O candidato do campo democrático à Presidência da República,
Fernando Haddad (PT), disse, durante um ato de campanha em Fortaleza (CE), que
uma vitória sobre o candidato de extrema direita, Jair Bolsonaro (PSL), terá
"um gosto especial, (...) porque não é ganhar de um cara razoável. É
ganhar de um trambiqueiro, é ganhar de um cara destrambelhado". A
afirmação vem na esteira das denúncias de que empresários estariam bancando
campanhas milionárias para disparos massivos de mensagens em aplicativos nas
redes sociais contra ele e o PT, o que configura crime eleitoral;
"Modéstia à parte, o Brasil precisa mais de um professor que de um miliciano",
ressaltou
247 - O candidato do
campo democrático à Presidência da República, Fernando Haddad (PT), disse,
durante um ato de campanha em Fortaleza (CE), que uma vitória sobre o candidato
de extrema direita, Jair Bolsonaro (PSL), terá "um gosto especial, (...)
porque não é ganhar de um cara razoável. É ganhar de um trambiqueiro, é ganhar
de um cara destrambelhado". A afirmação vem na esteira das denúncias de
que empresários estariam bancando campanhas milionárias para disparos massivos
de mensagens em aplicativos nas redes sociais contra ele e o PT, o que é vedado
pela legislação eleitoral além de configurar crime de caixa 2.
Haddad,
que na manhã deste sábado (20) participa do ato "Caminhada pela
Democracia", também em Fortaleza, antes de seguir para o Crato e Juazeiro
do Norte, também destacou que a campanha de Bolsonaro tem sido caracterizada
pela incitação à violência. "Modéstia à parte, o Brasil precisa mais de um
professor que de um miliciano", ressaltou. "Não é qualquer mal que ele
traz para política. É um mal que leva à violência, ao desrespeito. É evangélico
desrespeitando católico, branco desrespeitando negro, homem desrespeitando,
porque ele estimula esse tipo de coisa o tempo inteiro. Há muito tempo não
víamos isso na política acontecer", afirmou.
Haddad
disse esperar, ainda, que o "tranco" da repercussão da denúncia de
que empresas estariam bancando uma campanha difamatória contra ele e PT,
resultem "na prisão preventiva de empresário, para que eles denunciem em
delação o que aconteceu na campanha" do adversário. Para ele, a guerra
cibernética influenciou o súbito crescimento de Bolsonaro na reta final do
primeiro turno. "Ninguém entendeu muito bem o que estava rolando. "A
gente vinha crescendo muito forte [no primeiro turno]. Aí a gente passou o
Bolsonaro nas projeções de segundo turno. Ficamos uma semana à frente dele nas
projeções de segundo turno. A gente ia terminar o primeiro turno em primeiro
lugar.
Isso
era o que todo mundo dizia. Aí a gente não entendeu o que aconteceu nos últimos
três, quatro dias", observou.
"Não foi só na eleição presidencial. Na eleição para o Senado, para
governador de Minas, do Rio de Janeiro. Um negócio muito estanho. Como é que o
eleitor se comporta tão diferentemente do dia para a noite? ...Uma mudança
brusca dessa natureza... Tinha que ter acontecido alguma coisa. A gente começou
a desconfiar. Aí (veio) a reportagem da Folha de ontem (quinta-feira,
18)", disse sobre a denúncia de que empresários teriam gasto até R$ 12
milhões na comprar de pacotes de disparos de mensagens em massa contra o PT e
sua candidatura.
"A
atividade digital tem que ser marcante nestes dez dias para conter a
'mentiraiada' que ele conta e para fazer o Brasil ser feliz de novo",
clamou.
Veja o
vídeo na TV247.