sábado, 6 de outubro de 2018

Espíritas lançam manifesto contra Bolsonaro


"Tornamos pública a nossa posição por eleições livres, democracia plena, Estado de Direito, justiça imparcial, direitos humanos, não-violência, respeito, fraternidade, tolerância e paz entre todos/as. Por esse motivo, nos juntamos a outros/as religiosos/as, mulheres, negros/as, LGBT+, jovens, educadores, intelectuais, artistas e ao povo brasileiro, para dizermos em alto e bom tom: #EleNão, #EleNunca, #EleJamais", diz o texto
247 - Espíritas lançaram um manifesto contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). "Tornamos pública a nossa posição por eleições livres, democracia plena, Estado de Direito, justiça imparcial, direitos humanos, não-violência, respeito, fraternidade, tolerância e paz entre todos/as. Por esse motivo, nos juntamos a outros/as religiosos/as, mulheres, negros/as, LGBT+, jovens, educadores, intelectuais, artistas e ao povo brasileiro, para dizermos em alto e bom tom: #EleNão, #EleNunca, #EleJamais", diz o texto.
"#EleNão porque não se trata apenas de uma disputa entre direita e esquerda, de partidos políticos diferentes, de um pleito normal, mas se trata de questões capitais como a defesa dos preceitos democráticos (o Estado como mantenedor das garantias e direitos de cada cidadão e sua dignidade) para todos, não excluindo e isolando nenhum grupo, como o perigo iminente que se apresenta com a candidatura de Bolsonaro e pelos seus pensamentos desrespeitosos e intolerantes às mulheres, negros(as), LGBTs, indígenas. Por isso a sua candidatura é um real incentivo à desagregação e segregação da sociedade brasileira, na medida em que o seu discurso fomenta ódio e a discriminação", continua.
Leia a íntegra do texto publicado na Carta Capital:
"No novo tempo, apesar dos perigos.
Da força mais bruta,
da noite que assusta,
estamos na luta,
pra sobreviver"
Ivan Lins
Espíritas que somos, abaixo-assinados, pertencentes a diferentes ideologias políticas e apoiadores de diversas candidaturas do campo democrático, tornamos pública a nossa posição por eleições livres, democracia plena, Estado de Direito, justiça imparcial, direitos humanos, não-violência, respeito, fraternidade, tolerância e paz entre todos/as.
Por esse motivo, nos juntamos a outros/as religiosos/as, mulheres, negros/as, LGBT+, jovens, educadores, intelectuais, artistas e ao povo brasileiro, para dizermos em alto e bom tom: #EleNão, #EleNunca, #EleJamais.
#EleNāo porque seu discurso carregado de ódio, intolerância, misoginia, homofobia, racismo, vai em direção diametralmente oposta à mensagem do Cristo contida em seu Evangelho de amor, educação de nossos sentimentos à luz do amor incondicional por todos, sem discriminação, com respeito, sempre.
#EleNão porque não se trata apenas de uma disputa entre direita e esquerda, de partidos políticos diferentes, de um pleito normal, mas se trata de questões capitais como a defesa dos preceitos democráticos (o Estado como mantenedor das garantias e direitos de cada cidadão e sua dignidade) para todos, não excluindo e isolando nenhum grupo, como o perigo iminente que se apresenta com a candidatura de Bolsonaro e pelos seus pensamentos desrespeitosos e intolerantes às mulheres, negros(as), LGBTs, indígenas. Por isso a sua candidatura é um real incentivo à desagregação e segregação da sociedade brasileira, na medida em que o seu discurso fomenta ódio e a discriminação.
Como espíritas, acreditamos que o Brasil – e o mundo – atravessa um momento de profunda crise em diversos aspectos (migratória, representativa, ética, política, social, jurídica, humanitária, climática, cultural, econômica etc.) e cabe a nós contribuirmos, de maneira solidária, assertiva e contundente, para o restabelecimento da paz, da justiça, da fraternidade e do bem viver.
Nosso diagnóstico sobre a atual situação em que vivemos no Brasil é de que se trata de uma disputa entre forças democráticas e antidemocráticas, entre valores humanitários e ideias fascistas.
Vale lembrar que o espiritismo, doutrina fundada na França pelo educador Hippolyte Léon Denizard Rivail, sob o pseudônimo de Allan Kardec, também foi perseguido e execrado, mesmo se baseando em princípios cristãos e humanitários (Livro dos Médiuns, item 350).
Em um dos episódios marcantes dessa triste perseguição, com a queima de livros espíritas em Barcelona em pleno século XIX, Kardec assegurou que se queimariam os livros, mas não se queimariam os espíritos, muito menos as ideias defendidas pela doutrina espírita.
Nesse sentido,  nós, espíritas abaixo-assinados, repudiamos candidaturas que reforçam o fascismo, que defendem medidas autoritárias e armamentistas e desprezam os direitos humanos e as liberdades; que alimentam atitudes preconceituosas e são favoráveis à tortura e à ditadura; que estimulam sentimentos odiosos de preconceito, racismo, menosprezo e rejeição às diferenças e desejam contrapor seus adversários políticos pela força física; que perseguem mulheres, LGBTs, negros/as, quilombolas, indígenas.
Por esse motivo, declaramos que essas posições não nos representam e não representam o espiritismo.
O espiritismo, não tendo chefes ou gurus, sendo uma ideia livre e aberta, não compactua com as tomadas de posição arbitrárias e antifraternas.
Consideramos todos/as como irmãos/ãs, com a mesma missão evolutiva na Terra, onde há espaço para a diversidade, a paz e a concórdia.
A exemplo de Jesus, que o temos como Mestre por excelência, é dever do espírita lutar pela justiça, pelo amor e pela caridade, assim como estar consciente da reencarnação como um processo pedagógico de aperfeiçoamento moral e social, sendo capaz de compreender a condição humana sob um prisma mais abrangente, profundo e profícuo.
A democracia, ainda que tolhida pelo poder econômico em todo o mundo, é um valor que buscamos, e todo pleito que represente a vontade popular tem que ser respeitado.
É necessário, no entanto, destacar que a candidatura de Jair Bolsonaro defende uma pauta não somente antirrepublicana, com diversas menções a perigosas alterações constitucionais que afrontam direitos e garantias fundamentais, e antidemocrática, recorrendo fartamente ao uso de ideias e práticas violentas e autoritárias, mas, sobretudo, é uma pauta anticivilizatória, incapaz de reconhecer importantes avanços obtidos ao longo dos séculos, podendo trazer graves prejuízos ao presente e ao futuro da sociedade brasileira.
Independentemente da orientação política de quem quer que seja, nós, espíritas, respeitamos a todos/as como irmãos da grande família humana, e por isso, uma vez mais, repudiamos a proposta da candidatura supracitada.
Brasil, 24 de setembro de 2018
Segue a lista de signatários. Novas assinaturas podem ser acrescentadas aqui.
Adhemar Ribeiro, São Paulo, SP
Adriana Jaeger Santos, Igrejinha, RS
Adriane de Souza D'Andrea, Porto Alegre, RS
Airam Sá Xavier
Airam Santiago, Rio de Janeiro, RJ
Alberto Morgado Júnior, São José dos Campos, SP
Alessandra Anselmi, Santo André, SP
Alessandra Maletzki Ramasine, Rio de Janeiro, RJ
Alessandro Augusto Basso, Santos, SP
Alexandre Anselmo Borges, São Paulo, SP
Alexandre Mota, São Paulo, SP
Alexsandro G. M. Araújo, Osasco, SP
Alice do Nascimento, Canoas, RS
Aline da Silva Beccari, São Paulo, SP
Aline do Amaral Zanchetta, Cândido Mota, SP
Aline Godoy, SP
Aline Justiniano Dias, Guarulhos, SP
Allan Aminadab, Natal, RN
Alvaro Aleixo Capute, Juiz de Fora, MG
Amariles Revoredo, Camaragibe, PE
Ana Claudia Laurindo, Maceio, AL
Ana Cláudia Sartori Horta, Rio Claro, SP
Ana Paula Ferraz do Nascimento Silva, Guarulhos, SP
André Luiz do Nascimento Germano, Rio de Janeiro, RJ
Andréa Alves de Souza, Recife, PE
Andrea Nascimento de Souza, São Paulo, SP
 Andréia Aparecida da Costa, Juiz de Fora, MG
Angela Ferreira Alves dos Santos - São Paulo, SP
Antônio Augusto Bezerra de Menezes Neto, Recife, PE
Ariel Telo Mariano, Sorocaba/SP
Augusto Caie Siqueira Silveira Reis, Recife, PE
Beatriz Mota Ferreira, Niterói/RJ
Bianca Neves Carone, Vila velha, ES
Camila Catunda de Couto Melo, Fortaleza, CE
Carina Prado, São Paulo, SP
Cariton Benjamin Farias, Uberlândia MG
Cariton Benjamin Farias, Uberlândia, MG
Carla de Souza Sant'Ana , São Vicente, SP
Carla Rocha Pavão, São Paulo, SP
Carlos Alberto Correa Orpham, Bebedouro, SP
Carlos Alberto Victorasso Gouveia, Guarulhos, SP
Carlos Augusto Pegurski, Curitiba, PR
Carolina Conti, São Paulo, SP
Cátia Ledesma Veloso, Porto Alegre, RS
Célia Ferreira dos Santos, Aracati, CE
 Christiane Abreu, Vinhedo, SP
Claudio Branco de Oliveira Junior, Piedade, SP
Clovis Alves Portes, Ipatinga, MG
Cristiana Guimarães, Belo Horizonte, MG
Cynthia Maria Fiorini Santos, São Paulo, SP
Daiana Amorim, Claudio, MG
Dalva de Souza Franco, Santo André, São Paulo
Danilo Cezar da Silva Peixoto, João Pessoa, PB
Debora Teixeira, São Paulo, SP
Denis Henrique Melatto Valle, Santo André, SP
Denise de Souza Monteiro, São Gabriel do Oeste, MS
Diego Guedes Nogueira, Fortaleza, CE
Djanise de França Souza Silva, Recife, PE
Dmitri Cerboncini Fernandes, Juiz de Fora, MG
Dora Incontri, Bragança Paulista, SP
Douglas Baptista Neman, São Paulo, SP
Dulce Maria dos Reis, Brasília, DF
Dulcinéia Perez Mortari, Bauru, SP
Eda Lúcia Damásio de Araújo, Niteroi, RJ
Edmilson de Avila Rodrigues Junior, Guarulhos, SP
Edson Teodoro Sales, Jacobina, BA
Edson Tobler Miklos, Riehen, BS, Suíça
Eduardo Alves de Oliveira, São Paulo, SP
Eduardo Alves de Oliveira, SP
Eduardo Méndez Lykouropulos, São Paulo, SP
Eduardo Rodrigues de Carvalho, São Paulo, SP
Eliane Cristina Perry Curitiba, PR
Eliane Donizetti De Oliveira, Guaxupé, MG
ELISA Agatha Bispo da Silva, São Paulo, SP
Elisa Ferraz Fernandes, São Paulo, SP
Elizabeth Barbosa Marques Guimarães, São Gonçalo, RJ
Emilio José Lemos, Barra Velha, SC
Erika Christina Feitosa Cabral, Tucson - Arizona – EUA
Erika de Carvalho Bastone, São João del Rei, MG
Eugênio Francisco Xavier Júnior, Santos Dumont, MG
Eva Gomes da Silva, Fortaleza, CE
Evelin Venceslau BritoEvelin, Caraguatatuba, SP
Fabiana Fernandes Moura, Fortaleza, CE
Fabiano Morales, Porto Alegre, RS
Fabiano Morales, Porto Alegre, RS
Fausto Henrique Gomes Nogueira, São Paulo, SP
Felipe Cicotti Gallesco, São Paulo, SP
Felipe Daniel Paludetti, Santo André, SP
Felipe Gonçalves da Silva, São Paulo, SP
Felipe Martins, Sorocaba, SP
Felipe Silveira, Petrópolis, RJ
Fellipe Braz da Silva, Porto Alegre, RS
Fernanda de Carvalho Rocha, Porto Alegre, RS
Fernanda Toffoli de Ranieri Versolato, São Paulo, SP
Fernando Castro, São Bernardo do Campo, SP
Fernando Mundim Veloso, SP
Fernando Veiga Fonseca, Berlim, Alemanha
Fillipe Maciel Euclydes, São Paulo, SP
 Flávia Rodrigues, Rio de Janeiro, RJ
Francisco Evangelista Aguiar Júnior, Fortaleza, CE
Franklin Felix, São Paulo, SP
Gabriel Borges Mendes, Rio de Janeiro, RJ
Galeno Amorim, Ribeirão Preto, SP
Giane Sousa, São Paulo, SP
Gilca Machado Seidinger, Alemanha
Gislene Moreira Alves, Santo André, SP
Gláucia Renata Beretta, São Paulo, SP
Glauco Ribeiro de Souza, São Paulo, SP
 Glória de Lourdes Nobrega Rabay
Guilherme Batista Leite, São Paulo, SP
 Guilherme Magalhães, Governador Valadares, MG.
Guilherme Moreira de Souza, São Vicente/SP
Gustavo Calsado Muniz, Guarulhos, SP
Gustavo de Oliveira Antonio, Tambau, SP
Helder Viana de Araujo, Fortaleza, CE
Helio Bibas, Barueri, SP
Henrique Marinho Cavalcanti, João Pessoa, PB
Horácio José Batista, Uruaçu, GO
Hudson Galvão, Guaratinguetá, SP
Imaculada Maria Vidal da Silva, Fortaleza, CE
Ionara Costa, Bélgica
Iraci Duarte Natal, RN
 Isabella Maria Galante Gasparini, Paulínia, SP
Ivã Santos, Salvador, BA
Ivana de Albuquerque Silva, Rio de Janeiro, RJ
Ivone Lopes Barbosa, Brasília, DF
Ivone Teodoro, São Roque, São Paulo
Jacira de Queiroz Lins Andrade, Recife, PE
Jacqueline Almeida Silva, Divinópolis, MG
Janaína Dória Líbano Soares, Rio de Janeiro, RJ
Jaqueline Peixoto Vieira, Uberlândia, MG
Joana Luíza da Silva Promissão, SP
João Carlos de Freitas, Pinhais, PR
 José Antonio Mesquita Rodrigues, São Paulo, SP
Jose Junqueira Neto, Sousa, PB
José Lima Garcia Junior, São Gabriel do Oeste, MS
Juan Vicente Gamarra, Curitiba, PR
Juliana Comini Miranda, São Paulo, SP
Julienn Monteiro Fernandes, Brasília, DF
Kal Duarte, Brasília, DF
Kareen Priscilla Ábrego Mendes Martins, Campo Grande, MS
Karen Aline Pereira Alexandre, São Paulo, SP
Karina Bornia, Santo Anastácio/ SP
Kate Mônica Costa, Uberlândia, MG
Keilla da Fonseca Casimiro, São Gonçalo RJ
Laiana Toledo de Jesus, Santa Maria, RS
Larissa Corrêa Sicchierolli, São Gonçalo, RJ
Laura Furtado Esteves, Vitória, ES
Leandro Oliveira Marins, Teresópolis, RJ
Leilton de Souza Lima, Natal, RN
Leonor Cristina de Fátima Fischer, Caraguatatuba SP
Letícia Tafra da Fontoura, Gravataí, RS
Liris Naira da Silva, São João de Meriti RJ
Lucas Luis Pereira, Jacutinga, MG
 Lúcia Cruz, Rio de Janeiro, RJ
Lucia de Fatima Carvalho Martins, Niterói, RJ
Luciana Caldeira de Oliveira, Brasília, DF
Luciana Miranda Carvalho, Fortaleza, CE
Luciane da Costa Cuervo, Porto Alegre, RS
Luís André Lisque Noro De Freitas, Marília, SP
Luis Fingermann, São Paulo, SP
Luis Marcio Arnaut de Toledo, São Paulo, SP
Luiz Henrique Paganotti Perez, São Paulo, SP
Luiza Fabiana Batista Pereira, Olinda, PE
Luíza ferreira murbach Magalhães – Guarulhos, SP
Madalena Reis Balneário, Camboriú, SC
Marcela Lino, São Paulo, SP
Marcelo Henrique Pereira, Florianópolis, SC
Marcelo Jeronymo, São Paulo, SP
Marcelo Santiago Berriel, Nilópolis, RJ
Marcos Antonio Koch, Novo Hamburgo, RS
Marcos Paulo Dalla Vecchia, Salto, SP
Maria Amélia Castro Souza, Uberlândia MG
Maria Ap Marrone Marcolino, Serra Negra, SP
Maria Aparecida dos Santos Longo, São José do Rio Preto, São Paulo
Maria Aparecida dos Santos Longo, São José do Rio Preto, SP
Maria Aparecida Masucci Voltolini, São Paulo, SP
Maria Aparecida Nogueira, São Paulo, SP
Maria da Glória Guerra, Petrópolis, RJ
 Maria Da Gloria Jesus, Vitória, ES 
Maria do Carmo Queiroz Deffune, Itapeva, SP
Maria Elineuza Freire de Alencar, Fortaleza, CE
Maria Elisa Dos Penedos, SP
Maria Júlia Alves Silveira, Caetité, BA
Maria Ligia, Elias, Maringa, PR
Maria Márcia Pagliarini, Londrina, PR
Maria Salete Toledo, Caxias do Sul, RS
Mariana Martines Covo, Guarulhos, SP
Marianna de Oliveira Ramos Leão, São Paulo SP
Marina Sansão Fortes, Botucatu, SP
Maristela Viana França, Aragarças, GO
Martha Lucci Mariz, Guarulhos, SP
Melissa Martins Diniz Ribeiro, São Paulo, SP
Michelle Azevedo Queiroz, Fortaleza, CE
Michelle Melina Pereira, São Paulo, SP
Milena Martini de Melo, Santa Maria, RS
Mirian Martins, São Paulo, SP
 Moisés Aires, Brasília-DF
 Moises Da Rosa Teixeira, Rio Grande do Sul
Mônica Santos, Vila Nova de Gaia, PT
Murilo Negreiros, Praia Grande, SP
Natália Heine Pesciotta, São Paulo, SP
Natália Oliveira Cristovão da Silva, Rio de Janeiro, RJ
Natalina Paschoaleti.e Leonardo de Souza Paschoaleti, Catanduva, SP
Odilon Rios Lima, Maceio, AL
Onice Sansonowicz, Itajaí, SC
Pamela de Alencar Barros, São Paulo, SP
Patricia Araújo, Paulista, PE
Patrícia Marassá de Carvalho, São Paulo, SP
Patrícia Peres da Silva, Porto Alegre, RS
Patrícia Preccaro, Santo André SP
Patrícia Tibúrcio de Souza Cordeiro, Rio de Janeiro, RJ
Paula de Carvalho Bastone, Macapá, AP
Paulo Pimentel, Barra do Garças, MT
Priscilla Duarte, Rio de Janeiro, RJ
Priscilla Viégas Barreto de Oliveira, Recife, PE
Rafael Van Erven Ludolf. Niterói, RJ
Rafaela Villanova, Santos Dumont, MG
Ramon Santos Morais, Salvador, BA
Rayner Ferreira Dalben, Belo Horizonte, MG
Regina Celi da Silva Rocha, Campinas, SP

Sandra Giordani Jeronymo, São Paulo, SP

Regina Maura Fioravanti, São Paulo, SP
Régis Fonseca, São Paulo, SP
Ricardo de Lima, São Paulo, SP
Rina Lamboglia Teixeira de Araujo, São Paulo, SP
 Robson Vitor Freitas Reis, Varginha, MG
Robson Vitor Freitas Reis, Varginha, MG
Rodolfo Lopes de Souza Oliveira, São Paulo, SP
Rodrigo Coutinho Pereira, Recife, PE
Rodrigo de Barros Lopes, Rio de Janeiro, RJ
Rodrigo Godoy, Guarulhos, SP
Rodrigo Sampaio Marques de Souza, Marabá, Pará
Ruan dos Reis Barbosa Dias, Unaí, MG
Ruan Lucas Gouvêa de Oliveira, Rio de Janeiro, RJ
Ruth Fabiane Camargo Borba, Porto Alegre, RS
Ruth Maria B Vidal, Fortaleza, CE
Samantha Lodi, Mogi Guaçu, SP
Sandra Enomoto, Maringá, PR
Sandra Maria da Costa, Brasilia, DF
Sergio Aleixo, Rio de Janeiro, RJ
Sheila Magda Neves Sheila, Vila Velha, ES
Simara Rodrigues Afonso Silva, São José dos Campos, SP
Simone Souza Silva, São Paulo, SP
Simone Vieira da Silva, São Bernardo do Campo, SP
Sinuê Neckel Miguel, Porto Alegre RS
Sônia Peçanha, Niterói, RJ
Soraya de Oliveira Burgos, Rio de Janeiro, RJ
Tárcia Beatriz de Assis Silveira, Sorocaba, SP
Tathiana Cassiano, Camboriu, SC
Thiago Machado Leite Rosa - São Paulo / SP
Thiago Rosa, São Paulo, SP
Tiago Camargos Pereira, Ribeirão Preto, SP
Valéria de Oliveira Alves, MS
 Vinícius Lara Gabriel Lopes Garcia
Viviane de Paula Martins Soares, São Paulo, SP
 Walkiria Kaminski, Fortaleza, CE
Wesley Guarnier, São Paulo, SP
Yuri David Esteves, São Paulo, SP 
Yve Pinheiro de Azevedo Oliveira, São Paulo, SP
Zeli Silva, Belo Horizonte, MG


O compromisso do TSE contra fakenews é uma fakenews


"As fakenews não vão navegar pela internet como antigamente se navegava pelos mares", assegurou o ministro Luiz Fux, então presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com seu costumeiro tom sub literário; três meses depois e temos a maios enxurrada de fakenews da história, praticamente a estratégia de campanha mais estrutural da extrema direita brasileira; como de costume, o poder judiciário nada faz quando se trata dos inimigos da esquerda e da democracia
247 - "As fakenews não vão navegar pela internet como antigamente se navegava pelos mares", assegurou o ministro Luiz Fux, então presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com seu costumeiro tom sub literário. Três meses depois e temos a maios enxurrada de fakenews da história, praticamente a estratégia de campanha mais estrutural da extrema direita brasileira. Como de costume, o poder judiciário nada faz quando se trata dos inimigos da esquerda e da democracia. 
O site The Intercept destaca a situação constrangedora do TSE: "Bolsonaristas assinam acordo contra fake news. E desrespeitam. Não que tenha faltado boa vontade. Formou-se um conselho consultivo para discutir eleições e internet. Apresentaram-se mais de 20 projetos de lei. Um enorme acordo de cooperação teve assinatura de 28 partidos. Projetos e mais projetos de checagem de fatos se proliferaram na internet e na grande imprensa. Enquanto isso, os grupos de WhatsApp bombavam, com surrealismos como mamadeiras com bicos em formato de pênis ou crianças que terão o gênero definido pelo Estado".
A reportagem do site relata o problema contemporâneo de fakenews truncando processos eleitorais mundo afora "um estudo de pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, avaliou as notícias espalhadas durante a segunda quinzena de agosto no Twitter – 'um ambiente extremamente partidarizado' – e concluiu que, 'ao passo que os partidários de Bolsonaro foram responsáveis por compartilhar a variedade mais ampla de fontes de junk news, os partidários de Lula da Silva e Haddad foram responsáveis pelo maior volume de compartilhamento'."
A verdade, no entanto foi outra "mas a realidade é ainda mais grave: os próprios candidatos e aliados próximos espalharam notícias falsas à vontade, violando o Código Eleitoral impunemente. Jair Bolsonaro, seus filhos, Eduardo e Carlos, e seus aliados políticos são notórios difusores desse tipo de conteúdo. No mês passado, os dois postaram um print do grupo Mulheres Contra Bolsonaro que havia acabado de ser roubado. Na imagem, adulterada pelos criminosos que invadiram contas, o nome havia sido trocado para 'Mulheres com Bolsonaro', dando a entender que o grupo havia sido criado com o propósito original de apoiar o candidato do PSL. As postagens permanecem no ar". 


sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Reinaldo Azevedo: elite escolarizada é fábrica de fake News


O jornalista Reinaldo Azevedo afirma que a elite escolarizada brasileira vai dando mostras de que é o segmento mais atrasado moralmente da sociedade; para Azevedo, "Setores da elite universitária brasileira são hoje os principais clientes das mentiras espalhadas nas redes sociais; é um assombro que assim seja; aqueles que, em tese, dispõem dos instrumentos mais afinados para apontar o que está fora do tom se mostram os maiores entusiastas de cacofonias muitas vezes sórdidas"
247 - O jornalista Reinaldo Azevedo afirma que a elite escolarizada brasileira vai dando mostras de que é o segmento mais atrasado moralmente da sociedade. Para Azevedo, "Setores da elite universitária brasileira são hoje os principais clientes das mentiras espalhadas nas redes sociais. É um assombro que assim seja. Aqueles que, em tese, dispõem dos instrumentos mais afinados para apontar o que está fora do tom se mostram os maiores entusiastas de cacofonias muitas vezes sórdidas".
Em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, o jornalista diz se espantar com as possibilidades embutidas nas atitudes desses agentes com curso superior: "são, entre outros profissionais, médicos, engenheiros, dentistas, economistas, advogados —e, por óbvio, não estou aqui a cometer o erro da generalização. Também há, e espero que em maior número, os que se mostram capazes de ponderar e que ainda não renunciaram à lógica elementar em favor da falácia".
Reinaldo Azevedo se pergunta: "quando essas pessoas estão a fazer uma incisão num abdômen, a calcular os materiais de uma ponte, a tratar o canal de um dente, a fazer uma planilha de custos, a articular os códigos legais que nos regem, pergunto: usam ou não a razão e o saber acumulado? Apelam a métodos já testados, verificados e verificáveis de precisão, buscando cercar as margens de erros, ou atuam segundo fundamentos místicos, o 'ouvi dizer', o 'só pode ser'? Apelam à ciência ou dão três toques na madeira?"


O recado de Lula nas vésperas da eleição: Haddad é o cara


O ex-presidente Lula gostou muito do desempenho de Fernando Haddad no debate presidencial promovido ontem à noite pela TV Globo, especialmente aquela sabugada que o candidato do PT deu em Alvaro Dias (Podemos).
“Você precisa ter mais compostura no debate. Não respeita o tempo e não respeita adversários, faz brincadeira”, fuzilou Haddad o ex-tucano Alvaro Dias. O petista ainda completou: “Vamos parar de vender o que é do povo para os Estados Unidos.”
Preso político há 6 meses na Polícia Federal de Curitiba, por meio de seus porta-vozes, Lula mandou mais um recado nas vésperas da eleição: Haddad é o cara.
Ainda no debate, ao falar das medidas dos governos do PT sobre o combate à corrupção, Fernando Haddad disse que Lula é inocente e que não pode um juiz [Sérgio Moro] perseguir os inimigos e ajudar os amigos. Bingo.
“O líder das pesquisas, que poderia ganhar no primeiro turno, foi impedido de participar da eleição em um função de uma decisão arbitrária. Estou falando do Lula, que estava com 40% das intenções de voto”, afirmou Haddad durante o debate.


Mulheres convocam 2º grande ato contra Bolsonaro em SP


Mulheres irão às ruas da cidade de São Paulo pela segunda vez manifestar repúdio a crescente ameaça fascista no Brasil, no próximo sábado (6); o primeiro grande ato #EleNão levou mais de ​500 mil pessoas às ruas da capital paulista, saindo do Largo da Batata e terminando na Avenida Paulista
247 - Mulheres irão às ruas da cidade de São Paulo pela segunda vez manifestar repúdio a crescente ameaça fascista no Brasil, no próximo sábado (6). O ato, ​convocado através de redes sociais​, é organizado coletivamente por mulheres de diversas orientações políticas e diferentes formas de organização. Com concentração marcada para às 15h, no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP), o ato já conta com quase 200 mil pessoas interessadas ou que sinalizaram que compareceram no evento. No último sábado (29), o primeiro grande ato #EleNão levou mais de ​500 mil pessoas às ruas da capital paulista, saindo do Largo da Batata e terminando na Avenida Paulista.
O objetivo da manifestação no dia 6 é, mais uma vez, denunciar a violência fascista que tem emergido das multidões na eleição de 2018 e reafirmar a luta e resistência das mulheres, em sua imensa pluralidade, a toda expressão de machismo, racismo, intolerância às diferenças e discursos de ódio contra minorias sociais. No manifesto divulgado, o grupo organizador elenca 5 principais razões pelas quais estão convocando mulheres e homens às ruas contra o fascismo, destacando que as recentes expressões de violência e intolerância ameaçam “nossas conquistas e nossa já difícil existência” e reitera o compromisso das mulheres na luta antifascista.
“Não queremos ditadura ou fascismo nem a ampliação da matança policial-militar nas ruas, responsável pelo genocídio da juventude negra. Queremos liberdade, igualdade, justiça social e direitos!”, defende o manifesto.
Em resposta às acusações de que o ato das mulheres no último sábado foi responsável pelo crescimento de um candidato fascista na pesquisa eleitoral, a organização da mobilização deixa claro seu repúdio em relação a mais um tentativa de desqualificação do que foi a maior manifestação organizada por mulheres da história do Brasil.
Existem várias justificativas que podem explicar a ascensão desse aumento em pesquisas, para citar algumas: os interesses dos próprios institutos de pesquisa no resultado eleitoral, o apoio da maior igreja evangélica do país, o imenso sentimento antipetista generalizado em todo país e a disseminação de fake news, maior frente de campanha do candidato em questão. Escolher culpabilizar a primavera feminista pela ascensão do fascismo é mais uma expressão do machismo da sociedade brasileira.
Bolsonaro já manifestou posições misóginas e fascistas, como "eu tenho 5 filhos. Foram 4 homens, a quinta eu dei uma fraquejada e veio uma mulher". A declaração foi concedida em palestra na Hebraica, no Rio de Janeiro, em abril do ano passado.
Em 2014, o parlamentar disse que não estupraria a colega Maria do Rosário (PT-RS) porque ela não merecia. "Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar, porque não merece", afirmou o congressista, após a parlamentar defender vítimas da Ditadura Militar (1964-1985).
O presidenciável também defende abertamente a pena de morte, manifestou posição contra direitos humanos nos presídios, e é a favor do porte de armas para a população.
Serviço:
2º grande ato das mulheres contra o fascismo #EleNão Data:​ 6 de outubro de 2018 (sábado)
Local:​ Concentração no vão livre do MASP, a partir das 15h Endereço: ​Av. Paulista, 1578 - Bela Vista, São Paulo - SP 
Mais informações: Bruna - 11 97670-8810 Andreza - 11 97740-6205 Regina - pichuru@gmail.com


Indústria de armas, agronegócio, mineradoras e igrejas bancam campanha de Bolsonaro


Apesar dos dados do TSE apontarem que a maior parte dos recursos da campanha do candidato de extrema direita Jair Bolsonaro (PSL) vem de uma vaquinha virtual, que arrecadou R$ 904.558,00, valor quase três vezes maior que os R$ 334.750,24 repassado pelo seu partido, o  professor e filósofo Paulo Ghiraldelli, diz que os verdadeiros financiadores são "o minério, a indústria da bala e os parlamentares que os representam, associados aos ruralistas, mais a indústria da fé"; "Nunca forças tao retrógradas conseguiram fazer um candidato", ressalta
Rede Brasil Atual - O debate moral ganhou as ruas e as redes sociais nas eleições de 2018. A exploração de aspectos morais do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) para atacá-lo ou defende-lo tornou-se mais intensa a partir do movimento #EleNão, que levou milhares de pessoas às ruas no último sábado em várias cidades do Brasil e do Exterior.
Esses aspectos, que pela primeira vez dão o ritmo à campanha eleitoral, estão longe de ser os mais importantes e ofuscam o que realmente interessa: quem financia Bolsonaro, que mantém uma máquina milionária de cooptação de adeptos através de um exército incomensurável atuante nas redes sociais tendo como principal matéria prima as mentira - tanto sobre ele próprio quanto sobre o principal adversário?
Se Bolsonaro "critica" tanto a mídia, sobretudo a Globo, por que essa mesma mídia – movida a interesses empresariais – o adota como preferido e oferece a ele um noticiário tão favorável a poucos dias da eleição, quanto desfavorável a Fernando Haddad?
No The Intercept Brasil: As empresas e processos que o coordenador da campanha de Bolsonaro esconde

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a maior parte dos recursos da campanha vem de uma vaquinha virtual feita entre seus fãs e apoiadores, que arrecadou R$ 904.558,00, valor quase três vezes maior que os R$ 334.750,24 repassado pelo seu partido.

Mas segundo o filósofo, professor e escritor Paulo Ghiraldelli, em vídeo divulgado em seu perfil no Facebook (confira abaixo), não é o financiamento coletivo de eleitores que está pagando a campanha do candidato.
"O Brasil não é como os Estados Unidos, onde a população coloca dinheiro no chapéu de candidatos. Aqui é gente rica que troca favores com os políticos claramente".
Para Ghiraldelli, a disputa está entre grupos que aceitam o Brasil capitalista moderno e os que querem um Brasil predatório, arcaico, que precisa conviver com leis escravistas. "O minério, a indústria da bala e os parlamentares que os representam, associados aos ruralistas, mais a indústria da fé, simbolizam o Brasil arcaico, que não pensa, do analfabetismo, que pertence ao campo. Reparem como aumentou o tamanho da bancada da bala, do boi e da Bíblia. Não há possibilidade de campanha nacional sem dinheiro".
Segundo o filósofo, o dinheiro está vindo exatamente desses setores. "Se Bolsonaro for eleito, ele vai levar esse país para um grau de violência no campo e deterioração ecológica que vamos levar muitas gerações para recuperar, se é que vamos recuperar", adverte.
Fim do 13º
A preocupação de Bolsonaro com a repercussão da fala de seu vice General Hamilton Mourão (PRTB) a empresários, defendendo o fim do 13º salário, reforça a opinião do filósofo.
Mourão se dirigia a patrões de diversos setores, como a mineração, a indústria de armamentos, agronegócio e as igrejas, segundo ele. "A mineração é um grupo forte, grande, com vínculos internacionais. O que se quer é pegar terra indígena para mineração. O grupo da bala, dos armamentistas, associados aos ruralistas, que querem afrouxar a legislação ambientalista, deixar armar a população de patrões do campo. E o terceiro grupo econômico é formado pelos pastores. Igreja é local de lavagem de dinheiro, com associação ao tráfico e aos políticos, outro lobby de muita gente com grana que está apostando no Bolsonaro".
Para Ghiraldelli, esses três grupos representam a parte mais atrasada, que trabalha pela exploração, sem perspectiva de futuro e que querem o comando do país por meio da exploração da fé, da terra e da vida.
"Nunca forças tao retrógradas conseguiram fazer um candidato. Elas sempre foram na rabeira, como a Fiesp, os banqueiros. Agora se desprenderam das forças urbanas e estão com o próprio candidato. Deram sorte de esse candidato se envolver em uma discussão moral – o #EleNão – que esconde uma discussão trabalhista, no campo, sobre o minério, como a indústria armamentista cresceu assustadoramente, que quer o controle do governo que tem exérito e polícia para fazer compra estatal."
Financiadores oficiais
Segundo os dados do TSE, há doações de R$ 30 mil do empresário do agronegócio Takashi Nishimori. A reportagem não conseguiu apurar se há parentesco com o deputado ruralista Luiz Nishimori (PR-PR), relator do Pacote do Veneno na comissão especial da Câmara.
Há outros R$ 10 mil do advogado Gustavo Bebbiano Rocha, sócio da também advogada Marianna Fux, filha do ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux, R$ 25 mil de Meyer Joseph Nigri, da Tecnisa Engenharia, R$ 20 mil de Afrânio Barreira Filho, dono da rede de restaurantes Coco Bambu, e R$ 20 mil do sócio de Afrânio, Eugênio Veras Vieira.


quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Haddad denuncia enxurrada de fake news da campanha de Bolsonaro


O presidenciável Fernando Haddad (PT) denunciou uma enxurrada de "fake-news" (notícias falsas) contra ele; "Está rolando, por exemplo, que eu quero fechar igrejas. Eu sendo neto de um líder religioso. Estão dizendo que estamos distribuindo material impróprio para crianças, eu sendo professor universitário, educador e ex-ministro da Educação", afirmou ele em vídeo; jornalista Bernardo Mello Franco também alertou sobre fake-news contra Haddad e contra a vice dele, Manuela D'Ávila (PCdoB); o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, a disseminação de boatos tem ajudado a turbinar a campanha Bolsonaro nas pesquisas; assista ao vídeo de Haddad
247 - O candidato do PT à presidência da República, Fernando Haddad, denunciou uma enxurrada de fake-news contra a campanha do PT e contra ele. O mesmo está fazendo a candidata a vice da chapa, Manuela D'Ávila, que tem sido vítima de uma torrentes de notícias falsas.
"Não é fácil construir partido para mudar para melhor a vida do povo brasileiro.  Foi um longo percurso para chegarmos até aqui.Mas nessa reta final de campanha está rolando muita 'fake-news', muita mentira nas redes sociais e eu estou aqui para pedir o seu apoio, pedir para você evitar este tipo de mentira, denunciar. Está rolando, por exemplo, que eu quero fechar igrejas. Eu sendo neto de um líder religioso. Estão dizendo que estamos distribuindo material impróprio para crianças, eu sendo professor universitário, educador e ex-ministro da Educação", afirmou o presidenciável em vídeo.
Segundo Haddad, "este tipo de jogo baixo acontece nessa reta final de campanha, mas temos de pensar grande, pensar um Brasil de emprego, educação, saúde, da paz. Não vamos construir um País democrático com mentiras, ofendendo as pessoas, os professores". "E, se vocÊ recebe uma notícia falsa no seu celular, reencaminhe para o número (11) 94131-3327. Vamos tomar as providências devidas. Você merece um Brasil melhor. Até a vitória".
Em sua coluna no jornal O Globo, intitulada "A mentirada que influencia a urna", o jornalista Bernardo Mello Franco alertou sobre fake-news contra Haddad e contra a vice dele, Manuela D'Ávila (PCdoB). Em uma montagem fotográfica, a deputada estadual pelo Rio Grande do Sul usa uma camiseta com a inscrição “Jesus é travesti”.
A mentira sobre Manuela foi amplamente divulgada com mensagens sugerindo que mães, famílias e cristãos não deveriam votar nela. Manuela rebateu: "Eles dizem proteger a moral e os bons costumes, mas são os primeiros a usar este tipo de estratégia suja nas campanhas (...). Prestem atenção! Mentiras não passarão! Nos ajude a compartilhar a verdade", disse (veja mais aqui).
Em sua coluna, Melo Franco também afirma que, segundo o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, a disseminação de boatos tem ajudado a turbinar a campanha Bolsonaro nas pesquisas. "O material está chegando fartamente pelo WhatsApp, o que certamente influencia o eleitor", afirma Paulino.
Sobre Haddad, a notícia falsa, alertou o jornalista, é a de que, em uma eventual gestão dele, as crianças virariam propriedade do Estado.
A campanha do candidato criou um canal para receber e rebater denúncias de fake news e, 12 horas depois da iniciativa, recebeu 5 mil mensagens (leia mais aqui).


Bolsonaro é Temer elevado ao quadrado, diz economista


"O projeto de Jair Bolsonaro é antinacional, antipopular e antidemocrático. Finge que não tem desigualdade no Brasil. Não tem diálogo, é na base da porrada. É o Temer elevado ao quadrado"; diz o economista Guilherme Mello; "Os únicos que têm a temer numa vitória de Haddad são aqueles que não produzem, não trabalham e só enriquecem. Esses têm a temer porque o programa que o Haddad representa ataca os interesses deles, propõe distribuição de renda", observa
Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no Tutaméia - "O projeto de Jair Bolsonaro é antinacional, antipopular e antidemocrático. Finge que não tem desigualdade no Brasil. Não tem diálogo, é na base da porrada. É o Temer elevado ao quadrado". A definição é do economista Guilherme Mello em entrevista ao Tutaméia. 
Integrante da equipe de formulação do programa de governo de Lula/Haddad, Mello trata na conversa de detalhes do plano do PT. Diz:
"Os únicos que têm a temer numa vitória de Haddad são aqueles que não produzem, não trabalham e só enriquecem. Esses têm a temer porque o programa que o Haddad representa ataca os interesses deles, propõe distribuição de renda. Mas mesmo esses caras, se pensarem com a cabeça fria, vão ver que é muito melhor viver num país que tem emprego, que está crescendo. Que podem ganhar mais dinheiro do que vivendo num pais como hoje, que é o caos social. Isso não é bom para ninguém".
Para ele, a situação não é fácil porque "existe muito rancor criado nesses anos". E emenda: "O líder tem que ter essa capacidade de superar o rancor, de conversar com quem é contra ele. Só vejo isso no Haddad. O pessoal do mercado que está apostando... Tem gente que está apostando no caos. Sempre tem gente que está apostando no caos. O caos dá dinheiro para algumas pessoas".
Doutor em economia pela Unicamp, ele discorre sobre as conquistas dos governos petistas: crescimento, emprego, redução de desigualdades, políticas de interesse nacional na economia e nas relações externas. "Muito disso desmoronou", afirma. O golpe, ressalta, tirou de cena "o projeto no qual o povo brasileiro é visto como solução".
VENDA DO FUTURO
Na sua visão, foi implantado um projeto "antipopular, antidemocrático e antinacional. É uma descrença total no nosso país e no nosso povo para nos desenvolvermos".
Mello, 35, condena a política entreguista do governo golpista. Fala do desmonte da Petrobrás, da venda da Embraer, do esvaziamento do BNDES. A lógica, segundo ele, é "vender o quanto antes para conseguir dinheiro para pagar as contas. Está se vendendo o futuro, a perspectiva que tínhamos para fortalecer a indústria, a tecnologia, a educação, a saúde. Se a gente não tem projeto de país, os outros têm, a China, os EUA têm".
Para ele, para reverter o legado destrutivo do golpe "será fundamental o apoio da sociedade. Haddad tem um recado claro: esse projeto do golpe eu não quero. Também não quero o projeto do fascismo, quero um projeto democrático popular".
MEDIDAS EMERGENCIAIS E DE LONGO PRAZO
Ao TUTAMÉIA, o economista discorre sobre as medidas emergenciais do plano Lula/Haddad: retomar obras paradas, o Minha Casa Minha Vida, o Bolsa Família, fortalecer o salário mínimo. Será preciso, diz, "dar um gatilho na economia, com a retomada na renda, no consumo, com renegociação das dívidas das famílias".
Mello advoga a revogação de medidas golpistas, como as regras para o Pré-Sal. "É preciso rever e rearticular marco para o Pré-Sal, o nosso passaporte do futuro", afirma, falando também sobre a reforma trabalhista e a emenda 95, a "PEC da morte", que fixou teto para os gastos públicos. "Não é possível o Estado brasileiro conviver com essa regra. Ela impede que o Estado brasileiro forneça serviços públicos minimamente de qualidade. É uma emenda à Constituição que destrói a Constituição".
Num terceiro plano, há propostas de médio e logo prazo, como as reformas bancária e tributária. "Está mais claro do que nunca que a nossa estrutura tributária é inaceitável. A sociedade sabe que está sendo penalizada".
CARTEL DE BANCOS
Nesta entrevista, Mello fala sobre câmbio, juros e política industrial. Sobre bancos, afirma:
"O sistema financeiro deve ajudar a ter acesso a crédito. Quando ele atua ao contrário, ele não está cumprindo sua função social. No Brasil, o sistema bancário não cumpre sua função social deste ponto de vista. Em grande medida porque é um mercado altamente concentrado: cinco grandes bancos detêm mais de 80% dos ativos do mercado. É basicamente um cartel, se comportam da mesma maneira".
Para ele, "São poucos bancos que não concorrem entre si. O setor é muito concentrado e tem pouca competição. Esse cenário de alta concentração e pouca competição faz com que os bancos não ofertem o crédito no volume e no preço que poderiam ofertar caso competissem. Eles se protegem, mantêm rentabilidade –sempre muito alta–, mas não cumprem sua função". E aponta:
"Vamos colocar esse pessoal para competir. Vamos criar um sistema de premiação e punição. Quem quiser competir vai ser premiado. Vai pagar menos imposto. Quem oferecer crédito mais abundante a taxas mais baixas vai ter uma carga tributária mais baixa. É a ideia de progressividade aplicada ao mercado financeiro. Ele vai ser forçado a concorrer. Isso vai ajudar a desconcentrar o sistema no longo prazo".