O jornal Folha de S. Paulo cobrou em seu editorial desta
quarta-feira (17) a participação do candidato de extrema direita à Presidência
da República, Jair Bolsonaro (PSL), nos debates do segundo turno; o jornal
lembra que Bolsonaro participou de apenas dois meses no primeiro turno e que
"com mais dois encontros previstos nos próximos dias, Bolsonaro parou de
esconder seu desinteresse. Desafiado nesta terça (16), limitou-se a ofender o
rival na internet, sem dizer se irá comparecer"
247 - O jornal Folha de
S. Paulo cobrou em seu editorial desta quarta-feira (17) a
participação do candidato de extrema direita à Presidência da República, Jair
Bolsonaro (PSL), nos debates do segundo turno. No texto, o jornal destaca que o
presidenciável participou de dois debates no primeiro turno antes que uma
facada o impedisse de participar de eventos ligados à campanha eleitoral.
Lembrando os "embaraços" pelos quais Bolsonaro passou nos debates em
que participou – sobre o seu suposto envolvimento no planejamento de um
atentado a bomba quando estava no Exército e quando não conseguiu justificar
sua posição sobre mulheres ganharem menos que os homens – a Folha destaca ser
"possível imaginar o alívio que o presidenciável e seus colaboradores
certamente sentiram ao se verem livres de novos desgastes".
Agora,
apesar de ter recebido alta hospitalar um dia antes da votação do primeiro
turno, Bolsonaro vem mantendo encontros frequentes com correligionários, grava
vídeos para a internet, concede entrevistas e, nesta semana, visitou a sede do
Bope, no Rio de Janeiro."Apesar da atividade constante e dos sinais de
vigor físico exibidos nos vídeos divulgados, os médicos continuam dizendo que o
candidato não está pronto para encarar seu adversário no segundo turno, o petista
Fernando Haddad", observa o editorial. "Com mais dois encontros
previstos nos próximos dias, Bolsonaro parou de esconder seu desinteresse.
Desafiado nesta terça (16), limitou-se a ofender o rival na internet, sem dizer
se irá comparecer", completa o texto.
Agora,
na reta final do segundo turno, "os eleitores têm o direito de saber como
pretende governar se eleito, e o embate direto entre adversários é das
principais oportunidades proporcionadas por um segundo turno", afirma o
editorial.