação de um novo cronograma. Cida definiu que o começo da transição seria só em 3 de dezembro, mas o prazo deve ser encurtado.
A indefinição acabou repercutindo entre os deputados estaduais da base de Ratinho, que criticaram a demora. “Me parece que tem uma coisa bastante errada nisso. O povo do Paraná vai ter que esperar cinco semanas para saber os dados do governado do estado”, queixou-se Márcio Nunes, do PSD, em pronunciamento na Assembleia Legislativa. Ele comparou a situação com o governo federal que, mesmo com um segundo turno, já iniciou sua transição.
O parlamentar foi além das queixas e disse que o governo está promovendo uma “vingança do pipoqueiro” contra políticos que fizeram campanha por Ratinho, e logo contra Cida. Segundo Márcio, na última semana verbas de convênios da Sedu (Secretaria Estadual do Desenvolvimento Urbano), que seriam destinadas para prefeituras das suas bases, estão sendo cortadas. “Mas o povo já deu recado que não quer mais esse toma lá, da cá”.
Definições
Antes mesmo da transição começar, Ratinho negociou com deputados da bancada federal e obteve o compromisso da aplicação de R$ 40 milhões em emendas para segurança ano que vem. Eles serão aplicados no programa “Olho Vivo”, de monitoramento por câmeras de segurança.
O governador eleito também pretende aprovar, ainda neste ano, um projeto de lei para facilitar as PPPs (Parcerias Público Privadas), mas o texto ainda não foi apresentado.
Fonte: Paranaportal

Gleisi: a mentira ganhou as eleições e construiu o ódio contra o PT


A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR) lamentou o fato de 89,77% dos eleitores de Jair Bolsonaro acreditarem em fake news - estatística foi divulgada em um estudo da organização Avaaz; "Isso é assustador! A mentira ganhou as eleições, construiu o ódio contra o PT. Vamos fingir q nada aconteceu?! Aceitar que as urnas poderiam ser fraudadas?!Que existiu “kit gay”?! Quem mentiu pra ganhar, mentirá pra governar?!", escreveu ela no Twitter 
Sul 247 - A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), eleita deputada federal, lamentou o fato de 89,77% dos eleitores do presidente eleito Jair Bolsonaro acreditarem em fake news (notícias falsas) - estatística foi divulgada em um estudo da organização Avaaz.
"Isso é assustador! A mentira ganhou as eleições, construiu o ódio contra o PT. Vamos fingir q nada aconteceu?! Aceitar que as urnas poderiam ser fraudadas?!Que existiu “kit gay”?! Quem mentiu pra ganhar, mentirá pra governar?!", escreveu a parlamentar no Twitter.
De acordo com o estudo, 98,21% dos eleitores de Bolsonaro foram expostos a uma ou mais notícias falsas durante a eleição. Os dados também apontaram que 93,1% dos eleitores dele  viram as notícias sobre a fraude nas urnas eletrônicas e 74% afirmaram que acreditaram nelas. A pesquisa foi feita com 1.491 eleitores no país, analisando seus perfis no Twitter e Facebook.
No mês passado, a 10 dias do segundo turno da eleição presidencial, uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo denunciou uma campanha ilegal contra o PT financiada por empresas apoiadoras de Bolsonaro e que tem se baseou na divulgação de fake-news no WhatsApp. A matéria apontou, ainda, que cada contrato chega a R$ 12 milhões e, entre as empresas compradoras, está a Havan. 

Delegada Erika Marena é cotada para chefiar a Polícia Federal

Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O nome da delegada Erika Marena vem ganhando força para a chefia da Polícia Federal no governo Bolsonaro, informa a coluna Painel no jornal Folha de S. Paulo; um grupo de delegados da Polícia Federal vai sugerir ao futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, seu nome como preferido da classe; Erika, que foi a mais votada numa lista tríplice preparada pela associação de delegados, conhece Moro desde o começo dos anos 2000 e teve papel importante na deflagração da Lava Jato; ela é atualmente a superintendente da PF em Sergipe; delegada foi responsável pela Operação Ouvidos Moucos, que levou ao suicídio do reitor da UFSC Luiz Carlos Cancellier, após este ser acusado, sem provas, de desvios na instituição
247 - O nome da delegada Erika Marena vem ganhando força para a chefia da Polícia Federal no governo Bolsonaro, informa a coluna Painel no jornal Folha de S. Paulo. Um grupo de delegados da Polícia Federal vai sugerir ao futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, seu nome como preferido da classe. Erika, que foi a mais votada numa lista tríplice preparada pela associação de delegados, conhece Moro desde o começo dos anos 2000 e teve papel importante na deflagração da Lava Jato. Ela é atualmente a superintendente da PF em Sergipe.
A delegada foi a responsável pela deflagração da Operação Ouvidos Moucos,que apurava supostos desvios na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).  A ação acabou acusando sem provas o reitor Luiz Carlos Cancellier que se matou poucos dias após ser preso pelos policiais federais sob a suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de verbas. 
A reportagem ainda destaca que a delegada deve ganhar o apoio da ADPF (Associação dos Delegados de Polícia Federal). "Marena estava no topo da lista enviada pela entidade a Michel Temer. De lá para cá, ela coordenou a polêmica Operação Ouvidos Moucos".


Defesa de Lula pede ao STF que seja declarada suspeição de Moro


A defesa do ex-presidente Lula levará ao STF (Supremo Tribunal Federal) um novo pedido de suspeição do juiz Sergio Moro, nomeado ministro do governo Bolsonaro; auxiliares de Lula entendem que o novo pedido de suspeição vai obrigar a corte a se posicionar sobre a atuação do juiz; pessoas próximas a Lula que conhecem de perto os processos dizem que, "diante de toda a trama", o STF terá que decidir se a atuação de Moro "não causou qualquer prejuízo à estética da imparcialidade tão cara à Justiça"
247 - A defesa do ex-presidente Lula levará ao STF (Supremo Tribunal Federal) um novo pedido de suspeição do juiz Sergio Moro, nomeado ministro do governo Bolsonaro. Auxiliares de Lula entendem que o novo pedido de suspeição vai obrigar a corte a se posicionar sobre a atuação do juiz. Pessoas próximas a Lula que conhecem de perto os processos dizem que, "diante de toda a trama", o STF terá que decidir se a atuação de Moro "não causou qualquer prejuízo à estética da imparcialidade tão cara à Justiça".
A reportagem da coluna Painel do jornal Folha de S. Paulo destaca que "o recurso estava previsto antes mesmo de Moro aceitar o convite de Bolsonaro. A defesa de Lula vai pedir a revisão da decisão do STJ, que negou a suspeição do juiz. Se o Supremo aceitar o pedido, o processo pode ser considerado nulo – hipótese hoje vista como improvável".


domingo, 4 de novembro de 2018

Pente-fino do INSS cancela mais de meio milhão de benefícios


Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) aponta uma economia de R$ 13,8 bilhões

© Marcelo Camargo/Agência Brasil
O processo de revisão dos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já é responsável por uma economia de R$ 13,8 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). São recursos que estavam sendo pagos para pessoas que já estavam aptas para o trabalho, mas continuavam recebendo indevidamente os benefícios por incapacidade.
Desde agosto de 2016, cerca de 1,1 milhão de perícias de revisão foram feitas pelo INSS. Um total de 552 mil benefícios foram cancelados após a perícia, o equivalente à metade das revisões realizadas – 77 % foram invalidados após a análise, somando 359.553 benefícios. Já entre as aposentadorias por invalidez verificadas, 29% foram cessadas após as perícias.
O ministro Alberto Beltrame, destaca que o objetivo é destinar os recursos do Fundo da Previdência para quem realmente precisa. “É importante ressaltar que, a partir do ano que vem, a economia se mantém. Serão mais R$ 7 bilhões por ano que deixarão de ser pagos indevidamente às pessoas que estavam no auxílio-doença e que já tinham recuperado a capacidade de trabalho. Essa medida é uma grande inovação e um aperfeiçoamento na governança dos benefícios previdenciários. São recursos extremamente importantes e viabilizaram a adoção de novas e melhores políticas sociais pelo governo brasileiro.”
Das mais de 1,1 milhão perícias realizadas, mais de 900 mil foram feitas de março a outubro deste ano. A agilidade no pente-fino do INSS só foi possível porque 96% dos médicos peritos do órgão aderiram ao Programa de Gestão das Atividades Médico Periciais, que avalia a produtividade e não o número de horas trabalhadas.
Segundo Alberto Beltrame, a expectativa é a de que o processo seja finalizado até dezembro. “Estamos deixando de legado ao próximo governo um sistema de benefícios previdenciários limpo de fraudes e de pagamentos indevidos, com uma economia muito significativa”, garantiu Beltrame.
Mais de 110 mil benefícios ainda vão passar por revisão. Estão participando do processo os beneficiários que há mais de dois anos não passam por uma perícia médica e aqueles com menos de 60 anos que recebem a aposentadoria por invalidez. Os beneficiários que receberem as cartas do INSS têm 5 dias úteis para agendar a perícia pelo telefone 135.
Notícias ao Minuto

Medo do governo de Bolsonaro leva a planos de emigração


Brasileiros críticos ao presidente eleito relatam temores sobre integridade física e futuro profissional como razões para deixar o Brasil

© iStock
Tem brasileiro querendo fazer as malas depois da vitória de Jair Bolsonaro (PSL) no último domingo (28).
O medo e a percepção de ameaça à integridade física e à empregabilidade seriam os grandes motores do que pode se configurar como uma nova onda de fuga do país, incorporada àquela de 2016, que ascendeu com as crises econômica e política iniciada nos anos Dilma Rousseff.
Naquele ano, houve um salto de 40% no número de brasileiros que entregaram à Receita Federal sua declaração de saída definitiva do país -documento em que o cidadão afirma não ter mais renda nem residência fixa no país.
Agora, dados de ferramentas de busca apontam para alta na procura por informações sobre países e maneiras de emigrar.
Na última semana, a pesquisa por "países fáceis para imigrar" cresceu 70%. Nos últimos 30 dias, aumentaram mais de 350% as buscas relativas a como morar no Uruguai e 160% sobre imigração no Canadá.
Nos últimos 90 dias, as buscas por informações sobre a vida em Portugal aumentaram mais de 200%. No caso dos EUA, o aumento foi de mais de 110%.
Por trás dos dados estão histórias de pessoas que temem sofrer violência física ou sanções no campo profissional, motivadas por homofobia ou discriminação política.
O professor carioca de sociologia Gustavo de Souza, 33, quer ir para o Canadá. "Só a sombra do Escola sem Partido já piorou muito meu trabalho. Sob Bolsonaro, eu me sinto ameaçado quanto à minha empregabilidade", diz.
A pedagoga piauiense Olympia Saraiva, 40, avalia que será possível para sua família emigrar para Uruguai ou Paraguai. "Eu e meu marido sempre fomos militantes de esquerda, ativos em movimentos sociais. E, nessas eleições, nossa relação com familiares e vizinhos piorou muito. Tenho medo de sermos agredidos."
Gabriela (nome fictício), 37, que tem uma carreira de sucesso na indústria do entretenimento, começou a procurar oportunidades de trabalho na Europa. "Com a área cultural sob ataque e a ameaça de extinção do Ministério da Cultura, não vejo como seguir atuando no Brasil."
A advogada Joana (nome fictício), 32, funcionária publica, diz ter sido censurada por sua chefia durante a campanha e começou a procurar por bolsas de mestrado no exterior.
"Tenho a impressão de que quem votou em Bolsonaro acha que, se você não votou nele, é automaticamente petista ou comunista, como se as pessoas soubessem direito o que é comunismo", diz ela, que pede para que sua identidade fique oculta "para preservar minha integridade física e mental".
Anonimato é também o que pede uma professora de 30 anos de Brasília, cujo marido é funcionário público federal e teme perseguição no trabalho. Ela admite que a motivação para a intensa busca por programas de pós-doutorado no exterior é o medo.
"Como última possibilidade, iríamos sem bolsa mesmo. Temos uma reserva de dinheiro e, se a coisa ficar de um jeito tenebroso, que nos coloque em risco, sairíamos sem nada certo", afirma.
Segundo Jorge Botrel, sócio da JBJ Partners, assessoria para quem pretende se mudar para os Estados Unidos, seus novos clientes estão mais preocupados que o normal. "Entre os motivos pelos quais nos procuraram está a violência e a radicalização."
Entre janeiro e outubro deste ano, os serviços oferecidos pela empresa tiveram um aumento de procura de 66% em relação ao mesmo período do ano passado.
Mas Botrel aponta que tal procura nem sempre se efetiva numa mudança: de cada 15 pessoas que buscaram a consultoria, apenas 1 se mudou de fato para os EUA.
Para ele, porém, a eleição apenas dá um impulso a mais para aqueles que já aventaram a hipótese de sair do país. "Planejar uma mudança de país nunca é imediato. O processo não é fácil. Deixa-se muita coisa para trás."
Ele explica que o movimento de saída de brasileiros não vem destas eleições, mas da crise dos últimos anos. "Se o novo governo não der sinais de que há uma luz no fim do túnel, as pessoas vão acelerar esse processo."
Segundo o historiador e brasilianista Jeffrey Lesser, que estuda imigração no país, os brasileiros estão falando em se mudar como "estratégia político-cultural de mostrar decepção".
"É muito difícil ser imigrante", diz ele, que também diz acreditar que não vá haver uma alta da saída de pessoal depois da eleição do capitão reformado do Exército.
"Quando as pessoas pensam nas eleições, elas têm medo. E esse medo é parte de um fenômeno global", avalia o professor da Universidade Emory, em Atlanta (EUA), e professor-visitante do Instituto de Estudos Avançados da USP. "Foi assim nos Estados Unidos, na França e está sendo assim na Alemanha." Com informações da Folhapress.
Notícias ao Minuto

Lula Livre será nova obsessão do PT em tempos de Bolsonaro


O Partido dos Trabalhadores (PT) dá sinais de que irá radicalizar a campanha pela liberdade do ex-presidente Lula, preso há 212 dias na polícia Federal de Curitiba.
“Desde que foi decretada a prisão de Lula pelo juiz Sérgio Moro, num processo manipulado e sem provas, o mundo percebeu a perseguição ao ex-presidente, agora confirmada com a decisão do magistrado de abrir mão de um cargo vitalício para ser ministro de Bolsonaro”, diz um comunicado da agremiação à militância.
O PT planejar mobilizar setores democratas no Brasil e no mundo para reativar a campanha Lula Livre.
“A tese da prisão política de Lula é apoiada por juristas do Brasil e do mundo, de ex-prêmios Nobel da Paz e de vários ex-chefes de Estado e de Governo, como François Hollande, José Luiz Zapatero, Massimo d’Alema, e também por lideranças como o senador Bernie Sanders, hoje o mais popular político dos Estados Unidos”, afirmam os petistas.
Fonte: Blog do Esmael