sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Haddad buscará apoio de Ciro até o último instante


O candidato à Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (25), em Recife, que tem feito todos os acenos possíveis para que Ciro Gomes (PDT), terceiro colocado no primeiro turno, declare apoio à sua candidatura. "Vou continuar fazendo aceno porque boto o país acima de tudo. Temos que ter humildade, tem que partir de mim o exemplo, esses gestos, para demonstrar que vamos fazer um governo amplo, de unidade nacional, democrático e popular, que vai ter que tomar medidas, mas sempre olhando quem mais precisa do Estado", afirmou Haddad
Da Agência Brasil – O candidato à Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (25), em Recife, que tem feito todos os acenos possíveis para que Ciro Gomes (PDT), terceiro colocado no primeiro turno, declare apoio à sua candidatura. No último dia 7, Ciro disse que não votaria em Bolsonaro, mas em seguida viajou para a Europa e não chegou a participar da campanha de Haddad. Ele retorna ao país amanhã (26). O PDT, partido de Ciro, declarou "apoio crítico" à candidatura de Haddad, também sem participar de atos de campanha do petista.
"Vou continuar fazendo aceno porque boto o país acima de tudo. Temos que ter humildade, tem que partir de mim o exemplo, esses gestos, para demonstrar que vamos fazer um governo amplo, de unidade nacional, democrático e popular, que vai ter que tomar medidas, mas sempre olhando quem mais precisa do Estado", afirmou Haddad. O presidenciável disse ainda que conversou novamente com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e pediu para que eles compartilhem o que chamou de "momento da virada" nas eleições.
O petista também comentou outros apoios recebidos nos últimos dias, como os da candidata derrotada no primeiro turno Marina Silva (Rede), do ex-presidente nacional do PSDB Alberto Goldman e do senador eleito por Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB). "Essas pessoas se vêem obrigadas a demonstrar, por gestos, esse risco que estamos correndo. Eles sabem o que representa o Jair Bolsonaro, saído do porão da ditadura, uma pessoa que enaltece a tortura, a violência, em todo o discurso", criticou Haddad.
O presidenciável também fez um apelo pelo voto dos indecisos e voltou a direcionar críticas ao adversário: "Entre erros e acertos, nossos governos mudaram a vida de dezenas de milhões de pessoas. Vamos corrigir os erros e manter os acertos. Agora o que eles querem é transformar acerto em erro. O Bolsonaro já se comprometeu com a política econômica do Temer. Por acaso está dando certo a política econômica do Temer? Antes da eleição ele já convidou o DEM para o governo. É o caminho do desastre".
Nordeste
Após conceder entrevista à imprensa, Fernando Haddad participou de um comício na Pátio do Carmo, no centro do Recife. Ele estava acompanhado da esposa, Ana Estela, do senador Humberto Costa (PT-PE), além do governador de Pernambuco, o aliado Paulo Câmara e o prefeito da capital do estado, Geraldo Júlio, ambos do PSB.
Durante seu discurso aos apoiadores, Haddad comentou o resultado da pesquisa do Instituto Datafolha, divulgado na noite de hoje e afirmou estar confiante em uma virada. "No Datafolha, em três dias, a distância entre nós caiu seis pontos. O Bolsonaro disse no domingo que vai varrer a oposição. Pois ele não vai ter oposição porque ele não vai ser governo. Nós vamos virar", disse. Segundo o levantamento, considerando os votos válidos, Bolsonaro tem 56% da preferência, enquanto Haddad aparece com 44%. No levantamento anterior, os candidatos tinham 59% e 41%, respectivamente.  
Haddad segue em agenda pelo Nordeste durante esta sexta-feira. Pela manhã, participa de uma caminhada no centro de João Pessoa. À tarde, embarca para Salvador onde terá um encontro, a partir das 16h, com artistas, no bairro de Ondina e depois também faz uma caminhada na região. Às 20h, participa da última sabatina antes das eleições, na TVE da Bahia, com transmissão simultânea pela Rádio Educadora da Bahia e redes sociais.  

Datafolha: Bolsonaro cai, Haddad cresce e eleição está aberta


Pesquisa registra que Jair Bolsonaro (PSL) caiu três pontos, para 56% dos votos válidos, contra 44% de Fernando Haddad (PT), que cresceu três pontos; diferença caiu de 18 para 12 pontos; no último levantamento, apurado em 17 e 18 de outubro, a diferença era de 59% a 41%; tanto a queda de Bolsonaro quanto a subida de Haddad se deram acima da margem de erro; em dois dias, todo o cenário pode mudar
247 - A três dias do segundo turno, Jair Bolsonaro (PSL) caiu três pontos, para 56% dos votos válidos, contra 44% de Fernando Haddad (PT), que cresceu três pontos; diferença caiu de 18 para 12 pontos; no último levantamento, apurado em 17 e 18 de outubro, a diferença era de 59% a 41%.
Tanto a queda de Bolsonaro quanto a subida de Haddad se deram acima da margem de erro, o que aponta que, em dois dias, tudo pode mudar.
Em votos totais, Bolsonaro tem 48% ante 38% de Haddad. Há ainda 6% de eleitores que se dizem indecisos e 8% declaram votos brancos ou nulos. Outros 22% afirmam que ainda pode mudar de ideia até a eleição.
O Datafolha entrevistou 9.173 eleitores em 341 cidades no levantamento, encomendado pela Folha e pela TV Globo e realizado na quarta (24) e na quinta (25).


quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Ratinho Júnior anuncia General Carbonell para Secretaria de Segurança do Paraná

Foto: Divulgação/CMC

O governador eleito no Paraná, Ratinho Junior (PSD) anunciou o primeiro secretário de sua equipe, nesta quinta-feira (25).  O General Luiz Felipe Kraemer Carbonell, atual chefe da Assessoria de Informações da Itaipu Binacional, vai assumir a secretaria da Segurança Pública, no lugar de Júlio Cezar dos Reis.
O governador eleito disse que a escolha de Carbonell foi realizada depois de uma análise bastante criteriosa e reforça a importância que as ações de segurança pública terão em seu governo. “O Paraná tem território e população maiores que muitos países e está em uma região com duas fronteiras internacionais. A segurança pública do nosso estado tem que ser planejada e coordenada como se fosse um país”.
O general serviu no Centro de Comunicação Social do Exército, em Brasília, e foi Chefe da Seção de Comunicação Social da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti, a MINUSTAH, em Porto Príncipe.
Nascido em 20 de setembro de 1955, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, o futuro secretário iniciou sua carreira no exército em 1974, na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), sediada em Resende (RJ).
Além da AMAN, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e a Escola de Comando e Estado-Maior. Fez o Estágio de Comunicação Social e o Curso de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército. Foi instrutor do Curso de Preparação de Oficiais da Reserva de Porto Alegre, em Porto Alegre (RS), e da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, no Rio de Janeiro (RJ).
Carbonell tem especialização MBA em Gestão de Projetos na Fundação Getúlio Vargas, e Gestão de Processos na Escola Nacional de Administração Pública (ENAP).
Como Oficial de Estado-Maior, chefiou a 5ª Seção do Comando Militar do Oeste, em Campo Grande (MS) e foi Subchefe do Centro de Comunicação Social do Exército em Brasília onde também foi Chefe de Gabinete do Estado-Maior do Exército. Foi Comandante do 14º. Regimento de Cavalaria Mecanizada em Santa Catarina e Comandante da 4ª. Brigada de Cavalaria Mecanizada no Mato Grosso do Sul. Em Curitiba foi Comandante da 5ª. Região Militar e Comandante da 5ª. Divisão de Exército
Fonte: Paranaportal.uol

Encontro aponta demandas das mulheres do campo


A 25ª edição do evento, classificada como de transição, foi marcada por homenagens à ex-coordenadora Jandira Valmórbida e pela discussão de demandas
(Fotos: Edson Denobi)
Após 24 anos, o Encontro da Mulher do Campo tem uma nova coordenadora. A 25ª edição do evento, classificada como de transição, foi marcada por homenagens à ex-coordenadora Jandira Valmórbida e pela discussão de demandas. Cerca de 350 participantes debateram ao longo do dia, no auditório Gralha Azul da Unespar, as principais necessidades e que nortearão o trabalho da Emater na região no ano que vem.
“Em primeiro lugar queremos honrar a história da Jandira de 24 anos e fazer deste um evento de transição, trazendo uma nova identidade ao encontro, mas respeitando e valorizando tudo o que foi construído até o momento”, ressalta Rafaela Cristina Bernardo, assistente social da Emater que neste ano esteve na organização do evento.
A palestra de abertura abordou a organização social e o protagonismo feminino. À tarde, estava previsto o “Diálogo de Saberes”, dinâmica em que as mulheres se reúnem em grupos para discutir sobre quatro eixos temáticos: igualdade de gênero, o papel da Emater no desenvolvimento da agricultura familiar, agroecologia e políticas públicas para as mulheres do campo. O evento contou ainda com sorteio de brindes, apresentação cultural e feira de artesanato, doces, flores e sabores. O encontro é uma promoção do Governo do Estado, através da Emater, em parceria com a Prefeitura de Apucarana e diversas entidades parceiras.
“Buscamos o fortalecimento da mulher no campo não apenas como chefe da família, mas chefe do empreendimento rural, do Pronaf, do crédito fundiário. A intenção desse encontro é levantar as demandas para o planejamento da Emater em 2019. Queremos que, através de dinâmicas, elas mostrem os problemas e o que elas gostariam que fosse feito”, pontua Rafaela, lembrando que neste ano o tema do encontro foi “Identidade, Reconhecimento e Luta por Direitos”.
A grande homenageada do dia foi a extensionista Jandira Valmórbida, que trabalhou 39 anos na Emater e por 24 anos organizou o encontro da mulher. Em abril deste ano, a economista aderiu ao Plano de Demissão Voluntária e deixou os quadros da Emater. Em reconhecimento ao trabalho realizado , Jandira recebeu uma orquídea e uma placa das mãos do prefeito Beto Preto, do gerente regional da Emater, Cristóvon Videira Ripol e de João Carneiro, que no ato representou o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Apucarana.
“É a sexta vez enquanto prefeito que participo deste encontro. Como médico e agente do Instituto Nacional de Seguridade Social, eu via a dificuldade das mulheres rurais na busca dos seus direitos, especialmente no tocante da aposentadoria. Por isso, é uma honra participar deste encontro, pois mostra que elas estão lutando pelos seus direitos, buscando novos negócios e a fixação no campo. E hoje foi dia de render homenagens à Jandira, que coordenou com brilhantismo esse trabalho ao longo dos anos”, enalteceu Beto Preto, que esteve acompanhado no evento por todas as secretárias mulheres ou representantes (Promatur, Mulher e Assuntos da Família, Assistência Social, Esportes e Educação) e da vereadora Márcia Sousa que no ato representou o Legislativo, além dos secretários municipais de Agricultura, Fazenda e Obras que também estiveram presentes.
Ao fazer seu pronunciamento de despedida, Jandira foi aplaudida em pé pelas mulheres. “Tenho quatro grandes agradecimentos a fazer. Primeiro, a Deus que me deu dons, talento, saúde e perseverança. Depois, à Emater que foi a minha segunda família, onde foram 80 mil horas trabalhadas. Quero agradecer ainda aos cinco prefeitos que me acolheram em Apucarana, especialmente ao prefeito Beto Preto, e de todas entidades parceiras”, assinalou.
Por fim, Jandira fez um agradecimento especial às mulheres do campo. “Cheguei aqui e não conhecia ninguém e hoje tenho certeza que, se eu disser que tenho uma necessidade, muitas mãos vão se levantar para me socorrer. Eu quero agradecer por ter aprendido com vocês o valor da simplicidade”, afirmou.
Jandira comparou a trajetória na Emater com a passagem bíblica da parábola do semeador. “A Emater deu para mim um saco de sementes. Eu aprendi a semear caminhando junto e vocês iam me dando os sinais de que era daquela forma que deveria ser feito. As sementes que eu plantei frutificaram, pois elas caíram em solo fértil, na mente e no coração de vocês. Vocês acham que vou esquecer tudo o que aprendi com vocês: o valor da simplicidade e da gratidão? Jamais. Terei muita coisa para lembrar. Obrigada por tudo”, disse Jandira, bastante emocionada.


UTFPR apresenta projeto de Gerenciamento de Resíduos Sólidos


O projeto prevê quatro etapas: sensibilização, diagnóstico, plano de ação (customizado) e acompanhamento. O objetivo é reduzir na fonte, reutilizar, reciclar e dispor em aterro. Serão realizadas pesquisas e fóruns de discussão 
(Foto: Divulgação)
Nesta quinta-feira (25), professores do curso de Engenharia Têxtil da UTFPR Apucarana apresentaram para as empresas do APL de Bonés (Arranjo Produtivo Local) a proposta de colaboração para trabalhar a questão do gerenciamento e reaproveitamento dos resíduos sólidos nas empresas de confecção.
As professoras Thais Larissa e Ariana Vieira, apresentaram aos empresários presentes como irá funcionar o projeto, que tem previsão para começar no mês de fevereiro de 2019.
Quatro empresas de confecção participarão do projeto que será executado por alunos e acompanhado por professores. O projeto prevê quatro etapas: sensibilização, diagnóstico, plano de ação (customizado) e acompanhamento. O objetivo é reduzir na fonte, reutilizar, reciclar e dispor em aterro. Serão realizadas pesquisas e fóruns de discussão.
As professoras citaram que o APL de Maringá já faz esse trabalho com a universidade e já tem tido resultados viáveis.
Segundo o coordenador da UTFPR prof Ronie Galeano, a universidade está disposta a dar todo suporte necessário as empresas de confecção, com pesquisas e projetos, e se coloca a disposição para visitar e receber visitas dos empresários na universidade.
Sr Jayme Leonel, coordenador do APL de Bonés, reforça a importância das empresas participarem de um projeto como esse, pois visa a sustentabilidade.
Representando o SIVALE, a Sra Elizabete Ardigo convida as demais empresas que não estiveram presentes na reunião, para entrar em contato com o SIVALE caso tenham interesse em participar do projeto.
Fonte: APL do Boné


TSE ordena retirada de vídeo em que Bolsonaro fala de fraude em urnas


O plenário do Tribunal Superior Eleitoral determinou, por 6 votos a 1, que Google e Facebook retirem do ar um vídeo gravado pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) em 16 de setembro, no qual ele afirma que a possibilidade de fraude nas urnas eletrônicas “é concreta”; pela decisão do TSE, o vídeo deve ser retirado das páginas oficiais do candidato e de outros 53 endereços eletrônicos no qual foi replicado e que haviam sido listados pelo PT
Por Felipe Pontes, em Agência Brasil - O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou hoje (25), por 6 votos a 1, que Google e Facebook retirem do ar um vídeo gravado pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) em 16 de setembro, no qual ele afirma que a possibilidade de fraude nas urnas eletrônicas “é concreta”.
A fala de 15 minutos foi transmitida ao vivo do hospital em que Bolsonaro se encontrava internado após sofrer um atentado a faca em 6 de setembro. O vídeo foi depois publicado no canal oficial do presidenciável no YouTube e também em seu perfil no Facebook.
“A grande preocupação não é perder no voto, é perder na fraude. Então, essa possibilidade de fraude no segundo turno, talvez no primeiro, é concreta”, diz Bolsonaro no vídeo, no qual faz ainda críticas ao PT e a Lula, que diz ter um plano para sair da prisão após as eleições. "O PT descobriu o caminho para o poder: o voto eletrônico", afirma o presidenciável, novamente sugerindo fraude nas urnas.
Ação
O PT ingressou com uma representação no TSE pedindo direito de resposta contra Bolsonaro, o que foi negado pelo plenário da Corte. Os ministros, contudo, resolveram acatar a solicitação para que o vídeo fosse retirado do ar. O entendimento prevalecente foi o de que a fala do candidato do PSL foi além do direito de crítica, ao buscar abalar a credibilidade da Justiça Eleitoral.
“Críticas são legítimas, vivemos graças a Deus num estado democrático de direito. Agora, críticas que buscam fragilizar a Justiça Eleitoral, e sobretudo que busca retirar-lhe a credibilidade junto à população, elas hão de encontrar limites”, afirmou a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, ao votar pela retirada do vídeo.
O ministro Edson Fachin proferiu o primeiro voto para que o vídeo fosse retirado do ar. “Com todo o respeito e a latitude que a crítica deve existir, creio que essa afirmação de que a possibilidade de fraude é concreta desborda a liberdade de expressão, adentra o campo da agressão à honorabilidade da Justiça Eleitoral”, afirmou.
Também a favor da derrubada do vídeo, o ministro Admar Gonzaga disse que a fala de Bolsonaro chegou a embaraçar o sufrágio no primeiro turno, ao incitar a desconfiança nas urnas por parte dos eleitores no dia da votação, que diante dessa desconfiança estariam sendo levados a violar o próprio sigilo do voto.
“A repercussão dessas suspeitas levadas num tom extremado causou um incitamento para que outros militantes se municiassem durante o período de votação, no momento de sua votação, de aparelhos de filmagem para violar o seu voto, o que é crime”, disse Gonzaga.
A defesa de Bolsonaro havia alegado que a fala do candidato está inserida no contexto da liberdade de expressão e fora do escopo da Justiça Eleitoral, que sequer deveria conhecer do pedido feito pelo PT.
Pela decisão do TSE, o vídeo em que Bolsonaro afirma haver possibilidade de fraude nas urnas deve ser retirado não só das páginas oficiais do candidato como também de outros 53 endereços eletrônicos no qual foi replicado e que haviam sido listados pelo PT.

Marcos Coimbra: cenário de empate na véspera da eleição; Ciro pode decidir


O cenário mais provável neste momento é que Haddad e Bolsonaro cheguem empatados nas pesquisas da véspera do segundo turno da eleição que acontece neste domingo, afirmou Marcos Coimbra, diretor do instituto Vox Populi, em entrevista ao programa Giro das 11 da TV 247 na manhã desta quinta: "Acredito que a tendência de queda de Bolsonaro e de pequena subida de Haddad pode nos levar a um empate cravado nas pesquisas do sábado (véspera da eleição)"; para ele, um eventual apoio de Ciro Gomes a Haddad "pode ser valioso para definir as eleições em favor do candidato do PT"; assista
247 - O cenário mais provável neste momento é que Haddad e Bolsonaro cheguem empatados nas pesquisas da véspera do segundo turno da eleição que acontece neste domingo, afirmou Marcos Coimbra, diretor do instituto Vox Populi, em entrevista ao programa Giro das 11 da TV 247 na manhã desta quinta (25): "Acredito que a tendência de queda de Bolsonaro e de pequena subida de Haddad pode nos levar a um empate cravado nas pesquisas do sábado (véspera da eleição)". Para ele, um eventual apoio de Ciro Gomes a Haddad "pode ser valioso para definir as eleições em favor do candidato do PT". Ciro, disse Coimbra, "teve e tem um papel ativo e importante nas eleições; a rusga entre seu irmão, Cid, e o PT, prejudicou muito Haddad no Ceará e um encontro forte entre Ciro e Haddad por gerar uma onda positiva forte". 
Uma das pesquisas que será divulgada no fim da tarde de sábado (27) é a pesquisa Vox/247, com financiamento da comunidade de pessoas que, de todo o Brasil e do exterior, reúnem-se ao redor do portal e da TV 247. O Vox Populi está fazendo a pesquisa a preço de custo para a comunidade 247 e o montante arrecadado até o momento pelo projeto do Catarse, R$ 150 mil (aqui), já supera o necessário para o pagamento, e poderá ser usado em outros projetos da comunidade. A pesquisa Vox/247, divulgada na véspera do primeiro turno, foi a que mais se aproximou do resultado das urnas (aqui).
Marcos Coimbra conversou com os jornalistas Leonardo Attuch e Mauro Lopes, do 247, por uma hora. Na entrevista, com comentários e perguntas da comunidade 247, Marcos Coimbra disse também o eventual apoio de Fernando Henrique Cardoso a Haddad pode ajudar, apesar de ser menos relevante. "FHC é uma referência importante para um eleitor conservador que está incomodado com Bolsonaro mas não descarta o voto nele; o apoio dele a Haddad pode decidir o voto dessa parcela do eleitorado". Mas, ressaltou ele, é um contingente bem menor que o de Ciro, que obteve 12,47% dos votos válidos no primeiro turno.
Coimbra considera acertada a prioridade que Haddad tem dado para a conquista do apoio de Ciro e FHC e diz que uma definição favorável deles não faria o candidato do PT perder votos "à esquerda": "Quem está definido por Haddad não vai mudar de voto porque Ciro ou FHC estarão apoiando-o; a chance de perda é zero".
O cenário da eleição de 2016 tem diferenças marcantes em relação á de 2014. Naquela, a três dias da eleição as pesquisas indicavam entre 7% e 9% de votos indefinidos (indecisos, nulos e brancos); na pesquisa da Vox Populi de agora, o índice é de 17,6%. "No primeiro turno, houve 8,5% de votos nulos e brancos; tradicionalmente, no segundo turno este índice cai um pouco, deve ficar ao redor de 6,5%. Isso quer dizer que há 10% dos eleitores que devem resolver seu voto entre hoje e domingo", disse Coimbra.
Para o diretor do Vox Populi, a marca dos últimos dias tem sido "a incapacidade de Bolsonaro de ampliar sua base; está perdendo o que ganhou no impulso da vitória no primeiro turno e parece caminhar para uma votação semelhante à que teve na primeira rodada, porque está perdendo votos".
Bolsonaro está caindo e Haddad subindo lentamente; por isso, segundo Coimbra, um impulso que parta de Ciro e FHC pode ser decisivo. 
Ele não acredita numa segunda onda de subida de Bolsonaro como aconteceu no primeiro turno. "Uma onda como a que aconteceu no primeiro turno a favor de Bolsonaro não se repetirá, seria como um raio cair duas vezes no mesmo lugar, e as condições em que ela se deu não estão mais presentes", disse Coimbra, referindo-se à indústria de fake news que teve papel preponderante na definição do resultado em 7 de outubro. E acrescentou: "Uma segunda onda tende a favorecer Haddad".
Para Coimbra a reta final da eleição é marcada por uma dupla de polos. "O primeiro é entre o candidato melhor e o candidato pior, e neste quesito a vantagem de Haddad é inquestionável. O segundo é entre o candidato que representa continuidade e o que representa mudança, e aqui está a maior dificuldade de Haddad, que é visto como continuidade de quatro gestões sucessivas do PT, enquanto Bolsonaro aparece como candidato da mudança". Para ele, "é fundamental à campanha do PT apresentar Bolsonaro como continuidade de Temer, para que a bandeira da mudança não seja apropriada por um candidato que está comprometido com a herança do governo de Temer". Ele diz que o tempo é curto, mas ainda é uma tarefa da campanha de Haddad. 


Dodge pede inquérito e oitiva de coronel que ameaçou o STF e o TSE


A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu, que o suposto coronel Carlos Alves, que gravou vídeos com ofensas e ameaças à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, seja ouvido em audiência no inquérito aberto contra ele; Dodge pediu a abertura de inquérito policial para apurar, de forma inicial, os crimes de difamação, calúnia, injúria e ameaça, entre outros delitos
247 - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu, que o suposto coronel Carlos Alves, que gravou vídeos com ofensas e ameaças à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber seja ouvido em audiência no inquérito aberto contra ele. No vídeo, Alves profere ameaças caso sejam aceitas as ações contra o candidato de extrema direita à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), sejam aceitas. No documento, Dodge ressalta que a Segunda Turma do STF aprovou, por unanimidade, a adoção de providências na esfera criminal.
No documento, Dodge observa que o vídeo "contém graves ofensas à honra da ministra Rosa Weber, imputando-lhe tanto fatos definidos, em tese, quanto conduta criminosa, além de difamar-lhe a reputação, mediante imputação de fatos extremamente ofensivos".
Para ela, além de atacar o STF e o TSE, as manifestações do coronel também podem ser entendidas como crime contra a honra do ministro Ricardo Lewandowski, "mediante falsa imputação de conduta criminosa e de fato ofensivo à sua reputação".
Dodge pediu a abertura de inquérito policial para apurar, de forma inicial, os crimes de difamação, calúnia, injúria e ameaça, entre outros delitos.


Operador de Cabral delata propina milionária a Aécio


Carlos Miranda, operador financeiro de Sério Cabral, ex-governador do Rio de janeiro preso há quase dois anos, disse em delação que recebeu ordens para repassar R$ 1,5 milhão para Aécio Neves, quando da eleição presidencial de 2014; ele contou que Cabral pediu a ele para que procurasse José Carlos Lavouras, representante da Federação das Empresas de Ônibus do Rio de Janeiro, a Fetranspor, para que ele repassasse a quantia a Aécio Neves
247 - Carlos Miranda, operador financeiro de Sério Cabral, ex-governador do Rio de janeiro preso há quase dois anos, disse em delação que recebeu ordens para repassar R$ 1,5 milhão para Aécio Neves, quando da eleição presidencial de 2014. Ele contou que Cabral pediu a ele para que procurasse José Carlos Lavouras, representante da Federação das Empresas de Ônibus do Rio de Janeiro, a Fetranspor, para que ele repassasse a quantia a Aécio Neves.
A reportagem do portal G1 destaca que "a delação, homologada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, cita dois senadores supostamente envolvidos com esquema de propinas. Um deles é Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais, a outra Rose de Freiras (Podemos). Segundo o operador, na época da campanha presidencial de 2014, Aécio Neves esteve com Sérgio Cabral e o ex-governador se comprometeu a ajudá-lo na campanha".
A matéria acrescenta que "Cabral teria indicado que o pagamento deveria ser feito a um representante de Aécio. Miranda também revelou que esse dinheiro supostamente doado via caixa 2 foi descontado da propina que a Fetranspor pagava para Cabral. Ainda de acordo com a delação, Cabral teria intermediado pagamentos de vantagens indevidas da construtora OAS para Aécio Neves".
E informa: "uma outra integrante do Senado que aparece na delação de Carlos Miranda, Rose de Freitas, atualmente senadora pelo Podemos do Espírito Santo, era deputada federal na época em que supostamente recebeu dinheiro ilegal".


Haddad: evangélicos foram traídos pelas mentiras de Bolsonaro


“O evangélico sabe que a palavra verdade, sabe o significado que ela tem na Bíblia, sabe também o que significa a palavra mentira”, disse Haddad a jornalistas ao chegar para evento de campanha em São Paulo. Nos últimos dias, Bolsonaro despencou e Haddad cresceu fortemente entre os evangélicos após o colapso da usina de fake news bolsonarista no whatsapp; confira vídeo do pastor Henrique Vieira sobre seu apoio a Haddad
(Reuters) - O candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad, avaliou nesta quarta-feira que a melhora de seu desempenho entre o eleitorado evangélico se deve ao fato de os evangélicos estarem se sentindo traídos pelas mentiras do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).
“O evangélico sabe que a palavra verdade, sabe o significado que ela tem na Bíblia, sabe também o que significa a palavra mentira”, disse Haddad a jornalistas ao chegar para evento de campanha em São Paulo.
“Quando meu adversário começou a mentir, os evangélicos se sentiram traídos, é isso que está impulsionando o voto evangélico, porque os evangélicos estão perdendo a confiança naquilo que o Bolsonaro diz, porque ele mente”, acrescentou o petista.
Na pesquisa Ibope divulgada na terça-feira, Bolsonaro tem 57 por cento dos votos válidos contra 43 por cento de Haddad. Há uma semana, a vantagem era de 59 a 41 por cento. Mas entre os evangélicos, a vantagem que agora está em 68 a 32 por cento era de 74 a 26 por cento.
Bolsonaro, que inicia muitas vezes seus discursos e declarações citando o versículo da Bíblia que diz “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32), tem sido acusado por Haddad de espalhar notícias falsas sobre ele. O presidenciável do PSL, por sua vez, acusa o petista de divulgar mentiras sobre ele.


Amigo de Marquezine é espancado por bolsonarista, perde a memória e atriz desabafa


A atriz Bruna Marquezine se diz desesperada com a violência causada por apoiadores de Jair Bolsonaro; ela conta que um amigo foi espancado por motivação política: "uma pessoa do nosso meio foi espancada na rua. Perdeu a memória, terá que operar o maxilar. Isso me desespera muito, não quero brigar com pessoas que amo"
247 - A atriz Bruna Marquezine se diz desesperada com a violência causada por apoiadores de Jair Bolsonaro. Ela conta que um amigo foi espancado por motivação política: "uma pessoa do nosso meio foi espancada na rua. Perdeu a memória, terá que operar o maxilar. Isso me desespera muito, não quero brigar com pessoas que amo".
Segundo o site Catracra Livre, "Marquezine ainda comentou sobre a possibilidade de debates na sociedade. 'Você vai além de uma visão política, valores diferentes. Tento não brigar, cada um tem uma opinião, não existe uma verdade única'."

CUT/Vox Populi: com apenas 5 pontos de diferença, virada está no horizonte


A nova rodada da pesquisa CUT/Vox Populi realizada nos dias 22 e 23 (terça e quarta) apresenta números idênticos ao do levantamento realizado nos dias 16 e 17; a diferença entre Haddad e Bolsonaro é de apenas 5 pontos nos votos totais e 6 pontos nos válidos; 44% para Bolsonaro e 39% para Haddad nos votos totais e 53% a 47% nos válidos
247 - A nova rodada da pesquisa CUT/Vox Populi realizada nos dias 22 e 23 (terça e quarta) apresenta números idênticos ao do levantamento realizado nos dias 16 e 17. A diferença entre Haddad e Bolsonaro é de apenas 5 pontos nos votos totais e 6 pontos nos válidos. 44% para Bolsonaro e 39% para Haddad nos votos totais e 53% a 47% nos válidos.
Na simulação estimulada, quando o entrevistador apresenta os nomes dos candidatos, Bolsonaro aparece com 44% das intenções de votos contra 39% de Haddad. A diferença entre os dois candidatos é de apenas 5%. Se for considerada a margem de erro da pesquisa, que é de 2,2%, a diferença entre as intenções de voto em Haddad e Bolsonaro pode chegar a 1 ponto percentual (2,2% a menos para Bolsonaro e 2,2% a mais para Haddad). 
A pesquisa mostra também que 17% dos eleitores ainda estão indecisos. Desse total, 12% disseram que não vão votar em ninguém, vão votar em branco ou anular os votos. Outros 5% não sabem ou não quiseram responder. Os percentuais são exatamente iguais aos da pesquisa anterior.
Os percentuais de votos válidos, excluídos os brancos, nulos, ninguém ou não sabem ou não responderam, também são idênticos aos da pesquisa anterior: 53% para Bolsonaro e 47% para Haddad.
O percentual de rejeição a Fernando Haddad se manteve estável (41%). Já a rejeição a Bolsonaro aumentou 2% entre a pesquisa anterior e a rodada realizada nos dias 22 e 23 – de 38% para 40%.
Cenário espontâneo
A simulação espontânea, quando o entrevistador apenas pergunta em quem o eleitor vai votar, aponta Bolsonaro com 43% das intenções de votos contra 37% de Haddad, os mesmos percentuais do levantamento realizado nos dias 16 e 17.
Neste cenário, 13% disseram que não votarão em ninguém, votarão em branco ou anularão o voto e 7% não sabem ou não responderam. Na pesquisa anterior, os percentuais eram de 12% e 8%, respectivamente.
Estratificação
No cenário estimulado, o Nordeste, Região onde o candidato petista apresentou os maiores percentuais de intenção de voto durante toda a corrida presidencial, aumentou o número de eleitores que pretendem votar em Haddad: de 57% para 60%.
Os percentuais de intenção de voto em Haddad também cresceram entre os homens (de 35% para 37%), entre os maduros (de 37% para 41%); entre os eleitores que têm até o ensino fundamental (de 44% para 47%) e entre os que ganham até 2 salários mínimos (45% para 50%). 
Os percentuais de intenção de voto em Bolsonaro registraram queda de 27% para 25% na Região Nordeste, entre os homens - de 53% para 49% -; entre os maduros - de 48% para 43%.
Religião
Considerando apenas os válidos, as intenções de votos para presidente apresentou pouca variação. Haddad oscilou positivamente um ponto percentual entre os católicos (de 42% para 43%), 2% entre os espíritas (de 38% para 40%) e 4% nos que se declararam sem religião (de 42% para 46%). Mas oscilou negativamente 3% entre os evangélicos (30% para 27%) e 6% nos que declararam seguir outras religiões (de 48% para 42%).
Rejeição
O percentual de rejeição a Fernando Haddad se manteve estável (41%). Já a rejeição a Bolsonaro aumentou 2% entre a pesquisa anterior e a rodada realizada nos dias 22 e 23 – de 38% para 40%.
O maior percentual de rejeição contra Bolsonaro foi registrado no Nordeste (59%). Já os eleitores do Sudeste e do Sul rejeitam mais Haddad, 48% em cada Região.
52% dos que se declararam negros e 42% dos pardos rejeitam Bolsonaro. Já entre os que se declararam brancos, o percentual de rejeição de Haddad sobe para 49%.
Metologia
A pesquisa CUT-Vox Populi foi realizada entre os dias 22 e 23 de outubro. Foram feitas 2.000 entrevistas pessoais e domiciliares com eleitores de 16 anos ou mais, residentes em áreas urbanas e rurais, de todos os estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões metropolitanas e no interior de todos os estratos socioeconômicos. Os entrevistadores foram em 121 municípios.
A margem de erro da pesquisa é de 2,2%, estimada em um intervalo de confiança de 95%. 

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Lula: é hora de todos votarem em Haddad


O ex-presidente Lula divulgou uma carta pedindo alerta para a "ameaçada fascista" no Brasil representada por Jair Bolsonaro (PSL) e pedindo voto em Fernando Haddad (PT); "Neste momento, acima de tudo está o futuro do país, da democracia e do nosso povo. É hora de votar em Fernando Haddad, que representa a sobrevivência do pacto democrático, sem medo e sem vacilações", diz; "Não podemos deixar que o desespero leve o Brasil na direção de uma aventura fascista, como já vimos acontecer em outros países ao longo da história"
247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou uma carta pedindo alerta para a "ameaçada fascista" no Brasil representada por Jair Bolsonaro (PSL) e pedindo voto em Fernando Haddad (PT). "Neste momento, acima de tudo está o futuro do país, da democracia e do nosso povo. É hora de votar em Fernando Haddad, que representa a sobrevivência do pacto democrático, sem medo e sem vacilações", escreveu o ex-presidente.
"Neste momento em que uma ameaça fascista paira sobre o Brasil, quero chamar todos e todas que defendem a democracia a se juntar ao nosso povo mais sofrido, aos trabalhadores da cidade e do campo, à sociedade civil organizada, para defender o estado democrático de direito", diz. "Se há divergências entre nós, vamos enfrentá-las por meio do debate, do argumento, do voto. Não temos o direito de abandonar o pacto social da Constituição de 1988. Não podemos deixar que o desespero leve o Brasil na direção de uma aventura fascista, como já vimos acontecer em outros países ao longo da história", acrescenta.
Leia a íntegra do texto:
"Meus amigos e minhas amigas,
Chegamos ao final das eleições diante da ameaça de um enorme retrocesso para o país, a democracia e nossa gente tão sofrida. É o momento de unir o povo, os democratas, todos e todas em torno da candidatura de Fernando Haddad, para retomar o projeto de desenvolvimento com inclusão social e defender a opção do Brasil pela democracia.
Por mais de 40 anos percorri este país buscando acender a esperança no coração do nosso povo. Sempre enfrentamos o preconceito, a mentira e até a violência, e, mesmo assim, conseguimos construir uma profunda relação de confiança com os trabalhadores, com as pessoas mais humildes, com os setores mais responsáveis da sociedade brasileira.
Foi pelo caminho do diálogo e pelo despertar da consciência cidadã que chegamos à Presidência da República em 2002 para transformar o país. O povo sabe e a história vai registrar o que fizemos, juntos, para vencer a fome, superar a miséria, gerar empregos, valorizar os salários, criar oportunidades, abrir escolas e universidades para os jovens, defender a soberania nacional e fazer do Brasil um país respeitado em todo o mundo.
Tenho consciência de que fizemos o melhor para o Brasil e para o nosso povo, mas sei que isso contrariou interesses poderosos dentro e fora do país. Por isso tentam destruir nossa imagem, reescrever a história, apagar a memória do povo. Mas não vão conseguir.
Para derrubar o governo da presidenta Dilma Rousseff, em 2016, juntaram todas as forças da imprensa, com a Rede Globo à frente, e de setores parciais do Judiciário, para associar o PT à corrupção. Foram horas e horas no Jornal Nacional e em todos os noticiários da Globo tentando dizer que a corrupção na Petrobrás e no país teria sido inventada por nós.
Esconderam da sociedade que a Lava Jato e todas as investigações só foram possíveis porque nossos governos fortaleceram a Controladoria Geral da União, a Polícia Federal, o Ministério Público e o Judiciário. Foi por isso, e pelas novas leis que aprovamos no Congresso, que a sujeira deixou de ser varrida para debaixo do tapete, como sempre aconteceu em nosso país.
Apesar da perseguição que fizeram ao PT, o povo continuou confiando em nosso projeto, o que foi comprovado pelas pesquisas eleitorais e pela extraordinária recepção a nossas caravanas pelo Brasil. Todos sabem que fui condenado injustamente, num processo arbitrário e sem provas, porque seria eleito presidente do Brasil no primeiro turno. E resistimos, lançando a candidatura do companheiro Fernando Haddad, que chegou ao segundo turno pelo voto do povo.
O que assistimos desde então foi escandaloso caixa 2 para impulsionar uma indústria de mentiras e de ódio contra o PT. De onde me encontro, preso injustamente há mais de seis meses, aguardando que os tribunais façam enfim a verdadeira justiça, minha maior preocupação é com o sofrimento do povo, que só vai aumentar se o candidato dos poderosos e dos endinheirados for eleito. Mas fico pensando, todos os dias: por que tanto ódio contra o PT?
Será que nos odeiam porque tiramos 36 milhões de pessoas da miséria e levamos mais de 40 milhões à classe média? Porque tiramos o Brasil do Mapa da Fome? Porque criamos 20 milhões de empregos com carteira assinada, em 12 anos, e elevamos o valor do salário mínimo em 74%? Será que nos odeiam porque fortalecemos o SUS, criamos as UPAS e o SAMU que salvam milhares de vidas todos os dias?
Ou será que nos odeiam porque abrimos as portas da Universidade para quase 4 milhões de alunos de escolas públicas, de negros e indígenas? Porque levamos a universidade para 126 cidades do interior e criamos mais de 400 escolas técnicas para dar oportunidade aos jovens nas cidades onde vivem com suas famílias?
Talvez nos odeiem porque promovemos o maior ciclo de desenvolvimento econômico com inclusão social, porque multiplicamos o PIB por 5, porque multiplicamos o comércio exterior por 4. Talvez nos odeiem porque investimos na exploração do pré-sal e transformamos a Petrobrás numa das maiores petrolíferas do mundo, impulsionando nossa indústria naval e a cadeia produtiva do óleo e gás.
Talvez odeiem o PT porque fizemos uma revolução silenciosa no Nordeste, levando água para quem sofria com a seca, levando luz para quem vivia nas trevas, levando oportunidades, estaleiros, refinarias e indústrias para a região. Ou talvez porque realizamos o sonho da casa própria para 3 milhões de famílias em todo o país, cumprindo uma obrigação que os governos anteriores nunca assumiram.
Será que odeiam o PT porque abrimos as portas do Palácio do Planalto aos pobres, aos negros, às mulheres, ao povo LGBTI, aos sem-teto, aos sem-terra, aos hansenianos, aos quilombolas, a todos e todas que foram discriminados e esquecidos ao longo de séculos? Será que nos odeiam porque promovemos o diálogo e a participação social na definição e implantação de políticas públicas pela primeira vez neste país? Será que odeiam o PT porque jamais interferimos na liberdade de imprensa e de expressão?
Talvez odeiem o PT porque nunca antes o Brasil foi tão respeitado no mundo, com uma política externa que não falava grosso com a Bolívia nem falava fino com os Estados Unidos. Um país que foi reconhecido internacionalmente por ter promovido uma vida melhor para seu povo em absoluta democracia.
Será que odeiam o PT porque criamos os mais fortes instrumentos de combate à corrupção e, dessa forma, deixamos expostos todos que compactuaram com desvios de dinheiro público?
Tenho muito orgulho do legado que deixamos para o país, especialmente do compromisso com a democracia. Nosso partido nasceu na resistência à ditadura e na luta pela redemocratização do país, que tanto sacrifício, tanto sangue e tantas vidas nos custou.
Neste momento em que uma ameaça fascista paira sobre o Brasil, quero chamar todos e todas que defendem a democracia a se juntar ao nosso povo mais sofrido, aos trabalhadores da cidade e do campo, à sociedade civil organizada, para defender o estado democrático de direito.
Se há divergências entre nós, vamos enfrentá-las por meio do debate, do argumento, do voto. Não temos o direito de abandonar o pacto social da Constituição de 1988. Não podemos deixar que o desespero leve o Brasil na direção de uma aventura fascista, como já vimos acontecer em outros países ao longo da história.
Neste momento, acima de tudo está o futuro do país, da democracia e do nosso povo. É hora de votar em Fernando Haddad, que representa a sobrevivência do pacto democrático, sem medo e sem vacilações".
Luiz Inácio Lula da Silva