segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Moraes pede investigação da PGR contra ameaça de Bolsonaro ao STF


O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes pediu na manhã desta segunda-feira que a Procuradoria Geral da República (PGR) investigue o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) por sua ameaça de fechamento do STF como crime previsto na Lei de Segurança Nacional. Moraes, sem citar o nome de Bolsonaro, disse que as declarações são "absolutamente irresponsáveis".
247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes pediu na manhã desta segunda-feira (22) que a Procuradoria Geral da República (PGR) investigue o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) por sua ameaça de fechamento do STF como crime previsto na Lei de Segurança Nacional. Moraes, sem citar o nome de Bolsonaro, disse que as declarações são "absolutamente irresponsáveis".
Moraes esteve nesta segunda-feira, 22, em São Paulo para uma palestra no Ministério Público e disse que a sociedade brasileira hoje vive um "paradoxo". "Porque mesmo com 30 anos de Constituição, temos que conviver com declarações dúbias, feitas de maneira absolutamente irresponsável, por um membro do Parlamento brasileiro", criticou. "É algo inacreditável que tenhamos que ouvir tanta asneira da boca de quem representa o povo. Nada justifica a defesa do fechamento da instituições republicanas."
Os comentários de Eduardo Bolsonaro, filho do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) foram feitos em julho, durante um palestra a alunos de um curso preparatório para o concurso da Polícia Federal. Ao responder a uma pergunta sobre uma hipotética ação do Exército caso o STF tente impedir seu pai de assumir a Presidência, o deputado, reeleito por São Paulo este ano com a maior votação da história, disse que bastariam "um soldado e um cabo" para fechar o Supremo (aqui). "Será que eles vão ter essa força mesmo (de impugnar)? O pessoal até brinca lá: se quiser fechar o STF sabe o que você faz? Você não manda nem um Jipe, manda um soldado e um cabo. Não é querendo desmerecer o soldado e o cabo. O que é o STF, cara? Tira o poder da caneta de um ministro do STF, o que ele é na rua?", questiona. 
O ministro do STF deixou o evento sem dar entrevista. Na palestra, porém, disse que as declarações merecem "imediata abertura de investigação" da PGR por incitar animosidade entre Forças Armadas e instituições civis. "Não é possível que se afirme dizer que estava brincando, não se brinca com a democracia", disse.
Moraes disse ainda que os comentários refletem um "total desrespeito" às Forças Armadas, uma vez que atribuem a elas "servilismo das Forças a uma pessoa, o que não existe".


Polícia Federal abriu 469 inquéritos para investigar crimes eleitorais

Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) abriu 469 inquéritos para investigar crimes eleitorais no primeiro turno da campanha deste ano. A informação é do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. Além disso, 455 pessoas foram conduzidas para depoimentos e outros 266 apreendidos.
De acordo com o ministro, os principais crimes registrados foram propaganda eleitoral irregular, promoção de informações falsas e compra de votos. “Aqueles que têm interesse de produzir notícias falsas fiquem sabendo que não existe anonimato na internet e a Polícia Federal tem tecnologia e recursos humanos para chegar neles aqui ou em qualquer lugar do mundo”, alertou.
Jungmann participou nesse domingo (21) da entrevista à imprensa, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), convocada pela presidente do tribunal, ministra Rosa Weber. Na ocasião, perguntada se a Justiça Eleitoral falhou no combate às notícias falsas (fake news) durante a campanha, a ministra respondeu que não viu falhas na ação do tribunal, mas reconheceu que não esperava que a onda de desinformação se voltasse contra a própria instituição e que ainda não há uma solução para impedir o problema.
“Nós entendemos que não houve falha alguma da Justiça Eleitoral no que tange a isso que se chama fake news. A desinformação é um fenômeno mundial que se faz presente nas mais diferentes sociedades. Gostaríamos de ter uma solução pronta e eficaz, de fato, não temos”, disse a ministra.
Rosa Weber não quis comentar sobre a ação ingressada pelo PT para investigar a denúncia de que empresas teriam atuado na disseminação em massa nas redes sociais de notícias falsas contra o candidato Fernando Haddad (PT) em favor do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL).
De acordo com Jungmann, o caso está sendo investigado e não é possível dar detalhes sobre o processo, pois o inquérito corre sob sigilo. O ministro informou que o centro integrado de controle para as eleições retomará os trabalhos nesta segunda-feira (22), a partir das 15 horas, e que os representantes dos dois candidatos à Presidência foram convidados a acompanhar a atuação do centro, que funcionará 24 horas por dia até o fim do segundo turno, no próximo dia 28 de outubro.
Fonte: Agência Brasil

CNBB, OAB e outras entidades da sociedade civil unem-se contra o fascismo


Por meio de uma nota conjunta, diversas entidades da sociedade civil e de representações de classe como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Federação Nacional do Jornalistas (Fenaj), repudiaram os atos de violência de cunho político registrados nos últimos dias e reafirmaram a necessidade de defender os direitos sociais fundamentais e a liberdade de imprensa, além de condenarem o fascismo crescente no país
247 - Por meio de uma nota conjunta diversas entidades da sociedade civil e de representações de classe como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Federação Nacional do Jornalistas (Fenaj), repudiaram os atos de violência de cunho político registrados nos últimos dias e reafirmaram a necessidade de defender os direitos sociais fundamentais e a liberdade de imprensa, além de condenarem o fascismo crescente no país.
Na nota, as entidades destacam "o repúdio a toda manifestação de ódio, violência, intolerância, preconceito e desprezo aos direitos humanos, assacadas sob qualquer pretexto que seja, contra indivíduos ou grupos sociais, bem como a toda e qualquer incitação política, proposta legislativa ou de governo que venha a tolerá-las ou incentivá-las" e a "necessidade de preservação de um ambiente sociopolítico genuinamente ético, democrático, de diálogo, com liberdade de imprensa, livre de constrangimentos e de autoritarismos, da corrupção endêmica, do fisiologismo político, do aparelhamento das instituições e da divulgação de falsas notícias".
O documento pede, ainda, " que todas as pessoas e instituições a que reafirmem, de modo explícito, contundente e inequívoco, o seu compromisso inflexível com a Constituição Federal de 1988, no seu texto vigente, recusando alternativas de ruptura e discursos de superação do atual espírito constitucional, ancorado nos signos da República, da democracia política e social e da efetividade dos direitos civis, políticos, sociais, econômicos e ambientais, com suas indissociáveis garantias institucionais".
Veja a íntegra do documento.
NOTA CONJUNTA
As entidades signatárias abaixo nominadas, representativas da sociedade civil organizada, no campo do Direito e das instituições sociais, por seus respectivos Representantes, ao largo de quaisquer cores partidárias ou correntes ideológicas, considerando os inquietantes episódios descortinados nos últimos dias, nas ruas e nas redes sociais, ao ensejo do processo eleitoral, de agressões verbais e físicas – algumas fatais – em detrimento de indivíduos, minorias e grupos sociais, a revelar crescente desprestígio dos valores humanistas e democráticos que inspiram nossa Constituição cidadã, fiadores da convivência civilizada e do exercício da cidadania, vêm a público:
AFIRMAR o peremptório repúdio a toda manifestação de ódio, violência, intolerância, preconceito e desprezo aos direitos humanos, assacadas sob qualquer pretexto que seja, contra indivíduos ou grupos sociais, bem como a toda e qualquer incitação política, proposta legislativa ou de governo que venha a tolerá-las ou incentivá-las;
REITERAR a imperiosa necessidade de preservação de um ambiente sociopolítico genuinamente ético, democrático, de diálogo, com liberdade de imprensa, livre de constrangimentos e de autoritarismos, da corrupção endêmica, do fisiologismo político, do aparelhamento das instituições e da divulgação de falsas notícias como veículo de manipulação eleitoral, para que se garanta o livre debate de ideias e de concepções políticas divergentes, sempre lastreado em premissas fáticas verdadeiras;
EXORTAR todas as pessoas e instituições a que reafirmem, de modo explícito, contundente e inequívoco, o seu compromisso inflexível com a Constituição Federal de 1988, no seu texto vigente, recusando alternativas de ruptura e discursos de superação do atual espírito constitucional, ancorado nos signos da República, da democracia política e social e da efetividade dos direitos civis, políticos, sociais, econômicos e ambientais, com suas indissociáveis garantias institucionais;
MANIFESTAR a defesa irrestrita e incondicional dos direitos fundamentais sociais, inclusive os trabalhistas, e da imprescindibilidade das instituições que os preservam, nomeadamente a Magistratura do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho, a Auditoria Fiscal do Trabalho e a advocacia trabalhista, todos cumpridores de históricos papéis na afirmação da democracia brasileira;
DECLARAR, por fim, a sua compreensão de que não há desenvolvimento sem justiça e paz social, como não há boa governança sem coerência constitucional, e tampouco pode haver Estado Democrático de Direito sem Estado Social com liberdades públicas.
Brasília (DF), 19 de outubro de 2018.
CLÁUDIO PACHECO PRATES LAMACHIA

Presidente do Conselho Federal da Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB)

GUILHERME GUIMARÃES FELICIANO

Presidente da Associação Nacional
dos Magistrados da Justiça do
Trabalho (Anamatra)

LEONARDO ULRICH STEINER

Secretário-Geral da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB)

ÂNGELO FABIANO FARIAS DA COSTA

Presidente da Associação Nacional dos
Procuradores do Trabalho (ANPT)

CARLOS FERNANDO DA SILVA FILHO

Presidente do Sindicato Nacional dos
Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait)

ALESSANDRA CAMARANO MARTINS

Presidente da Associação Brasileira dos
Advogados Trabalhistas (Abrat)

MARIA JOSÉ BRAGA

Presidente da Federação Nacional dos
Jornalistas (Fenaj)



Pesquisa do mercado indica Bolsonaro com 52% e Haddad 35%


Pesquisa BTG Pactual/FSB, divulgada na madrugada desta segunda-feira, mostra Jair Bolsonaro com 52% das intenções de votos; Fernando Haddad aparece com 35%; 4% pretendem votar branco/nulo, 5% em ninguém/nenhum deles e 4% não sabem ou não responderam; em votos válidos, 60% a 40%
Infomoney - Pouco menos de uma semana antes do segundo turno que irá definir quem será o próximo presidente do Brasil, o cenário é de bastante estabilidade nas intenções de voto, com uma larga diferença de 20 pontos entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).
É o que mostra a mais recente pesquisa BTG Pactual/FSB, divulgada na madrugada desta segunda-feira (22). Foram entrevistados, por telefone, 2.000 eleitores com idade a partir de 16 anos e a margem de erro é de 2 pontos percentuais. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-03689/2018.
No cenário de votos estimulado, levando em conta apenas os votos válidos (excluindo brancos, nulos e abstenções), Bolsonaro tem 60% dos votos, oscilando um ponto para cima ante a pesquisa da última semana, enquanto Haddad passou de 41% para 40% das intenções de voto em uma semana. Ao considerar os votos totais, o candidato do PSL possui 52% dos votos ante 51% da última semana, ante 35% do petista, que manteve a intenção de voto. 4% pretendem votar branco/nulo, 5% em ninguém/nenhum deles e 4% não sabem ou não responderam.
Na intenção de voto espontânea, 48% apontaram votar em Bolsonaro (ante 49% do último levantamento) e 31% em Haddad (ante 30% da última pesquisa). Brancos e nulos somaram 6%, ninguém ou nenhum totalizaram 5%, enquanto não souberam ou não responderam totalizaram 11%.
A decisão de voto dos eleitores de Bolsonaro também é a maior, mantendo-se em 94%, ante 90% dos que votarão em Haddad, enquanto 74% dos que disseram que não votarão em ninguém estão certos do voto. Já 70% dos que apontaram que vão votar em branco/nulo mostraram certeza do seu voto.
Haddad registra a maior rejeição, com 52% dos entrevistados dizendo que não votaria no petista de jeito nenhum, ante 40% de Bolsonaro. 47% disseram que votariam apenas em Bolsonaro, enquanto 2% apontaram votar no candidato do PSL e desconhecer Haddad. Já 32% votariam apenas em Haddad e 3% poderiam votar no petista e desconhecem Bolsonaro. 5% poderiam votar em ambos os candidatos, 4% não votariam em nenhum deles e 3% desconhecem os dois nomes.
Os eleitores também foram questionados dos motivos para votar nos candidatos. 85% dos que votarão em Bolsonaro apontam achar que ele é a melhor opção, ante 75% dos que votarão em Haddad. 10% dos ouvidos que votarão em Bolsonaro querem impedir a vitória do outro candidato, ante 18% dos que votarão em Haddad. 6% dos eleitores de Bolsonaro não souberam/não responderam, ante 9% dos eleitores do petista. 
Independentemente do voto, 76% dos eleitores acham que Bolsonaro será o próximo presidente do Brasil (o número era de 70% na última semana), ante 17% que acham que será Haddad, enquanto 7% não sabem ou não responderam. 
81% dos eleitores disseram que com certeza irão votar, 10% provavelmente irão votar, 3% provavelmente não irão votar e 5% com certeza não irão votar. 1% não sabe ou não respondeu. 


Corregedor da Justiça Eleitoral instaura pedido de inelegibilidade de Bolsonaro

Roberto Jayme/Ascom/TSE

O ministro Jorge Mussi, corregedor-geral da Justiça Eleitoral instaurou mais duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e seu candidato a vice, Hamilton Mourão; as ações foram propostas pela Coligação Brasil Soberano (PDT/Avante) e pelo PDT com base em reportagem do jornal Folha de S. Paulo que apontou que Bolsonaro se beneficiou da ação de empresas de disparo de mensagens em massa via WhatsApp contratadas por empresários; a ação pede que Bolsonaro seja declarado inelegível
247 - O ministro Jorge Mussi, corregedor-geral da Justiça Eleitoral instaurou mais duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e seu candidato a vice, Hamilton Mourão. As ações foram propostas pela Coligação Brasil Soberano (PDT/Avante) e pelo PDT com base em reportagem do jornal Folha de S. Paulo que apontou que Bolsonaro se beneficiou da ação de empresas de disparo de mensagens em massa via WhatsApp contratadas por empresários. A ação pede que Bolsonaro seja declarado inelegível. 
A reportagem do portal UOL destaca que "em uma das ações instauradas hoje, a Coligação Brasil Soberano pede que Bolsonaro seja declarado inelegível para estas eleições e pelos próximos oito anos, com a declaração de nulidade de seus votos e convocação de novo pleito. De acordo com informações divulgadas pelo TSE, entre os argumentos apresentados, a coligação afirma que todos os candidatos que disputaram a eleição presidencial no primeiro turno foram prejudicados, 'já que o aporte financeiro das pessoas jurídicas trouxe um flagrante desequilíbrio entre a paridade das armas dos concorrentes'."
A matéria ainda informa que "a coligação pediu liminar para que Bolsonaro, o empresário Luciano Hang, da rede Havan, e todas as empresas de impulsionamento de mensagens citadas na reportagem fossem proibidos de praticar qualquer ato de divulgação de mensagens pelo WhatsApp ou qualquer outra rede social. Essa liminar foi negada pelo corregedor, segundo o TSE".


domingo, 21 de outubro de 2018

Ruas do país são tomadas contra o risco Bolsonaro


A uma semana do segundo turno da eleição que vai escolher o futuro presidente da República, milhares de pessoas que integram as forças democráticas saíram às ruas neste sábado (20) para mostrar unidade contra a escalada do fascismo, protofascismo ou neofascismo; brasileiros em todo o país se mobilizaram contra tudo que o candidato de extrema-direita defende: racismo, homofobia, tortura e os métodos sujos e ilegais de campanha, que inclui o Caixa 2
Redação RBA – A uma semana do segundo turno da eleição que vai escolher o futuro presidente da República, milhares de pessoas que integram as forças democráticas estão hoje (20) nas ruas para mostrar unidade contra a escalada do fascismo, protofascismo ou neofascismo.
A ideia é mostrar que o campo democrático está mobilizado em apoio ao candidato Fernando Haddad (PT) contra o projeto de raiz neoliberal, em defesa da soberania nacional e, especialmente, em forte oposição ao modelo de campanha de Bolsonaro, sustentado por discursos de ódio e mentiras.
Nos últimos dias, a estratégia suja da campanha bolsonarista começou a ser desmascarada a partir de conexões que revelaram aliados como Steve Bannon, norte-americano ligado a ideias de supremacia branca, que comandou a campanha de Donald Trump em 2016. As ferramentas utilizadas nos Estados Unidos se repetem aqui: a intensa disseminação de fake news por redes sociais, especialmente o WhattsApp, patrocinadas por empresários – daí a hashtag #Caixa2doBolsonaro ter dominado as redes sociais em todo o mundo.
Atos

As manifestações começaram neste sábado logo pela manhã em algumas cidades. Quem checou as redes sociais antes de sair de casa, viu também que algumas cidades no exterior também tiveram manifestações contra o fascismo, como Genebra, na Suíça, e em Oslo, na Noruega, onde capoeiristas fizeram uma homenagem ao mestre Moa do Katende, assassinado em Salvador por um bolsonarista após declarar voto em Haddad.

Uma das primeiras cidades brasileiras a ver as ruas tomadas foi Goiânia. Margarida, professora de Educação da Universidade Federal de Goiás (UFG) declarou seu voto em Haddad porque "o país precisa retomar a democracia. Porque somos pela paz e não pela guerra".
Também pela manhã, Haddad participou de um ato de campanha em Fortaleza, com a presença do governador eleito Camilo Santana (PT), da presidenta da legenda, senadora Gleisi Hoffmann, sua mulher, Ana Estella Haddad, e do líder do Movimento dos Trabalhadores sem Teto Guilherme Boulos, que disputou o primeiro turno pelo Psol.
Em São Paulo, Recife, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis e Belo Horizonte os atos começaram por volta das 15h e já reúnem grande quantidade de democratas.
Na capital dos mineiros, um grupo de evangélicos chegou cedo. "Sou professora, sou mulher evangélica. #EleNão porque ele vai contra tudo que defendo, vai contra o que disse Jesus. Jesus andava com prostitutas, perdoou um ladrão enquanto era crucificado e Bolsonaro vai contra tudo isso", disse a professora Ane. Também evangélica July, mulher negra, disse que ele não, porque "minha própria pele já expressa e diz não. Se ofende minha existência, serei resistência. Ele jamais. Enquanto professora, minha profissão também diz ele não. Acredito no poder dos livros. Minha religião também. Jesus foi torturado, então ele jamais".


Haddad: elite brasileira escolheu o que tem de pior


“A candidatura Haddad e Manuela tem compromisso com a democracia, o que não acontece com essa aberração. A elite ficou dois anos à procura de um candidato e escolheu o que tem de pior no Congresso Nacional, que em 28 anos só ofende os nordestinos, as mulheres, os negros. Só tem ódio no coração”, disse o candidato do PT à presidência da República
Da Rede Brasil Atual  Depois de caminhada por vários pontos de Fortaleza, o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, fez comício na Praça do Ferreira, na região central. Acompanhado da mulher, Ana Estela, saudada aos gritos de "primeira dama", do governador reeleito do Ceará, Camilo Santana (PT), da presidenta do seu partido, Gleisi Hoffmann e Guilherme Boulos, Haddad elogiou os avanços na educação pública cearense, lembrou visitas ao estado durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva para a inauguração de universidades e escolas técnicas federais e reforçou o compromisso de sua candidatura com a democracia.
Seu discurso, porém, foi marcado por duras críticas ao adversário na disputa deste segundo turno, o candidato Jair Bolsonaro (PSL), que ele chamou de "aberração".
"A candidatura Haddad e Manuela tem compromisso com a democracia, o que não acontece com essa aberração. A elite ficou dois anos à procura de um candidato e escolheu o que tem de pior no Congresso Nacional, que em 28 anos só ofende os nordestinos, as mulheres, os negros. Só tem ódio no coração", disse, sendo interrompido por gritos de #EleNão, #EleNão da multidão que lotou a praça.
Haddad destacou então o que chamou de "armadilha" em que Bolsonaro caiu esta semana, referindo-se à reportagem da Folha de S.Paulo desta quinta-feira, sobre o financiamento ilegal de empresários para custear a produção e distribuição de fake news contra sua candidatura e seu partido, por meio das redes sociais e do WhatsApp.
"Montaram uma organização criminosa. Todo mundo aqui deve conhecer alguém que recebeu notícias falsas no celular contra mim e Manuela. A armação deles era para a eleição terminar no primeiro turno para não serem descobertos".
O petista aproveitou para alfinetar Bolsonaro: "Por que ele foge do debate? Seu possível ministro da Casa Civil (o ruralista Onyx Lorenzoni) disse que ele não pode peidar porque fede. Mas há 28 anos ele só vomita barbaridade".
Dirigindo-se à multidão como "guerreiros que estão aqui com a gente", o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) Guilherme Boulos destacou a "encruzilhada" deste segundo turno.
"O que estão em jogo é a democracia e os direitos de um lado, e de outro, os privilégios de quem quer acabar com o 13º e a carteira assinada".

Eduardo Bolsonaro: basta um soldado e um cabo para fechar o STF


O deputado Eduardo Bolsonaro, filho do candidato de extrema direita Jair Bolsonaro (PSL,) disse, durante uma palestra antes do primeiro turno, que se o STF tentar impugnar a candidatura do presidenciável por "qualquer motivo" "terá que pagar para ver o que acontece";"Será que eles vão ter essa força mesmo? Se quiser fechar o STF você não manda nem um Jipe, manda um soldado e um cabo", disse; ameaça às instituições ganha força em meio a denúncia de que empresários impulsionaram a campanha de Bolsonaro por meio de contratos milionários para disparos em massa de mensagens contra o candidato do campo democrático Fernando Haddad e o PT por meio aplicativos como o Whatsapp
247 - O deputado Eduardo Bolsonaro, filho do candidato de extrema direita Jair Bolsonaro (PSL) disse, durante uma palestra pouco antes do primeiro turno, que se o Supremo Tribunal Federal (STF) impugnar a candidatura do presidenciável "terá que pagar para ver o que acontece". "Será que eles vão ter essa força mesmo? Se quiser fechar o STF você não manda nem um Jipe, manda um soldado e um cabo", disse.
A afirmação, feita antes do primeiro turno, veio como resposta a uma pergunta feita por alguém da plateia sobre qual seria a reação do Exército no caso de impugnação da candidatura de Bolsonaro. A gente tá caminhando para um estado de exceção... o STF vai ter que pagar pra ver e aí quando ele pagar pra ver, vai ser ele contra nós. Você está indo para um pensamento que muitas pessoas falam e que muito pouco pode ser dito. Mas se o STF quiser arguir qualquer coisa, sei lá, recebeu uma doação ilegal de R$ 100 de José da Silva e impugna a ação dele. Não acho isso improvável não", disse.
"Mas aí eles vão ter que pagar para ver. Será que vão ter essa força toda mesmo? O pessoal até brinca lá: se quiser fechar o STF você não manda nem um Jipe, manda um soldado e um cabo. Não é querendo desmerecer o soldado e o cabo. O que que é o STF? Tira o poder da caneta de um ministro do STF, o que que ele é na rua?", indagou.
"Se você prender um ministro do STF, você acha que vai ter uma manifestação popular em favor dos ministros do STF? Milhões na rua "solta o Gilmar, solta o Gilmar" (referência o ministro do STF Gilmar Mendes), com todo o respeito que tenho pelo ministro Gilmar medes, que goza de imensa credibilidade junto aos senhores", ironizou.
"É igual a soltar o Lula. O Moro (juiz federal Sergio Moro) peitou um desembargador que está acima dele, por quê? Porque o Moro está com moral pra cacete. Vai ter que ter um colhão filho da puta para conseguir reverter uma decisão dele", disse.


sábado, 20 de outubro de 2018

Habitação faz último chamamento para inscritos do Residencial Solo Sagrado


Edital contendo a relação dos nomes será publicado neste domingo (21/10) no Diário Oficial do Município de Apucarana, internet e também afixado em diversos prédios públicos 
(Foto: Edson Denobi)
A Secretaria Municipal da Assistência Social de Apucarana publica neste domingo (21/10) mais um edital de chamamento de famílias inscritas para obter uma residência no Residencial Solo Sagrado. São 580 nomes que devem procurar o Centro Social Urbano do Parque Bela Vista, entre segunda e quarta-feira da próxima semana (22 a 24/10), no horário das 8 às 17 horas, para atualizar documentação. Assim como já aconteceu em outras duas oportunidades (junho e agosto), a convocação atende exigência do Banco do Brasil, que é o agente financiador do empreendimento habitacional.
Além do nome, a relação traz os respectivos documentos que devem ser reapresentados pela pessoa, acompanhados de uma fotocópia. “Importante que todos compareçam para adequar o cadastro e prosseguirem no processo de seleção”, esclarece Ana Paula Nazarko, secretária Municipal da Assistência Social. Ela reafirma que o processo é exigência do banco e pediu compreensão dos candidatos a uma moradia popular. “A prefeitura apenas age no papel de facilitadora. Sabemos que gera alguns transtornos, mas é necessário para que a família permaneça apta a concorrer”, reforçou.
Em construção em terreno localizado nas proximidades do Clube de Campo Água Azul, o Residencial Solo Sagrado faz parte do Programa Minha Casa, Minha Vida do Governo Federal. Direcionado a famílias com renda familiar até R$1,6 mil (faixa 1), deve ser concluído ainda em 2018. O edital, contendo a relação dos nomes e documentos pendentes, está sendo publicado no Diário Oficial do Município de Apucarana (Jornal Tribuna do Norte) e no Diário Oficial Eletrônico (site www.apucarana.pr.gov.br). A partir de segunda-feira (22/10), cópias estarão disponíveis para consulta no Centro Social Urbano, Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CRAS), prédio do Polo UAB (Praça Rui Barbosa, 12) e no prédio central da prefeitura.
A partir desta terceira e última atualização cadastral, a Secretaria Municipal da Assistência Social acredita que o Banco do Brasil em breve definirá a relação das 500 famílias habilitadas a ocupar o residencial.
Assistentes sociais intensificam visitas domiciliares
Paralelo ao trabalho burocrático, referente à organização da documentação, a Secretaria Municipal da Assistência Social realiza diligências visando elaboração de pareceres sociais de cada família cadastrada. Com a proximidade da conclusão da obra, o prefeito Beto Preto (PSD) determinou que as visitas domiciliares sejam intensificadas a partir deste sábado (20/10) e para isso convocou uma força-tarefa que envolve 18 profissionais da assistência social do município.
A logística da ação foi definida em reunião realizada nesta sexta-feira (19/10), nas dependências da Praça CEU, no Jardim América. O momento foi coordenado pela secretária Municipal da Assistência Social, Ana Paula Nazarko, e contou com a participação do secretário Chefe de Gabinete, Laércio de Moraes, procurador-geral Paulo Sérgio Vital, e a superintendente de Recursos Humanos, Rosmeire Rivelini. “Iniciamos as visitas há uns 10 dias, mas percebemos a necessidade de acelerar essa dinâmica, colocando toda nossa equipe técnica na rua, até para que o Banco do Brasil possa, o quanto antes, concluir a sua parte visando a definição das 500 famílias”, explicou Nazarko.
Todas as 1.576 famílias cadastradas para o empreendimento vão receber a visita social, que como resultado vai gerar um parecer (perfil), retratando em quais critérios do programa Minha Casa, Minha Vida o candidato se enquadra. “A meta é concluirmos as visitas até o próximo domingo. Por isso convocamos toda nossa equipe, que foi dividida para cobrir todos os territórios da cidade. Importante esclarecer que o objetivo das visitas é colher informação. Ninguém vai entregar e nem levar nenhum documento da pessoa. Ao final da “entrevista”, a pessoa apenas vai assinar um papel dando ciência de que recebeu a equipe”, detalha a secretária.
Serão realizadas visitas em todos os horários (manhã, tarde e noite), inclusive no final de semana. “O “start” deste trabalho é neste sábado, às 8 horas, com concentração e saída do Centro Social Urbano. Nossas equipes vão estar identificadas com veículos timbrados da prefeitura e documento funcional (crachá)”, informa Ana Paula Nazarko, secretária Municipal da Assistência Social.
O empreendimento – A construção das 500 casas do Residencial Solo Sagrado tem um aporte de R$ 30 milhões do Governo Federal, por meio do Programa Minha Casa Minha Vida. Um empreendimento para famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil, tem como agente financeiro o Banco do Brasil e a execução está a cargo da Construtora Prestes, da cidade de Castro (PR). Cada unidade terá 40 metros quadrados, ao custo de R$ 65 mil.


Auditoria não encontra problemas em urnas eletrônicas questionadas pelo PSL

Foto: Divulgação / TRE

A auditoria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em urnas eletrônicas que foram questionadas em processo movido pelo Partido Social Liberal (PSL), no primeiro turno, não encontrou qualquer problema nos equipamentos.
Por mais de 12 horas, técnicos, acompanhados de peritos indicados por partidos, advogados, policiais federais e a imprensa acompanharam o processo em seis urnas do Paraná e duas de Santa Catarina na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Auditor do Patriotas faltou. Representante do PSL deixou o local antes do término do processo.
A ação foi movida por supostos incidentes que ocorreram durante o primeiro turno. O processo cita que eleitores teriam questionado que os equipamentos estavam direcionando votos para Fernando Haddad (PT) automaticamente; ausência de foto de Jair Bolsonaro; entre outros questionamentos.
·         “A resposta dada por esta auditoria deve ser acatada como definitiva pela sociedade. Trata-se de uma auditoria feita pela própria sociedade civil, aqui representada pela OAB, pelos partidos políticos, pela Polícia Federal, entre outros membros e observadores. Somos nós, a população, que estamos fazendo essa auditoria. Lógico que podem correr defeitos nos equipamentos durante a votação, mas nenhum desses problemas foram decorrentes de fraude visando modificar o voto dos eleitores”, afirma o diretor de Informática da Associação dos Magistrados do Paraná (AMAPAR) e da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), o juiz estadual Sérgio Bernardinetti.
Foto: Divulgação / TRE
Entre as partes interessadas na perícia estavam o auditor do Patriotas, Marcelo Borges Sampaio, que não compareceu, e Paulo Fagundes, auditor do PSL, acompanhou o processo até 19h20, mas se ausentou mais cedo por motivos pessoais e não assinou o documento. Ele teria se comprometido a entregar seu laudo “o mais urgente possível”.
Fonte: Paranaportal.uol


WhatsApp baniu 100 mil contas fakes pró-Bolsonaro


A agência de notícias Bloomberg, especializada em noticias financeiras, informa que o WhatsApp baniu nesta sexta (19) cem mil contas que disseminavam ódio e fake news, a mando de Jair Bolsonaro (PSL), contra a candidatura de Fernando Haddad (PT).
“O WhatsApp baniu mais de 100 mil contas que promoviam Fake News a favor de Bolsonaro! Prova concreta para o TSE tomar alguma medida.
A matéria é da Bloomberg, um dos maiores sites do mercado de ações mundial”, repercutiu a presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann.
Desde fevereiro de 2014, o WhatsApp foi comprado pelo Facebook — aplicativo de propriedade de Mark Zuckerberg.
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A matéria do Boomberg afirma que embora o Facebook tenha criado uma “sala de guerra” contra as fake news na eleição do Brasil, não foi capaz de controlar o ‘mau uso’ de sua principal rede que o WhatsApp.
Fonte: Blog do Esmael

WhatsApp e fuga de debates derrubam Bolsonaro


O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) encerra a semana em um inferno astral, pois o TSE abriu investigação sobre o caso WhatsApp e a PGR iniciou procedimentos contra empresas envolvidas no caixa 2 para fraudar a eleição.
O escândalo das fake news somada à fuga dos debates começam a minar a liderança do ex-militar, segundo os institutos de pesquisas.
Sondagem do Vox Populi, divulgada nesta sexta (19), mostraram diferença entre Bolsonaro e Fernando Haddad (PT) de apenas 2% dentro da margem de erro. O levantamento ainda não havia captado as denúncias de fraude eleitoral e caixa 2 denunciadas pela Folha de S. Paulo.
Além disso, de acordo com o Datafolha, 73% dos eleitores cobram a presença de Bolsonaro nos debates de TV. A campanha adversária já confirmou que estará em todos os confrontos.
O humorístico Casseta & Planeta ilustra com maestria a relação pornográfica entre o WhatsApp e a campanha de Bolsonaro.
Fonte> Blog do Esmael

Barbárie: aluna da UFPR é estuprada por ser contra Bolsonaro


Uma aluna da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teria sido vítima de estupro dentro da instituição de ensino, segundo comunicado divulgado na página no Facebook Centro Acadêmico de Ciências Sociais, na última segunda-feira, 15; "Fui estuprada por garotos no Centro Acadêmico de Ciências Sociais da UFPR por estar com um adesivo do #EleNão. Tive que fazer sexo oral a força com eles ameaçando(...) me violaram", diz o relato publicado no Mapa da Violência
247 - Uma aluna da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teria sido vítima de estupro dentro da instituição de ensino, segundo comunicado divulgado na página no Facebook Centro Acadêmico de Ciências Sociais, na última segunda-feira, 15.
De acordo com relato da vítima, a agressão aconteceu como uma espécie de punição praticada por eleitores contrários ao seu posicionamento político. A jovem estava usando um adesivo da campanha "#EleNão" – contrária à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) ao cargo de presidente da república.
"Fui estuprada por garotos no Centro Acadêmico de Ciências Sociais da UFPR por estar com um adesivo do #EleNão. Tive que fazer sexo oral a força com eles ameaçando(...) me violaram", diz o relato publicado no Mapa da Violência.
O caso está sendo investigado.
Leia relato sobre o caso absurdo: