terça-feira, 16 de outubro de 2018

TSE determina exclusão de publicações sobre ‘kit gay’ usadas por Bolsonaro contra Haddad

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

O ministro Carlos Horbach, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), suspendeu nesta segunda (15) links de sites e redes sociais com a expressão “kit gay”, usada pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) para atacar o adversário Fernando Haddad (PT).
Ele atendeu a um pedido da defesa de Haddad, que alega que a informação é sabidamente inverídica. De acordo com o ministro, “os conteúdos vinculados as URLs (…) expressamente vinculam o livro ‘Aparelho Sexual e Cia.’ ao projeto ‘Escola sem Homofobia’ ou aos programas de livros didáticos do Ministério da Educação, o que -como antes destacado- não e corroborado pelas informações oficiais, ensejando, portanto, sua remoção”.
Haddad foi à Justiça para contestar a repetida acusação do capitão reformado de que ele, quando ministro da Educação, distribuiu o “kit gay” para crianças de 6 anos, em referência ao livro “Aparelho Sexual e Cia”.
Os advogados Eugênio Aragão e Angelo Ferraro, que defendem o petista, pediram ao TSE a retirada de 36 links da internet. Segundo eles, houve divulgação reiterada nas redes sociais de publicações que afirmam que o livro teria sido distribuído em escolas públicas, causando prejuízo para Haddad “não só no âmbito eleitoral, mas também a sua honra pessoal, ao difundirem informações inverídicas, difamatórias e injuriantes (fake news)”.
Horbach ressaltou que o projeto “Escola sem Homofobia” não chegou a ser executado pelo Ministério da Educação, “do que se conclui que não ensejou, de fato, a distribuição do material didático a ele relacionado”.
“Assim, a difusão da informação equivocada de que o livro em questão teria sido distribuído pelo MEC (…) gera desinformação no período eleitoral, com prejuízo ao debate político, o que recomenda a remoção dos conteúdos com tal teor”, escreveu Horbach.
Também por entender que se tratava de fake news, o ministro Sergio Banhos, do TSE, proibiu mais cedo a campanha de Haddad de veicular propaganda na qual diz que Bolsonaro votou contra Lei Brasileira de Inclusão.
O ministro determinou ainda que Facebook e Google apresentem em 48 horas a identificação do numero de IP da conexão utilizada no cadastro inicial dos perfis responsáveis pelas postagens e os dados cadastrais dos responsáveis.
Nesta segunda, a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, fez uma reunião com ministros da corte, outra com os presidentes dos tribunais regionais eleitorais e outra com o ministro Raul Jungmann (Segurança Pública), entre outras autoridades, para tratar sobre a proliferação de fake news nas eleições.
A iniciativa ocorre depois de o TSE ter sido inúmeras vezes criticado por eleitores, que levantaram suspeitas sobre a segurança da urna eletrônica durante a votação do primeiro turno, em 7 de outubro.
Conforme mostrou a Folha de S.Paulo, o TSE falhou no combate a fake news no primeiro turno das eleições.
Fonte: Paranaportal


Educação realiza encontro de professores e funcionários


A palestra e o almoço envolveram mais de mil colaboradores da rede municipal de ensino 
(Fotos: Profeta)

A Autarquia Municipal de Educação (AME) está comemorando duas importantes datas neste mês de outubro: o Dia do Professor comemorado ontem (15) e o dia do Servidor Público (28).
Para homenagear os profissionais e estagiários que atuam nas escolas e centros infantis (CMEIs) da rede, uma confraternização foi realizada ontem (15) no Clube de Campo Água Azul.
A palestra “Profissão Professor: desenvolvendo competências sócioemocionais em busca de melhores resultados” abriu a programação. Ela foi ministrada pelo psicoterapeuta e coach Ricardo Seixas, que possui mais de vinte anos de experiência na área comportamental, atuando no desenvolvimento de objetivos e potencialidades.
“Nós escolhemos esse tema porque o desenvolvimento socioemocional é uma das dez competências propostas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Nosso objetivo é que esse encontro não fosse apenas uma comemoração, mas também um momento para refletirmos sobre a nossa profissão,” disse a diretora-presidente da AME, Marli Fernandes.
“O educador tem uma grande responsabilidade no processo formativo dos alunos, tanto no que diz respeito à instrução dos conteúdos curriculares, quanto na transmissão de valores essenciais para o bom relacionamento interpessoal. Se esses profissionais se apropriarem de elementos que lhes tragam mais equilíbrio e embasamento, eles certamente serão melhores modelos e conseguirão orientar de forma mais adequada os  estudantes,” acrescentou o palestrante.
O prefeito Beto Preto almoçou com os professores e servidores da rede municipal de ensino no Clube de Campo Água Azul. Bastante emocionado, ele agradeceu à equipe pelo apoio e parceria recebidos nos quase seis anos da sua gestão.
“Se Apucarana ostenta a nota 7,5 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e tem vários projetos premiados nacionalmente, é uma conquista conjunta da Prefeitura de Apucarana, da Autarquia de Educação e dos profissionais das escolas e CMEIs. Nós estamos fechando um ciclo e esse é o legado que vamos deixar para a cidade. Muito obrigado a cada um de vocês,” afirmou.
Pouco antes da confraternização, Beto Preto esteve reunido com o governador eleito. “O Ratinho Júnior deixou um forte abraço aos docentes de Apucarana e do Vale do Ivaí. Ele sente-se muito grato pela votação significativa que obteve nessa região e nós estamos esperançosos em relação à gestão dele no Estado do Paraná,” completou.

Estiveram também no Clube de Campo Água Azul, os vereadores Mauro Bertoli, Franciley Godoi (Poim), Luciano Molina e Lucas Leugi, o comandante da Guarda Municipal de Apucarana (GMA) Alessandro Carletti e os secretários municipais Jossuela Pinheiro, Marcelo Machado, Nikolai Cernescu, Ana Paula Nazarko e Sérgio Bobig.


Apucarana anuncia nova etapa da obra de centro cultural


Iniciada em novembro de 2007, a reforma do Edifício Fênix está paralisada desde 2010, quando a empreiteira vencedora da licitação apresentou incapacidades que levaram à rescisão contratual
(Foto: Edson Denobi)
O prefeito Beto Preto (PSD) deve autorizar ainda nesta semana licitação de mais uma etapa das obras de reforma que visam transformar o histórico Edifício Fênix, anexo ao Cine Teatro Fênix, em um moderno centro de cultura. Pelo menos R$300 mil, do caixa municipal, serão destinados para a conclusão da fachada do prédio e também para melhorias na parte da cobertura/terraço. O assunto, que visa dar mais um passo no sentido de finalização do projeto, foi tratado durante reunião de trabalho realizada na última sexta-feira (feriado nacional), no gabinete municipal, com o secretário Municipal de Obras, Herivelto Moreno.
Iniciada em novembro de 2007, a reforma do edifício está paralisada desde 2010, quando a empreiteira vencedora da licitação apresentou incapacidades que levaram à rescisão contratual. Desde então, sem sucesso, a prefeitura busca novo convênio com o Governo do Paraná para conclusão do projeto. “Neste momento vamos realizar o que chamados de “fechamento da fachada”, com a instalação de janelas e realização de todo o acabamento necessário, como pintura. Essa ação, somado ao trabalho que será realizado na cobertura, vai impedir que as pombas continuem adentrando ao prédio”, disse o prefeito Beto Preto.
O investimento autorizado pelo prefeito prevê ainda uma limpeza geral no interior do edifício. “Isso vai evitar que o que já foi realizado, até a paralisação da obra em 2010, tenha uma deterioração ainda maior”, comentou Herivelto Moreno, secretário Municipal de Obras. Com relação ao “fechamento da fachada”, Moreno frisa que serão instaladas janelas em esquadria de alumínio. “A partir da solicitação do prefeito, estamos trabalhando agora no projeto técnico visando o certame licitatório, que deve ser autorizado ainda nesta semana”, confirmou o secretário.
Em 2015, diante das dificuldades de obtenção de cerca de R$1 milhão em recursos para a continuidade e conclusão da obra, a prefeitura anunciou mudanças em relação ao projeto original, que passou a ser chamado de “Centro Cultural Fênix”. Assim, a área de 1.580 metros quadrados do Edifício Fênix, que inclui os três pavimentos do prédio – térreo e dois andares superiores – e mais o terraço, quando concluído deverá contar com ambientes para biblioteca municipal e museu, por exemplo. Outras áreas já existentes, como a administração do Cine Teatro Fênix e o auditório, permanecem. O local também vai garantir a acessibilidade a deficientes físicos e idosos, com a implantação de um elevador.
Planejamento – Ainda durante a reunião de trabalho, o prefeito Beto Preto solicitou à Secretaria Municipal de Obras a elaboração de um relatório contendo a estimativa de custos de obras futuras. “O planejamento e a previsão orçamentária têm sido instrumentos importantes do nosso mandato, que tem como viés a participação popular, por isso solicitei ao secretário um planejamento de obras possíveis de serem realizadas ao longo de 2019. São melhorias nas áreas da infraestrutura urbana como pavimentação asfáltica, construção de calçadas, iluminação pública, bem como zeladoria geral da cidade, pensando e construindo Apucarana do distrito, dos bairros ao centro”, concluiu Beto Preto.


segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Juristas lançam manifesto em defesa de Haddad

Grupo de juristas vai lançar nesta segunda-feira 15 um manifesto de apoio à candidatura de Fernando Haddad (PT), que já reúne mais de 1,2 mil assinaturas; a manifestação foi organizada pelo grupo "Prerrogativas"; um dos organizadores, Marco Aurélio de Carvalho, afirma que o apoio é pluripartidário e reúne todos aqueles que veem a disputa como um embate "entre a civilização e a barbárie"


247 - Grupo de juristas vai lançar nesta segunda-feira 15 um manifesto de apoio à candidatura de Fernando Haddad (PT), que já reúne mais de 1,2 mil assinaturas. A manifestação foi organizada pelo grupo "Prerrogativas". Um dos organizadores, Marco Aurélio de Carvalho, afirma que o apoio é pluripartidário e reúne todos aqueles que veem a disputa como um embate "entre a civilização e a barbárie".
Entre os nomes que assinaram o manifesto está o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Sepúlveda Pertence, que atua na defesa do ex-presidente Lula, advogados como Alberto Zacharias Toron e Pierpaolo Bottini, além de juristas ligados ao PSDB, como Rubens Naves e Belisário dos Santos Júnior.
Para o grupo de juristas, Haddad é o único nome, no segundo turno, "capaz de garantir a continuidade do regime democrático e dos direitos que lhe são inerentes, num ambiente de paz, de tolerância e de garantia das liberdades públicas".
O grupo também está articulando um "observatório da violência", a fim de denunciar às autoridades os casos de agressões ocorridas em decorrência de divergências de opiniões políticas nesta eleição, praticadas por bolsonaristas. Além disso, foi montado um "bunker jurídico" informal para ajudar o PT a combater a disseminação de fake news, informa reportagem do Valor Econômico.

Ibope: Bolsonaro tem 59% dos votos válidos e Haddad, 41%


O Ibope divulgou nesta segunda (15) o resultado da primeira pesquisa do instituto sobre o segundo turno da eleição presidencial. Nos votos válidos, Jair Bolsonaro (PSL) aparece com 59% contra 41% de Fernando Haddad (PT).
Para calcular os votos válidos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.
Votos totais
Nos votos totais, os resultados foram os seguintes:
Jair Bolsonaro (PSL): 52%

Fernando Haddad (PT): 37%
Em branco/nulo: 9%
Não sabe: 2%

A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Foram entrevistados 2506 eleitores em 176 municípios em 13 e 14 de outubro. O nível de confiança da pesquisa é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem a realidade, considerando a margem de erro, que é de 2 pontos, para mais ou para menos. O Registro no TSE é BR‐01112/2018. A pesquisa foi contratada pela TV Globo e pelo "O Estado de S.Paulo"


A pedido do PSL, TRE-PR fará auditoria pública em urnas de quatro seções

Foto: Daniel Castellano / SMCS


O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) vai realizar, no dia 19 de outubro, uma auditoria pública nas urnas de quatro seções do Paraná.
A decisão do desembargador Gilberto Ferreira atende pedido da Comissão Provisória do Partido Social Liberal (PSL) para a realização de auditoria nas urnas das seções 311, 292, 654 e 664.
O pedido foi feito, segundo a decisão, após relatos de que as urnas teriam concluído o procedimento de votação imediatamente após a digitação dos dois números para candidato à Presidência, sem que o eleitor digitasse a tecla “confirma”. Os casos foram registrados no primeiro turno, no dia 7 de outubro.
Há também relatos que circulam nas redes sociais, segundo a decisão. “As demais alegações de incidentes vieram documentadas no pedido inicial e correspondem aos seguintes relatos que circularam pelas redes sociais: 1) direcionamento do voto ao candidato Fernando Haddad (13); 2) ausência de foto do candidato Jair Bolsonaro (17); 3) ausência de oportunidade para votação ao cargo de presidente; 4) ausência de finalização da votação após a votação para presidente (ausência de sinal sonoro e mensagem “fim”)”.
As urnas que passarão por auditoria ficam nas seções 654 e 664, da 1ª Zona Eleitoral de Curitiba, e na seção 292, da 9ª Zona Eleitoral de Campo Largo. A urna da seção 311 não teve sua Zona Eleitoral informada e o desembargador pede, ao requerente, a especificação, já que várias zonas eleitorais possuem seção 311.
Ainda no documento, o desembargador fala a respeito dos procedimentos realizados para garantir a segurança das urnas e afirma que o tribunal tem o dever de averiguar todas irregularidades que “possam macular o processo eleitoral, não só para punir eventuais infratores, como para corrigir e aprimorar o sistema para os próximos pleitos eleitorais”.
A auditoria vai verificar se os sistemas instalados nas urnas auditadas são os mesmos que foram lacrados pelo TSE; se as urnas estavam em perfeitas condições de uso e funcionamento; se há indícios de qualquer espécie de fraude no sistema ou no funcionamento das urnas.
A auditoria contará com a presença de três técnicos indicados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), três técnicos do TRE, um técnico indicado pela Polícia Federal e um pelo partido dos candidatos.
Fonte: Paranaportal

Partido de Bolsonaro fica em último lugar em ranking de transparência


Novo e PT lideram o ranking. Objetivo do estudo era avaliar compromisso dos partidos em apresentar informações de interesse público à população
Legenda do candidato a presidente não divulga para a sociedade informações consideradas
básicas pelos pesquisadores

São Paulo – O Partido Social LIberal (PSL), legenda do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro, ficou em último lugar no ranking de transparência feito pelo Movimento de Transparência Partidária, organizado pelos cientistas políticos Marcelo Issa (PUC) e Humberto Dantas (USP), e pela administradora Victoria Gandolfi (FGV), que coordenou o trabalho.
Dando uma demonstração do que seria o acesso à informação em um eventual governo Bolsonaro, o PSL não cumpriu nenhum requisito da pesquisa, deixando de informar sobre seus filiados, contabilidade, estrutura e organização. Novo e PT ficaram nos primeiros lugares no ranking.
Os dados vêm sendo reunidos desde dezembro do ano passado. Em uma escala de zero a dez em transparência, o partido de Bolsonaro aparece com zero absoluto. Ao seu lado está o PCO, com a mesma nota.
Os pesquisadores observaram a divulgação de dados de contabilidade – receitas, despesas, patrimônio; membros do partido – relação de nomes, CPF, data de filiação, atuação no setor público; procedimentos internos – regimento, critérios para distribuição de recursos, comitê de ética; e estrutura partidária – órgãos de decisão, entidades apoiadoras, fornecedores.
No topo do ranking ficaram o Novo, com nota 2,5 e o PT, com 1,38. O MDB e o PSDB receberam nota 0,88. Todos os outros partidos tiveram notas menores que 1. As informações foram obtidas nas páginas oficiais dos partidos.
Os pesquisadores estabeleceram um número mínimo de informações consideradas básicas e as buscaram. O objetivo foi avaliar "o compromisso das legendas em apresentar informações de interesse público a respeito de suas estruturas e dinâmicas de funcionamento".
Os pesquisadores não consideraram as informações sobre os partidos que são divulgadas na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Entendemos que a função do TSE é fazer controle, fiscalização. O que a gente mede é outra coisa: o compromisso do partido com a transparência", explicou o cientista político Marcelo Issa ao jornal Valor Econômico.
Fonte: RBA

General ameaça institutos de pesquisa e ofende eleitores de Haddad


Candidato derrotado no Distrito Federal chama eleitores do candidato do PT de "doentes mentais". Diretor do Datafolha reage ao discurso do militar

São Paulo – Quarto colocado na eleição para governador do Distrito Federal, com 110.973 votos, o general Paulo Chagas (PRP) repete a estratégia do candidato Jair Bolsonaro (PSL) de questionar os institutos de pesquisa que não apontem números favoráveis a ele. Em sua conta no Twitter, Chagas afirmou que se houver mudanças nas pesquisas, "teremos que por (sic) as barbas de molho", porque, segundo ele, "será o prenúncio da fraude". 
"A opinião pública não muda de uma hora pra outra, assim como um ateu não se converte ao Catolicismo e, num átimo, se transforma em um papa-hóstia!", escreveu ainda. O diretor do instituto Datafolha, Mauro Paulino, reagiu também por meio da rede social, com uma mensagem que começa com o título "SEM VERGONHA", em letras maiúsculas.  
Ele informa que a próxima pesquisa sairá nesta quinta-feira (18). "Com a mesma isenção de sempre. Retratará a opinião pública com rigor técnico e alto potencial informativo", acrescentou. "Pesquisa de opinião é exercício da DEMOCRACIA com a qual TODOS temos que conviver."
Em seu blog, Chagas – que não respondeu a Paulino – foi além. Afirmou que se o candidato do PT, Fernando Haddad, ganhar, "vamos ter que reagir à altura do desacato". E falou em "intervenção federal no sistema eleitoral". 
Hoje, o militar acusou e ofendeu eleitores do candidato do PT à Presidência da República. Sempre no Twitter, disse que Bolsonaro foge dos debates "porque um eleitor seu (Haddad) tentou mata-lo (sic)". E acrescenta que esse agressor fez isso por ser um doente mental, concluindo que "eleitor de Haddad é doente mental". 
Fonte: RBA

Bolsonaro decide se participará dos próximos debates na próxima quarta

Jair Bolsonaro. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

A 13 dias do segundo turno das eleições, os candidatos à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) intensificam as agendas de campanha, seguindo estilos distintos. Bolsonaro aguarda a próxima quarta-feira (18) para definir o roteiro de viagens e se irá participar de debates.
Já Haddad estará hoje (15) em atos de apoio e concede entrevistas. O dia hoje de Haddad será em São Paulo, quando participa de ato em homenagem aos professores, no dia da categoria. No mesmo horário, sua vice Manuela d’Avila (PCdoB) estará em outro evento em Porto Alegre. Ao longo do dia, o candidato do PT concede entrevistas à imprensa.
Na quarta-feira (18), Bolsonaro será examinado por uma junta médica. Segundo ele, a partir dessa análise, definirá a participação em debates e viagens. Ele não divulgou agenda oficial. Mas são aguardadas reuniões ao longo do dia. Correligionários e apoiadores devem ter encontros com o candidato. Também são esperados posts nas redes sociais sobre os mais variados assuntos.
Fonte: DCM

WhatsApp entra na mira de conselho do TSE por fake news

WhatsApp (Foto: Christoph Scholz/Flickr/Creative Commons)
Reportagem de Jaílton de Carvalho no Globo informa que, numa reunião a portas fechadas na última quarta-feira, integrantes do Conselho Consultivo sobre Internet do Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ) sugeriram medidas de caráter disciplinar contra o WhatsApp , segundo revelaram ao Globo duas fontes que acompanham o caso de perto. Estabelecer algum controle sobre o fluxo de informação no aplicativo seria uma forma de o Estado conter a onda de fake news que marcou o primeiro turno das eleições. Mas as sugestões ainda não tiveram imediata acolhida nas decisões do tribunal.
De acordo com a publicação, para conselheiros e especialistas no assunto ouvidos pela reportagem nos últimos dias, tudo indica que a indústria de notícias falsas e de produção de boatos com fins eleitorais deve se repetir com igual ou até superior intensidade até o segundo turno, sobretudo na disputa presidencial.
Integrantes do Conselho Consultivo do TSE decidiram sugerir medidas duras contra o WhatsApp depois de chegarem à conclusão de que o aplicativo foi o meio mais usado para a difusão de mentiras e montagens prejudiciais a determinados candidatos no primeiro turno. Alguns conselheiros recomendaram que o WhatsApp passe a ser enquadrado como rede social e não como um mero aplicativo de telefonia celular. Nas palavras de um deles, o aplicativo teria deixado de ser um “mensageiro” para se converter numa “rede social”, completa o Jornal O Globo.
Fonte: DCM

Surge a frente suprapartidária contra o fascismo no Paraná


O senador Roberto Requião (MDB-PR) convocou reunião suprapartidária para hoje (15), às 18h30, para discutir ações contra o fascismo e pela eleição de Fernando Haddad (PT).
O parlamentar emedebista antecipou ao Blog do Esmael que proporá a Haddad dobrar o valor do salário mínimo a partir de janeiro de 2019. Segundo Requião, o mínimo de R$ 2 mil possibilitaria aquecer a economia brasileira.
A Frente Suprapartidária Antifascista se reunirá às 18h30 desta segunda-feira na sede do MDB (Rua Vicente Machado, 988, Batel, Curitiba). O evento será aberto ao público.
Fonte: Blog do Esmael


sábado, 13 de outubro de 2018

TSE lança página para esclarecer eleitores sobre notícias falsas


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou uma página na internet para ajudar a esclarecer o eleitorado brasileiro sobre as notícias falsas – ou fake news, no termo em inglês - que vêm sendo disseminadas pelas redes sociais. Para a Justiça Eleitoral, a divulgação de informações corretas, apuradas com rigor e seriedade, é a melhor maneira de enfrentar e combater a desinformação.
Na página Esclarecimentos sobre informações falsas, lançada na quinta-feira (11), qualquer pessoa poderá ter acesso a informações que esclarecem boatos ou notícias que buscam confundir os eleitores.
“Diante das inúmeras afirmações que tentam macular a higidez do processo eleitoral  nacional, nessa página o TSE apresenta links para esclarecimentos oriundos de agências de checagem de conteúdo, alertando para os riscos da desinformação e clamando pelo compartilhamento consciente e responsável de mensagens nas redes sociais”, acrescentou o tribunal.
Além de campanhas para alertar os cidadãos, a Justiça Eleitoral informou que tem encaminhado os relatos de irregularidades que chegam ao seu conhecimento para investigação do Ministério Público Eleitoral e da Polícia Federal. O objetivo é apurar eventuais crimes e responsabilizar quem difunde conteúdo inverídico.
De acordo com o TSE, até o momento, nenhuma ocorrência de violação à segurança do processo de votação ou de apuração, realizado durante as eleições de 2018, foi confirmada ou comprovada. “A Justiça Eleitoral desempenha relevante papel na consolidação da democracia em nosso país e trabalha incansavelmente para oferecer à sociedade um processo de votação seguro, transparente e ágil, garantindo efetividade à manifestação popular exercida por meio do voto”.
Após um primeiro turno marcado por diversas notícias falsas, o conselho consultivo criado pelo TSE para discutir medidas de combate a esse tipo de conteúdo se reuniu ontem e manifestou preocupação com a disseminação de conteúdos enganosos no Whatsapp. O grupo, entretanto, não apresentou medidas concretas a serem adotadas para este segundo turno.
Agência Brasil

Haddad diz que Bolsonaro é “casamento do neoliberalismo desalmado com fundamentalismo charlatão”

Jair Bolsonaro e Fernando Haddad (Nelson Almeida/AFP – Ulisses Dumas/Divulgação)

Reportagem de Catia Seabra na Folha de S.Paulo informa que o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, chamou o adversário, Jair Bolsonaro, de produto do “casamento do neoliberalismo desalmado representado pelo de Paulo Guedes, com o fundamentalismo charlatão do Edir Macedo”. “Sabe o que está atrás desta aliança? O que no latim de chama de Auri Sacra Fames. Fome de dinheiro”, disse.
De acordo com a publicação, questionado sobre declarações de Bolsonaro, de que seria criador do Kit gay, Haddad chamou o capitão reformado de “grandíssimo mentiroso”. “Por que ele não me pergunta no debate? Porque não tem projeto”, reagiu. O petista relatou a perseguição que sofreu na véspera por bolsonaristas, que, segundo ele, atacaram a igreja católica.
O candidato disse ser “preocupante que depois de atacar mulheres, negros, LGBTS, eles passem a atacar católicos”. “Bolsonaro é isso. Bolsonaro é violência, Bolsonaro é bala. É desrespeito. Uma representação de tudo que há de pior em termos de violência no país”, afirmou. Ele disse que muitos apoiadores de Bolsonaro exibem a suástica. E lembrou que o próprio adversário já declarou que se alistaria ao Exército alemão na década de 30.
“A cultura da violência, do estupro, da tortura, do nazismo quem abraça com as próprias palavras é ele [Bolsonaro]”, completa a Folha.
Fonte: DCM

Professor da USP faz saudação a Hitler no Facebook em discussão em que defendia Bolsonaro. Por Lucas Antonio e Vinícius Segalla

Professor escreve saudação nazista a Adolf Hitler no Facebook. Foto: Reprodução/Facebook

Um professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP em Ribeirão Preto (FEA-RP) que defendia Jair Bolsonaro em uma discussão com colegas em uma rede social enviou uma saudação nazista (Heil, Hitler!) àqueles que discordavam de seu argumento. A reação de seus colegas foi de pronta indignação, e a mensagem foi rapidamente apagada, mas os próprios participantes do debate trataram de fazer uma cópia.
O docente em questão é Ricardo Luis Chaves Feijó, autor de dois livros que abordam o período histórico em que a Alemanha esteve sob o domínio do Partido Nacional Socialista, nas décadas de 1930 e 1940, como ele mesmo explica ao justificar sua mensagem. Ao DCM, ele afirmou que sua frase estava “ironizando a paranóia de pensar que todos os que votam em Bolsonaro são nazistas. Paranóia alimentada pelo Ciro Gomes, que chamou o capitão de nazista filho da puta.”
“Eu não acreditei. Estamos em 2018, não era para alguém ter falado um negócio desses” constata um aluno da faculdade, que não quis se identificar. “Fiquei extremamente abalado. É algo que ficaria chocado se estivesse falando sério e também se ele estivesse brincando. Não se brinca com nazismo, foi algo que causou o sofrimento de milhões de pessoas e é deprimente ouvir isso de um professor”.
Já o professor Feijó disse que seu comentário não foi nada mais do que “um tolo deslize”. “Jamais apoiaria nada relacionado ao nazismo. Sou muito amigo dos judeus e detesto totalitarismo e nazismo. Tenho até um livro de mil páginas sobre a salvação dos judeus do nazismo, ‘A Salvação Pela Máquina do Tempo’”, afirmou ele, referindo-se a seu romance de viagem temporal em que uma pessoa do presente volta ao período nazista na Alemanha para impedir o holocausto. O professor ressaltou também que, no campo da economia, é um antagonista pleno do nazismo, que ele considera uma ideologia de esquerda. Ainda de acordo com o docente, sua trajetória como “pensador liberal e libertário, autor de vários livros” serve para mostrar que não tem nem nunca teve qualquer simpatia pelo nacional socialismo alemão.
Procurada pela reportagem, a FEA-RP afirmou, em nota, que não apresentaria um parecer sobre o ocorrido antes de uma apuração de fatos dentro da própria instituição, ressaltando a possibilidade de um possível novo contato assim que o caso for discutido com a diretoria da faculdade.
Fonte: DCM

Bolsonaro pede para retirar do ar peça de campanha com ataque ao STF

 O ministro Carlos Horbach, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou ontem (12) a retirada do ar em 24h de um vídeo supostamente produzido por apoiadores do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, que inclui ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) como alvos de crítica.


Da Agência Brasil – O ministro Carlos Horbach, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou ontem (12) a retirada do ar em 24h de um vídeo suposgtamente produzido por apoiadores do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, que inclui ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) como alvos de crítica. 
A retirada foi determinada pela própria direção da campanha de Bolsonaro, que alegou que “o vídeo em questão prejudica a imagem do candidato representante, na medida em que o coloca em linha de colisão com a atuação do Poder Judiciário brasileiro”.
No vídeo, com o refrão da música “Meus pais”, de Zezé di Camargo e Luciano, ao fundo, aparecem os ministros do STF Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Alexandre de Moraes. “Feito um mal que não tem cura, estão levando à loucura o Brasil que a gente ama”, diz a canção, enquanto se sucedem as imagens, nas quais aparecem também políticos do PT e do MDB.
Os advogados de Bolsonaro alegaram ao TSE que o vídeo deveria ser retirado do ar por induzir ao internauta que, caso eleito, o candidato não respeitaria as decisões emanadas do Poder Judiciário, “o que não é verdade”, afirmaram na representação. A defesa destacou que, apesar de trazer a identidade visual da candidatura, o material audiovisual não foi produzido pela campanha.
Ao acolher os argumentos e ordenar a retirada do vídeo hospedado no YouTube, o ministro Carlos Horbach escreveu que o material “tem evidente potencial lesivo para os representantes, que involuntariamente são vinculados a ideias que não corroboram, cuja repercussão negativa no eleitorado lhes prejudica”.   

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Haddad: quem saiu dos 4% para saltar aos 42% também chegará aos 50% dos votos


Fernando Haddad usou sua conta no Twitter para destacar o seu otimismo com o segundo turno contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). "Quem saiu dos 4% de intenções de voto para saltar aos 42% também vai chegar aos 50%. Temos duas semanas de trabalho para conseguir esses 8%", disse Haddad; ele escreveu fazendo referência à pesquisa Datafolha, divulgada na noite desta quarta-feira (10), na qual ele tem 42%
247 - Fernando Haddad usou sua conta no Twitter para destacar o seu otimismo com o segundo turno contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). "Quem saiu dos 4% de intenções de voto para saltar aos 42% também vai chegar aos 50%. Temos duas semanas de trabalho para conseguir esses 8%", disse Haddad. Ele escreveu fazendo referência à pesquisa Datafolha, divulgada na noite desta quarta-feira (10), na qual ele tem 42%.
Em outro tuíte, acusou Bolsonaro por fugir aos debates: "Eu sou leigo, mas me parece contraditório uma pessoa poder dar uma entrevista que é um debate com jornalista e não poder debater com um adversário. Eu penso que o Brasil merece um debate", acrescentou.
Nas redes sociais, Bolsonaro afirmou que, após um novo exame a que será submetido no dia 18, deverá ser liberado pelos médicos para os debates e demais atividades de campanha. "[Para] quem acha que estou fugindo de debates, estou cuidando da minha saúde. Não adianta eu debater, ter uma recaída e voltar para o hospital", disse.
Foi divulgada nesta manhã mensagem de Lula afirmando ter certeza que o Brasil pode melhorar se "governado por alguém que goste do povo, que convive com o povo, alguém que ouça o povo".
"Eu não tenho dúvidas disso, é nisso que eu acredito e quero dedicar o resto de tempo que eu tenho na minha vida para provar que essas coisas podem acontecer e o Brasil poderia ser diferente", falou Lula.
"Eu tive o prazer de viver nesse país um momento de maior autoestima do nosso povo. As pessoas acreditavam, as pessoas sonhavam, as pessoas tinham emprego, as pessoas tinham aumento de salário, as pessoas sonhavam em estudar. Tudo isso foi possível criar. Agora me parece que nada é possível, eu penso que nós precisamos voltar a ter autoestima nesse país, acreditar no Brasil, acreditar no potencial do Brasil, acreditar que é possível o Brasil ser diferente. Ele já foi, ele melhorou", acrescentou.
De acordo com o ex-presidente, "o problema do Brasil hoje é que as pessoas estão com a autoestima muito baixa porque a economia está muito ruim. Há uma desagregação, sabe, do ânimo da sociedade por conta do desemprego". "As pessoas ainda estão muito preconceituosas, ou seja, a autoestima está muito baixa. Ou seja, nós temos um governo que não representa nada, absolutamente nada, nós temos um Congresso desacreditado, que está desmontando conquistas que os trabalhadores conquistaram há tanto tempo atrás", disse. "Menos ódio, mais amor!".


Vale a pena gastar saliva com fãs de Bolsonaro? Depende. Por Nathalí Macedo

Jair Bolsonaro (Nelson Almeida/AFP)

O sentimento de consternação que os 46% de votos válidos em um fascista para a Presidência do Brasil me deixou – e deixou, creio, a muitos órfãos como eu – se mistura a uma espécie de ira que por vezes me faz perder a vontade de argumentar.
A burrice e a desonestidade do eleitor de Bolsonaro só me despertam desprezo e asco, e a vontade de engatar uma argumentação sadia se vai no primeiro “por Deus e pela família!!!”
No dia das eleições, por exemplo, um conhecido confessou-se eleitor de Bolsonaro nos comentários de um post meu. Um cara cujos maiores problemas são a desinformação e o efeito manada, que não é propriamente um fascista. Um cara com quem decerto valeria a pena engatar uma argumentação sadia, mas eu não tenho sangue de barata: bradei em caps lock em termos +18 e bloqueei (bloqueando porque dar voadora ainda é crime).
Pronto, ele nunca mais verá minhas postagens anti-bolsonaristas e eu não terei a chance de apelar ao resquício de bom-senso que talvez lhe reste. A sensação foi de ter perdido uma alma para o fascismo.
Eu sei que é difícil. Eu sei que a única vontade de qualquer antifascista diante de um eleitor de Bolsonaro é enviá-lo direto pra a Gulag – cortar cana acima de tudo! -, mas, no momento, ninguém pode se dar a esse luxo.
A hora é de mudar o tom.
O diálogo com fascistas pode parecer impossível – e olha que Marcia Tiburi já tentou nos ensinar -, e talvez seja mesmo para os pobres mortais, mas não quero crer que 47% dos eleitores brasileiros sejam fascistóides doentes e burros. É mais crível que, em vez disso, alguma parte dessa porcentagem (uma parte importante que pode salvar o país do autoritarismo) seja composta por pessoas desinformadas sobre a ditadura militar, amedrontadas pela violência urbana, manipuladas por um antipetismo doentio ou tudo isso junto.
E é com essas pessoas que precisamos, mais do que nunca, dialogar: sem arrogância, sem autoritarismo, sem pressão. Apenas apontando os fatos, porque os fatos são suficientes para fazer com que qualquer pessoa com o mínimo de bom-senso repense seu voto em um saudosista do Regime Militar que não sabe sequer o nome do próprio vice, e responde a jornalistas com um “não entendi isso aí que você falou, mas isso não existe” (???) [na última entrevista ao Jornal Nacional, quando perguntado sobre o fato de seu vice ter dito que a Constituição Cidadã foi um erro].
A ordem é não deixar que nosso medo e nossa revolta deturpem nossos argumentos, porque a informação é a nossa principal arma.
Até o argumento de que o candidato em questão é fascista, racista, misógino e homofóbico vem perdendo sua força conforme os dias ficam mais sombrios, porque seus eleitores perdem mais e mais a vergonha de serem fascistas, racistas, misóginos e homofóbicos como o candidato que lhes representa.  E é desse jeito que ninguém liga. Há quem pense que é exagero chama-lo de fascista, há quem pense que o fascismo não atinge o “cidadão de bem”, há quem nem saiba o que é fascismo… certamente só serão capazes de crer no real perigo de um filhote da ditadura na presidência quando estiverem levando choque na língua.
É preciso mudar o disco. As pessoas que votam por ódio não se importam se seu candidato xinga e violenta mulheres, se diz que seria incapaz de amar um filho homossexual, se ele se autoproclama defensor da tortura. É preciso concentrar-se no que realmente pode fazer com que os eleitores menos convictos de Bolsonaro ponham a mão na consciência: apontar a covardia do candidato que foge dos debates com o velho truque do atestado médico, que é tão despreparado que se faz representar por um guru futuro Ministro da Fazenda, de cujas propostas sequer tem conhecimento porque não se importa o suficiente para tanto.
A essa altura, até a estratégia de desfazer a imagem de macho corajoso e destemido que se constrói acerca de Jair Bolsonaro me parece admissível, embora fira meu feminismo no ego – desculpe, ancestrais, é literalmente caso de vida ou morte. Esse argumento nos obriga a compactuar com a realidade que queremos evitar: a imagem de macho tóxico ainda rende muita confiança e muitos votos.
Já que “defender tortura não é legal” não é um argumento suficiente para muitos dos eleitores de Bolsonaro, é preciso apelar: retirar dele a máscara de “mito” e mostra-lo como realmente é: um fraco, politicamente e humanamente; um político incompetente e um homem público com pouca ou nenhuma diplomacia; um machão acusado por Rita Lee de tê-la trocado por outro machão; um sádico que constrói todo o seu discurso sobre uma selva de insanidades.
Em todo caso, tem gente que vale a saliva, e tem gente que só vale uma revirada de olhos, mesmo. Convém medir bem antes de argumentar.
“Não fale com paredes.”
Fonte: DCM

Juiz nega pedido de redução das tarifas de pedágio no Paraná


O juiz Friedmann Anderson Wendpap, da 1ª Vara Federal de Curitiba, negou desta terça-feira, 9, à noite o pedido feito pelo governo do Paraná para que as tarifas de pedágio praticadas no Anel de Integração fossem imediatamente reduzidas em até 50%. O juiz destacou que uma ação provisória neste momento poderia acarretar ainda mais prejuízos aos paranaenses, pois poderia resultar em questionamentos pelas concessionárias de rodovias. Ainda há três anos de contrato pela frente.
Em 1998, o então governador Jaime Lerner, reduziu o pedágio de estradas federais no Paraná em 50%, às vésperas da eleição. Na sequência, esta foi uma justificativa usada pelas concessionárias para aditivos contratuais que terminarm por elevar ainda mais o preço da tarifa do pedágio. Além das concessionárias, o próprio Ministério Público Federal apresentou no processo parecer contrário à redução imediata das tarifas. Entre os argumentos estão o momento em que foi feito o pedido, na véspera da eleição, e também a falta de estudos técnicos para embasar o mesmo.
O juiz reconhece que os preços das tarifas estão altos em contraposição a baixa qualidade das rodovias. Segundo ele, “quando comparado com outros trechos objeto de concessões mais recentes, fica evidente que o modelo de licitação/contratação proposto na década de 1990 não foi o mais eficiente e adequado na perspectiva do usuário”. Por outro lado, o juiz afirma que a Operação Integração II, fase 55 da Operação Lava Jato, apura fraudes consideradas graves, mas que é necessário que o processo avance na produção de provas para que medidas de interferência e eventual ressarcimento possam ser ajuizados.
A ação judicial foi proposta pela gestão Cida Borghetti (PP) uma semana antes da eleição para o governo do Paraná. O governo também anunciou uma intervenção nas seis concessionárias, escolhendo policiais militares aposentados para entrar nas empresas e garantir acesso a documentos. O magistrado que analisou o pedido de redução das tarifas determinou que o termo intervenção seja substituído por inspeção.
Seis oficiais da reserva da Polícia Militar (PM) foram nomeados interventores por decretos assinados no dia 4 de outubro, três dias antes das eleições. Agora, eles serão chamados de inspetores. Os oficiais vão atuar dentro das concessionárias. Segundo o governo, eles devem impedir a continuidade dos atos irregulares nas concessões de pedágio no Paraná. Na prática, para o usuário das rodovias, nada muda. Os valores cobrados nos pedágios, assim como os lucros e dividendos das empresas continuam os mesmos.
A Operação Integração II investiga esquema de corrupção na concessão de 2.450 quilômetros de rodovias federais do Estado, administradas por seis concessionárias - Econorte, Ecovia, Ecocataratas, Rodonorte, Viapar e Caminhos do Paraná. O responsável pela ação penal é o juiz Paulo Sergio Ribeiro, da 23ª Vara Federal. A investigação é fundamentada nas delações premiadas do ex-diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER) Nelson Leal Júnior; do ex-presidente da Econorte, Helio Ogama; e do ex-diretor das concessionárias, Hugo Nuno, presos na primeira fase da operação, em fevereiro. 
Fonte: Bem Paraná