sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Reinaldo Azevedo: elite escolarizada é fábrica de fake News


O jornalista Reinaldo Azevedo afirma que a elite escolarizada brasileira vai dando mostras de que é o segmento mais atrasado moralmente da sociedade; para Azevedo, "Setores da elite universitária brasileira são hoje os principais clientes das mentiras espalhadas nas redes sociais; é um assombro que assim seja; aqueles que, em tese, dispõem dos instrumentos mais afinados para apontar o que está fora do tom se mostram os maiores entusiastas de cacofonias muitas vezes sórdidas"
247 - O jornalista Reinaldo Azevedo afirma que a elite escolarizada brasileira vai dando mostras de que é o segmento mais atrasado moralmente da sociedade. Para Azevedo, "Setores da elite universitária brasileira são hoje os principais clientes das mentiras espalhadas nas redes sociais. É um assombro que assim seja. Aqueles que, em tese, dispõem dos instrumentos mais afinados para apontar o que está fora do tom se mostram os maiores entusiastas de cacofonias muitas vezes sórdidas".
Em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, o jornalista diz se espantar com as possibilidades embutidas nas atitudes desses agentes com curso superior: "são, entre outros profissionais, médicos, engenheiros, dentistas, economistas, advogados —e, por óbvio, não estou aqui a cometer o erro da generalização. Também há, e espero que em maior número, os que se mostram capazes de ponderar e que ainda não renunciaram à lógica elementar em favor da falácia".
Reinaldo Azevedo se pergunta: "quando essas pessoas estão a fazer uma incisão num abdômen, a calcular os materiais de uma ponte, a tratar o canal de um dente, a fazer uma planilha de custos, a articular os códigos legais que nos regem, pergunto: usam ou não a razão e o saber acumulado? Apelam a métodos já testados, verificados e verificáveis de precisão, buscando cercar as margens de erros, ou atuam segundo fundamentos místicos, o 'ouvi dizer', o 'só pode ser'? Apelam à ciência ou dão três toques na madeira?"


O recado de Lula nas vésperas da eleição: Haddad é o cara


O ex-presidente Lula gostou muito do desempenho de Fernando Haddad no debate presidencial promovido ontem à noite pela TV Globo, especialmente aquela sabugada que o candidato do PT deu em Alvaro Dias (Podemos).
“Você precisa ter mais compostura no debate. Não respeita o tempo e não respeita adversários, faz brincadeira”, fuzilou Haddad o ex-tucano Alvaro Dias. O petista ainda completou: “Vamos parar de vender o que é do povo para os Estados Unidos.”
Preso político há 6 meses na Polícia Federal de Curitiba, por meio de seus porta-vozes, Lula mandou mais um recado nas vésperas da eleição: Haddad é o cara.
Ainda no debate, ao falar das medidas dos governos do PT sobre o combate à corrupção, Fernando Haddad disse que Lula é inocente e que não pode um juiz [Sérgio Moro] perseguir os inimigos e ajudar os amigos. Bingo.
“O líder das pesquisas, que poderia ganhar no primeiro turno, foi impedido de participar da eleição em um função de uma decisão arbitrária. Estou falando do Lula, que estava com 40% das intenções de voto”, afirmou Haddad durante o debate.


Mulheres convocam 2º grande ato contra Bolsonaro em SP


Mulheres irão às ruas da cidade de São Paulo pela segunda vez manifestar repúdio a crescente ameaça fascista no Brasil, no próximo sábado (6); o primeiro grande ato #EleNão levou mais de ​500 mil pessoas às ruas da capital paulista, saindo do Largo da Batata e terminando na Avenida Paulista
247 - Mulheres irão às ruas da cidade de São Paulo pela segunda vez manifestar repúdio a crescente ameaça fascista no Brasil, no próximo sábado (6). O ato, ​convocado através de redes sociais​, é organizado coletivamente por mulheres de diversas orientações políticas e diferentes formas de organização. Com concentração marcada para às 15h, no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP), o ato já conta com quase 200 mil pessoas interessadas ou que sinalizaram que compareceram no evento. No último sábado (29), o primeiro grande ato #EleNão levou mais de ​500 mil pessoas às ruas da capital paulista, saindo do Largo da Batata e terminando na Avenida Paulista.
O objetivo da manifestação no dia 6 é, mais uma vez, denunciar a violência fascista que tem emergido das multidões na eleição de 2018 e reafirmar a luta e resistência das mulheres, em sua imensa pluralidade, a toda expressão de machismo, racismo, intolerância às diferenças e discursos de ódio contra minorias sociais. No manifesto divulgado, o grupo organizador elenca 5 principais razões pelas quais estão convocando mulheres e homens às ruas contra o fascismo, destacando que as recentes expressões de violência e intolerância ameaçam “nossas conquistas e nossa já difícil existência” e reitera o compromisso das mulheres na luta antifascista.
“Não queremos ditadura ou fascismo nem a ampliação da matança policial-militar nas ruas, responsável pelo genocídio da juventude negra. Queremos liberdade, igualdade, justiça social e direitos!”, defende o manifesto.
Em resposta às acusações de que o ato das mulheres no último sábado foi responsável pelo crescimento de um candidato fascista na pesquisa eleitoral, a organização da mobilização deixa claro seu repúdio em relação a mais um tentativa de desqualificação do que foi a maior manifestação organizada por mulheres da história do Brasil.
Existem várias justificativas que podem explicar a ascensão desse aumento em pesquisas, para citar algumas: os interesses dos próprios institutos de pesquisa no resultado eleitoral, o apoio da maior igreja evangélica do país, o imenso sentimento antipetista generalizado em todo país e a disseminação de fake news, maior frente de campanha do candidato em questão. Escolher culpabilizar a primavera feminista pela ascensão do fascismo é mais uma expressão do machismo da sociedade brasileira.
Bolsonaro já manifestou posições misóginas e fascistas, como "eu tenho 5 filhos. Foram 4 homens, a quinta eu dei uma fraquejada e veio uma mulher". A declaração foi concedida em palestra na Hebraica, no Rio de Janeiro, em abril do ano passado.
Em 2014, o parlamentar disse que não estupraria a colega Maria do Rosário (PT-RS) porque ela não merecia. "Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar, porque não merece", afirmou o congressista, após a parlamentar defender vítimas da Ditadura Militar (1964-1985).
O presidenciável também defende abertamente a pena de morte, manifestou posição contra direitos humanos nos presídios, e é a favor do porte de armas para a população.
Serviço:
2º grande ato das mulheres contra o fascismo #EleNão Data:​ 6 de outubro de 2018 (sábado)
Local:​ Concentração no vão livre do MASP, a partir das 15h Endereço: ​Av. Paulista, 1578 - Bela Vista, São Paulo - SP 
Mais informações: Bruna - 11 97670-8810 Andreza - 11 97740-6205 Regina - pichuru@gmail.com


Indústria de armas, agronegócio, mineradoras e igrejas bancam campanha de Bolsonaro


Apesar dos dados do TSE apontarem que a maior parte dos recursos da campanha do candidato de extrema direita Jair Bolsonaro (PSL) vem de uma vaquinha virtual, que arrecadou R$ 904.558,00, valor quase três vezes maior que os R$ 334.750,24 repassado pelo seu partido, o  professor e filósofo Paulo Ghiraldelli, diz que os verdadeiros financiadores são "o minério, a indústria da bala e os parlamentares que os representam, associados aos ruralistas, mais a indústria da fé"; "Nunca forças tao retrógradas conseguiram fazer um candidato", ressalta
Rede Brasil Atual - O debate moral ganhou as ruas e as redes sociais nas eleições de 2018. A exploração de aspectos morais do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) para atacá-lo ou defende-lo tornou-se mais intensa a partir do movimento #EleNão, que levou milhares de pessoas às ruas no último sábado em várias cidades do Brasil e do Exterior.
Esses aspectos, que pela primeira vez dão o ritmo à campanha eleitoral, estão longe de ser os mais importantes e ofuscam o que realmente interessa: quem financia Bolsonaro, que mantém uma máquina milionária de cooptação de adeptos através de um exército incomensurável atuante nas redes sociais tendo como principal matéria prima as mentira - tanto sobre ele próprio quanto sobre o principal adversário?
Se Bolsonaro "critica" tanto a mídia, sobretudo a Globo, por que essa mesma mídia – movida a interesses empresariais – o adota como preferido e oferece a ele um noticiário tão favorável a poucos dias da eleição, quanto desfavorável a Fernando Haddad?
No The Intercept Brasil: As empresas e processos que o coordenador da campanha de Bolsonaro esconde

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a maior parte dos recursos da campanha vem de uma vaquinha virtual feita entre seus fãs e apoiadores, que arrecadou R$ 904.558,00, valor quase três vezes maior que os R$ 334.750,24 repassado pelo seu partido.

Mas segundo o filósofo, professor e escritor Paulo Ghiraldelli, em vídeo divulgado em seu perfil no Facebook (confira abaixo), não é o financiamento coletivo de eleitores que está pagando a campanha do candidato.
"O Brasil não é como os Estados Unidos, onde a população coloca dinheiro no chapéu de candidatos. Aqui é gente rica que troca favores com os políticos claramente".
Para Ghiraldelli, a disputa está entre grupos que aceitam o Brasil capitalista moderno e os que querem um Brasil predatório, arcaico, que precisa conviver com leis escravistas. "O minério, a indústria da bala e os parlamentares que os representam, associados aos ruralistas, mais a indústria da fé, simbolizam o Brasil arcaico, que não pensa, do analfabetismo, que pertence ao campo. Reparem como aumentou o tamanho da bancada da bala, do boi e da Bíblia. Não há possibilidade de campanha nacional sem dinheiro".
Segundo o filósofo, o dinheiro está vindo exatamente desses setores. "Se Bolsonaro for eleito, ele vai levar esse país para um grau de violência no campo e deterioração ecológica que vamos levar muitas gerações para recuperar, se é que vamos recuperar", adverte.
Fim do 13º
A preocupação de Bolsonaro com a repercussão da fala de seu vice General Hamilton Mourão (PRTB) a empresários, defendendo o fim do 13º salário, reforça a opinião do filósofo.
Mourão se dirigia a patrões de diversos setores, como a mineração, a indústria de armamentos, agronegócio e as igrejas, segundo ele. "A mineração é um grupo forte, grande, com vínculos internacionais. O que se quer é pegar terra indígena para mineração. O grupo da bala, dos armamentistas, associados aos ruralistas, que querem afrouxar a legislação ambientalista, deixar armar a população de patrões do campo. E o terceiro grupo econômico é formado pelos pastores. Igreja é local de lavagem de dinheiro, com associação ao tráfico e aos políticos, outro lobby de muita gente com grana que está apostando no Bolsonaro".
Para Ghiraldelli, esses três grupos representam a parte mais atrasada, que trabalha pela exploração, sem perspectiva de futuro e que querem o comando do país por meio da exploração da fé, da terra e da vida.
"Nunca forças tao retrógradas conseguiram fazer um candidato. Elas sempre foram na rabeira, como a Fiesp, os banqueiros. Agora se desprenderam das forças urbanas e estão com o próprio candidato. Deram sorte de esse candidato se envolver em uma discussão moral – o #EleNão – que esconde uma discussão trabalhista, no campo, sobre o minério, como a indústria armamentista cresceu assustadoramente, que quer o controle do governo que tem exérito e polícia para fazer compra estatal."
Financiadores oficiais
Segundo os dados do TSE, há doações de R$ 30 mil do empresário do agronegócio Takashi Nishimori. A reportagem não conseguiu apurar se há parentesco com o deputado ruralista Luiz Nishimori (PR-PR), relator do Pacote do Veneno na comissão especial da Câmara.
Há outros R$ 10 mil do advogado Gustavo Bebbiano Rocha, sócio da também advogada Marianna Fux, filha do ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux, R$ 25 mil de Meyer Joseph Nigri, da Tecnisa Engenharia, R$ 20 mil de Afrânio Barreira Filho, dono da rede de restaurantes Coco Bambu, e R$ 20 mil do sócio de Afrânio, Eugênio Veras Vieira.


quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Haddad denuncia enxurrada de fake news da campanha de Bolsonaro


O presidenciável Fernando Haddad (PT) denunciou uma enxurrada de "fake-news" (notícias falsas) contra ele; "Está rolando, por exemplo, que eu quero fechar igrejas. Eu sendo neto de um líder religioso. Estão dizendo que estamos distribuindo material impróprio para crianças, eu sendo professor universitário, educador e ex-ministro da Educação", afirmou ele em vídeo; jornalista Bernardo Mello Franco também alertou sobre fake-news contra Haddad e contra a vice dele, Manuela D'Ávila (PCdoB); o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, a disseminação de boatos tem ajudado a turbinar a campanha Bolsonaro nas pesquisas; assista ao vídeo de Haddad
247 - O candidato do PT à presidência da República, Fernando Haddad, denunciou uma enxurrada de fake-news contra a campanha do PT e contra ele. O mesmo está fazendo a candidata a vice da chapa, Manuela D'Ávila, que tem sido vítima de uma torrentes de notícias falsas.
"Não é fácil construir partido para mudar para melhor a vida do povo brasileiro.  Foi um longo percurso para chegarmos até aqui.Mas nessa reta final de campanha está rolando muita 'fake-news', muita mentira nas redes sociais e eu estou aqui para pedir o seu apoio, pedir para você evitar este tipo de mentira, denunciar. Está rolando, por exemplo, que eu quero fechar igrejas. Eu sendo neto de um líder religioso. Estão dizendo que estamos distribuindo material impróprio para crianças, eu sendo professor universitário, educador e ex-ministro da Educação", afirmou o presidenciável em vídeo.
Segundo Haddad, "este tipo de jogo baixo acontece nessa reta final de campanha, mas temos de pensar grande, pensar um Brasil de emprego, educação, saúde, da paz. Não vamos construir um País democrático com mentiras, ofendendo as pessoas, os professores". "E, se vocÊ recebe uma notícia falsa no seu celular, reencaminhe para o número (11) 94131-3327. Vamos tomar as providências devidas. Você merece um Brasil melhor. Até a vitória".
Em sua coluna no jornal O Globo, intitulada "A mentirada que influencia a urna", o jornalista Bernardo Mello Franco alertou sobre fake-news contra Haddad e contra a vice dele, Manuela D'Ávila (PCdoB). Em uma montagem fotográfica, a deputada estadual pelo Rio Grande do Sul usa uma camiseta com a inscrição “Jesus é travesti”.
A mentira sobre Manuela foi amplamente divulgada com mensagens sugerindo que mães, famílias e cristãos não deveriam votar nela. Manuela rebateu: "Eles dizem proteger a moral e os bons costumes, mas são os primeiros a usar este tipo de estratégia suja nas campanhas (...). Prestem atenção! Mentiras não passarão! Nos ajude a compartilhar a verdade", disse (veja mais aqui).
Em sua coluna, Melo Franco também afirma que, segundo o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, a disseminação de boatos tem ajudado a turbinar a campanha Bolsonaro nas pesquisas. "O material está chegando fartamente pelo WhatsApp, o que certamente influencia o eleitor", afirma Paulino.
Sobre Haddad, a notícia falsa, alertou o jornalista, é a de que, em uma eventual gestão dele, as crianças virariam propriedade do Estado.
A campanha do candidato criou um canal para receber e rebater denúncias de fake news e, 12 horas depois da iniciativa, recebeu 5 mil mensagens (leia mais aqui).


Bolsonaro é Temer elevado ao quadrado, diz economista


"O projeto de Jair Bolsonaro é antinacional, antipopular e antidemocrático. Finge que não tem desigualdade no Brasil. Não tem diálogo, é na base da porrada. É o Temer elevado ao quadrado"; diz o economista Guilherme Mello; "Os únicos que têm a temer numa vitória de Haddad são aqueles que não produzem, não trabalham e só enriquecem. Esses têm a temer porque o programa que o Haddad representa ataca os interesses deles, propõe distribuição de renda", observa
Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no Tutaméia - "O projeto de Jair Bolsonaro é antinacional, antipopular e antidemocrático. Finge que não tem desigualdade no Brasil. Não tem diálogo, é na base da porrada. É o Temer elevado ao quadrado". A definição é do economista Guilherme Mello em entrevista ao Tutaméia. 
Integrante da equipe de formulação do programa de governo de Lula/Haddad, Mello trata na conversa de detalhes do plano do PT. Diz:
"Os únicos que têm a temer numa vitória de Haddad são aqueles que não produzem, não trabalham e só enriquecem. Esses têm a temer porque o programa que o Haddad representa ataca os interesses deles, propõe distribuição de renda. Mas mesmo esses caras, se pensarem com a cabeça fria, vão ver que é muito melhor viver num país que tem emprego, que está crescendo. Que podem ganhar mais dinheiro do que vivendo num pais como hoje, que é o caos social. Isso não é bom para ninguém".
Para ele, a situação não é fácil porque "existe muito rancor criado nesses anos". E emenda: "O líder tem que ter essa capacidade de superar o rancor, de conversar com quem é contra ele. Só vejo isso no Haddad. O pessoal do mercado que está apostando... Tem gente que está apostando no caos. Sempre tem gente que está apostando no caos. O caos dá dinheiro para algumas pessoas".
Doutor em economia pela Unicamp, ele discorre sobre as conquistas dos governos petistas: crescimento, emprego, redução de desigualdades, políticas de interesse nacional na economia e nas relações externas. "Muito disso desmoronou", afirma. O golpe, ressalta, tirou de cena "o projeto no qual o povo brasileiro é visto como solução".
VENDA DO FUTURO
Na sua visão, foi implantado um projeto "antipopular, antidemocrático e antinacional. É uma descrença total no nosso país e no nosso povo para nos desenvolvermos".
Mello, 35, condena a política entreguista do governo golpista. Fala do desmonte da Petrobrás, da venda da Embraer, do esvaziamento do BNDES. A lógica, segundo ele, é "vender o quanto antes para conseguir dinheiro para pagar as contas. Está se vendendo o futuro, a perspectiva que tínhamos para fortalecer a indústria, a tecnologia, a educação, a saúde. Se a gente não tem projeto de país, os outros têm, a China, os EUA têm".
Para ele, para reverter o legado destrutivo do golpe "será fundamental o apoio da sociedade. Haddad tem um recado claro: esse projeto do golpe eu não quero. Também não quero o projeto do fascismo, quero um projeto democrático popular".
MEDIDAS EMERGENCIAIS E DE LONGO PRAZO
Ao TUTAMÉIA, o economista discorre sobre as medidas emergenciais do plano Lula/Haddad: retomar obras paradas, o Minha Casa Minha Vida, o Bolsa Família, fortalecer o salário mínimo. Será preciso, diz, "dar um gatilho na economia, com a retomada na renda, no consumo, com renegociação das dívidas das famílias".
Mello advoga a revogação de medidas golpistas, como as regras para o Pré-Sal. "É preciso rever e rearticular marco para o Pré-Sal, o nosso passaporte do futuro", afirma, falando também sobre a reforma trabalhista e a emenda 95, a "PEC da morte", que fixou teto para os gastos públicos. "Não é possível o Estado brasileiro conviver com essa regra. Ela impede que o Estado brasileiro forneça serviços públicos minimamente de qualidade. É uma emenda à Constituição que destrói a Constituição".
Num terceiro plano, há propostas de médio e logo prazo, como as reformas bancária e tributária. "Está mais claro do que nunca que a nossa estrutura tributária é inaceitável. A sociedade sabe que está sendo penalizada".
CARTEL DE BANCOS
Nesta entrevista, Mello fala sobre câmbio, juros e política industrial. Sobre bancos, afirma:
"O sistema financeiro deve ajudar a ter acesso a crédito. Quando ele atua ao contrário, ele não está cumprindo sua função social. No Brasil, o sistema bancário não cumpre sua função social deste ponto de vista. Em grande medida porque é um mercado altamente concentrado: cinco grandes bancos detêm mais de 80% dos ativos do mercado. É basicamente um cartel, se comportam da mesma maneira".
Para ele, "São poucos bancos que não concorrem entre si. O setor é muito concentrado e tem pouca competição. Esse cenário de alta concentração e pouca competição faz com que os bancos não ofertem o crédito no volume e no preço que poderiam ofertar caso competissem. Eles se protegem, mantêm rentabilidade –sempre muito alta–, mas não cumprem sua função". E aponta:
"Vamos colocar esse pessoal para competir. Vamos criar um sistema de premiação e punição. Quem quiser competir vai ser premiado. Vai pagar menos imposto. Quem oferecer crédito mais abundante a taxas mais baixas vai ter uma carga tributária mais baixa. É a ideia de progressividade aplicada ao mercado financeiro. Ele vai ser forçado a concorrer. Isso vai ajudar a desconcentrar o sistema no longo prazo".

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Guerra de informações envolve advogados tucanos e até 'fake news' de Álvaro Dias


Advogado de Lula acusa candidato à Presidência do Podemos de divulgar notícia falsa sobre Moro e delação de Palocci. Assessoria de Dilma Rousseff revela que advogados são ligados ao PSDB

Fake news: “Quem solicitou a quebra do sigilo da delação foram os advogados de Lula”, disse Dias / Foto: Agência Brasil - EBC

São Paulo – Nesta terça-feira (2), a guerra de informações travada a partir do embate jurídico em torno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva continuou. O advogado de Lula Cristiano Zanin Martins acusou o candidato à Presidência Álvaro Dias (Pode) de espalhar fake news.
Aparentemente reproduzindo informação do site O Antagonista, o candidato, ex-tucano, escreveu no Twitter: “Ninguém pode acusar o juiz Sérgio Moro de ter liberado a delação de Palocci apenas por ser período eleitoral. Quem solicitou a quebra do sigilo da delação foram os advogados de Lula”.
Zanin respondeu no próprio Twitter: “Candidato, o senhor está divulgando fake news. Como advogados de Lula não fizemos esse pedido. A divulgação foi iniciativa do juiz”.
Já os advogados autores do requerimento do Partido Novo, que obteve decisão favorável do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra o direito de Lula de conceder entrevistas, são ligados aos senadores tucanos Aécio Neves e Antonio Anastasia, este candidato ao governo de Minas Gerais.
Aécio e Anastasia são íntimos aliados em Minas. Aécio foi um dos principais líderes e incentivadores do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, que começou a ser articulado no dia seguinte à eleição de 2014.
A informação de que Flávio Henrique Unes Pereira e Marilda de Paula Silveira são sócios no escritório Silveira e Unes Advogados Associados, ligados a Anastasia e Aécio, é do site de Dilma.
Unes Pereira foi secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Casa Civil e de Relações Institucionais no governo Anastasia e assessor do tucano no Senado.
“O ataque aos direitos de Lula não se dá apenas pela ação direta de segmentos do Judiciário, mas também pela cumplicidade de partidos e políticos que se associaram no golpe de 2016”, afirma a assessoria da ex-presidenta em seu site. Segundo a assessoria de Dilma, Unes Pereira havia ajudado Anastasia a escrever o relatório do impeachment.
No início do mês, a senadora e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, comentou, sobre o Partido Novo: “Temos agora um conluio, desse tal de Partido Novo, que é um braço do Geraldo Alckmin, do PSDB, de setores do Judiciário e da Rede Globo, sempre presente para impedir o Lula”.
Segundo o site de Dilma, Unes Pereira produziu para Anastasia um documento em defesa da terceirização total do serviço público no Brasil. Além disso, ele e a sócia ainda questionaram no Tribunal Superior Eleitoral, também em nome do Partido Novo, a veiculação da imagem de Lula na propaganda do PT.
A entrevista que Lula concederia ao jornal Folha de S. Paulo havia sido autorizada pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), na sexta-feira (28). Na noite do mesmo dia, o ministro Luiz Fux suspendeu a decisão.
Na segunda-feira (1º), Lewandowski voltou a autorizar entrevistas de Lula para a Folha e o jornalista Florestan Fernandes Jr. Em seguida, desta vez o presidente do STF, Dias Toffoli, voltou a proibir.
Em evento em São Paulo nesta segunda, Toffoli foi explícito quanto a essa ou outras questões envolvendo as eleições. "Não vou pautar causas polêmicas nesse período. É o momento de o povo refletir e o povo votar", disse.
Fonte: RBA


terça-feira, 2 de outubro de 2018

Mulheres do #EleNão favoreceram Bolsonaro, diz diretor da Paraná Pesquisas


O diretor-presidente da Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, disse que o movimento de mulheres #EleNão favoreceu a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL).
A declaração de Hidalgo à coluna Radar, da Veja, se deu no contexto da pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira (1). De acordo com o instituto, o ex-capitão do Exército subiu seis pontos entre as mulheres após o movimento de sábado (29).
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“O tiro saiu pela culatra. Houve uma reação conservadora ao que as pessoas viram na TV e em suas timelines”, opinou Hidalgo.
Fonte: Blog do Esmael

Empresário Ricardo Semler declara voto em Haddad e compara Bolsonaro a ditador das Filipinas


O empresário Ricardo Semler escreve artigo no qual declara voto em Haddad e compara Bolsonaro a Duterte, ditador filipino que chegou a defender estupros de mulheres bonitas; ele diz que estremece ao "ouvir amigos, sócios e metade da família aceitando a tese de que qualquer coisa é melhor do que o PT"
247 - O empresário Ricardo Semler, filiado ao PSDB até pouco tempo atrás, aponta com clareza: a elite brasileira errou ao apoiar o golpe contra a presidente eleita Dilma Rousseff, pois isto equivaleu a "'eleger' o Temer e seus 40 amigos". Ele diz que estremece ao "ouvir amigos, sócios e metade da família aceitando a tese de que qualquer coisa é melhor do que o PT". Em um artigo publicado pela Folha de S. Paulo, Semler destaca, ainda, que  uma eventual eleição de Jair Bolsonaro (PSL), "um capitão simplório", acabará por lançar o Brasil em uma situação comparável à das Filipinas: "Lembrem-se desta frase do Duterte, a respeito de uma australiana violentada nas Filipinas: 'Ela era tão bonita —eu deveria ter sido o primeiro'. Impossível imaginar o Bolsonaro dizendo isso?". Ele declarou seu voto em Haddad.
"Não compartilho com os pressupostos ideológicos do PT e —até pouco— fui filiado a um partido só, o PSDB. Nunca pensei em me filiar ao PT, nunca aceitaria envolvimento num Conselhão de Empresários, por exemplo. Apenas reconheço que as elites deste país sempre foram atrasadas, desde antes da ditadura, e nada fizeram de estrutural para evitar o sistema de castas que se instalou", diz Semler no artigo.  
"Qual de nós quer pertencer ao clube dos países execrados, como Filipinas, Turquia, Venezuela? É um clube subdesenvolvido que foi criado à força, mas democraticamente, bradando segurança e autoridade forte. Soa familiar?", ressalta. "Quem terá coragem, num almoço da City de Londres, de defender a eleição de um capitão simplório, um vice general, um economista fraco e sedento de poder, e novos diretores de colégio militares, com perseguição de gays, submissão de mulheres e distribuição de fuzis à la Duterte?" completa.
"Colegas de elite, acordem. Não se vota com bílis. O PT errou sem parar nos 12 anos, mas talvez queria e possa mostrar, num segundo ciclo, que ainda é melhor do que o Centrão megacorrupto ou uma ditadura autoritária. Foi assim que a Europa inteira se tornou civilizada", afirma.


Esquema Globo-Ibope-Moro-Palocci fecha o cerco ao PT: começou a guerra


O jornalista Ricardo Kotscho reforça que, antes do Jornal Nacional, a Globo News "já deitou e rolou em cima de uma 'delação premiada' do ex-ministro Antonio Palocci" e também liberada por Sérgio Moro "só agora, a seis dias da eleição, depois de ser rejeitada pelo MPF por falta de provas". "As acusações de Palocci contra Lula, Dilma e o PT foram dadas como fato consumado, transitado em julgado"
247 - "Diante do fracasso das candidaturas reformistas de 'centro', o Grupo Globo resolveu apoiar, na falta de outra opção mais confiável, o capitão reformado Jair Bolsonaro, único candidato com chances de derrotar o PT, o inimigo a ser abatido", escreve o jornalista Ricardo Kotscho.
"Com Haddad crescendo sem parar e Bolsonaro estacionado ou começando a cair, era preciso agir rápido", diz. "Variadas matérias sobre Bolsonaro, incluindo uma entrevista exclusiva no avião que o levou ao Rio, e o depoimento da ex-mulher negando todas as acusações que havia feito contra ele, publicadas pela revista Veja, ocuparam a maior parte do tempo do Jornal Nacional", continua.
O jornalista reforça que, nesta segunda-feira (1), "no final da tarde, antes do Jornal Nacional, a Globo News já deitou e rolou em cima de uma 'delação premiada' do ex-ministro Antonio Palocci, feita em abril à Polícia Federal, e liberada pelo juiz Sérgio Moro só agora, a seis dias da eleição, depois de ser rejeitada pelo Ministério Público Federal por falta de provas". "As acusações de Palocci contra Lula, Dilma e o PT foram dadas como fato consumado, transitado em julgado".
Segundo Kotscho, também nesta segunda, o Jornal Nacional eentrou o bombardeio contra o PT embrulhado no pacote entregue por Moro com a delação de Palocci, que William Bonner apresentou como a bala de prata tão aguardada".
Leia a íntegra no Balaio do Kotscho


Ricardo Miranda: Ignore o Ibope. Haddad não caiu e o “coiso” não cresceu


O jornalista Ricardo Miranda questiona a última pesquisa Ibope  onde "a rejeição a Haddad, segundo o Ibope, saltou em menos de uma semana de 27 para 38 pontos, encostado nos 44 de Bolsonaro. Que loucura, Ibope! Isso não é nem pulo, é salto com vara", ressalta; ele também considera estranho que "numa simulação de segundo turno, até o chuchu desidratado Geraldo Alckmin bate Bolsonaro (42% a 39%) – pensem nisso -, mas Haddad, lástima, apenas empata em 42%"
Por Ricardo Miranda, em seu blog - Eu pergunto: o que aconteceu nos últimos dias, nas últimas horas, que pudesse ter prejudicado a candidatura Haddad? Rigorosamente nada. E o que aconteceu nesse período que pudesse afundar Bolsonaro? Muita coisa. Mas digamos que ambos estejam próximos de uma zona de conforto para atravessar a fronteira até o segundo turno para o duelo mortal ao por-do-sol. O que explica, então, o Ibope de Carlos Augusto Montenegro me aparecer na noite de segunda, 01, com destaque no Jornal Nacional, dando novo fôlego ao capitão-maridão-fascistão – mesma fração de tempo em que Moro Dredd, o exterminador de petistas, faz Palocci refém e abre sua delação humilhada, e que Peruca Fux e Dias Toffoli suspendem a decisão do colega Lewandowski para impedir uma entrevista de Lula à Folha, restituindo a censura prévia no país (Leia o insuspeito Reinaldo Azevedo)? E, finalmente, a pergunta que não quer calar: você daria um cheque em branco a Montenegro, parceiro da TV Globo e do Estadão na pesquisa? Pois então, querida e querido eleitor, some pelo menos dois e dois antes de dar fé pública a uma pesquisa que contradiz todas as demais – anteriores e posteriores.
O que Montenegro fala – e seu instituto prevê – não se escreve. Em julho passado, o presidente do Ibope disse para O Globo: "Jair Bolsonaro perde para qualquer um no segundo turno. O voto do Bolsonaro não é ideológico de direita. É como o voto nulo, no Enéas ou no Tiririca." O Ibope agora vê Bolsonaro e Haddad no segundo turno – e publica pesquisa com o capitão em ascensão e empatando com Haddad no mata-mata. Você acredita em duendes?
Segundo o Ibope, Bolsonaro subiu 4 pontos (!) – opa, bem acima da margem de erro -, foi a 31% e abriu cabalísticos dez pontos de vantagem sobre Fernando Haddad. A rejeição a Haddad, segundo o Ibope, saltou em menos de uma semana de 27 para 38 pontos, encostado nos 44 de Bolsonaro (Leia). Que loucura, Ibope! Isso não é nem pulo, é salto com vara. Procurei no Google e não vi nenhuma cena de Haddad espancando uma freira, nem, como diria Eduardo Bolsonaro, defecando em praça pública. O que tivemos foram grandes manifestações anti-Bolsonaro no fim de semana. Mas para o Ibope, numa simulação de segundo turno, até o chuchu desidratado Geraldo Alckmin bate Bolsonaro (42% a 39%) – pensem nisso -, mas Haddad, lástima, apenas empata em 42%. Montenegro, então, multiplicou-se como o Multi-Homem do velho desenho "Os Impossíveis" – isso é da minha época, gente -, capaz de duplicar a si mesmo criando inúmeras cópias. Em almoço com empresários na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Montenegro disse que nunca viu eleição "tão esquisita" como a atual, e que não tem "a menor ideia de quem vai ser o presidente da República". A um grupo de jornalistas disse que "a facada (em Bolsonaro) não mudou o quadro eleitoral". Ao Antagonista, Montenegro disse que a eleição no segundo turno será uma disputa entre rejeições. "O PT tem que torcer noite e dia para enfrentar o Bolsonaro." E por aí vai.
Esta última semana antes das eleições do próximo domingo, 7 de outubro, será marcada pela realização de pesquisas que, como na última semana, têm dado o tom e o ritmo das campanhas presidenciais. O problema do Ibope é que foge de todos os padrões. Ou descobriram a pólvora ou a molharam. Levantamento encomendado pelo banco BTG Pactual à FSB Pesquisa, divulgado na última semana, mostrou Bolsonaro com 35% dos votos válidos e Haddad com 27%. Peraí, mas no Ibope o candidato do PT não afundou para 21%? Ah, tá. Já pesquisa CNT/MDA, no domingo, 30, mostrou Bolsonaro e Haddad empatados pela 1ª vez na margem de erro, de 2,2 pontos percentuais. O militar e o petista têm 28,2% e 25,2% das intenções de voto, respectivamente. Peraí, gente, mas e o Ibope? E por aí vai. Daqui do nosso cantinho, muita curiosidade com a pesquisa Vox Populi/247, a primeira realizada por iniciativa dos eleitores e com questionário participativo. Ela será divulgada no próximo sábado, 06, às 20h. Nesta terça, 02, é dia de Datafolha. Na quarta, mais Ibope e Paraná Pesquisas. Na quinta, 4, Datafolha, Ipesp e DataPoder. Mesmo dia do último debate, na TV Globo, do qual Bolsonaro quer participar. E na sexta, 05, MDA, Ipesp e Paraná Pesquisas.
Quanta pesquisa, hem.


Quando a pauta é “Lula” o STF derrete


Quando parecia que o STF (Supremo Tribunal Federal) iria 'respirar' novos ares com um novo presidente, a corte máxima da justiça brasileira afunda mais ainda em sua desorganização institucional; o assunto 'Lula' derrete a suprema corte, tal é o trauma que o tema enseja; a guerra de despachos em torno da entrevista a ser concedida pelo ex-presidente é sem precedentes - sem esquecer que os precedentes são muitos; o STF está em seu momento mais baixo desde o golpe de 2016
247 - Quando parecia que o STF (Supremo Tribunal Federal) iria 'respirar' novos ares com um novo presidente, a corte máxima da justiça brasileira afunda mais ainda em sua desorganização institucional. O assunto 'Lula' derrete a suprema corte, tal é o trauma que o tema enseja. A guerra de despachos em torno da entrevista a ser concedida pelo ex-presidente é sem precedentes - sem esquecer que os precedentes são muitos. O STF está em seu momento mais baixo desde o golpe de 2016. 
Segundo a reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o que se viu - e se vê - no STF é uma espécie de truculência judicial: "a guerra de decisões entre Ricardo Lewandowski e Luiz Fux, do Supremo, fez sua vítima: o plano de pacificação da corte pregado desde a posse pelo novo presidente, Dias Toffoli. Sem conseguir articular solução que evitasse a disputa de sentenças, Toffoli foi obrigado a tomar lado e vetou a entrevista de Lula à Folha até deliberação do plenário. Há, porém, impasse no tribunal: a maioria concorda, no mérito, com Fux. Mas até esse grupo admite que ele usou instrumento errado contra o colega".
O jornal ainda relata a sequência dos aconetecimentos na corte "nesta segunda (1º), Toffoli articulou para levar o caso ao plenário na quarta (3), mas percebeu que não havia consenso. Depois, sinalizou que o ideal era tratar do assunto após o segundo turno. Lewandowski estrilou e avisou que ia renovar a autorização em tom pouco ameno. Ministros do STF lamentaram a dimensão que o episódio ganhou e dizem que, agora, só resta tentar evitar 'o pior'. A imagem do Supremo sai arranhada, mas o foco é debelar o risco de um barraco maior, com transmissão ao vivo, na sessão desta quarta-feira (3)".


Acredite se quiser: Ibope diz que Bolsonaro cresceu 6 pontos entre as mulheres


A pesquisa Ibope, já polêmica por ir contra todos os prognósticos e tendências do próprio mercado e das pesquisas contratadas pelo sistema financeiro, oferece mais um dado impressionante: exatamente depois de as mulheres do país inteiro protestarem contra a candidatura fascista em torno do movimento #EleNão, o ex-militar acusa o crescimento de 6 pontos justamente no segmento feminino; é difícil de acreditar, mas o fato é que o Ibope apresentou esses números
247 - A pesquisa Ibope, já polêmica por ir contra todos os prognósticos e tendências do próprio mercado e das pesquisas contratadas pelo sistema financeiro, oferece mais um dado impressionante: exatamente depois de as mulheres do país inteiro protestarem contra a candidatura fascista em torno do movimento #EleNão, o ex-militar acusa o crescimento de 6 pontos justamente no segmento feminino. É difícil de acreditar, mas o fato é que o Ibope apresentou esses números. 
A reportagem do jornal O Globo estampa em sua home: "de quarta-feira até ontem, o capitão da reserva saiu de 18% no eleitorado feminino para 24%, uma elevação de seis pontos. O aumento maior no segmento feminino aconteceu entre as eleitoras de alta renda do Sudeste".
Segundo a matéria, as dificuldades de Bolsonaro com relação ao leitorado feminino foram 'vencidas' nesta última pesquisa: "desde o início da série histórica , em 20 de agosto, Bolsonaro vinha tendo dificuldades para expandir seu apoio entre as mulheres, marcando no máximo 21%, no levantamento da segunda-feira da semana passada. Entre os homens, o candidato do PSL aumentou o domínio, saindo de 36% para 39%. Haddad manteve os patamares anteriores, apenas com oscilação dentro da margem de erro (21% no eleitorado masculino; 20% no feminino)".