quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Privatização do Banestado exterminou os empregos e grande parte das agências


Banco público estadual do Paraná, foi privatizado durante leilão há 18 anos. Venda deixou dívida impagável para o Estado

Em 2018, privatização do Banestado ainda traz prejuízos ao povo do Paraná, que paga, todos os meses, R$ 1,9 bilhão para a União. / Divulgação

Com bancos públicos BB e Caixa em permanente risco de privatização na conjuntura do Brasil pós-golpe de 2016, a privatização do Banestado completa 18 anos.

O Banestado foi vendido ao Itaú via leilão, no dia 17 de outubro, de 2000, pelo valor de R$ 1,6 bilhão, após o então governador Jaime Lerner reagir à ameaça de intervenção pelo Banco Central do então presidente Fernando Henrique Cardoso. O banco foi levado à falência por práticas de realização de empréstimos de alto risco.
O Banco do Estado do Paraná teve o mesmo destino de outros públicos estaduais, como o Banespa, o Banerj e o Bemge: passaram a ser geridos por instituições financeiras privadas, que demitiram trabalhadores até então concursados, que perderam sua estabilidade, e fecharam inúmeras agências bancárias, dificultando o acesso da população em locais mais distantes numa época em que a tecnologia dos serviços bancários era ainda embrionária e não havia internet.
“Um banco que tinha um papel social foi entregue à iniciativa privada engordando ainda mais os lucros do setor, concentrando o sistema nas mãos de poucas famílias, e pior, deixando uma dívida impagável ao Estado. Os riscos da privatização estão sempre à espreita. Além do patrimônio público, milhares de empregos foram ceifados”, explica Marisa Stedile, diretora da Secretaria de Políticas Sociais da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (FETEC-CUT-PR). Marisa é uma entre os poucos mais de 500 trabalhadores que restam no Itaú oriundos do Banestado. Quando foi vendido, o banco tinha 10 mil funcionários.
Em 2018, privatização do Banestado ainda traz prejuízos ao povo do Paraná, que paga, todos os meses, R$ 1,9 bilhão para a União, por conta de uma dívida de R$ 5,6 bilhões, de financiamento adquirido por Lerner em 1997, para “sanear” o banco e que, ainda assim após esse investimento público, foi vendido para a iniciativa privada por R$ 1,6 bilhão.
Essa dívida foi refinanciada diversas vezes, a última agora em 2018. Em maio, a governadora Cida Borghetti consolidou a adesão do Paraná ao chamado Plano de Auxílio aos Estados (Lei Complementar 156/16) e a dívida foi empurrada por mais 20 anos: tinha quitação prevista para 2028 e o prazo foi estendido para 2048. Em contrapartida, neste momento, o Paraná deixa de pagar o governo federal as parcelas.
De acordo com estimativa do economista Cid Cordeiro, ainda em 2017, o Paraná devia à União 5 bilhões de reais, já havia pago R$ 13 bilhões e ainda devia R$ 9 bilhões por causa dos juros. Atualmente a dívida está em R$ 10,3 bilhões, valor menor que qualquer lucro líquido trimestral do Itaú nos últimos anos. “Como comparativo, também podemos citar o montante que o Bradesco pagou pelo HSBC: R$ 16 bilhões”, lembra Junior Cesar Dias, presidente da FETEC/PR.
Por conta das operações que levaram o Banestado quase à falência, do empréstimo adquirido junto à União para seu saneamento, pela privatização no ano 2000 e pela compra de títulos podres (papeis comprados pelo Banestado por Lerner como garantia e que foram declarados nulos pela justiça), foram realizadas duas CPIs, uma na Assembleia Legislativa do Paraná e outra mista com membros da Câmara e do Senado, em Brasília, que produziu relatório de mil páginas.
Os títulos podres garantiram ao Itaú 21% em ações da Copel, a Companhia Paranaense de Energia, como garantia pela compra desses títulos. E quem paga essa conta, ainda hoje, não é o Itaú, é o Estado do Paraná e sua população, que tem reduzido os investimentos públicos por conta dessa dívida impagável, e fez com que o Estado tivesse retido por muitos anos o Fundo de Participação dos Estados, disponibilizado pelo governo federal.
“Em um país com seriedade, com um poder judiciário comprometido com a preservação do patrimônio público, o que o governo Lerner fez seria tratado como crime. Duas CPIs (Assembleia e Senado) não responsabilizaram nenhuma autoridade envolvida nas transações suspeitas. Foram presos apenas funcionários do segundo escalão, que agiam com remessa de dinheiro ilegal ao exterior utilizando o Banestado, e outras figuras menos expressivas. Os responsáveis pelas remessas ilegais não foram punidos. Temos também que chamar a atenção para o papel irresponsável (para dizer o mínimo) do Banco Central, que não fiscalizou, ou foi conivente”, lembra Marisa Stedile.
O Banestado foi um banco que deixou de existir por uma gestão irresponsável, com garantias duvidosas. Para evitar sua falência, Lerner emprestou dinheiro da União e é esse valor de amortização, juros e da dívida que ainda deve ser pago pelo Estado até 2048. Foram investidos R$ 5,6 bilhões para sua recuperação financeira e três anos depois foi vendido por R$ 1,6 bilhão. Uma conta que não fecha e onera toda a população.
Dívida do Banestado
1997 – BC ameaça de intervenção ao Banestado. Lerner adquire financiamento de R$ 5,6 bilhões junto à União Federal para “sanear” o banco


2000 – Após receber R$ 5,6 bilhões de dinheiro público, Banestado é vendido por R$ 1,6 bilhão ao Itaú

2017 – Da dívida de R$ 5,6 bilhões adquirida em 1997, foram pagos, R$ 13 bilhões mas o Paraná ainda devia R$ 9 bilhões

2018 – A dívida está em R$ 10,3 bilhões e sua quitação foi empurrada para 2048

Fonte: Brasil de Fato

Boulos: militância progressista deve superar o medo e ir às ruas


O líder do MTST, Guilherme Boulos (PSOL), avalia que parte da população do campo progressista está "intimidada", com medo de ir às ruas fazer campanha pelo candidato do campo democrático á Presidência da República, Fernando Haddad (PT); "Esse é o pior sentimento"; para ele, é chegado "o momento de sair da toca, das pessoas superarem o medo, pegar um boné, um panfleto. É nosso papel construir essa possibilidade", disse em referência ao segundo turno
Luciano Velleda, Rede Brasil Atual - A menos de 15 dias para o segundo turno da eleição que decidirá o novo presidente do Brasil, o candidato pelo Psol, Guilherme Boulos, avalia que parte da população do campo progressista está "intimidada", com medo de ir às ruas fazer campanha por Fernando Haddad (PT). "Esse é o pior sentimento", disse, durante participação no programa Entre Vistas, que foi ao ar nesta terça-feira (16), na TVT.
"Tem gente que diz que botar gente na rua não dá voto. Pode ser. Mas botar gente na rua dá ânimo e moral. É o momento de sair da toca, das pessoas superarem o medo, pegar um boné, um panfleto. É nosso papel construir essa possibilidade", afirmou Boulos.
Para ele, o processo eleitoral das eleições de 2018 foi marcado pelo medo e por uma ideia equivocada de voto útil, em referência ao movimento em torno da candidatura de Ciro Gomes (PDT). "Foi o voto útil mais inútil. Nunca vi voto útil no terceiro colocado."
Apresentado pelo jornalista Juca Kfouri, o programa também contou com a participação da socióloga e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Esther Solano e a professora de literatura e história africana da UneAfro Adriana de Cássia Moreira.
Logo no início do Entre Vistas, Juca Kfouri questionou quais foram os caminhos que levaram o ativista, nascido em família de classe média, a se envolver com a defesa dos direitos de pessoas excluídas, uma questão frequentemente levantada por críticos do líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
"Quando a solidariedade é vista com maus olhos, é porque a sociedade está doente. Ninguém precisa passar fome para se sensibilizar com quem tem fome", explicou, dizendo que o mesmo sentimento foi despertado com quem não tem moradia.
Ao ser cumprimentado por Esther Solano pelo discurso em que alertou para o perigo do retorno à ditadura, o candidato do Psol confidenciou que o fez de improviso, incomodado com o resultado de uma pesquisa eleitoral divulgada horas antes do debate na TV Globo e que dava a Jair Bolsonaro (PSL) a possibilidade de vitória no primeiro turno. Para ele, a existência de um candidato de extrema-direita com força de massa, deixou a parcela progressista da sociedade com medo.
A crise brasileira
O líder do MTST avalia que a atual situação conflagrada do país, imerso numa crise política e econômica, é consequência do Brasil jamais ter alcançado uma democracia plena, mantendo práticas estruturais atrasadas ao longo do tempo.
Esse atraso histórico, na análise de Guilherme Boulos, inclui a existência de uma elite econômica com DNA da "Casa Grande", que critica o programa Bolsa Família por ser "coisa de comunista", se incomoda com os direitos sociais e trabalhistas adquiridos pelas trabalhadoras domésticas, e está fazendo de tudo pela vitória de Bolsonaro.
"Não temos uma elite democrática no Brasil. Temos uma elite que vai fazer de tudo para o Bolsonaro ganhar e depois vai silenciar diante das atrocidades que ele vai cometer", afirmou, lembrando ainda que o país nunca puniu os responsáveis pelos crimes da ditadura. "Quando não se acerta as contas com o passado, se compromete o presente e se assombra o futuro."
Como exemplo, ponderou que Bolsonaro costuma dizer, com orgulho, que seu livro de cabeceira é o livro de memórias do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, único torturador reconhecido como tal pela Justiça brasileira. "E ele diz isso na TV, numa boa."
O eleitor e a esperança
Em determinado momento do programa, Boulos contou que, na véspera do primeiro turno, estava chegando em casa, no Campo Limpo, bairro periférico na zona sul de São Paulo, quando foi abordado por um jovem. O rapaz o elogiou, o parabenizou por sua participação nos debates, disse que gostava dele, mas que votaria em Bolsonaro. O episódio fez o candidato do Psol compreender como um erro achar que a maioria dos eleitores de Bolsonaro são fascistas, iguais ao candidato do PSL.
"Alguns são mesmo, os tais 'bolsominions', um grupo pequeno e barulhento, mas o grosso (dos eleitores) é o povo brasileiro que não aguenta mais corrupção, um sistema político em que não se vê representado, e vê no Bolsonaro alguém de fora do sistema."
Esther Solano ponderou que pesquisas realizadas com eleitores de Bolsonaro, revelam que a palavra "esperança" é a que mais aparece. A socióloga então questionou Boulos sobre o que a esquerda deve fazer para voltar a ser uma opção democrática para o eleitorado do país.
"A esquerda deve voltar a encampar a esperança após ter encampado o pragmatismo. Se a gente não dialogar com a insatisfação das pessoas, esse sentimento vai de bandeja pro colo do Bolsonaro, como foi pro Doria antes (na eleição para prefeito de São Paulo em 2016). Menos a governabilidade a qualquer custo e mais a esperança", definiu o líder do MTST.
Embora reconheça os méritos dos governos petistas no Palácio do Planalto, acredita que a esquerda não terá futuro "acenando" com uma volta ao passado. "Isso no máximo disputa a saudade, não a esperança."
O papel do Judiciário
O candidato do Psol à presidência acredita que, dentre os três poderes da República, o Judiciário talvez seja o menos democrático, por ser o único que não está submetido a nenhum tipo de controle externo e social. "Um poder que regula a si próprio não é compatível com a democracia."
Para ele, a crise política deflagrada pela Operação Lava Jato fez com que o Executivo se tornasse "fraco" e o Congresso Nacional "desmoralizado", criando assim um vácuo de poder que foi ocupado pelo Judiciário, que "passou então a legislar, a executar..."
Ele lembrou ainda a recente frase do atual ministro do Supremo Tribunal Fedaral (STF), Dias Toffoli, que definiu o golpe de 1964 como um "movimento", e nomeou para o seu gabinete, um militar. "Nunca nos últimos 30 anos, os militares tiveram tanta força política", afirmou Boulos.
Citando Robespierre, líder jacobino da Revolução Francesa, mas que depois foi preso e decapitado, Guilherme Boulos disse que o Judiciário não está percebendo que "vai cair junto no abismo".
"Alguém acha que o governo do Bolsonaro vai ser democrático com o Ministério Público? Vai deixar os juízes fazerem o que fazem? Vai dar liberdade à imprensa?", questionou.
O segundo turno
Faltando poucos dias para o segundo turno da eleição, o candidato do Psol insiste na necessidade de a militância ir às ruas, com garra, para a campanha do petista Fernando Haddad ganhar força, contra a ditadura e o fascismo representados pela candidatura Bolsonaro. "Temos que superar o medo, a apatia e levantar o moral."
Boulos defende a importância de ampliar apoio em torno de Haddad, mas acredita que tal movimento não deve ser feito em direção ao mercado, pois isso reforçaria a ideia de sistema, justamente numa eleição marcada pelo sentimento anti-sistema.
"A ampliação que precisa ser feita é com a alma do povo brasileiro", finalizou.


Haddad escreve carta a religiosos


Candidato do PT a presidente, Fernando Haddad divulgou nesta quarta-feira (17) uma carta aberta direcionadas aos religiosos do País, expondo seus propósitos e alertando para os riscos da violência e da intolerância; "Quero governar o Brasil com diálogo e democracia, com a participação de todos e todas que se disponham a doar de seu tempo e talentos na construção do bem comum", diz Haddad; "A vocês, peço justiça, a justa apreciação de meus propósitos e o voto para concretizar essas intenções num governo que traga o Brasil aos caminhos da justiça, da concórdia e da paz"
247 - O candidato do PT a presidente, Fernando Haddad divulgou nesta quarta-feira (17) uma carta aberta direcionadas aos religiosos do País, alertando para os riscos da intolerância e da violência, representados pela candidatura de extrema-direita de Jair Bolsonaro (PSL). 
"Desde as eleições de 1989, o medo e a mentira são semeados entre o povo cristão contra candidatos do PT. Comunismo, ideologia de gênero, aborto, incesto, fechamento de Igrejas, perseguição aos fiéis, proibição do culto: tudo o que atribuem ao meu futuro governo foi usado antes contra Lula e Dilma. As peças veiculadas, de baixo nível, agridem a inteligência das pessoas de boa vontade, que não se movem pelo ódio e pela descrença", diz Haddad. 
"Quero governar o Brasil com diálogo e democracia, com a participação de todos e todas que se disponham a doar de seu tempo e talentos na construção do bem comum. (...) E a vocês, peço justiça, a justa apreciação de meus propósitos e o voto para concretizar essas intenções num governo que traga o Brasil aos caminhos da justiça, da concórdia e da paz", afirma o candidato petista. 
Leia, abaixo, a carta na íntegra:
Carta aberta ao Povo de Deus
Queridos irmãos, queridas irmãs,
O Senhor odeia os lábios mentirosos,
mas se deleita com os que falam a verdade.
Provérbios 12:22
Quero me dirigir diretamente ao povo evangélico neste momento tão decisivo da vida de nosso Brasil, cujo futuro será decidido democraticamente nas urnas do próximo dia 28.
Para estar no segundo turno, tive que vencer uma agressiva campanha baseada em mentiras, preconceitos e especulações massivamente espalhadas pelo Whatsapp e outras redes sociais, contra mim e minha família.
"Estas seis coisas o Senhor odeia, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, o coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, a testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos." (Provérbios 6:16-19)
Desde as eleições de 1989, o medo e a mentira são semeados entre o povo cristão contra candidatos do PT. Comunismo, ideologia de gênero, aborto, incesto, fechamento de Igrejas, perseguição aos fiéis, proibição do culto: tudo o que atribuem ao meu futuro governo foi usado antes contra Lula e Dilma. As peças veiculadas, de baixo nível, agridem a inteligência das pessoas de boa vontade, que não se movem pelo ódio e pela descrença.
"Ó Deus, a quem louvo, não fiques indiferente, pois homens ímpios e falsos, dizem calúnias contra mim, e falam mentiras a meu respeito." (Salmos 109:1-2). Que provas tenho a oferecer para desmentir quem usa meios tão baixos para enganar, fraudar a vontade popular?
Minha vida, em primeiro lugar: sou cristão, venho de família religiosa desde meu avô, que trouxe sua fé do Líbano quando migrou para o Brasil para construir vida melhor para sua família. Sou casado há 30 anos com a mesma mulher, Ana Estela, minha companheira de jornada que criou comigo dois filhos, nos valores que aprendemos com nossos pais. Sou professor, passaram por minhas mãos milhares de jovens com os quais aprendi e ensinei meus sonhos de um Brasil digno e soberano.
Minha vida pública, em segundo lugar: minha atuação, como Ministro da Educação e como Prefeito de São Paulo, fala por mim. Abri as portas da educação para os mais pobres, das creches – nas quais o governo federal passou a investir pesadamente em minha gestão – à Universidade. Antes do Pro-Uni, do FIES sem fiador, do ENEM, da criação de vagas em instituições públicas e gratuitas de ensino e das cotas raciais, o ensino superior era inacessível para jovens negros, trabalhadores e da periferia. Busquei humanizar a metrópole que me foi confiada, buscando inovações para ampliar os direitos, à moradia, à mobilidade urbana, ao meio ambiente sadio, à convivência fraterna.
Sempre contei, no MEC ou na Prefeitura de São Paulo, com a parceria com todas as denominações religiosas. Tratei a todas de forma igualitária. Os governos Lula e Dilma, bem como nossos governos estaduais e municipais, sempre reconheceram dois pilares do Estado democrático: é laico e, como tal, não privilegia nem discrimina ninguém em razão de sua religiosidade. Nenhuma Igreja foi perseguida, o direito de culto sempre foi assegurado, a liberdade de expressão também. Nenhum dos nossos governos encaminhou ao Congresso leis inexistentes pelas quais nos atacam: a legalização do aborto, o kit gay, a taxação de templos, a proibição de culto público, a escolha de sexo pelas crianças e outras propostas, pelas quais nos acusam desde 1989, nunca foram efetivadas em tantos anos de governo. Também não constam de meu programa de governo.
"Acautelai-vos quanto aos falsos profetas. Eles se aproximam de vós disfarçados de ovelhas, mas no seu íntimo são como lobos devoradores. Pelos seus frutos os conhecereis. É possível alguém colher uvas de um espinheiro ou figos das ervas daninhas? Assim sendo, toda árvore boa produz bons frutos, mas a árvore ruim dá frutos ruins." (Mateus 7:15-17).
Os frutos que quero legar ao Brasil como Presidente são a justiça e a paz. Emprego para milhões de desempregados e desempregadas poderem sustentar com dignidade suas famílias. Salário justo, com direitos que foram eliminados pelo atual governo e que serão trazidos de volta com a anulação da reforma trabalhista, e o direito à aposentadoria, ameaçado pela reforma da Previdência apoiada pelo atual governo e meu adversário. "Aprendei a fazer o bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas." (Isaías 1:17)
Quero governar o Brasil com diálogo e democracia, com a participação de todos e todas que se disponham a doar de seu tempo e talentos na construção do bem comum. Um governo que promova a cultura da paz, que impeça a violência, que nunca use da tortura e da guerra civil como bandeiras políticas. Que una novamente a Nação brasileira, para que volte a ser vista com esperança pelos mais pobres e com respeito pela comunidade internacional.
Apresento-me, pois, diante dos irmãos e irmãs das mais variadas denominações cristãs, com a sinceridade e honestidade que sempre presidiram minha vida e meus atos. A Deus, clamo como o salmista: "guia-me com a tua verdade e ensina-me, pois tu és Deus, meu Salvador, e a minha esperança está em ti o tempo todo." (Salmos 25:5). E a vocês, peço justiça, a justa apreciação de meus propósitos e o voto para concretizar essas intenções num governo que traga o Brasil aos caminhos da justiça, da concórdia e da paz.
Fernando Haddad


Homem é encontrado morto na pensão usada por Adélio Bispo


Na mesma pensão em que Adélio Bispo ficou hospedado em Juiz de Fora (MG), antes de tentar matar Jair Bolsonaro, foi encontrado morto na noite desta terça-feira Rogério Inácio Villas; ele tinha 47 anos e estava na pensão havia três meses
Minas 247 – Na mesma pensão em que Adélio Bispo ficou hospedado em Juiz de Fora (MG), antes de tentar matar Jair Bolsonaro, foi encontrado morto na noite desta terça-feira (17) Rogério Inácio Villas.
De acordo com o Antagonista, ele tinha 47 anos, estava na pensão havia três meses e seria usuário de drogas. Os policiais não identificaram sinais de violência.



Dom Mauro Morelli rebate críticas de Bolsonaro à CNBB: desequilibrado e vulgar


O bispo emérito de Duque de Caxias e um dos idealizadores e percussores do programa Fome Zero, Dom Mauro Morelli, condenou os ataques desferidos pelo candidato de extrema direita à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), contra a CNBB"O candidato Bolsonaro agrediu gravemente e de forma gratuita a Igreja Católica, taxando a CNBB de parte podre da Igreja. De sua boca jorram asneiras e impropérios, revelando um homem desequilibrado e vulgar. Se eleito acabará defenestrado em pouco tempo", postou o religioso no Twitter
247 - O bispo emérito de Duque de Caxias e um dos idealizadores e percussores do programa Fome Zero, Dom Mauro Morelli, usou sua conta no Twitter para condenar os ataques contra a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desferidos pelo candidato de extrema direita à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL). "O candidato Bolsonaro agrediu gravemente e de forma gratuita a Igreja Católica, taxando a CNBB de parte podre da Igreja. De sua boca jorram asneiras e impropérios, revelando um homem desequilibrado e vulgar. Se eleito acabará defenestrado em pouco tempo", postou o religioso.
A postagem de Morelli veio na esteira de um vídeo divulgado por Bolsonaro onde ele ataca a população indígena e afirma que irá rever a demarcação de terras deste segmento da população em prol do agronegócio. No vídeo, Bolsonaro afirma que a defesa das terras indígenas conta com o apoio da "parte podre" da Igreja Católica, representada pelo Cimi (Conselho Indigenista Missionário) e pela CNBB.
Os ataques de Bolsonaro contra a Igreja Católica fazem parte de um crescente que vem ganhando espaço nos discursos do candidato desde sua aliança com o bispo e líder da Igreja Universal, Edir Macedo. Mcedo, que já declarou apoio a Bolsonaro, colocou à disposição da sua campanha a TV Record, além de ter escrito um livro intitulado "Plano de Poder", visando o poder de Estado, como publicado em matéria do Brasil 247.
Mais cedo, Dom Mauro Morelli também havia criticado membros da própria congregação que, mesmo cientes dos ataques feitos por Bolsonaro contra a Igreja Católica, visitaram o presidenciável nesta quarta-feira (17). "Fim de picada...a CNBB é a comunhão dos Bispos católicos...não é prédio e nem estrutura...surpreso com bispo e cardeal beijando a mão do candidato nesta manhã..", postou.


Haddad apresenta o torturador herói de Bolsonaro ao país


A campanha de Fernando Haddad (PT) produziu a sua mais forte peça televisiva  até aqui, com denúncias graves sobre o adversário Jair Bolsonaro (PSL) – que ainda não são de total conhecimento da população brasileira; pergunta-se ao espectador: “você sabe mesmo quem é Bolsonaro?”; a peça traz, então, a figura do coronel Ustra, agente torturador que espalhou o terror pelo país com as mais violentas e desumanas técnicas de tortura já feitas pelo regime militar; o depoimento de Amelinha Teles, ativista torturada pelo coronel – que é ídolo de Bolsonaro – complementa o grave tom de denúncia e esclarecimento oferecido pelo programa
247 – A campanha de Fernando Haddad (PT) produziu a sua mais forte peça televisiva até aqui, com denúncias graves sobre o adversário Jair Bolsonaro (PSL) – que ainda não são de total conhecimento da população brasileira. Pergunta-se ao espectador: “você sabe mesmo quem é Bolsonaro?”.  A peça traz, então, a figura do coronel Ustra, agente torturador que espalhou o terror pelo país com as mais violentas e desumanas técnicas de tortura já feitas pelo regime militar. O depoimento de Amelinha Teles, ativista torturada pelo coronel – que é ídolo de Bolsonaro – complementa o grave tom de denúncia e esclarecimento oferecido pelo programa.   
A peça cita também Steve Bannon, o assessor de Trump ligado a Bolsonaro que é acusado de sabotar regimes democráticos no mundo inteiro com a distribuição estratégica de fake news. A narração destaca que Bannon espalha o terror pelo mundo e que sua estratégia criminosa de comunicação é utilizada para vencer eleições e truncar regimes soberanos.
O texto complementa a conexão entre Bannon e Bolsonaro, afirmando que o ex-militar brasileiro já espalha o terror há 30 anos pelo país, com suas afirmações racistas e de incitação à violência.
É mostrado, então, o depoimento de Amelinha Teles, ativista torturada pelo coronel Ustra, no momento mais dramático da peça. Ela diz: “eles colocam muitos fios elétricos descascados dentro da vagina, colocam dentro do ânus, você grita de dor e você perde o equilíbrio e cai no chão e eles vem em cima de você mesmo para te estuprar. O momento de maior dor foi o Ustra levando os meus dois filhos para a sala de tortura onde eu estava nua, vomitada, urinada.”
Após o depoimento de Amelinha Teles, o programa de Haddad estampa a dedicatória de Bolsonaro ao Coronel Ustra, quando da votação do impeachment de Dilma Rousseff no Congresso Nacional. Bolsonaro diz: “pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra”.
Bolsonaro aparece em seguida defendendo a tortura, atacando a democracia e dizendo que “através do voto, você não vai mudar nada nesse país”. Ele acrescenta: “e matando uns 30 mil”. O ex militar ainda diz: “se vai – sic – morrer alguns inocentes, tudo bem”.
O programa ainda denuncia a onda de violência provocada por seguidores de Bolsonaro, destacando que eles perseguem, agridem e matam. A foto da placa de Marielle Franco, depredada por candidatos do PSL (partido de Bolsonaro), é apresentada no vídeo como sintoma máximo da violência política – a vereadora foi executada com 9 tiros no centro do Rio de Janeiro há 7 meses.
Em seguida, surge a imagem de Moa do Katendê, capoeirista, músico e compositor, assassinado com 13 facadas por um bolsonarista, há uma semana.
Entre imagens sobrepostas da violência provocada por Bolsonaro e seguidores, o programa termina com a afirmação: “Bolsonaro, quem conhece a verdade não vota nele”.


De salto alto, Bolsonaro e os filhos já cantam vitória


À frente numa campanha eleitoral marcada pela disseminação de notícias falsas e estímulo à violência contra opositores, Jair Bolsonaro (PSL) e família já se sentem no Palácio do Planalto; o candidato da extrema-direita disse nesta quarta-feira (17) que "já está com a mão na faixa presidencial", enquanto o deputado Eduardo Bolsonaro diz que criticar Fernando Haddad (PT) é "chutar cachorro morto"; história, no entanto, recomenda cautela: em 1985, Fernando Henrique Cardoso sentou na cadeira de prefeito de São Paulo antes do pleito e acabou derrotado por Janio Quadros
247 - À frente numa campanha eleitoral cuja espinha dorsal são a disseminação de fake news e violência contra opositores, Jair Bolsonaro (PSL) e família já se sentem no Palácio do Planalto.
O candidato da extrema-direita disse nesta quarta-feira (17) que "já está com a mão na faixa presidencial", uma vez que seu adversário na disputa, Fernando Haddad (PT), "não conseguirá reverter a desvantagem" apontada pelas pesquisas até o dia do segundo turno da eleição presidencial.
Bolsonaro desconversou quando questionado sobre possível presença em debates na televisão, afirmando que aguarda avaliação na quinta-feira dos médicos responsáveis por seu tratamento após ter sido esfaqueado em um ato de campanha em Juiz de Fora (MG) no mês passado.
Enquanto isso, o deputado Eduardo Bolsonaro diz que criticar Fernando Haddad (PT) é "chutar cachorro morto". “Se você pensar friamente, ele estando na frente, a tendência seria de ele não ir. Ele tem arma de sobra. Bater no Haddad é chutar cachorro morto. Haddad está desesperado, caindo no mesmo erro que o [Geraldo] Alckmin, caindo no ridículo. Até o ex-presidente Lula está se distanciando dele, porque sabe que a derrota dele é certa. Não é soberba não. É realidade. Não consegue decolar”, disse o filho de Bolsonaro. 


Ratinho pede antecipação do processo de transição, mas Cida nega e assina decreto para o dia 3 de dezembro

Foto: Jonas de Oliveira

Apesar da troca de afagos, apertos de mãos e beijinhos no rosto, o governador eleito, Ratinho Junior (PSD), saiu magoado da reunião desta quarta-feira com a governadora Cida Borghetti. O futuro gestor do Palácio Iguaçu pediu para que a transição começasse imediatamente, ou seja, após a eleição, como ocorreu com outros governos, para dar tempo de ajustes orçamentários, composição do secretariado e costuras na Assembleia Legislativa. Não foi atendido. Cida Borghetti enviou decreto para publicação no Diário Oficial do Estado com data do dia três de dezembro para início da transição de governo.
Em sua conversa com a governadora, Ratinho Junior pediu para que o processo fosse antecipado. O objetivo é começar o trabalho o quanto antes e não perder os primeiros meses do ano com a montagem da nova equipe de governo. “Queremos antecipar o processo para que a máquina do governo não precise parar no início do ano e gastar tempo para tomar decisões e buscar soluções que já podem acontecer desde já, argumentou.
O governador eleito antecipou que na reunião também ficou definido que, já na semana que vem, será enviado um projeto para Assembleia Legislativa para modernizar a lei de PPP. “Vamos trabalhar para que essa lei possa ser aprovada já esse ano, para que a gente já possa entrar o ano que vem trabalhando com força nessa questão das parcerias público privadas para acelerar a realização de obras e ações em todo estado”, afirmou Ratinho Junior.
Fonte: Paranaportal

Aserfa define prazos para manutenção de túmulos


Os milhares de visitantes esperados para os três cemitérios municipais: Saudade, Cristo Rei e Pirapó para o Finados vão encontrar os locais com a manutenção em dia por parte da prefeitura 
(Foto: Edson Denobi)

Os serviços de reforma, construção e pintura de jazigos nos cemitérios municipais de Apucarana, visando o feriado de Finados, só poderão ser executados até o dia 26 de outubro. Já a limpeza dos túmulos está autorizada até o dia 31. “A partir do dia 1º de novembro, não será permitido qualquer tipo de serviço por parte de particulares nesses espaços”, esclarece Marcos Bueno, diretor-presidente da Autarquia de Serviços Funerários de Apucarana (Aserfa).
As diretrizes seguem disposto do Decreto Municipal nº 402/2018. “As irregularidades verificadas serão punidas com multa na forma da lei”, informa Bueno. A partir do dia 5 de novembro os serviços poderão ser retomados.
Assim como acontece em todos os anos, a Aserfa estará vigilante quanto ao combate do mosquito transmissor da dengue. “Solicitamos que as pessoas tenham especial atenção com as flores que irão trazer por ocasião de Finados, sejam em forma de ramalhete ou em vasos. Devem ser tomadas as precauções para que as plantas sejam acomodadas de forma a não acumular água, para que não se tornem um futuro foco para proliferação do mosquito. O ideal é de que os plásticos do ramalhete sejam removidos e que os vasos, mesmo que as plantas sejam artificiais, tenham furos no fundo, para escoamento da água da chuva”, pede Marcos Bueno.
Os milhares de visitantes esperados para os três cemitérios municipais: Saudade, Cristo Rei e Pirapó para o Finados vão encontrar os locais com a manutenção em dia por parte da prefeitura. “O comércio ambulante nas imediações também será regulado pela prefeitura, fiscalizando, sobretudo, o alvará de licença”, conclui Bueno, diretor-presidente da Aserfa.


Gleisi: na política, autocrítica se faz na prática


Presidente do PT não citou diretamente nenhum nome, mas disse que espera que, para além das mágoas, pessoas com histórico progressista estejam unidas para derrotar Bolsonaro; ao falar de autocrítica, Gleisi Hoffmann disse que esta não pode ser feita durante o processo eleitoral, e que na política ela é feita na prática
William De Lucca - A presidente nacional do PT e deputada federal eleita, Gleisi Hoffmann, disse que o partido está fazendo as autocríticas necessárias "na prática". Ela participou de um ato com sindicalistas ao lado do candidato do PT à presidência, Fernando Haddad, nesta terça-feira (16), em São Paulo.
Em entrevista ao Brasil 247, Gleisi disse que errar e acertar faz parte do processo de construção de qualquer organização, mas que esta análise não pode ser feita em período eleitoral.
"É o momento de encarar um desafio maior, que é o retrocesso retratado pela candidatura de Jair Bolsonaro. Temos de impedir que este mal maior aconteça ao Brasil, e os verdadeiros democratas, aquelas engajados na luta pela democracia, estão caminhando deste lado. A autocrítica na política se faz na prática", disse a presidente do PT.
Sem citar nomes, como o do senador eleito Cid Gomes (PDT-CE), que cobrou autocrítica do PT, Gleisi afirmou que o que mais importa é, para além do momento, o histórico de cada um.
"Eles podem estar mais ou menos magoados, mas isso não importa, o que importa é o posicionamento histórico destas pessoas. Estamos indo de peito aberto, de cabeça erguida, para livrar o Brasil do atraso", finalizou.


PF indicia Temer e mais 10 no inquérito dos portos



Ministro do STF Luís Roberto Barroso encaminhou o caso para a Procuradoria Geral da República, que tem até 15 dias para se pronunciar; Michel Temer foi indiciado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, assim como sua filha, Maristela, e outras nove pessoas; assim que deixar a presidência, no final de dezembro, Temer deixará de ter foro privilegiado
247 - A Polícia Federal indiciou nesta terça-feira 16 Michel Temer e mais 10 pessoas no inquérito dos portos, concluído e encaminhado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso para a Procuradoria Geral da República, que tem até 15 dias para se pronunciar. Sua filha, Maristela, também foi indiciada no mesmo caso.
"Com base em tais elementos, a autoridade policial responsável pela investigação apontou a ocorrência dos seguintes crimes: corrupção passiva (Código Penal, art. 317), corrupção ativa (Código Penal, art. 333), lavagem de dinheiro (Lei nº 9.613/1998, art. 1º) e organização criminosa (Lei nº 12.850/2013, art. 1º, § 1º), sendo esta organização dividida em quatro núcleos: político, administrativo, empresarial (ou econômico) e operacional (ou financeiro)", diz trecho do inquérito.
O relatório aponta que Temer usou empresas do coronel reformado da PM João Baptista Lima, seu amigo pessoal, para receber propina da empresa Rodrimar. A PF aponta ainda crimes em pagamentos feitos pelo grupo Libra. Ambas as empresas são concessionárias de áreas do porto de Santos, reduto de influência política do emedebista.
A investigação tem como base um decreto assinado por Temer em 207 que prorrogou e beneficiou empresas portuárias estendendo prazos de concessão de áreas públicas. A suspeita da PF é de que Temer tenha recebido propina para favorecer as empresas nesse decreto. Por conta da investigação, foram quebrados sigilos bancário e fiscal de Temer. 
Os investigados são:
1. Michel Miguel Elias Temer Lulia
2. Rodrigo Santos da Rocha Loures
3. Antônio Celso Grecco
4. Ricardo Conrado Mesquita
5. Gonçalo Borges Torrealba
6. João Baptista Lima Filho
7. Maria Rita Fratezi
8. Carlos Alberto Costa
9. Carlos Alberto Costa Filho
10. Almir Martins Ferreira
11. Maristela de Toledo Temer Lulia


Em editorial, Folha cobra participação de Bolsonaro em debates


O jornal Folha de S. Paulo cobrou em seu editorial desta quarta-feira (17) a participação do candidato de extrema direita à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), nos debates do segundo turno; o jornal lembra que Bolsonaro participou de apenas dois meses no primeiro turno e que "com mais dois encontros previstos nos próximos dias, Bolsonaro parou de esconder seu desinteresse. Desafiado nesta terça (16), limitou-se a ofender o rival na internet, sem dizer se irá comparecer"
247 - O jornal Folha de S. Paulo cobrou em seu editorial desta quarta-feira (17) a participação do candidato de extrema direita à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), nos debates do segundo turno. No texto, o jornal destaca que o presidenciável participou de dois debates no primeiro turno antes que uma facada o impedisse de participar de eventos ligados à campanha eleitoral. Lembrando os "embaraços" pelos quais Bolsonaro passou nos debates em que participou – sobre o seu suposto envolvimento no planejamento de um atentado a bomba quando estava no Exército e quando não conseguiu justificar sua posição sobre mulheres ganharem menos que os homens – a Folha destaca ser "possível imaginar o alívio que o presidenciável e seus colaboradores certamente sentiram ao se verem livres de novos desgastes".
Agora, apesar de ter recebido alta hospitalar um dia antes da votação do primeiro turno, Bolsonaro vem mantendo encontros frequentes com correligionários, grava vídeos para a internet, concede entrevistas e, nesta semana, visitou a sede do Bope, no Rio de Janeiro."Apesar da atividade constante e dos sinais de vigor físico exibidos nos vídeos divulgados, os médicos continuam dizendo que o candidato não está pronto para encarar seu adversário no segundo turno, o petista Fernando Haddad", observa o editorial. "Com mais dois encontros previstos nos próximos dias, Bolsonaro parou de esconder seu desinteresse. Desafiado nesta terça (16), limitou-se a ofender o rival na internet, sem dizer se irá comparecer", completa o texto.
Agora, na reta final do segundo turno, "os eleitores têm o direito de saber como pretende governar se eleito, e o embate direto entre adversários é das principais oportunidades proporcionadas por um segundo turno", afirma o editorial.