quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Ibope: Bolsonaro tem 27% e Haddad, 21%; petista vence no 2º turno


Nova pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira 26, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra Jair Bolsonaro na liderança, com 27% das intenções de voto, contra 21% de Fernando Haddad; os dois candidatos variaram negativamente um ponto diante do levantamento de segunda; a pesquisa mostra vitória do candidato do PT contra Bolsonaro no segundo turno, por 42% a 38%; Bolsonaro perde também para Ciro Gomes e Geraldo Alckmin, e empata com Marina Silva
247 - O Ibope divulgou nesta quarta-feira 26 mais uma pesquisa de intenção de voto para presidente, desta vez encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A pesquisa ouviu 2 mil eleitores em 126 municípios entre os dias 22 e 24 (de sábado a segunda-feira).
O candidato do PSL, Jair Bolsonaro, mantém a liderança, com 27% das intenções de voto - variação negativa de um ponto percentual diante da última pesquisa, divulgada nesta segunda, onde aparecia com 28%. Fernando Haddad, do PT, também variou negativamente um ponto, de 22% para 21%.
Já Ciro Gomes, do PDT, foi de 11% para 12%, à frente de Geraldo Alckmin, que se manteve com 8%. Marina Silva saiu de 5% para 6%. Os indecisos oscilaram de 6% para 7% e os brancos ou nulos, de 12% para 11%.
Confira os números:
Jair Bolsonaro (PSL): 27%

Fernando Haddad (PT): 21%
Ciro Gomes (PDT): 12%
Geraldo Alckmin (PSDB): 8%
Marina Silva (Rede): 6%
João Amoêdo (Novo): 3%
Alvaro Dias (Podemos): 2%
Henrique Meirelles (MDB): 2%
Guilherme Boulos (PSOL): 1%
Cabo Daciolo (Patriota): 0%
Vera Lúcia (PSTU): 0%
João Goulart Filho (PPL): 0%
Eymael (DC): 0%
Branco/nulos: 11%
Não sabe/não respondeu: 7%

Nas simulações de segundo turno, o levantamento mostra ainda vitória de Haddad sobre Bolsonaro, por 42% a 38%. O candidato do PSL perde também de Ciro (44% x 35%) e Alckmin (40% x 36%), e registra empate técnico contra Marina Silva (40% x 38%).


segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Haddad continua disparada em pesquisa em pesquisa do BTG e se consolida no 2º turno


Pesquisa contratada pelo Banco Pactual e divulgada na madrugada desta segunda indica que a disparada de Haddad continua e ele está consolidando sua posição para o segundo turno; o salto de Haddad é impressionante: foi de 8% para 16% e agora chega a 23%, com o campo feito no sábado e domingo; um salto de 15 pontos percentuais em duas semanas. Bolsonaro manteve-se com os mesmos 33% da semana passada. Ciro caiu de 14% para 10%
247 - Pesquisa do instituto FSB contratada pelo Banco Pactual e divulgada na madrugada desta segunda (24) indica que a disparada de Haddad continua e ele está consolidando sua posição para o segundo turno. O salto de Haddad é impressionante: foi de 8% em 08 e 09 de setembro para 16% (15 e 16 de setembro) e agora chega a 23%, com o campo feito no sábado e domingo. Um salto de 15 pontos percentuais em duas semanas. Bolsonaro manteve-se com os mesmos 33% da semana passada. Ciro caiu de 14% para 10%; Alckmin subiu de 6% para 8%; Marina manteve-se com 5%; Amôedo e Meirelles têm 3% cada um, Álvaro Dias tem 2% e os demais não pontuaram.
A disparada de Haddad acontece também na pesquisa espontânea. Em duas semanas ele saltou de 3% para 17%. Bolsonaro subiu um ponto, para 31%. Ciro caiu um ponto para 7%, Alckmin tem 4%. Marina e Amoedo têm 2% cada.

A pesquisa foi feita por entrevistas telefônicas, realizadas por entrevistadores por meio de telefones fixos e móveis, nos dias 22 e 23 de setembro de 2018. Esta é uma diferença em relação às pesquisas dos institutos DataPoder e Ipesp, que são feitas por telefone e eletronicamente. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-03861/2018. A supervisão técnica do levantamento é de Gustavo Venturi, professor doutor do Departamento de Sociologia da USP e ex-diretor do Datafolha. A pesquisa pode subestimar o potencial de Haddad, porque os 10% mais pobres do país não são atingidos nos levantamentos telefônicos -e é maior o apoio ao candidato de Lula quanto mais pobres os pesquisados.
Um aspecto relevante da pesquisa é a afirmação de voto "definitiva" pelos eleitores. Elas estão no mesmo nível para Bolsonaro e Haddad (86% e 84% respectivamente) e cai muito para os demais candidatos. No caso de Ciro, este número cai para 58% e no de Alckmin para 56%.
No segundo turno, Haddad saltou de 38% para 40% em uma semana e Bolsonaro caiu de 46% para 44%. Ambos têm o mesmo índice de rejeição: 48%. 

sábado, 22 de setembro de 2018

Pesquisa revela Haddad à frente no segundo turno


Detalhes da pesquisa DataPoder360 para o segundo turno, divulgados na noite desta sexta-feira, 21, mostram o candidato do PT a presidente, Fernando Haddad, à frente do candidato Jair Bolsonaro (PSL), num quadro de empate técnico; segundo a pesquisa, no segundo turno, Haddad teria 43%, contra 40% de Bolsonaro; a margem de erro é de dois pontos percentuais; no primeiro turno, Haddad aparece com 22% e Bolsonaro com 26%; confira as demais simulações de segundo turno e a estratificação dos eleitores no confronto de Haddad e Bolsonaro 
247 - Os detalhes da pesquisa DataPoder360 divulgados na noite desta sexta-feira, 21, mostram o candidato do PT a presidente, Fernando Haddad à frente do candidato Jair Bolsonaro (PSL) num quadro de empate técnico na simulação de segundo turno. No primeiro turno, Haddad aparece com 22% e Bolsonaro com 26%.
Segundo a pesquisa, no segundo turno, Haddad teria 43%, contra 40% de Bolsonaro. Numa simulação contra Ciro Gomes, Ciro vence com 42% e Bolsonaro tem 36%.
A pesquisa DataPoder foi realizada por telefone, entre os dias 19 e 20 de setembro com 4.000 eleitores em 422 cidades das 27 unidades da federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi divulgada pelo site Poder 360.
Confira todas as simulações:

Haddad: serei advogado de Lula até ele ser absolvido; povo libertará o Brasil


Num comício com milhares de pessoas em Montes Claros (MG), na noite desta sexta, Fernando Haddad declarou que será o advogado de Lula até que ele seja inocentado nos processos que lhe são movidos por perseguição política; ele também apontou o tamanho da tarefa dos próximos 15 dias: "Temos 15 dias para convencer as pessoas que o Brasil pode voltar a ser feliz. Nós estamos vivendo uma crise política que só pode ser superada na urna. É o povo que vai libertar o Brasil de seus algozes"
247 - Num comício com milhares de pessoas em Montes Claros (MG), na noite desta sexta (21), Fernando Haddad declarou que será o advogado de Lula até que ele seja inocentado nos processos que lhe são movidos por perseguição política. Haddad também apontou o tamanho da tarefa dos próximos 15 dias: "Temos 15 dias para convencer as pessoas que o Brasil pode voltar a ser feliz. Nós estamos vivendo uma crise política que só pode ser superada na urna. É o povo que vai libertar o Brasil de seus algozes"
Estavam ao lado dele no palanque no bairro de Santos Reis, na periferia de Montes Claros, a ex-presidente Dilma Rousseff, candidata ao Senado, e do governador Fernando Pimentel, candidato à reeleição. Os três fizeram campanha juntos mais cedo em Ouro Preto e Betim.
"Estou sempre visitando o presidente Lula [na prisão], porque eu sou e continuarei sendo, entre outras coisas, o advogado dele. E sei que toda semana ele recebe um líder mundial, personalidades que vêm de várias partes do mundo prestar solidariedade dele", disse Haddad.
Ele ainda afirmou no comício que "podem ter prendido o líder, mas não podem prender a ideia". "Não adianta prender o Lula, porque tem milhões de Lulas espalhados pelo o Brasil. Nos queremos o Brasil de volta para os brasileiros". E repetiu o bordão da campanha: "Lula e Haddad e Haddad é Lula".
Haddad acusou o golpe de 2015/16 pela tragédia social do país: "A população não pode esquecer do Golpe que tirou do pobre o acesso a educação e ao desenvolvimento".


sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Gleisi pede voto para Requião no Paraná; assista ao vídeo


A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que concorre a deputada federal, publicou um vídeo nesta sexta (21) pedindo voto para a reeleição de Roberto Requião (MDB).
O objetivo do vídeo é orientar a militância petista a votar no emedebista que, segundo Gleisi, não é um golpista.
A dirigente do PT lembra que são dois votos para senador. “Nós estamos apoiando a Mirian 131 e o Requião 151”, pede Gleisi Hoffmann.
Formalmente, o PT não apoia o MDB no Paraná. Do blog do Esmael.

Petroleiras compram 16 páginas nos jornais dos Marinho um dia depois de editorial e manchete


Um dia depois de dois jornais da família Marinho terem feito defesa aberta da entrega do pré-sal às petroleiras internacionais, elas compraram nada menos que 16 páginas de anúncios em ambos os veículos; o encarte foi pago pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), organização das petroleiras internacionais no Brasil cuja principal função é defender o interesse das gigantes multinacionais do petróleo, numa operação que movimenta milhões de reais
247 - Um dia depois de dois jornais da família Marinho terem feito defesa aberta da entrega do pré-sal às petroleiras internacionais, elas compraram nada menos que 16 páginas de anúncios em ambos os veículos. Na quinta, O Globo publicou editorial sob o título "Mudar regulação do pré-sal é repetir erro já cometido". A regulação a que o editorial se refere é a mudança feita na legislação como primeira medida do golpe de Estado contra Dilma. A manchete do Valor Econômico, no mesmo dia, foi: "Leilão do pré-sal deve atrair investidor, mas incerteza política pesa". Hoje, sexta (21), os dois jornais publicaram um encarte pago pelas petroleiras internacionais com o título: "Adiar exploração das riquezas do pré-sal comprometeria desenvolvimento do país". Tanto os títulos como os textos do material editorial como do encarte publicitário são coincidentes no tom, no espírito e até no estilo redacional.
O encarte foi pago pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis(IBP), organização das petroleiras internacionais cuja principal função é defender o interesse das gigantes multinacionais do petróleo, numa operação que movimenta milhões de reais em lobby, eventos e iniciativas editoriais e publicitárias, entre outras.
Leia o texto a seguir: "durante os dois anos de governo Michel Temer, uma série de mudanças regulatórias - como a flexibilização da política de conteúdo local e o fim da operação única da Petrobrás no pré-sal - ajudou a criar um clima de negócios mais favorável para as petroleiras. Tanto que, desde 2017, elas já desembolsaram R$ 21 bilhões nos leilões, para aquisição de ativos". Ele foi publicado no editorial de O Globo, na reportagem do Valor ou no encarte publicitário pago pelo IBP? O tom laudatório parece indicar que foi no encarte pago. Mas, não. É um trecho da reportagem do Valor Econômico. Leia reportagem do 247 sobre o editorial e a reportagem, postada ontem (20), aqui
No começo desta semana, a presidente da ExxonMobil no Brasil, Carla Lacerda, já havia declarado ao jornal que as mudanças regulatórias promovidas por Temer animaram multinacional a voltar aos leilões, em outra reportagem laudatória. Quem vem a ser Carla Lacerda, além de presidente da ExxonMobil? Ninguém menos que a presidente do Conselho de Administração do IBP.
A composição do Conselho do IBP é um clube das petroleiras estrangeiras. O vice de Carla Lacerda, presidente no Brasil da americana ExxonMobil é Leonardo Junqueira, que preside a seção brasileira da Repsol Sinopec (hispano-americana). Os outros conselheiros são Adriano Bastos, da BP (inglesa), André Araújo, da Shell (anglo-holandesa), João Clark Filho, da Ecopetrol (Colômbia), Maxime Rabilloud, da Total (francesa), Miguel Pereira e da Petrogal (portuguesa). A Petrobras tem apenas uma pessoa no Conselho, Solange Guedes, mas ela se sente "em casa", porque é uma executiva totalmente alinhada com o pensamento entreguista do ex-presidente da companhia Pedro Parente. 


Nova pesquisa mostra empate técnico entre Haddad e Bolsonaro


Pesquisa do instituto DataPoder360 apresenta o candidato do PT a presidente, Fernando Haddad, em um quadro de empate técnico com o candidato da extrema-direita, Jair Bolsonaro (PSL); segundo a pesquisa, Bolsonaro aparece com 26%, seguido de Haddad com 22%. Ciro Gomes (PDT) aparece em terceiro com 14%, Geraldo Alckmin (PSDB) com 6% e Marina Silva, com 4%; pesquisa DataPoder foi realizada por telefone, entre os dias 19 e 20 de setembro com 4.000 eleitores; margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos
247 - Pesquisa do instituto DataPoder360 apresenta o candidato do PT a presidente, Fernando Haddad, em um quadro de empate técnico com o candidato da extrema-direita, Jair Bolsonaro (PSL). 
Segundo a pesquisa, Bolsonaro aparece com 26%, seguido de Haddad com 22%. Ciro Gomes (PDT) aparece em terceiro com 14%, Geraldo Alckmin (PSDB) com 6% e Marina Silva, com 4%. 
A pesquisa DataPoder foi realizada por telefone, entre os dias 19 e 20 de setembro com 4.000 eleitores em 422 cidades das 27 unidades da federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Os números foram divulgados em newsletter para assinantes do site Poder 360. 
Confira os dados:
 

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Despacho de Moro reforça falta de provas na sentença de Lula


Em despacho nessa quarta-feira (19), o juiz Sérgio Moro reafirmou que não há provas que relacionem os contratos da Petrobrás listados pelo Ministério Público com supostas vantagens que Lula teria recebido em um apartamento do Guarujá que não é do ex-presidente; manifestação é importante porque reforça que a condenação de Moro não tem provas, e está baseada apenas e exclusivamente no depoimento do co-réu Léo Pinheiro, que teve redução de pena por acusar Lula; "É com essa farsa que Moro mantém Lula preso e impedido de disputar as eleições", diz o site de Lula
Do Lula.com.br - O juiz Sérgio Moro, em despacho emitido nessa quarta-feira (19), reafirmou que não há provas que relacionem os contratos da Petrobrás listados pelo Ministério Público da Lava Jato, ou recursos da empresa estatal, com supostas vantagens que Lula teria recebido em um apartamento do Guarujá que não é do ex-presidente.
A manifestação é importante porque reforça que a condenação de Moro não tem provas, e está baseada apenas e exclusivamente no depoimento do co-réu Léo Pinheiro, que teve redução de pena por acusar Lula.
Diz Moro no despacho de 19 de setembro: "Não há prova de que os recursos obtidos pela OAS com o contrato com a Petrobrás foram especificamente utilizados para pagamento ao Presidente. Mas isso não altera o fato provado naqueles autos de que a vantagem indevida foi resultado de acerto de corrupção em contratos da Petrobrás".
A única pessoa que falou isso em todo o processo foi o empreiteiro Léo Pinheiro, depois de estar preso há mais de um ano pelo próprio Sérgio Moro, e que falou isso em busca de um acordo para reduzir sua pena.
Os contratos da Petrobrás listados pelo ministério Público na acusação contra Lula foram firmados entre 2006 e 2008. Não há nenhum indício nos autos de qualquer relação de Lula com esses contratos, tanto que Lula foi condenado por "atos de ofício indeterminados", ou seja, desconhecidos.
A suposta "vantagem indevida" que teria sido recebida seria um apartamento no Guarujá que não é nem nunca foi de Lula. Era da própria OAS, onde aconteceram reformas em 2014, pelo menos seis anos após os contratos listados pelo Ministério Público na acusação e três anos depois de Lula não ocupar mais nenhum cargo público.
Lula esteve no tal apartamento uma vez porque sua família cogitou comprar o imóvel. E não quis comprá-lo.
É com essa farsa que Moro mantém Lula preso e impedido de disputar as eleições.


Alckmin reconhece: Haddad está no 2º turno


O candidato tucano Geraldo Alckmin reconheceu que o PT já está no segundo turno da eleição presidencial e o que precisa ser decidido agora é quem irá contra Fernando Haddad; "Precisamos é escolher quem vai contra o PT para vencer o PT no segundo turno, esse é o fato. O PT já está no segundo turno", afirmou; na última pesquisa do Ibope, Alckmin possui 7% das intenções de voto; Jair Bolsonaro (PSL) lidera com 28% enquanto Haddad subiu 11 pontos, para 19%, se isolando no segundo lugar; é a guerra na direita
Reuters - O presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, disse nesta terça-feira que o PT já está no segundo turno da eleição presidencial e o que precisa ser decidido agora é quem irá contra o candidato petista Fernando Haddad.
"Precisamos é escolher quem vai contra o PT para vencer o PT no segundo turno, esse é o fato. O PT já está no segundo turno", afirmou Alckmin durante evento da revista Veja em São Paulo.
Ao ser questionado se não acredita que o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, que lidera as pesquisas de intenção de voto, também esteja garantido no segundo turno, Alckmin foi categórico em dizer que não.
"Eu acho que uma parte dos votos do Bolsonaro é só anti-PT, só anti-PT, estão lá porque acham que é o caminho para derrotar o PT", afirmou.
Segundo ele, a tarefa agora é a de mostrar que as duas opções —Haddad e Bolsonaro— são equívocos e voltou a repetir sua tese de que o Bolsonaro é um "passaporte para a volta do PT".
"Nós vamos mostrar os dois equívocos que o Brasil pode trilhar. Um que é a escuridão, que é o PT, nós já conhecemos, não podemos errar de novo, já vimos no que deu", disse.
"Do outro lado, você tem o salto no escuro, coisa inimaginável, alguém que passou 28 anos na Câmara Federal votando sempre pelo corporativismo, atrasado, a maioria das vezes votando junto com o PT", acrescentou o tucano, referindo-se a Bolsonaro.
Alckmin disse que não mudará sua estratégia e aposta em uma "onda final" de crescimento na última semana para colocá-lo no segundo turno.
Apesar da negativa, o tucano decidiu na véspera mudar sua estratégia de comunicação com o eleitor por meio de ataques mais fortes sobre o risco de uma vitória de Haddad, além da retomada da artilharia contra Bolsonaro, segundo o presidente do PPS, Roberto Freire, que participou de reunião da campanha do PSDB. Nas eleições passadas, o candidato tucano sempre foi quem atraiu os votos antipestistas. [nL2N1W421C]
"O que eu vejo é que nós temos 30 por cento do voto espontâneo indefinido, as pesquisas mostram claramente isso, então a campanha está em aberto. Ela não está definida e ela está por ondas, né? Teve onda Marina, onda Ciro, onda Haddad, ela vai por ondas e o que vai valer é a última onda", disse a jornalistas após o evento.
Na pesquisa Ibope divulgada na noite de segunda-feira, Alckmin oscilou negativamente 2 pontos percentuais, para 7 por cento das intenções de voto, enquanto Bolsonaro apareceu na liderança, com 28 por cento, e Haddad saltou 11 pontos, para 19 por cento, se isolando no segundo lugar.
PETROBRAS E IMPOSTOS
Alckmin voltou a defender a redução da carga tributária ao comentar uma proposta do coordenador econômico de Bolsonaro, economista Paulo Guedes, segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, de recriação de um imposto sobre movimentações financeiras.
"Aí tem dois modelos. O nosso: cortar gasto, cortar gasto, cortar gasto. O outro já anunciou, o que fala em nome do Bolsonaro, já quer criar a CPMF. Pronto, então vamos passar para o povo a conta. Vamos criar mais um imposto, está aí o Paulo Guedes falando para os jornais", afirmou o candidato.
"De jeito nenhum. Vou reduzir a carga tributária, aliás quero dizer claramente aqui. Vamos cortar gastos para valer, sabemos fazer isso", disse Alckmin ao ser questionado se pensa em criar algum tributo.
O tucano acrescentou que o Estado de São Paulo registrou em 2017, sob seu governo, superávit sem aumentar nenhum imposto, em meio a uma crise que atingiu outros grandes Estados do país.
Quando indagado sobre se irá privatizar a Petrobras caso eleito, Alckmin defendeu que parte das atividades sejam privatizadas e que se traga o setor privado para investir em refinarias.
"Não podemos trocar monopólio estatal por monopólio privado. O que a Petrobras tem de expertise? Pesquisa e exploração de petróleo em águas profundas e é isso que ela deve fazer e faz muito bem. Todo o restante privatiza, tudo. Gasodutos, distribuição, refino", afirmou o presidenciável.
Reportagem de Laís Martins

TSE libera Lula a aparecer no programa da Haddad


O ex-presidente Lula poderá aparecer como apoiador na propaganda eleitoral do candidato Fernando Haddad; por 7 votos a 0, o TSE negou pedido do candidato Jair Bolsonaro, que alegou que a imagem de Lula "causaria estados mentais e sentimentais nos telespectadores"; relator, ministro Sergio Banhos, foi incisivo em seu voto, seguido pelos demais ministros; "É inegável que imagem do Ex-Presidente Lula, um dos líderes do Partido dos Trabalhadores, é de suma importância para a campanha de Fernando Haddad. Limitar sua aparição enquanto apoiador imporia à Coligação e ao candidato restrição, ao meu entender, ilícita"; com Lula na TV e no rádio, vai ficar difícil conter a onda Haddad
247 - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, por 7 votos a 0, autorizar a aparição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como apoiador na propaganda eleitoral do candidato do PT a presidente, Fernando Haddad. Decisão foi proferida na noite desta terça-feira (18).
A ação foi ajuizada pelo candidato Jair Messias Bolsonaro, sob alegação de que a imagem de Lula na propaganda de Fernando Haddad, supostamente, "causaria estados mentais e sentimentais nos telespectadores; desqualificaria o Poder Judiciário; manipularia situação fático-jurídica; e tentaria macular a ordem democrática do país".
O advogado da Coligação "O Povo Feliz de Novo", Angelo Longo Ferraro, sócio do escritório Aragão e Ferraro, ressaltou que a coligação cumpre as decisões do TSE. Entretanto, em seguida, denunciou uma prática que tem sido recorrente entre os demais candidatos à Presidência da República:
"O que se verifica com algumas representações que tem sido feitas em face da coligação é que há, na verdade, um receio da presença do Ex-presidente Lula como apoiador, justamente pela representatividade que ele tem. Então o que se tem como pano de fundo, na verdade, é uma tentativa de censurar a presença do Presidente Lula em todo e qualquer programa eleitoral."
Tal entendimento também foi parte central do voto do Relator da ação, Ministro Sérgio Banhos, que fundamentou seu voto na legalidade da propaganda veiculada pela coligação petista, inclusive no que diz respeito a aparição do Ex-Presidente Lula:
"A propaganda eleitoral impugnada é feita em linguagem compatível com o jogo eleitoral e são observadas as limitações impostas nos autos do Registro de Candidatura do Ex-Presidente Lula. É inegável que imagem do Ex-Presidente Lula, um dos líderes do Partido dos Trabalhadores, é de suma importância para a campanha de Fernando Haddad. Limitar sua aparição enquanto apoiador, além das balizas objetivamente previstas no art. 54 da Lei das Eleições, imporia à Coligação e ao candidato Fernando Haddad restrição, ao meu entender, ilícita. Com efeito, às expressões utilizadas por Lula e por Fernando Haddad, que no entendimento do parecer ministerial seriam traços auto exaltação, em especial quanto ao uso da locução "nós fizemos em que cabia todo mundo", a meu ver, pode ser entendida também como "nós, do Partido dos Trabalhadores, fizemos um país em que cabia todo mundo".
Em seguida, foi a vez do Ministro Luís Roberto Barroso, relator do registro de candidatura de Lula, que foi assertivo ao afirmar que o Ex-Presidente Lula é titular de seus direitos políticos e possui o direito de apoiar politicamente qualquer candidatura que desejar. "Como nós decidimos, o Ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pôde registrar a sua candidatura e, consequentemente, não pôde fazer campanha, mas ele não teve os seus direitos políticos cassados e, consequentemente, possui o direito de participar da campanha apoiando quem a ele aprouver".
Dando seguimento ao julgamento, acompanharam o voto do Relator os Ministros Edson Fachin, Jorge Mussi, Og Fernandes e Tarcísio Vieira que, por sua vez, acresceu breves comentários ao julgamento dizendo que, para ele "acrescentar a proibição de aparição (de Lula) seria pena de banimento (...) o que agride a ordem jurídica constitucional vigente".
Fechando o julgamento como a última a votar, a Ministra Rosa Weber, Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, também acompanhou o entendimento de que a propaganda veiculada pela candidatura petista foi regular, de modo a proclamar o resultado unânime pela improcedência das pretensões de Jair Bolsonaro. 


terça-feira, 18 de setembro de 2018

Após ataques nas fronteiras, 3 mil venezuelanos são repatriados; entenda a situação


Plano Volta à Pátria resgata imigrantes vulneráveis na América do Sul e oferece políticas sociais no retorno

Avião da Conviasa, companhia aérea estatal venezuelana, resgata cidadãos na Argentina 
/ Foto: Últimas Notícias

Mais de 3 mil venezuelanos regressaram ao seu país neste mês, segundo dados oficiais. O Estado venezuelano enviou ônibus e aviões ao Brasil, Colômbia, Argentina, Equador e Peru para repatriar todos os cidadãos que quisessem voltar à terra natal. A força tarefa faz parte do "Plano Volta à Pátria", criado recentemente pelo governo de Nicolás Maduro, após episódios de conflitos e maus tratos contra venezuelanos.
No dia 13 de setembro, quando um grupo regressava a Venezuela, o presidente divulgou uma mensagem em vídeo nas redes sociais. "Depois de sofrer exploração e necessidades no norte do Brasil, produto das campanhas midiáticas contra o país, a Venezuela necessita todos seus filhos", disse.
Na última semana, mais de 100 venezuelanos deixaram Roraima em ônibus fretados pelo governo da Venezuela. Todos os repatriados foram incluídos em programas sociais de combate a pobreza e busca de emprego. O ministro de comunicação Jorge Rodríguez explicou, em coletiva de imprensa, que “o governo recebeu milhares de pedidos para continuar repatriando venezuelanos que emigraram aos países da América do Sul”.
O vai e vem de venezuelanos na fronteira com o Brasil, no estado de Roraima, assim como na fronteira com a Colômbia aumentou nos últimos dois anos. O governo venezuelano afirma que há um fluxo intenso migratório, mas não uma crise humanitária, como defendem os países vizinhos e os Estados Unidos. 
Segundo dados divulgados pelo ministro da Comunicação, cerca de 77% das pessoas que atravessam diariamente a ponte internacional Simón Bolívar, que conecta o estado de Táchira na Venezuela com a cidade colombiana de Cúcuta, são colombianos.
Rodríguez recordou que na Venezuela moram mais de 5,6 milhões de colombianos, a maioria refugiados da violência e da guerra civil que afetou a Colômbia nas últimas décadas. De acordo com o governo colombiano, cerca de 870 mil venezuelanos residem no país, a maior parte proveniente da migração dos últimos dois anos.

Venezuelanos voltam ao lar e comemoram em aeroporto. (Foto: Reprodução)

Migração no Brasil
No Brasil o número é menor - são cerca de 30 mil no país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados no início de setembro. O país, para a maior parte dos venezuelanos, é um lugar de passagem: 127 mil venezuelanos entraram no Brasil entre 2017 e 2018 porém 68,9% desse total seguiram para outros países. 
Roraima foi o estado que mais recebeu cidadãos da Venezuela, justamente porque chegam por via terrestre. Nos últimos meses a tensão entre brasileiros e venezuelanos aumentou no estado, o que levou o governo venezuelano a pedir ao governo de Michel Temer (MDB) que garanta os direitos humanos dos cidadãos no Brasil. O ministro da Comunicação da Venezuela afirma que seus compatriotas estão sendo vítimas de uma campanha midiática que tem provocado reações de xenofobia. "O que está sendo revelado é a barbárie contida na xenofobia que os grandes meios de comunicação geraram", denunciou Rodríguez.
O Brasil já recebeu fluxos migratórios maiores que o venezuelano, mas sem que houvesse a formação de grupos organizados anti-imigração, como visto em Pacaraima (RR). Em 2010, o país registrou a entrada de 130 mil haitianos. Em 2015, de acordo com o Ministério do Turismo, 110.983 imigrantes chegaram ao país fugindo da pobreza e da violência, vindos principalmente da África do Sul, Angola, Cabo Verde, Marrocos, Tunísia e Nigéria. A maioria foi para São Paulo.
Entre 2012 e 2017, o Brasil também abrigou cerca de 10 mil sírios, refugiados da guerra. Além dos argentinos que, em 2001, migraram em grande número devido à crise econômica e depois de 2006, atraídos pela valorização da moeda brasileira, totalizando cerca de 6 mil pessoas. 
Roraima 
A relação entre Roraima e Venezuela é antiga e demonstra uma dependência mútua: há 17 anos, 80% da eletricidade é fornecida por uma estatal venezuelana. Além disso, por anos os brasileiros cruzaram a fronteira em busca de produtos mais baratos, pois na Venezuela eles são subsidiados pelo Estado. Isso é o que relata a moradora de Roraima, Juliana Oliveira, de 28 anos. 
“Eu tinha muitos amigos que iam para a Venezuela passar férias, desfrutar das maravilhas do Caribe. Eles também compravam muitas coisas como, tênis, bolsas, roupas de marca. Amavam a Venezuela. Diziam assim: 'nossa, a gente tem um país tão próspero aqui perto da gente, que fornece coisas mais baratas'. Tinham os venezuelanos como irmãos”, afirma a moradora da cidade Rorainópolis. 
Juliana Oliveira relata ainda que o comportamento dos brasileiros mudou depois da crise econômica venezuelana. “Certa vez uma pessoa disse uma coisa que me marcou muito. Eu comentei admirada que a nossa energia aqui em Roraima não vem do Brasil e sim da Venezuela. A pessoa disse: ‘é que gente se considera venezuelano’. Então, vi que existia um amor tão grande pela Venezuela e não esperava que esse amor fosse acabar por causa de uma crise”, destaca a brasileira.
A moradora de Roraima diz ainda que acha injusto o tratamento agressivo dado aos venezuelanos. “Acho muito injusto, porque a gente já desfrutou tanto do país deles. As pessoas passeavam, compravam as coisas e hoje o país está em crise. E que nós brasileiros fazemos? Simplesmente viramos as costas. Não vou generalizar, não são todos. Mas é a grande maioria, infelizmente. A Venezuela é um país maravilhoso, mas aconteceu essa crise, que poderia ser aqui também. Nossa atitude deveria ser estender as mãos”. 
Juliana é missionária em uma igreja evangélica e conta que as igrejas cristãs estão entre as poucas organizações que prestam ajuda e assistência aos venezuelanos. Fornecem refeições e, em alguns casos, abrigam os imigrantes. “As igrejas são algumas das únicas organizações que ainda ajudam. Não são todas, mas a grande maioria entrega alimentos, arrecadam colchões, cobertores e contribuem com todo esse lado logístico. Em Boa Vista teve uma igreja, Sara Nossa Terra, que construiu até quartos, tipo um albergue, para receber os venezuelanos”, relata Juliana.
Diálogo entre governos
A migração venezuelana no Brasil e os casos de xenofobia na fronteira foram temas de um encontro secreto entre o ministro de Defesa do Brasil, general Joaquim Silva e Luna, e seu homólogo venezuelano, general Vladimir Padrino Lopez, no dia 11 de setembro, na cidade venezuelana de Puerto Ordaz. 

Ministros da Defesa do Brasil e da Venezuela mantém diálogo 
aberto | Foto: Alexandre Manfrim/MD

Em entrevista a imprensa brasileira, o general Joaquim Silva e Luna falou sobre o encontro. “Eles precisam de ajuda. A diáspora deles tem a ver com embargo econômico que foi colocado lá dentro. ‘Eu quero trazer o meu pessoal de volta, não tenho meios de fazer’, me disse [o ministro Padrino Lopez]. Eu perguntei: ‘Você aceita ajuda?’ Ele aceita tudo”, descreveu o ministro brasileiro.
Falaram sobre a migração, mas o tema principal teria sido o fornecimento de energia a Roraima, pois o governo brasileiro não paga a parcela de US$ 33 milhões de doláres, prevista em um contrato que vigora desde 2001 entre a Eletronorte e a venezuelana Corpoelec. A gestão Temer alega que o pagamento não é feito em razão das sanções econômicas dos Estados Unidos contra a Venezuela, que impede um depósito em dólar. Apesar da dívida, o governo venezuelano garantiu que não haverá corte de energia para o Brasil.
O ex-presidente da Espanha, Luis Rodríguez Zapatero também vinculou a migração venezuelana ao bloqueio internacional, sobretudo no que se refere ao sistema financeiro que impede a Venezuela de fazer pagamentos e receber recursos em dólares, agravando assim a crise econômica. “Como sempre ocorre com as sanções econômicas que produzem o bloqueio financeiro, quem paga não é o governo, mas os cidadãos, o povo. Isso deveria gerar uma reflexão”, disse Zapatero durante o Seminário Ameaças à Democracia e a Ordem Multipolar, que participou em São Paulo, na última semana. Desde setembro do ano passado, o governo dos EUA aplica sanções contra o governo venezuelano, suas contas em dólares do exterior e funcionários do Estado.
Fonte: Brasil de Fato

Governos progressistas erraram ao serem tolerantes com mídia golpista, avalia Chomsky


O filósofo participou de um encontro com jornalistas da mídia alternativa, nesta segunda-feira (17), em São Paulo

Filósofo Noam Chomsky participa de encontro com jornalistas independentes em São Paulo / Júlia Dolce

Noam Chomsky, linguista, filósofo e um dos mais importantes pensadores e ativistas anticapitalistas da atualidade, compareceu a um encontro com jornalistas da mídia alternativa, na noite desta segunda-feira (17), na sede do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo.
Em uma fala de trinta minutos, Chomsky comentou o poder de manipulação da opinião pública dos meios de comunicação hegemônicos e opinou que a grande mídia latino-americana tem um conhecido histórico golpista. O filósofo deu inicio à sua fala apresentando a introdução do livro “Revolução dos Bichos”, do escritor George Orwell, originalmente censurada. O texto afirma que na Inglaterra não era preciso violência para haver opressão e totalitarismo e destaca o papel da grande mídia nesse processo.
“Quando você olha para a estrutura institucional da mídia, pertencentes a grandes empresas, o produto somos nós. A estrutura da mídia são grandes corporações vendendo as pessoas para outras corporações e anunciantes”.

Chomsky ressaltou exemplos de veículos de comunicação latino-americanos que abertamente se posicionaram pela derrubada de governos de esquerda nas últimas décadas, como o jornal La Prensa, na Nicarágua, e a RCTV, na Venezuela. “Governos de esquerda na América Latina sempre permitiram que as mídias funcionassem e ela é, frequentemente, muito hostil a esses governos. Isso é um problema, porque esses governos estiveram e estão sob um ataque amargo. Em um país livre, isso seria inconcebível”, afirmou.
O filósofo destacou que o governo Lula é um dos principais exemplos de condescendência com a mídia, mesmo sendo completamente atacado por ela. 
“O Brasil se tornou o país com melhor perspectiva do mundo durante os governos de Lula. Em uma forma que nunca tinha acontecido antes. Isso durou até o colapso do governo do PT. Mas isso pode ser alcançado novamente, não há razão para o país não voltar a essa posição”, disse.
Nos últimos meses, Chomsky se engajou na campanha pela libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, defendendo o ex-presidente do que chama de perseguição política e ressaltando que, por direito, ele seria eleito presidente. Sobre a recente decisão do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), que determina que Lula deve ter o direito de ser candidato à presidente, o filósofo destacou a dependência que a organização tem dos estados poderosos.
“Os Estados Unidos não prestam nenhuma atenção ao Comitê de Direitos Humanos da ONU. A ONU não é uma força independente, então, atua até onde os países poderosos permitem”, opinou. No entanto, Chomsky destaca que os EUA já não possui o mesmo poder sobre os países latino-americanos. “A América Latina já conseguiu se livrar, no passado, do controle direto dos Estados Unidos”, afirmou.
Questionado sobre o fenômeno de estudantes e profissionais latino-americanos que, após intercâmbio nos Estados Unidos, exportam conhecimentos liberais para seus países, Chomsky ressaltou o fenômeno dos "Chicago Boys", economistas chilenos que estudaram na cidade estadunidense de Chicago e, posteriormente, formularam a política econômica da ditadura do general Augusto Pinochet, no Chile. Em um alerta, o filósofo ressaltou que o economista do candidato Jair Bolsonaro e nome para o Ministério da Fazenda caso ele seja eleito, Paulo Guedes, representa o mesmo fenômeno. Guedes é doutor em economia pela Universidade de Chicago, instituição referência no pensamento econômico liberal.
Fonte: Brasil de Fato