terça-feira, 30 de outubro de 2018

Entrevistas mostram por que o “mito” fugiu dos debates com Haddad: seria massacrado


"A diferença de preparo e conhecimento entre os dois candidatos era tão gritante que teria sido um massacre", diz o jornalista Ricardo Kotscho, ao criticar Jair Bolsonaro (PSL), que preferiu não enfrentar Fernando Haddad (PT) nos debates
247 - "As primeiras entrevistas de Jair Bolsonaro depois de eleito a emissoras de TV, na noite de segunda-feira, mostraram que os estrategistas nacionais e estrangeiros estavam certos ao não permitir que ele fosse aos debates com Fernando Haddad no segundo turno", diz o jornalista Ricardo Kotscho. "A diferença de preparo e conhecimento entre os dois candidatos era tão gritante que teria sido um massacre", complementa.
De acordo com o jornalista, "se escapou de falar do seu passado nada recomendável, como militar e deputado, Bolsonaro também não conseguiu dizer nada sobre o futuro nas entrevistas, pois não tem a menor ideia de como enfrentar os principais problemas brasileiros".
"Para se ter uma ideia, até agora o presidente eleito nada disse em discursos e entrevistas sobre a grande tragédia do desemprego, que atinge 12,5 milhões de brasileiros, segundo os novos números divulgados pelo IBGE nesta terça-feira", continua.
"Cada dia o presidente eleito fala uma coisa diferente, desmentindo hoje o que os integrantes da sua equipe anunciaram ontem, como no caso da reforma da previdência, em que ele não tem a menor ideia do que pretende fazer", acrescenta. "Os primeiros sinais da nova ordem são assustadores e nada indica que as milícias bolsonarianas deponham as armas tão cedo, como relatei no post anterior".
Leia a íntegra no Balaio do Kotscho

Missão da OEA critica fake news e atos de violência nas eleições

Chefe da Missão da OEA, Laura Chinchilla, apresenta avaliação sobre as eleições no Brasil. – Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil



A missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) que acompanhou as eleições deste ano no Brasil apresentou uma avaliação preliminar do pleito. Os especialistas internacionais destacaram o papel das chamadas fake news (notícias falsas) e da violência na disputa e apresentaram recomendações sobre este e outros temas, como financiamento de campanha, participação de mulheres e indígenas e registro de candidaturas. O balanço e as propostas foram divulgados em entrevista coletiva ontem (29), em Brasília.
O grupo foi integrado por 30 especialistas de 17 nacionalidades e por seis pessoas que observaram a votação no exterior. A missão manteve reuniões com autoridades eleitorais e de governo, partidos políticos e candidatos, acadêmicos e organizações da sociedade civil, entre outros. O grupo propôs no documento final que o Conselho Consultivo do TSE sobre Internet e Eleições se torne uma instância permanente de debate sobre o fenômeno e seu impacto.
O grupo criticou o uso maciço de desinformação durante a campanha, especialmente por meio da plataforma WhatsApp. Na semana passada, a líder do grupo, Laura Chinchilla, classificou o fenômeno como algo “sem precedentes”. “A missão lamenta o uso irresponsável que vários setores políticos fizeram dessas ferramentas, que, quando empregada de forma positiva, podem contribuir ao intercâmbio de informação entre candidatos e eleitores e ajudar a autoridade eleitoral a aproximar a cidadania do processo eleitoral”, registrou o documento.
Se, no primeiro turno, o grupo já havia visto a desinformação como “uma constante” e uma preocupação, no segundo turno o balanço destaca uma intensificação deste fenômeno, indo para além do WhatsApp e aparecendo também em outras redes sociais. Mas este aplicativo, especificamente, trouxe desafios pela dinâmica de comunicação privada e mensagens criptografadas. “A natureza dessa ferramenta, um serviço criptografado de mensagens privadas, dificulta o já complexo combate à propagação de notícias falsas”, avaliou a missão.
Os especialistas reconheceram iniciativas de combate às notícias falsas, como as agências de checagem; as campanhas de esclarecimento do Tribunal Superior Eleitoral contra conteúdos enganosos, a exemplo de suposta fraude no sistema de votação; a cobertura pela mídia tradicional; e ações das próprias plataformas, como a derrubada pelo WhatsApp de centenas de milhares de contas por atuação com difusão massiva de mensagens (spam).
O texto defende o aprofundamento dessas medidas e campanhas de alfabetização midiática para os cidadãos, de modo a estimular que as pessoas não propaguem desinformação e chequem uma notícia antes de compartilhar. “A recomendação é ampliar esses esforços e promover uma atitude mais responsáveis de quem participa das contendas eleitorais”, destacou a líder da missão, Laura Chinchilla, na entrevista coletiva.

Violência

No documento divulgado, a missão manifestou preocupação com a polarização e agressividade na campanha. Citou, como exemplo, o atentado ao então candidato Jair Bolsonaro (PSL) no início de setembro, além de ataques sofridos por outros candidatos, jornalistas e simpatizantes políticos, seja por ameaças digitais ou por agressões físicas. “A violência é totalmente inaceitável em contextos eleitorais e democráticos. Violência gera violência. A missão condena veementemente qualquer tipo de ataque violento e lamenta a ausência de um diálogo respeitoso, construtivo e propositivo por parte de todos os atores políticos durante o período de campanha”, pontuou o texto.

Urnas

Na votação de ontem, integrantes da missão visitaram 292 seções eleitorais em 121 locais de votação em 11 estados, além do Distrito Federal. Os integrantes afirmaram não terem visto problemas com as urnas. Em todos os casos, a zerésima (comprovação emitida no início da votação de que não havia votos computados na urna) estava correta.
“Nos mais de 20 anos em que está em operação, a urna tem sido submetida a testes de segurança, nos quais têm participado especialistas em tecnologia de organismos públicos, partidos políticos e instituições privadas”, colocou o documento. A missão destacou os vários testes realizados antes e durante o pleito, como a votação paralela para comparação dos resultados e do funcionamento das urnas.
Mas os representantes da OEA recomendaram ampliar a amostra do teste da votação paralela e “desenvolver os mecanismos legais necessários para garantir a presença dos técnicos dos partidos nas diferentes instâncias de fiscalização das urnas”. Outra sugestão é ampliar o diálogo entre autoridades e partidos para medidas que aumentem a confiança das legendas e da sociedade no sistema de votação.

Recomendações

O balanço da missão trouxe recomendações para outros temas. No caso do registro de candidaturas, foi criticado o fato de, no momento da votação, ainda haver concorrentes sem a situação jurídica definida. Os especialistas sugeriram rever os prazos previstos na legislação para que o controle jurídico e análise de condições de impedimento ocorram antes do registro das candidaturas e início da campanha.
Quanto ao modelo de financiamento, pela primeira vez sem doações de empresas e pessoas jurídicas, a missão elencou como propostas ter normas mais claras de como os recursos do fundo eleitoral serão distribuídos dentro dos partidos, além de rever o sistema de sanções para o caso de irregularidades na gestão dessas verbas, caracterizado como ineficaz por atores ouvidos.
O documento fez uma crítica à baixa participação das mulheres em cargos de representação, a menor dentre os países da região no caso do Parlamento. Apesar de a bancada feminina na Câmara dos Deputados ter crescido de 51 para 77, isso ainda corresponde a 16% dos representantes dessa Casa Legislativa. Como recomendação, a missão defende “estabelecer critérios claros que permitam fazer um uso mais equitativo dos recursos públicos e que promovam o acesso do maior número possível de mulheres aos cargos de escolha popular”. Outra recomendação é definir sanções para o caso de descumprimento da cota de financiamento para candidatas mulheres.
A preocupação com a subrepresentação também foi pontuada no caso de indígenas e afrodescendentes, tanto nas candidaturas quanto na composição das casas legislativas. O grupo aventa como possibilidade adotar medidas semelhantes às regras para mulheres, com a instituição de cotas e financiamento direcionado.
Fonte: Agência Brasil

PT avalia hoje as eleições


A direção nacional do PT se reúne nesta terça (30), em São Paulo, para avaliar o desempenho do partido no segundo turno cujo candidato, Fernando Haddad, foi derrotado na disputa pela Presidência da República.
O encontro do comando partidário é o primeiro desde a vitória do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) neste domingo (28), com 55% dos votos válidos ante 45% obtidos por Haddad.
A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, deputada federal eleita pelo Paraná, após a derrota nas urnas, pediu nas redes sociais que a militância erga a cabeça e mantenha a luta. A dirigente falará à imprensa às 14h30 de hoje.
Haddad, por sua vez, desejou sucesso ao vitorioso via Twitter. “Eu coloco a minha vida à disposição deste país. Não tenham medo, nós estaremos aqui. Nós estamos juntos. Nós estaremos de mãos dadas com vocês”, disse. “Coragem, a vida é feita de coragem.”
O diabo é que essa iniciativa do ex-candidato à Presidência não agradou setores do PT, que não queriam reconhecer a vitória de Bolsonaro.
“Eu coloco a minha vida à disposição deste país. Não tenham medo, nós estaremos aqui. Nós estamos juntos. Nós estaremos de mãos dadas com vocês. Coragem, a vida é feita de coragem”, havia dito antes Haddad.
De antemão, o PT sai das urnas com a maior bancada na Câmara Federal e, individualmente, com o maior número de governadores eleitos no Brasil.


Boulos: Bolsonaro não é dono do Brasil e não vai calar nossas vozes


O líder do MTST Guilherme Boulos gravou vídeo em que se posiciona diante da eleição do extremista de direita Jair Bolsonaro; Boulos diz que o eleito traz "nuvens de intolerância e de violência"; ele acrescenta: "já na próxima terça-feira o povo sem medo vai às ruas de várias cidades do País para afirmar nosso compromisso com a democracia e com nossos direitos"; Boulos ainda afirmou que "Jair Bolsonaro (PSL) não é o dono do Brasil e não vai silenciar as nossas vozes"
247 - O líder do MTST Guilherme Boulos gravou vídeo em que se posiciona diante da eleição do extremista de direita Jair Bolsonaro. Boulos diz que o eleito traz "nuvens de intolerância e de violência". Ele acrescenta: "já na próxima terça-feira o povo sem medo vai às ruas de várias cidades do País para afirmar nosso compromisso com a democracia e com nossos direitos". Boulos ainda afirmou que "Jair Bolsonaro (PSL) não é o dono do Brasil e não vai silenciar as nossas vozes."
O líder nacional do MTST disse também que Bolsonaro "fugiu dos debates e se escondeu atrás de uma rede de mentiras no WhatsApp, à base de fraude e de caixa 2". "Foi o candidato da intolerância, que explorou o medo e a desilusão das pessoas. É alguém que defende a ditadura, a tortura e a violência como solução para os problemas."
"Apesar de você, Bolsonaro, amanhã vai ser outro dia. Até lá, nós vamos estar com coragem nas ruas desse País, lutando por democracia e por nossos direitos. O Brasil é muito maior do que Jair Bolsonaro. Vamos à luta", concluiu Boulos.


Sergio Moro sinaliza que aceitará convite de Bolsonaro


O juiz Sérgio Moro sinalizou positivamente à indicação de seu nome para o ministério da Justiça do futuro governo Bolsonaro; ele minimizou a denúncia de caixa dois na campanha do ex-militar feita pelo jornal Folha de S. Paulo, e disse que a promessa de não lotear ministérios feita por Bolsonaro também se mostra positiva
247 - O juiz Sérgio Moro sinalizou positivamente com a indicação de seu nome para o ministério da Justiça do futuro governo Bolsonaro. Ele minimizou denúncia de caixa dois na campanha do ex-militar feita pelo jornal Folha de S. Paulo, e disse que a promessa de não lotear ministérios feita por Bolsonaro também se mostra positiva. 
A reportagem do jornal O Globo destaca que "Moro também via pontos positivos na campanha de Bolsonaro, como a promessa de não lotear os ministérios. Mesmo diante da notícia de que grandes empresas poderiam ter financiado disparos em massa de Whatsapp para o candidato do PSL, manteve a convicção de que poderia ser um erro, mas não corrupção, já que Bolsonaro poderia não saber do apoio dos empresários feito por fora da campanha oficial".
A matéria prossegue, salientando os laços de Moro com o deputado Onyx Lorenzoni: "o juiz da Lava-Jato também diz ter ficado bem impressionado com a atuação do deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), futuro ministro da Casa Civil, durante a tramitação das dez medidas anti-corrupção. Argumenta que, mesmo diante da pressão dos demais parlamentares, manteve boa parte do projeto original — embora tenha incluído a possibilidade de juízes e membros do Ministério Público serem denunciados por crime de responsabilidade em caso de abuso de poder".


Bolsonaro detona Folha no Jornal Nacional

Presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) atacou a Folha de S. Paulo nesta segunda-feira, 29, em entrevista ao Jornal Nacional; Bolsonaro disse que a Folha "não tem prestígio nenhum" e que "só espalha fake news"; o capitão disse também que a Folha não terá verba de publicidade do governo federal a partir do próximo ano; apesar de acusar a Folha, o Bolsonaro voltou a falar em Kit gay, uma das maiores mentiras disseminadas contra Fernando Haddad na campanha
247 - O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) atacou a Folha de S. Paulo nesta segunda-feira, 29, em entrevista ao Jornal Nacional. Bolsonaro disse que a Folha "não tem prestígio nenhum" e que "só espalha fake news".
"Totalmente favorável à liberdade de imprensa. Temos a questão da propaganda oficial do governo que é uma outra coisa. Mas aproveito o momento para que nós realmente venhamos fazer justiça aqui no Brasil. Tem uma senhora de nome Valderice, minha funcionária, que trabalhava na vila histórica de Mambucaba, e tinha uma lojinha de açaí. O jornal Folha de S.Paulo foi lá nesse dia 10 de janeiro e fez uma matéria e a rotulou de forma injusta como fantasma. É uma senhora, mulher, negra e pobre. Só que nesse dia 10 de janeiro, segundo boletim administrativo da Câmara de 19 de dezembro, ela estava de férias. Então, ações como essa, por parte de uma imprensa, que mesmo a gente mostrando a injustiça que cometeu com uma senhora, ao não voltar atrás, logicamente que eu não posso considerar essa imprensa digna. Não quero que ela acabe. Mas, no que depender de mim, da propaganda oficial do governo, imprensa que se comportar dessa maneira, mentindo descaradamente, não terá apoio do governo federal", ameaçou Bolsonaro.
"Por si só, esse jornal se acabou. Não tem prestígio mais nenhum. Quase todas as fake news que se voltaram contra mim partiram da Folha de S.Paulo, inclusive a última matéria, onde eu teria contratado, né, empresas fora do Brasil, via empresários aqui para espalhar mentiras sobre o PT. Uma grande mentira, mais uma fake news do jornal “olha de S.Paulo, lamentavelmente", acrescentou. 
Em um furo de reportagem da jornalista Patricia Campos Mello, a Folha denunciou o esquema de disseminação em massa de fake news contra Fernando Haddad pelo Whatsapp, financiada por empresas apoiadoras da campanha de Bolsonaro. 
Apesar de criticar a Folha de fabricar "fake news", Bolsonaro voltou a falar sobre o Kit gay, uma das fake news mais disseminadas contra Haddad na campanha. 
"Notável o esforço de Bonner e Renata em tentar 'normalizar' Bolsonaro. Deram-lhe todas as chances. Ele dispensou algumas: insistiu com a fake news do kit gay e ameaçou a Folha de S. Paulo", disse o jornalista Ricardo Noblat sobre a entrevista. 

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Primeiras indústrias do “Juruba” conquistam incentivos do Prodea


Das 10 indústrias beneficiadas, sendo oito do setor de confecções, uma na área de fabricação de máquinas e equipamentos para a agricultura e a pecuária, e outra do ramo da alimentação (fabricação de suco) 
(Foto: Profeta)
Com parecer favorável da Comissão Municipal de Desenvolvimento Econômico (CMDE) e projetos de lei aprovados pelos vereadores, o prefeito Beto Preto (PSD) sancionou nesta segunda-feira (29/10) leis que concedem incentivos previstos no Programa de Desenvolvimento Econômico de Apucarana (Prodea) aos 10 primeiros empreendimentos do Parque Industrial da Juruba, também chamado de Cidade Industrial de Apucarana. Com previsão de 237 lotes, o parque está em implantação pela Prefeitura de Apucarana na região Sul da cidade e, dentro de poucos meses, deve ter sua primeira etapa – com 31 lotes – liberada para que os empresários iniciem a expansão de suas plantas industriais na cidade. “Nos próximos dias estarei reunindo todos esses investidores para que possam assinar os contratos com o município, firmando compromisso oficial de atender a todos os preceitos da Lei Municipal nº 009/2002, que regulamenta o Prodea”, observou o prefeito Beto Preto.
Das indústrias beneficiadas, oito são do setor de confecções, uma na área de fabricação de máquinas e equipamentos para a agricultura e a pecuária, e outra do ramo da alimentação (fabricação de suco). A expectativa é de que o prefeito Beto Preto possa inaugurar a primeira etapa já no início do próximo ano. “Assim que isso ocorrer, essas empresas poderão dar início imediato à expansão de seus investimentos na cidade, gerando novos investimentos, emprego e renda para o município”, esclareceu o prefeito.
A projeção, de acordo com as propostas aprovadas pelos vereadores, é de que os 10 empreendimentos juntos invistam pelo menos R$5 milhões na construção de suas novas plantas, ocupando terrenos industriais que vão de 1.323,97 metros quadrados a 3,5 mil metros quadrados, resultando em aproximadamente 10 mil metros quadrados de ocupação. “São indústrias que intencionam investimentos estruturais iniciais entre R$180 mil e R$1.850.000,00”, relata Edson Estrope, secretário Municipal da Indústria e Comércio. O faturamento anual do primeiro lote de empresas ultrapassa os R$31,5 milhões. “São empresas de vários portes, que declararam faturar entre R$900 mil e R$12 milhões por ano”, conta o secretário.
A expectativa é de que pelo menos 200 empregos diretos sejam gerados inicialmente pelas empresas: AN 4 Jeans; Isaias A de Oliveira – Confecção; V.S. Indústria e Comércio de Confecções Ltda.; Braforte Indústria e Comércio de Tecidos e Confecções; Rhinosize Confecções Ltda; Ramos Indústria e Comércio de Confecções; WE Confecções e Comércio de Bonés Ltda.; Dedike Equipamentos Ltda; Universo do Rock Ltda.; e Mano Indústria e Comércio Ltda. (Sunap).
Outros parques – Além dos primeiros empreendimentos da Cidade Industrial, o prefeito Beto Preto também sancionou incentivos do Prodea a outras duas indústrias: Original Couro Ltda, especializada na fabricação de produtos derivados de couro, que receberá área de 1.417,82 metros quadrados no Parque Industrial Galan. A empresa, que tem um faturamento anual de R$4.840.000,00, projeta investir R$5,3 milhões na construção de sua planta industrial. Já a K.X.V. Zambrano Embalagens, receberá área de 1.319,98 metros quadrados na Gleba Pirapó. Com faturamento anual na ordem de R$475 mil, a proposta da industria de chapas e embalagens de papelão ondulado é investir cerca de R$950 mil na expansão de suas atividades em Apucarana.


São Paulo dá 68% a Bolsonaro. Haddad triunfa no Nordeste


Presidente eleito venceu na maioria das regiões e em 16 das 27 unidades da federação

Bolsonaro foi o mais votado em todas as regiões, exceção ao Nordeste, todo de Haddad, mais
dois estados do Norte
São Paulo – Eleito ontem (28) presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) vence nos maiores colégios eleitorais, em quatro das cinco regiões e em 16 das 27 unidades da federação. Em São Paulo, recebeu 67,97% dos votos válidos, ante 32,03% dados a Fernando Haddad (PT) – que praticamente dobrou sua votação em relação ao primeiro turno (16,42%). A maior vitória de Bolsonaro foi em Santa Catarina, onde ele acabou com 75,92%. 
Haddad mostrou-se imbatível no Nordeste, vencendo nos nove estados daquela região. Superou os 70% em quatro deles: Bahia (72,69%), Ceará (71,11%), Maranhão (73,26%) e Piauí, onde teve sua maior votação (77,05%). 
O petista triunfou também em dois estados da região Norte. Ficou com 54,81% no Pará e 51,02% em Tocantins. Com vantagem para o candidato do PSL, as votações foram equilibradas no Amapá (50,20% a 49,80%) e no Amazonas (50,27% a 49,73%).
No Rio de Janeiro, segundo maior colégio eleitoral do país, Bolsonaro teve 67,95% dos votos válidos, resultado equivalente ao de São Paulo. Em Minas Gerais, a vantagem foi menor (58,19%). Chegou a 63,24% no Rio Grande do Sul e a 69,99% no Distrito Federal. Fonte: RBA
 

Equipe de Bolsonaro já bate cabeça e Guedes enquadra Lorenzoni


Dois dos três ministros já anunciados por Jair Bolsonaro já começaram a disputar para ver quem manda mais no novo governo que assumirá a Presidência da República em janeiro do próximo ano. O economista Paulo Guedes, anunciado como ministro da Fazenda, afirmou a aliados que não irá submeter as decisões da sua pasta ao deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que irá assumir a Casa Civil, como havia sido dito por Bolsonaro
247 - Dois dos três ministros já anunciados por Jair Bolsonaro já começaram a disputar para ver quem manda mais no novo governo que assumirá a Presidência da República em janeiro do próximo ano. O economista Paulo Guedes, anunciado como ministro da Fazenda, afirmou a aliados que não irá submeter as decisões da sua pasta ao deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que irá assumir a Casa Civil.
Segundo a Coluna do Estadão, Guedes tem afirmado a pessoas próximas de que isso nunca foi imposto como o "zero um".
Recentemente, durante uma entrevista ao Poder 360, Bolsonaro afirmou que iria conversar com o Paulo Guedes [assessor econômico e elaborador do projeto econômico do plano de governo do PSL] e quem depois vai bater o martelo é o Onyx, que será o coordenador de tudo".

Ciro se coloca como oposição a Bolsonaro: não viole o respeito que deve à Nação


Candidato à Presidência da República no primeiro turno da eleição, Ciro Gomes (PDT) usou sua página no Facebook para dizer que Jair Bolsonaro (PSL), enfrentará todas as forças políticas que se colocaram como oposição às propostas representadas pela chapa de extrema direita; "Que não pense o senhor presidente eleito, nem de longe, em violar o respeito que deve ao conjunto da nação, independentemente de configurarem minorias ou grupos sociais críticos às suas posturas. Só assim merecerá o respeito à autoridade que adquiriu nas eleições", disse 
247 - O ex-ministro e candidato à Presidência da República no primeiro turno da eleição, Ciro Gomes (PDT) usou sua página no Facebook para dizer que presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), enfrentará todas as forças políticas que se colocaram como oposição as propostas representadas pela chapa de extrema direita
"Que não pense o senhor presidente eleito, nem de longe, em violar o respeito que deve ao conjunto da nação, independentemente de configurarem minorias ou grupos sociais críticos às suas posturas. Só assim merecerá o respeito à autoridade que adquiriu nas eleições", disse Ciro na nota em referência aos constantes ataques feitos por Bolsonaro a diversos segmentos sociais.
Para Ciro, "essa oposição que nasce não se confunde com forças que só defendem a democracia ao sabor de seus interesses mesquinhos ou crescentemente inescrupulosos ou mesmo despudoradamente criminosos".
Leia a íntegra da nota divulgada por Ciro Gomes em seu Facebook:
"A um democrata verdadeiro o que se impõe após o segundo turno é simplesmente reconhecer a vitória eleitoral daquele que teve a maioria relativa dos votos do povo brasileiro.
Para mim, que cultivo a correção de conduta, impõe-se, também, desejar boa sorte ao presidente eleito Jair Bolsonaro para que ele possa fazer o melhor pela sofrida nação brasileira.
Que execute o honroso mandato que a maioria dos brasileiros e brasileiras lhe outorgou dentro das regras da Constituição Federal e do estrito respeito às normas do Estado de Direito Democrático.
Que não pense o senhor presidente eleito, nem de longe, em violar o respeito que deve ao conjunto da nação, independentemente de configurarem minorias ou grupos sociais críticos às suas posturas. Só assim merecerá o respeito à autoridade que adquiriu nas eleições.
Fora disto, nos enfrentará, a todos nós que lhe movemos oposição dentro do marco da decência e do espírito público. Essa oposição que nasce, não se confunde com forças que só defendem a democracia ao sabor de seus interesses mesquinhos ou crescentemente inescrupulosos ou mesmo despudoradamente criminosos".



Bolsonaro ironiza Haddad e diz que o Brasil merece o melhor


Depois do tweet de Fernando Haddad que abriu uma crise interna no PT, Jair Bolsonaro retribuiu com ironia os cumprimentos do petista por sua eleição; "Senhor Fernando Haddad, obrigado pelas palavras! Realmente o Brasil merece o melhor", disse Bolsonaro pelo Twitter; segundo o membro da executiva do PT Valter Pomar, a decisão de Haddad de cumprimentar Bolsonaro pela vitória foi unilateral 
247 - O presidente eleito Jair Bolsonaro retribuiu com ironia os cumprimentos que o candidato derrotado do PT a presidente, Fernando Haddad, lhe enviou nesta segunda-feria, 29. Pelo Twitter, Bolsonaro respondeu: "Senhor Fernando Haddad, obrigado pelas palavras! Realmente o Brasil merece o melhor". 
Mais cedo, Haddad havia escrito: "Presidente Jair Bolsonaro. Desejo-lhe sucesso. Nosso país merece o melhor. Escrevo essa mensagem, hoje, de coração leve, com sinceridade, para que ela estimule o melhor de todos nós. Boa sorte!", disse Haddad no Twitter. "E como disse ontem, eu coloco a minha vida à disposição desse país. Não tenham medo, nós estaremos aqui. Nós estamos juntos. Nós estaremos de mãos dadas com vocês. Nós abraçaremos a causa de vocês. Contem conosco. Coragem, a vida é feita de coragem. Viva o Brasil!", acrescentou (leia mais).
A mensagem abriu uma crise dentro do PT. Segundo o dirigente petista Valter Pomar, a decisão do partido era de não cumprimentar o líder da extrema-direita. "Mais do que a 'virada' de posição, a banalidade do texto tuitado contrasta tanto com a tragédia histórica, que pensei tratar-se de mais uma fake news, talvez obra de um hacker", disse Pomar em artigo. 
"A única mensagem que na minha opinião, como eleitor de Haddad, penso que poderia ser enviada ao eleito seria algo mais ou menos assim: 'Cumpra a Constituição. Detenha a violência de seus partidários. Da nossa parte, faremos oposição, como nos faculta a lei, nossa consciência e nossos princípios. Ao povo brasileiro desejamos boa sorte e muita luta!'”, acrescentou (leia mais).

Bolsonaro ignora Globo e dá primeira entrevista para a Record


Em mais um capítulo da batalha entre Globo e Record, o presidente eleito Jair Bolsonaro quebra a tradição e decide conceder sua primeira entrevista à emissora do bispo Edir Macedo, que está posicionada para ser a Fox News brasileira; ele falará às 19h desta segunda-feira (29) por 30 minutos ao programa especial 'O Voto na Record 2018'
247 - Em mais um capítulo da batalha entre Globo e Record, o presidente eleito Jair Bolsonaro quebra a tradição e decide conceder sua primeira entrevista à emissora do bispo Edir Macedo, que está posicionada para ser a Fox News brasileira.
A notícia foi divulgada pela Coluna do Fraga, do jornalista Domingos Fraga: "O presidente eleito, Jair Bolsonaro, vai dar a primeira entrevista exclusiva hoje às 19h para o programa especial 'O Voto na Record 2018'. Durante 30 minutos, Bolsonaro será entrevistado ao vivo pelo repórter Eduardo Ribeiro", disse Fraga. 


58 milhões de eleitores votaram em Bolsonaro, 89 milhões, não


Número de anulações cresceu 60% em relação ao segundo turno de 2014, quando Dilma (PT) foi eleita presidenta

Jair Bolsonaro venceu as eleições com respaldo de 39,2% dos eleitores aptos a votar / Agência Brasil

Dos 147,3 milhões de eleitores aptos a votar nas eleições 2018, 57,8 milhões escolheram Jair Bolsonaro (PSL) – cerca de 39,2%. Isso significa que 89 milhões, ou 61,8%, não aderiram à candidatura eleita neste domingo (28).
O percentual de votos nulos quebrou um recorde que se mantinha desde o pleito de 1989: 7,4%, um aumento de 60% em relação ao 2º turno entre Aécio Neves (PSDB) e Dilma Roussef (PT), em 2014. O estado que registrou maior número de anulações em 2018 foi Minas Gerais: 10,6%.
Os votos brancos somaram 2,4 milhões, ou 2,1%. Ao todo, 31,3 milhões não compareceram às urnas, o equivalente a 21,3% total de eleitores.
Na reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2006, foi registrado o menor índice desde a redemocratização – 16,8% do eleitorado.
O total de brancos e nulos nas eleições de ontem superou os 11 milhões, o equivalente à população de Portugal.
Fonte: Brasil de Fato

Veja quais pesquisas acertaram o resultado de presidente da República


O Blog do Esmael fez um quadro com as apostas que os institutos de pesquisa fizeram na antevéspera e véspera da eleição de domingo. O resultado final das urnas foi Bolsonaro 55% x 45% Haddad. Abaixo, confira as sondagens divulgadas 1 dia antes:
Ibope/Estadão/Globo: Bolsonaro 54 x 46 Haddad
Datafolha/Globo/Folha: Bolsonaro 55 x 45 Haddad
Paraná Pesquisas/Antagonista: Bolsonaro 61 x 39 Haddad
Vox Populi/247: Bolsonaro 50 x 50 Haddad
XP/Ipespe: Bolsonaro 58 x 42 Haddad
CNT/MDA: Bolsonaro 57 x 43 Haddad
O leitor pode conferir o resultado oficial da eleição neste link.


Haddad surge como liderança de primeira linha com aval de Lula


Fernando Haddad sai da disputa eleitoral como liderança nacional de primeira linha e tem aval do ex-presidente Lula para ser um dos principais representantes do PT na política nacional; Lula quer ver Haddad integrado ao círculo de líderes nacionais do partido, ao lado de Gleisi Hoffmann, Sérgio Gabrielli e Jaques Wagner
247 - Fernando Haddad sai da disputa eleitoral como liderança nacional de primeira linha e tem aval do ex-presidente Lula para ser um dos principais representantes do PT na política nacional. Lula quer ver Haddad integrado ao círculo de líderes nacionais do partido, ao lado de Gleisi Hoffmann, Sérgio Gabrielli e Jaques Wagner.
Em reportagem, as jornalistas Catia Seabra e Maria Dias, da Folha de S.Paulo, destacam a narrativa que vai se desenhando dentro do PT: "apesar de derrotado nas eleições presidenciais deste domingo (28), Fernando Haddad tem o aval do ex-presidente Lula para decidir que tarefa vai assumir à frente do PT durante o governo de Jair Bolsonaro (PSL). Em conversas com aliados que o visitaram em Curitiba na semana passada, Lula recomendou que Haddad seja consultado sobre suas expectativas e como pretende desempenhar o papel de líder da oposição daqui para frente. Embora a campanha petista tenha sido errática em diversos momentos e demorado para detectar e reagir à onda pró-Bolsonaro, a avaliação no partido é que Haddad foi alçado à condição de liderança nacional".
A leitura do partido é que o "modo Haddad" de se colocar diante do eleitor foi eficiente, apesar de a vitória não ter acontecido: "com um discurso que tentou extrapolar o PT e vencer o sentimento antipetista, o ex-prefeito de São Paulo carregou a militância e atores de fora do espectro do partido em torno de um discurso único, pela defesa da democracia".
Já está marcada uma reunião da executiva ampliada para a próxima terça-feira (30), em São Paulo, onde se discutirá o futuro partidário. Emidio de Souza, que coordenou a campanha de Haddad ao lado de Gabrielli, irá a Curitiba ouvir as recomendações de Lula.
Auxiliares de Haddad informam que a ideia inicial do ex-prefeito é insistir na formação de uma frente democrática que se contraponha a Bolsonaro, sem necessariamente ocupar um cargo formal no comando do PT.
A percepção é a de que o volume de apoios na reta final da campanha, como o apoio de Joaquim Barbosa e Rodrigo Janot, abrem um precedente inédito para o partido e acenam para uma ova perspectiva de concertação política diante de um país arrasado economicamente, saturado de tanta polarização e violência eleitoral por parte da candidatura ultraconservadora. 




Bolsonaro faz 83% dos votos em Arapongas e 77% em Apucarana

Apucaranenses se concentram em frente à igreja Nossa Senhora de Lourdes para comemorar vitória de Bolsonaro. (foto - Maicon Sales)


O candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito na noite de domingo (28) com 55% dos votos, contra 44% de Fernando Haddad (PT). Bolsonaro conquistou exatamente 57.796.986 votos, enquanto Haddad fez 47.038.963.
No Paraná, Bolsonaro também liderou, ele foi eleito com 68% no Estado. Dos 399 municípios, ele ganhou em 307, e Haddad em 92.


Arapongas, cidade no Norte do Paraná (PR) foi uma das recordistas do Sul do Brasil ao eleger Bolsonaro com 83,42% dos votos. Já em Apucarana, o pesselista conquistou 77,60% dos eleitores. 

Fonte: TN Online

Ricardo Miranda: fascismo esbofeteou a democracia, mas será purgatório para volta por cima


"A partir de janeiro o Brasil, que já teve o operário Lula e o sociólogo Fernando Henrique Cardoso como presidentes no pós-ditadura, terá pela primeira vez, pelo voto, de ser governado pela extrema-direita", diz o jornalista Ricardo Miranda, ao avaliar a vitória de Jair Bolsonaro
Por Ricardo Miranda, em seu blog - A partir de janeiro o Brasil, que já teve o operário Lula e o sociólogo Fernando Henrique Cardoso como presidentes no pós-ditadura, terá pela primeira vez, pelo voto, de ser governado pela extrema-direita.
Senhoras e senhores, com vocês Bozonaro, o candidato do nanico PSL, partideco de aluguel – assim como Collor, eleito pelo igualmente tosco PRN, e que sofreu algum tempo depois, um processo de impeachment por sua empáfia política, putrefação moral e incapacidade econômica – que já defendeu ao longo de sua vida militar e política medíocre praticamente todas as práticas antidemocráticas que existem. Serão anos de resistência, dias difíceis, como na ditadura. Dia após dia.
Como se confirmou, o discurso de Bolsonaro, seguido de uma coletiva tosca, não foi de união nacional, foi de divisionismo. Demonizou o “comunismo” e o “esquerdismo” e propôs, num discurso sem máscaras – transmitido em tempo real de sua casa, pelas redes sociais, com sua mulher de um lado, e uma tradutora de sinais, do outro -, que o “Exército” do país “marche” em sua só direção.
“Não poderíamos mais continuar flertando com o populismo, o esquerdismo e o socialista da esquerda”, disse. Bolsonaro dividiu o país no voto e mostra que, votos contados, continuará mantendo essa divisão. Isso não tem precedentes em um país democrático – coisa que não somos, como se sabe, desde o impeachment fake de Dilma Rousseff por pedaladas fiscais.
Leia o texto na íntegra no blog Gilberto Pão Doce