quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Manuela D'Ávila: Bolsonaro autoriza violência cada vez que fala


No dia seguinte ao agressivo discurso de Jair Bolsonaro (PSL) transmitido na Avenida Paulista, prometendo "varrer do mapa os bandidos vermelhos", Manuela D'Ávila (PCdoB), candidata a vice na chapa de Fernando Haddad (PT), cobrou a ausência de perplexidade e reação da sociedade diante da ameaça; "Ele autoriza a violência cada vez que fala", afirmou ela
Por Luciano Velleda, da RBA - No dia seguinte ao agressivo discurso de Jair Bolsonaro (PSL) transmitido na Avenida Paulista, prometendo "varrer do mapa os bandidos vermelhos", Manuela D'Ávila (PCdoB), candidata a vice na chapa de Fernando Haddad (PT), cobrou a ausência de perplexidade e reação da sociedade diante da ameaça. "Ele autoriza a violência cada vez que fala", afirmou Manuela, durante o programa Entre Vistas, da TVT, que vai ao ar nesta terça-feira (23), às 22h.
"Acho que o clima de incendiar o país resultará numa escalada da violência", disse, citando como exemplos recentes os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do capoeirista Moa do Catendê, e a suástica feita à força com canivete no corpo de uma mulher em Porto Alegre. "Já aconteceu absolutamente tudo e nosso adversário segue levantando o fogo."
Durante o programa, apresentado pelo jornalista Juca Kfouri, Manuela recordou o início de sua militância política na União da Juventude Socialista (UJS), com tinha por volta de 15 anos, o período de estudante nas faculdades de Jornalismo e Ciências Sociais, e o sonho de um dia ser professora. "Eu queria ser jornalista porque imaginava que se contasse as coisas, as pessoas automaticamente iriam querer mudar...depois me dei conta que não é assim", ponderou, explicando que a partir dessa constatação decidiu se dedicar à militância política.
A proposta de Bolsonaro de cobrar mensalidade nas universidades públicas também foi abordada por ela, assim como o que entende ser um "falso nacionalismo" do candidato de extrema-direita e o perigo de perda da soberania na região amazônica. Um dos principais alvos da indústria de fake news produzida pela campanha de Bolsonaro, a deputada estadual gaúcha acredita que as notícias falsas e a incapacidade da justiça em dar resposta adequada, são um dos principais problemas da eleição de 2018.
"O problema não é o boato, o boato sempre existiu. O problema é o dinheiro sujo que financia a indústria da boataria", afirmou. Para ela, desmentir as notícias falsas têm sido mais difícil do que a campanha propriamente dita.
Além de Juca Kfouri, o Entre Vistas tem a participação de Nayara Souza, presidenta da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE), e Maria das Neves, da União Brasileira de Mulheres (UBM).


Valor Econômico: “Os Bolsonaro atacam a imprensa e a democracia”


Em editorial, o jornal Valor Econômico afirma que "sinais ruins para a democracia continuam sendo emitidos pelo staff de campanha de Jair Bolsonaro (PSL)"; de acordo com o veículo, "Bolsonaro tem pouco apreço pela democracia, como demonstrou em seguidos discursos públicos a favor da ditadura e da tortura"
247 - Em editorial, o jornal Valor Econômico afirma que "sinais ruins para a democracia continuam sendo emitidos pelo staff de campanha de Jair Bolsonaro (PSL), que, a uma semana do segundo turno, exibe uma dianteira confortável em relação a seu rival, o petista Fernando Haddad". De acordo com o veículo, "Bolsonaro tem pouco apreço pela democracia, como demonstrou em seguidos discursos públicos a favor da ditadura e da tortura".
"As instituições democráticas, construídas após 21 anos dessa ditadura, poderão ser tensionadas se Bolsonaro for eleito e governar com o mesmo espírito com que disputou as eleições. Atitudes de campanha são prenúncios, que já poderiam ser afastados por apelos à moderação e ao bom senso, sem os quais a dura tarefa de recolocar nos eixos a economia, entre tantas outras questões, não será realizada", diz o texto.
"A corrupção e o desastre petista na economia custaram-lhe o impeachment e, ao que tudo indica, esta eleição. Como indicam as pesquisas, o povo tende a dar a Bolsonaro a incumbência de consertar a casa da mesma forma com que ela quase foi desarrumada - dentro das regras e métodos da democracia", acrescenta.
Segundo o Valor, "após quase liquidar a fatura já no primeiro turno, Bolsonaro seguiu pondo em suspeição as urnas eletrônicas - e, portanto, o Tribunal encarregado de zelar por sua integridade". "Nisso foi coerente com sua pregação anterior mesmo aos embates eleitorais, de que seria o vencedor e de que não aceitaria outro resultado. Esse destino, para ele, só seria frustrado por meio de fraudes", disse.
"Não é muito distinto, embora muito mais grave, o espírito do vídeo divulgado no fim de semana, em que o filho de Bolsonaro, Eduardo, quatro meses depois sagrado o deputado federal mais votado na história do país, especula sobre uma eventual intervenção do Supremo Tribunal Federal para impugnar a vitória de seu pai. Eduardo disse que para fechar o Supremo bastariam um soldado e um cabo e que a prisão de um ministro do STF não motivaria reação alguma da população", acrescenta.


'Fiz uma opção: derrotar Jair Bolsonaro', diz Haddad em Ato da Virada, no Rio


"Estou aqui para evitar a cafajestização do homem brasileiro", disse Caetano Veloso. "Não queremos mais mentira e força bruta. Queremos paz, queremos Fernando e Manuela”, disse Chico Buarque
Estimativa de 70 mil pessoas na Lapa pela democracia
Rio de Janeiro – Aos gritos de “Ele, não!” e “Lula presente, Haddad presidente”, cerca de 70 mil pessoas estiveram nos Arcos da Lapa, zona central do Rio de Janeiro, na noite desta terça-feira (23) para o “Ato da Virada – Brasil pela Democracia”, realizado em apoio ao candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad.
O ato, que teve a participação de artistas como Chico Buarque e Caetano Veloso, foi marcado pelo repúdio às recentes declarações do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, que ontem (22) ameaçou seus opositores com “a prisão ou o exílio” e afirmou que colocará as forças de segurança do país para “dar no lombo” dos “petralhas” e dos “bandidos do MST e do MTST”.
Haddad, que passou o dia no Rio em atividade na Favela da Maré e em reuniões com representantes das comunidades judaica, evangélica e católica, criticou as afirmações de Bolsonaro: “Ele disse que depois das eleições eu teria dois destinos: a prisão ou o exílio. Eu fiz uma opção: resolvi derrotar Jair Bolsonaro. Eu não o quero preso nem exilado. O que eu quero é que ele viva com saúde para ver os negros na universidade, as mulheres emancipadas e donas do seus destinos, as terras indígenas demarcadas, os nordestinos progredindo com água, comida, trabalho e educação”, disse.
O candidato do PT adotou um tom duro contra o adversário: “Ele disse que quer acabar com o ‘coitadismo’ de mulheres, negros, nordestinos e gays. O meu recado pra ele é: Jair, se olha no espelho, o coitado é você, que não passa de um soldadinho de araque e só fala grosso porque tem gente armada à sua volta. Você não é capaz de enfrentar um debate, não é capaz de enfrentar uma entrevista sem censurar jornalista livre”.
A atividade pública de Bolsonaro também foi criticada: “Foram sete mandatos de nada, com o dinheiro público pagando o teu salário. São 28 anos no Congresso Nacional propagando o ódio, sem apresentar uma ideia, medíocre que fosse. Não sai nada dele que não seja o pior do ser humano. Ele só sabe agredir, difamar e caluniar, e agora se sabe como: através das fake news nas redes sociais bancadas por amigos empresários que apoiam o projeto neoliberal que ele representa”.
Haddad falou também sobre a possibilidade de virar o jogo até o dia da votação e a necessidade de "dar razão às pessoas' para conquistar as pessoas. "Não estou falando dos coxinhas que sempre nos odiaram, mas das pessoas que estão revoltadas porque estão desempregadas ou deixaram a universidade", explicou. "A essas pessoas nós precisamos abraçar e sentar para conversar daqui até o domingo. Vamos dialogar, eles não são nossos inimigos. Vamos fazer um projeto fraterno e avançar do ponto de vista social. Domingo nós vamos ganhar a eleição. Estou sentido no ar uma virada. Nós começamos a crescer e ele começou a cair. Nós temos cinco dias para fazer crescer ainda mais essa onda positiva."

Frente ampla pela democracia

Representantes de todos os partidos do campo progressista usaram o microfone para confirmar o apoio a Haddad e defender a democracia contra a ameaça representada pelas propostas de Bolsonaro: “Esta eleição está ocorrendo sob fraude, crime eleitoral e mentira. Neste momento, o Brasil está correndo o sério risco de legitimar pelo voto uma ditadura no país. Corremos o risco de eleger um ditador corrupto e mentiroso. Queremos defender o direito de discordar e a democracia”, disse a deputada federal Jandira Feghali, do PCdoB. 
Candidato do Psol no primeiro turno, Guilherme Boulos também mandou um recado a Bolsonaro: “Esse é um momento de luta pela democracia no nosso país. É preciso ter lado, ter coerência. Não cabe ficar em cima do muro, não cabe neutralidade porque neutralidade em um momento como esse significa cumplicidade. Há um candidato a presidente que ameaça as instituições, que ameaça seus opositores com a prisão ou o exílio, que diz que vai tratar como terroristas os movimentos sociais. O único jeito de acabar com o MTST é construir 6 milhões de casas no país”.
Ao lembrar Marielle Franco, vereadora assassinada no Rio de Janeiro, o deputado federal eleito Marcelo Freixo, do Psol, proporcionou um dos momentos mais emocionantes da noite: “Bolsonaro, a sua capacidade de provocar medo não é e nunca será maior do que a nossa capacidade de sonhar por liberdade e democracia. É a eleição mais importante da história das nossas vidas porque precisamos derrotar um projeto fascista. Pelo terror, tiraram de nós a Marielle, que estaria aqui conosco neste momento”, disse.
O senador petista Lindbergh Farias que, segundo Bolsonaro, irá em breve para a cadeia “apodrecer” ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também alertou para o risco que corre a democracia no país: “Está muito claro que o plano do Bolsonaro é levar o Brasil em direção a uma ditadura. Bolsonaro vem dizendo há muito tempo o que quer fazer no Brasil. O símbolo dele não é Geisel, não é Médici, é o Brilhante Ustra”, disse. Lindbergh também criticou o Supremo Tribunal Federal: “Impressiona a covardia do STF neste momento da nossa história. Nenhuma resposta à indústria de fake news que foi montada no país”.
Falando em nome do PSB, o deputado federal reeleito Alessandro Molon comparou Bolsonaro ao presidente Michel Temer, do PMDB: “Estamos aqui nesta praça porque acreditamos na força transformadora da educação. Por isso vamos votar em quem defende dar para cada criança do nosso país um livro, um lápis e uma borracha e não uma arma. Quem faz uma campanha suja não pode fazer um governo limpo. Temos que tirar o Brasil do atoleiro em que Temer, Bolsonaro e sua turma o colocaram”, disse.

Desde os anos de 1970 Chico Buarque e Caetano Veloso não dividiam as mesmas paixões no
mesmo palco juntos e ao vivo
Importantes figuras da história política nacional também foram lembradas durante o ato: “Se estivesse vivo, Leonel Brizola certamente estaria neste palco. Nós trabalhistas, brizolistas, nacionalistas votaremos em Haddad no domingo”, disse Vivaldo Barbosa, fundador e militante histórico do PDT.
Representando o PV, o deputado federal Fabiano Carnevale afirmou: “Somos o partido de Chico Mendes, que também estaria aqui apresentando ao mundo a ameaça que é a candidatura do Bolsonaro que quer entregar a Amazônia e retirar o Brasil do Acordo de Paris”.

Chico e Caetano 

A participação de artistas rendeu momentos emocionantes durante o ato: “Temos que apagar da mente brasileira a ideia de que o cafajeste é quem nos representa. É isso que precisamos negar dentro de nós. Precisamos encontrar meios de dizer àqueles que se deixaram hipnotizar por essa onda. Eu estou aqui por causa disso, para evitar a ‘cafajestização’ do homem brasileiro. A eleição de Fernando Haddad e Manuela D'Ávila representará a dignidade do povo brasileiro, de cada homem brasileiro”, disse Caetano Veloso.
Chico Buarque afirmou que “a eleição de Haddad é difícil”, mas disse preferir crer que ainda é possível virar o jogo: “Imagino que lá fora, muita gente – cidadãos conservadores, de direita, cristãos, os chamados coxinhas – tenham votado no candidato fascista e agora estejam vendo a onda de boçalidade que toma conta das ruas cada vez mais e que depois do primeiro turno só fez piorar e ninguém sabe onde vai parar a matança de gays, de mulheres, de trans, de estudantes, de capoeiras que ousaram dizer que votaram no PT. Nas periferias, onde afinal está o povo que mais sofre com a miséria e a violência, e votaram por mais miséria e mais violência, eles talvez na última hora virem o voto. Não queremos mais mentiras, não queremos mais força bruta. Queremos paz, queremos alegria, queremos Fernando e Manuela”.
Fonte: RBA

TRT-PR doa equipamentos de informática a instituições de Apucarana


Juiz do Trabalho Maurício Mazur viabiliza entrega de computadores e impressoras para 11 entidades assistenciais da cidade 
Nesta terça-feira (23/10), a Prefeitura recebeu a doação de 66 conjuntos completos de computadores, 132 monitores, 13 impressoras multifuncionais e 29 a laser. Todos os equipamentos vieram do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná e foram de imediato doados a 11 entidades assistenciais previamente cadastradas.
As entidades beneficiadas foram Adefiap, CASA, Casa de Misericórdia, Casa do Dodô, Cepes, Ciccak, Conseg, Lar Sagrada Família, Lar São Vicente de Paulo, Associação Karatê Vida e Comander. “Essas entidades foram as que se manifestaram numa consulta pública que a direção do Fórum fez a todas as entidades assistenciais”, disse o juiz titular da 2ª Vara da Justiça de Trabalho de Apucarana, Maurício Mazur.
O juiz acrescentou que, com isso, esperava estimular as doações em prol de entidades que atendem as mais variadas áreas assistenciais de Apucarana, em reconhecimento à importância do trabalho social por elas realizado.


Haddad: Bolsonaro começou a cair e vai tremer


"Eu tenho um anúncio pra fazer pra vocês: domingo nós vamos ganhar a eleição. Eu não tenho dúvidas do que estou falando. Desde ontem eu estou sentindo no ar uma virada. Nós começamos a crescer, ele começou a cair e vai começar a tremer", disse o candidato Fernando Haddad, do PT, após a pesquisa Ibope que mostrou disparada na rejeição de Jair Bolsonaro, que perdeu votos após ameaçar prender seus opositores e após a divulgação do vídeo em que seu filho falou em fechar o STF "com um cabo e um soldado"
247 – O presidenciável Fernando Haddad, do PT se mostrou confiante após a divulgação da pesquisa em que dispara a rejeição de Jair Bolsonaro. "Eu tenho um anúncio pra fazer pra vocês: domingo nós vamos ganhar a eleição. Eu não tenho dúvidas do que estou falando. Desde ontem eu estou sentindo no ar uma virada. Nós começamos a crescer, ele começou a cair e vai começar a tremer", disse ele.
O Ibope mostrou disparada na rejeição de Jair Bolsonaro, que perdeu votos após ameaçar prender seus opositores e após a divulgação do vídeo em que seu filho falou em fechar o STF "com um cabo e um soldado".
"Bolsonaro não é capaz de enfrentar um debate. Está há 28 anos no Congresso só vomitando ódio. Desejo muita saúde a ele, porque já que não aprendeu nada nos últimos 30 anos, que viva mais 30 porque um dia ele vai aprender. Um dia ele vai aprender.", afirmou ainda Haddad. "Os irmãos que se separaram, as famílias que se separaram, precisam se reunir. Nós defendemos um projeto de união nacional e assim sairemos dessa crise. O brasileiro precisa de esperança e não de armas. Vamos voltar a sonhar com um Brasil grande e possível."


Gleisi: fábrica de mentiras foi comprovada e a liberdade de imprensa sofre ameaça


A senadora, deputada eleita e presidenta nacional do Partido os Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, afirma, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, que "esta Folha comprovou a existência de uma fábrica de mentiras nas redes sociais contra o candidato Fernando Haddad, movida a caixa 2, o que constitui crime eleitoral ao quadrado. Em seguida foi divulgada a fala de um dos filhotes de Bolsonaro ameaçando fechar o STF 'com um cabo e um soldado'. E no domingo (21) o candidato proclamou seu programa de governo: os opositores 'banidos do Brasil' ou 'apodrecendo na cadeia', num país 'sem a Folha', ou seja, sem liberdade de imprensa"
247 - A senadora, deputada eleita e presidenta nacional do Partido os Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, afirma, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, que "esta Folha comprovou a existência de uma fábrica de mentiras nas redes sociais contra o candidato Fernando Haddad, movida a caixa 2, o que constitui crime eleitoral ao quadrado. Em seguida foi divulgada a fala de um dos filhotes de Bolsonaro ameaçando fechar o STF 'com um cabo e um soldado'. E no domingo (21) o candidato proclamou seu programa de governo: os opositores 'banidos do Brasil' ou 'apodrecendo na cadeia', num país 'sem a Folha', ou seja, sem liberdade de imprensa". 
No artigo, a senadora destaca que "o país vive uma das mais dramáticas encruzilhadas de sua história. Neste domingo (28), o povo vai às urnas para decidir entre a reconstrução democrática ou o autoritarismo. Nenhuma liderança ou corrente que esteve na resistência à ditadura militar tem o direito de se omitir. Muito menos, por divergências partidárias, aceitar como se fosse normal a ascensão da candidatura fascista".
E prossegue: "nos últimos dias, o país teve a comprovação dos métodos abomináveis do deputado Jair Bolsonaro e de seus associados na conquista do poder, que pretendem exercer de forma absoluta, acima da Constituição e do convívio democrático entre diferentes. Esta Folha comprovou a existência de uma fábrica de mentiras nas redes sociais contra o candidato Fernando Haddad, movida a caixa 2, o que constitui crime eleitoral ao quadrado. Em seguida foi divulgada a fala de um dos filhotes de Bolsonaro ameaçando fechar o STF 'com um cabo e um soldado'. E no domingo (21) o candidato proclamou seu programa de governo: os opositores 'banidos do Brasil' ou 'apodrecendo na cadeia', num país 'sem a Folha', ou seja, sem liberdade de imprensa".


terça-feira, 23 de outubro de 2018

Lula recorre ao STF para travar ação do caso Odebrecht


Advogados do ex-presidente pedem que caso só avance após Comitê da ONU avaliar se Moro violou direitos civis e políticos; ação penal investiga se o petista recebeu vantagens indevidas da Odebrecht
Por Mácio Falcão, do Portal Jota -A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que o Supremo Tribunal Federal suspenda ação penal do petista por suposto recebimento de vantagens indevidas da Odebrecht até que o Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) julgue se ele teve seus direitos civis e políticos foram violados pelo juiz Sergio Moro.
A ação penal está na fase final na Justiça Federal do Paraná. A defesa alega que o Comitê da ONU estabeleceu que, com efeito vinculante aos Três Poderes — que se abstenha de realizar "qualquer ação que impeça ou frustre a apreciação de um Comunicado pelo Comitê alegando violação do Tratado"
Leia aqui a íntegra da reportagem.


Tudo dominado: STF arquiva inquérito contra tucano Aloysio Nunes


Por 3 votos a 2, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu nesta terça-feira (23) arquivar o inquérito aberto para investigar o senador licenciado e ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, que foi interrompido duas vezes por pedidos de vista; Aloysio foi citado por delatores ligados à empreiteira; o delator Carlos Armando Guedes Paschoal confirmou o pagamento de R$ 500 mil para a campanha do tucano, em 2010
Por André Richter – Repórter da Agência Brasil - Por 3 votos a 2, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (23) arquivar o inquérito aberto para investigar o senador licenciado e ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira. O caso começou a ser julgado em agosto, mas foi interrompido duas vezes por pedidos de vista.
O pedido de arquivamento foi feito pela defesa de Nunes, que alegou falta de provas para o prosseguimento da investigação. A maioria dos ministros do colegiado seguiu voto proferido pelo relator, Gilmar Mendes. Ele entendeu que, até o momento, as investigações não conseguiram ir além do depoimento dos delatores.
Aloysio foi citado por delatores ligados à empreiteira Odebrecht, e a investigação foi aberta a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), no fim do ano passado. Em um dos depoimentos, o delator Carlos Armando Guedes Paschoal confirmou o pagamento de R$ 500 mil para a campanha de Nunes, em 2010. Segundo outro delator, Benedicto Junior, "esta doação não teria sido contabilizada".
A defesa de Aloysio Nunes pediu o arquivamento e disse que as diligências que foram solicitadas pelo Ministério Público e a Polícia Federal não conseguiram encontrar provas que pudessem corroborar as declarações dos delatores.



STF pedirá à PGR investigação sobre o vídeo com ofensas a Rosa Weber


Segunda Turma do STF aprovou nesta terça-feira (23) requerimento do ministro Gilmar Mendes para que a PGR investigue vídeo em que o coronel do Exército Carlos Alves profere insultos à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber; para o decano do STF, Celso de Mello, foi um "ultraje inaceitável" ao Supremo o vídeo; com o fascismo batendo à porta, o STF tenta esboçar uma reação, depois de ter sido cúmplice no golpe contra Dilma Rousseff e ordenado a prisão sem trânsito em julgado do ex-presidente Lula
247 - A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou nesta terça-feira (23), por 5 votos a zero, requerimento para que a Procuradoria Geral da República (PGR) investigue vídeo em que o coronel do Exército Carlos Alves profere insultos à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber. A proposta de investigação foi feita pelo ministro Gilmar Mendes e aprovada por todos os ministros.
No vídeo, Alves chama Rosa Weber e "vagabunda" e afirma que, se o TSE aceitar ação contra o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, irá sofrer as consequências. "Se aceitarem essa denúncia ridícula e derrubarem Bolsonaro por crime eleitoral, nós vamos aí derrubar vocês aí, sim", diz o vídeo (leia mais).
Segundo Celso de Mello, alguns cidadãos abusam dos privilégios da liberdade de expressão. Para o ministro, foi um "ultraje inaceitável" ao Supremo o vídeo. "Optam por manifestar ódio visceral e demonstrar intolerância com aqueles que consideram inimigo. Tem incapacidade de conviver com harmonia no seio de sociedade fundada em bases democráticas. Todo esse quadro imundo que resulta no vídeo que mencionei que, longe de traduzir liberdade de palavras, constitui corpo de delito com ofensas", afirmou o decano.


No nosso vocabulário não existe a palavra covardia, diz Boulos


Para o líder do MTST, Guilherme Boulos, o momento político atual pede que o povo vá às ruas para lutar contra o fascismo representado pela candidatura de extrema direita de Jair Bolsonaro (PSL). "Estaremos nas ruas e na resistência. No nosso vocabulário não existe a palavra covardia. Nós não vamos nos acovardar", disse; "Não podemos nos deixar intimidar por aqueles que tentam, no grito ou na violência, silenciar pessoas ou bloquear a luta social. Nós vamos seguir lutando", assegurou; "Nesse momento, a nossa preocupação fundamental é a de derrotar Jair Bolsonaro e preservar a democracia no país", completou
247 - Para o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, o momento político atual pede que o povo vá às ruas para lutar contra o fascismo representado pela candidatura de extrema direita de Jair Bolsonaro (PSL). "Estaremos nas ruas e na resistência. No nosso vocabulário não existe a palavra covardia. Nós não vamos nos acovardar", disse Boulos em entrevista ao portal Brasil de Fato.
Para ele, "essa foi uma eleição completamente atípica, uma eleição marcada por muito ódio, por muito medo. E isso se traduziu nos resultados eleitorais". Boulos, que no primeiro turno disputou a Presidência da República pelo PSOL, disse que "não vacilou um só minuto em tomar posição nesse segundo turno" e apoiar o candidatoodo campo democrático Fernando Haddad (PT), "porque para nós, o que está em jogo não é somente a disputa entre duas candidaturas, mas a disputa entre a democracia brasileira, um projeto que assegure direitos sociais, e um projeto ditador, de alguém que tolhe liberdades, de alguém que elogia a tortura, alguém que afirma o seu saudosismo em relação à ditadura militar no país".
Boulos destacou, ainda, que a denúncia de que empresários estariam bancado campanhas milionárias, por meio de caixa 2, em prol da candidatura de Bolsonaro por meio de disparos em massa de mensagens pelo Whatsapp "não foi uma surpresa". Não me surpreendeu porque já estava bastante evidente para todo o país que o Jair Bolsonaro estava fazendo uma guerra suja no subterrâneo do Whatsapp. Isso não é de graça, isso custa dinheiro. O que a gente não sabia era como isso estava sendo operado e de onde vinha esse dinheiro. E a denúncia deixou claro que esse dinheiro está vindo de empresas privadas que apoiam o Bolsonaro e está sendo operado pelo mesmo esquema da Cambridge Analytics, afirmou.
Segundo o ativista, o momento é de resistência popular contra "o projeto do atraso". Nós estaremos nas ruas e na resistência. No nosso vocabulário não existe a palavra covardia. Nós não vamos nos acovardar, independente de qual seja o resultado do próximo dia 28. Vamos trabalhar durante esses próximos dias para que Fernando Haddad seja eleito e que a gente consiga derrotar o projeto do atraso, representado por Bolsonaro".
"Não podemos nos deixar intimidar por aqueles que tentam, no grito ou na violência, silenciar pessoas ou bloquear a luta social. Nós vamos seguir lutando", assegurou. "Nesse momento, a nossa preocupação fundamental é a de derrotar Jair Bolsonaro e preservar a democracia no país", completou.


Justiça decreta bloqueio de R$ 27 milhões nas contas de Richa

Foto: Reprodução

O juiz Eduardo Lourenço Bana determinou o bloqueio de R$ 27 milhões nas contas do ex-governador Beto Richa (PSDB), no âmbito da Operação Quadro Negro. Outros 12 réus na ação também tiveram determinação de bloqueios de bens, entre eles o deputado federal e ex-chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni (PSDB), o deputado Plauto Miró (DEM) e a construtora Valor.
Somados, os bloqueios dos 13 réus chegam a R$ 265 milhões.
A decisão é de uma ação civil pública por improbidade administrativa, proposta no início deste mês. A operação investiga o desvio de verbas públicas da Secretaria da Educação (Seed), que seriam destinadas à construção de escolas.
“Diante do exposto, em sede liminar, pede a indisponibilidade de bens dos réus nos valores estimados à título de dano material, dano moral e multa civil, e a declaração do sigilo dos documentos acostados aos autos por estarem instruídos com cópias de acordos de colaboração premiada firmado pelo réu Eduardo Lopes de Souza”, afirma o juiz no documento, assinado no dia 11 de outubro.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, a fraude se estendia aos aditivos contratuais firmados entre o governo e a construtora Valor. Seis aditivos contratuais teriam sido assinados em um mesmo dia e eram “oportunidade para que fossem desviados recursos públicos para fins pessoais ou caixa 2 de campanhas eleitorais”.
Eduardo Lopes de Souza, dono da construtora, afirmou em delação premiada que havia um acordo autorizado por Richa para que fossem firmados aditivos aumentando os custos de todas as obras.
Na decisão, o juiz explica como funcionava o esquema criminoso. “Carlos Alberto Richa, Eduardo Lopes de Souza e Maurício Jandói Fanini Antonio articularam o esquema e a formatação dos pedidos de aditivos contratuais, intercedendo junto a Luiz Eduardo da Veiga Sebastiani, Plauto Miró Guimarães Filho e Valdir Luiz Rossoni para obter o remanejamento orçamentário. Marilane Aparecida Fermino da Silva atuou para a realização dos oito aditivos contratuais que vieram a ser assinados por Edmundo Rodrigues da Veiga Neto. Evandro Machado, embora responsável pelo acompanhamento e fiscalização das obras, permitiu que os desvios se concretizassem, atestando falsamente a execução e a conclusão dos serviços apresentados por Viviane Lopes de Souza. Por fim, Tatiane de Souza e Vanessa Domingues de Oliveira “emprestaram” nome para ser usado como sócio proprietárias da empresa Valor”, diz a decisão.
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A defesa de Richa afirmou que só vai se posicionar no processo.

Confira os réus com bens bloqueados

·         Edmundo Rodrigues da Veiga Neto – R$ 27.020.201,80
·         Eduardo Lopes de Souza – R$ 16.251.169,80
·         Evandro Machado – 16.251.169,80
·         Luiz Eduardo da Veiga Sebastiani – R$ 27.020.201,80
·         Marilane Aparecida Fermino da Silva – R$ 16.251.169,80
·         Maurício Jandói Fanini Antonio – R$ 16.251.169,80
·         Plauto Miró Guimarães Filho – R$ 27.020.201,80
·         Tatiane de Souza – R$ 16.251.169,80
·         Valdir Luiz Rossoni – R$ 27.020.201,80
·         Valor Construtora e Serviços Ambientais – EIRELI – R$ 16.251.169,80
·         Vanessa Domingues de Oliveira – R$ 16.251.169,80
·         Viviane Lopes de Souza – R$ 16.251.169,80
·         Carlos Alberto Richa – R$ 27.020.201,80.
Fonte: Paranaportal.uol


Bolsonaro teme ‘Bala de Prata’ de Haddad


A campanha de Jair Bolsonaro (PSL) está ensandecida com a possibilidade de Fernando Haddad (PT) disparar entre amanhã (24) e sexta-feira (26) a temida ‘Bala de Prata’ na propaganda eleitoral.
Sexta será o último dia para a exibição da propaganda eleitoral no rádio e na TV deste segundo turno.
Os dirigentes do PT não negam nem confirmam os rumores de que haverá um disparo certeiro no ‘Coiso’ nas próximas horas.
Pelo sim pelo não, a tropa de choque de Bolsonaro sonda e manda sondar para não ser surpreendida com as calças na mão.
É evidente que o PT e Haddad têm a ‘Bala de Prata’ na agulha. Resta saber se eles a utilizarão ou não.
Acerca da ‘Bala de Prata’
A ‘Bala de Prata’ é um termo criado em todas campanhas políticas. Quer dizer [no folclore] o último recurso para derrotar o lobisomem, no caso o Coiso, e triunfar o bem [Haddad] sobre o fascismo [na eleição] .
Fonte: Blog do Esmael

Cid pede ao PDT engajamento na campanha de Haddad


Apesar de não estar participando de eventos com militantes petista para evitar ser vaiado outra vez, o senador eleito Cid Gomes (PDT-CE) afirmou que está pedindo a lideranças de seu partido que se empenhem na campanha de Fernando Haddad (PT) à Presidência; "Eu estou publicamente defendendo o nome do Haddad. Gravei vídeo, colei adesivo, estou ligando para lideranças do meu partido pedindo o empenho deles", disse
Ceará 247 – Embora evite participar de eventos com a presença de militantes petistas pela "possibilidade de uma vaia, o que já aconteceu" quando ele fez graves críticas ao PT, acusando o partido de aparelhamento e chegou a chamar de "babacas" e "otários” os que protestavam contra o seu discurso, no último dia 15, o senador eleito pelo Ceará, Cid Gomes (PDT), afirmou que está pedindo a lideranças de seu partido que se empenhem na reta final da campanha de Fernando Haddad (PT) à Presidência.
"Eu estou publicamente defendendo o nome do Haddad. Gravei vídeo, colei adesivo, estou ligando para lideranças do meu partido pedindo o empenho deles nessa reta final", afirmou Cid, de acordo com reportagem publicada no O Povo.


Prisão política de Lula completa 200 dias


Completam-se nesta terça-feira 200 dias que o ex-presidente Lula está preso na carceragem da Polícia Federal no Paraná, depois de ter sido condenado sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP); ele teve ordem de prisão emitida por Sérgio Moro sem o esgotamento de todos os recursos judiciais; o apelo da ONU para a garantia dos seus direitos foi ignorado pelo Judiciário e o governo brasileiro; maior liderança popular do País, recebeu solidariedade de líderes de dezenas de países 
247 - Completam-se nesta terça-feira (23) 200 dias que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso na carceragem da Polícia Federal no Paraná, depois de ter sido condenado sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP). Também teve ordem de prisão emitida por Sérgio Moro sem o esgotamento de todos os recursos judiciais.
Antes de Lula ser julgado em segunda instância, pelo Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF4), juristas divulgaram uma carta em cinco idiomas denunciando a violação do Estado Democrático de Direito. "A deformação de um conjunto de processos contra a corrupção sistêmica no país é a consequência do 'aparelhamento' das medidas anticorrupção para fins de instrumentalização política por setores da direita e da extrema direita do Ministério Público, que hoje se arvoram purificadores da moral pública nacional", dizia o documento (veja aqui).
Lula recebeu solidariedade em várias partes do mundo, como Portugal, França, Espanha, México, Argentina e Chile. 
Em agosto, a ONU pediu ao Estado brasileiro a garantia dos direitos políticos do ex-presidente, o que não foi acatado pelo Judiciário. A principal liderança popular do País liderava todas as pesquisas eleitorais até o começo de de setembro, quando lançou o então vice na chapa do PT, Fernando Haddad, como candidato a presidente. A nova vice passaria a ser a deputada estadual pelo Rio Grande do Sul Manuela D'Ávila (PCdoB).
O ex-presidente foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ter recebido um apartamento como propina da OAS. Mas o procurador Henrique Pozzodon também admitiu que não havia "prova cabal" de que Lula era o proprietário do triplex.
O PT esclareceu que em 2005 a ex-primeira-dama Dona Marisa Letícia tornou-se associada à Bancoop e adquiriu uma cota em um edifício então chamado Mar Cantábrico, nome que seria mudado para Solaris, após a construtora OAS adquirir o prédio. Como fez com cada cotista, a cooperativa separou um imóvel para Dona Marisa. Nesse caso, o apartamento 141, unidade padrão com 82,5 metros quadrados. Vale ressaltar que o triplex atribuído a Lula é o apartamento número 164-A, ou seja, trata-se de uma outra unidade.
Também naquele ano, Marisa pagou R$ 20 mil de entrada e continuou a pagar as prestações do carnê até 2009, ano em que Bancoop passou por problemas financeiros e, com autorização judicial, transferiu o imóvel para a construtora. Em 2009, Marisa desistiu do apartamento e deixou de pagar as mensalidades da cota da Bancoop. O que já havia sido pago transformou-se em ativo para ser resgatado a qualquer momento.
Antes de ser denunciado, Lula publicou seus contratos com a Bancoop, sua declaração de Imposto de Renda, a declaração de bens ao Tribunal Superior Eleitoral e os contratos que compravam a desistência da ex-primeira-dama Marisa Letícia em continuar com o imóvel. "A mesquinhez dessa 'denúncia', que restará sepultada nos autos e perante a História, é o final inglório da maior campanha de perseguição que já se fez a um líder político neste País", dizia a nota do Instituto Lula (veja aqui, inclusive os documentos).