terça-feira, 18 de setembro de 2018

Após ataques nas fronteiras, 3 mil venezuelanos são repatriados; entenda a situação


Plano Volta à Pátria resgata imigrantes vulneráveis na América do Sul e oferece políticas sociais no retorno

Avião da Conviasa, companhia aérea estatal venezuelana, resgata cidadãos na Argentina 
/ Foto: Últimas Notícias

Mais de 3 mil venezuelanos regressaram ao seu país neste mês, segundo dados oficiais. O Estado venezuelano enviou ônibus e aviões ao Brasil, Colômbia, Argentina, Equador e Peru para repatriar todos os cidadãos que quisessem voltar à terra natal. A força tarefa faz parte do "Plano Volta à Pátria", criado recentemente pelo governo de Nicolás Maduro, após episódios de conflitos e maus tratos contra venezuelanos.
No dia 13 de setembro, quando um grupo regressava a Venezuela, o presidente divulgou uma mensagem em vídeo nas redes sociais. "Depois de sofrer exploração e necessidades no norte do Brasil, produto das campanhas midiáticas contra o país, a Venezuela necessita todos seus filhos", disse.
Na última semana, mais de 100 venezuelanos deixaram Roraima em ônibus fretados pelo governo da Venezuela. Todos os repatriados foram incluídos em programas sociais de combate a pobreza e busca de emprego. O ministro de comunicação Jorge Rodríguez explicou, em coletiva de imprensa, que “o governo recebeu milhares de pedidos para continuar repatriando venezuelanos que emigraram aos países da América do Sul”.
O vai e vem de venezuelanos na fronteira com o Brasil, no estado de Roraima, assim como na fronteira com a Colômbia aumentou nos últimos dois anos. O governo venezuelano afirma que há um fluxo intenso migratório, mas não uma crise humanitária, como defendem os países vizinhos e os Estados Unidos. 
Segundo dados divulgados pelo ministro da Comunicação, cerca de 77% das pessoas que atravessam diariamente a ponte internacional Simón Bolívar, que conecta o estado de Táchira na Venezuela com a cidade colombiana de Cúcuta, são colombianos.
Rodríguez recordou que na Venezuela moram mais de 5,6 milhões de colombianos, a maioria refugiados da violência e da guerra civil que afetou a Colômbia nas últimas décadas. De acordo com o governo colombiano, cerca de 870 mil venezuelanos residem no país, a maior parte proveniente da migração dos últimos dois anos.

Venezuelanos voltam ao lar e comemoram em aeroporto. (Foto: Reprodução)

Migração no Brasil
No Brasil o número é menor - são cerca de 30 mil no país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados no início de setembro. O país, para a maior parte dos venezuelanos, é um lugar de passagem: 127 mil venezuelanos entraram no Brasil entre 2017 e 2018 porém 68,9% desse total seguiram para outros países. 
Roraima foi o estado que mais recebeu cidadãos da Venezuela, justamente porque chegam por via terrestre. Nos últimos meses a tensão entre brasileiros e venezuelanos aumentou no estado, o que levou o governo venezuelano a pedir ao governo de Michel Temer (MDB) que garanta os direitos humanos dos cidadãos no Brasil. O ministro da Comunicação da Venezuela afirma que seus compatriotas estão sendo vítimas de uma campanha midiática que tem provocado reações de xenofobia. "O que está sendo revelado é a barbárie contida na xenofobia que os grandes meios de comunicação geraram", denunciou Rodríguez.
O Brasil já recebeu fluxos migratórios maiores que o venezuelano, mas sem que houvesse a formação de grupos organizados anti-imigração, como visto em Pacaraima (RR). Em 2010, o país registrou a entrada de 130 mil haitianos. Em 2015, de acordo com o Ministério do Turismo, 110.983 imigrantes chegaram ao país fugindo da pobreza e da violência, vindos principalmente da África do Sul, Angola, Cabo Verde, Marrocos, Tunísia e Nigéria. A maioria foi para São Paulo.
Entre 2012 e 2017, o Brasil também abrigou cerca de 10 mil sírios, refugiados da guerra. Além dos argentinos que, em 2001, migraram em grande número devido à crise econômica e depois de 2006, atraídos pela valorização da moeda brasileira, totalizando cerca de 6 mil pessoas. 
Roraima 
A relação entre Roraima e Venezuela é antiga e demonstra uma dependência mútua: há 17 anos, 80% da eletricidade é fornecida por uma estatal venezuelana. Além disso, por anos os brasileiros cruzaram a fronteira em busca de produtos mais baratos, pois na Venezuela eles são subsidiados pelo Estado. Isso é o que relata a moradora de Roraima, Juliana Oliveira, de 28 anos. 
“Eu tinha muitos amigos que iam para a Venezuela passar férias, desfrutar das maravilhas do Caribe. Eles também compravam muitas coisas como, tênis, bolsas, roupas de marca. Amavam a Venezuela. Diziam assim: 'nossa, a gente tem um país tão próspero aqui perto da gente, que fornece coisas mais baratas'. Tinham os venezuelanos como irmãos”, afirma a moradora da cidade Rorainópolis. 
Juliana Oliveira relata ainda que o comportamento dos brasileiros mudou depois da crise econômica venezuelana. “Certa vez uma pessoa disse uma coisa que me marcou muito. Eu comentei admirada que a nossa energia aqui em Roraima não vem do Brasil e sim da Venezuela. A pessoa disse: ‘é que gente se considera venezuelano’. Então, vi que existia um amor tão grande pela Venezuela e não esperava que esse amor fosse acabar por causa de uma crise”, destaca a brasileira.
A moradora de Roraima diz ainda que acha injusto o tratamento agressivo dado aos venezuelanos. “Acho muito injusto, porque a gente já desfrutou tanto do país deles. As pessoas passeavam, compravam as coisas e hoje o país está em crise. E que nós brasileiros fazemos? Simplesmente viramos as costas. Não vou generalizar, não são todos. Mas é a grande maioria, infelizmente. A Venezuela é um país maravilhoso, mas aconteceu essa crise, que poderia ser aqui também. Nossa atitude deveria ser estender as mãos”. 
Juliana é missionária em uma igreja evangélica e conta que as igrejas cristãs estão entre as poucas organizações que prestam ajuda e assistência aos venezuelanos. Fornecem refeições e, em alguns casos, abrigam os imigrantes. “As igrejas são algumas das únicas organizações que ainda ajudam. Não são todas, mas a grande maioria entrega alimentos, arrecadam colchões, cobertores e contribuem com todo esse lado logístico. Em Boa Vista teve uma igreja, Sara Nossa Terra, que construiu até quartos, tipo um albergue, para receber os venezuelanos”, relata Juliana.
Diálogo entre governos
A migração venezuelana no Brasil e os casos de xenofobia na fronteira foram temas de um encontro secreto entre o ministro de Defesa do Brasil, general Joaquim Silva e Luna, e seu homólogo venezuelano, general Vladimir Padrino Lopez, no dia 11 de setembro, na cidade venezuelana de Puerto Ordaz. 

Ministros da Defesa do Brasil e da Venezuela mantém diálogo 
aberto | Foto: Alexandre Manfrim/MD

Em entrevista a imprensa brasileira, o general Joaquim Silva e Luna falou sobre o encontro. “Eles precisam de ajuda. A diáspora deles tem a ver com embargo econômico que foi colocado lá dentro. ‘Eu quero trazer o meu pessoal de volta, não tenho meios de fazer’, me disse [o ministro Padrino Lopez]. Eu perguntei: ‘Você aceita ajuda?’ Ele aceita tudo”, descreveu o ministro brasileiro.
Falaram sobre a migração, mas o tema principal teria sido o fornecimento de energia a Roraima, pois o governo brasileiro não paga a parcela de US$ 33 milhões de doláres, prevista em um contrato que vigora desde 2001 entre a Eletronorte e a venezuelana Corpoelec. A gestão Temer alega que o pagamento não é feito em razão das sanções econômicas dos Estados Unidos contra a Venezuela, que impede um depósito em dólar. Apesar da dívida, o governo venezuelano garantiu que não haverá corte de energia para o Brasil.
O ex-presidente da Espanha, Luis Rodríguez Zapatero também vinculou a migração venezuelana ao bloqueio internacional, sobretudo no que se refere ao sistema financeiro que impede a Venezuela de fazer pagamentos e receber recursos em dólares, agravando assim a crise econômica. “Como sempre ocorre com as sanções econômicas que produzem o bloqueio financeiro, quem paga não é o governo, mas os cidadãos, o povo. Isso deveria gerar uma reflexão”, disse Zapatero durante o Seminário Ameaças à Democracia e a Ordem Multipolar, que participou em São Paulo, na última semana. Desde setembro do ano passado, o governo dos EUA aplica sanções contra o governo venezuelano, suas contas em dólares do exterior e funcionários do Estado.
Fonte: Brasil de Fato

Governos progressistas erraram ao serem tolerantes com mídia golpista, avalia Chomsky


O filósofo participou de um encontro com jornalistas da mídia alternativa, nesta segunda-feira (17), em São Paulo

Filósofo Noam Chomsky participa de encontro com jornalistas independentes em São Paulo / Júlia Dolce

Noam Chomsky, linguista, filósofo e um dos mais importantes pensadores e ativistas anticapitalistas da atualidade, compareceu a um encontro com jornalistas da mídia alternativa, na noite desta segunda-feira (17), na sede do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo.
Em uma fala de trinta minutos, Chomsky comentou o poder de manipulação da opinião pública dos meios de comunicação hegemônicos e opinou que a grande mídia latino-americana tem um conhecido histórico golpista. O filósofo deu inicio à sua fala apresentando a introdução do livro “Revolução dos Bichos”, do escritor George Orwell, originalmente censurada. O texto afirma que na Inglaterra não era preciso violência para haver opressão e totalitarismo e destaca o papel da grande mídia nesse processo.
“Quando você olha para a estrutura institucional da mídia, pertencentes a grandes empresas, o produto somos nós. A estrutura da mídia são grandes corporações vendendo as pessoas para outras corporações e anunciantes”.

Chomsky ressaltou exemplos de veículos de comunicação latino-americanos que abertamente se posicionaram pela derrubada de governos de esquerda nas últimas décadas, como o jornal La Prensa, na Nicarágua, e a RCTV, na Venezuela. “Governos de esquerda na América Latina sempre permitiram que as mídias funcionassem e ela é, frequentemente, muito hostil a esses governos. Isso é um problema, porque esses governos estiveram e estão sob um ataque amargo. Em um país livre, isso seria inconcebível”, afirmou.
O filósofo destacou que o governo Lula é um dos principais exemplos de condescendência com a mídia, mesmo sendo completamente atacado por ela. 
“O Brasil se tornou o país com melhor perspectiva do mundo durante os governos de Lula. Em uma forma que nunca tinha acontecido antes. Isso durou até o colapso do governo do PT. Mas isso pode ser alcançado novamente, não há razão para o país não voltar a essa posição”, disse.
Nos últimos meses, Chomsky se engajou na campanha pela libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, defendendo o ex-presidente do que chama de perseguição política e ressaltando que, por direito, ele seria eleito presidente. Sobre a recente decisão do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), que determina que Lula deve ter o direito de ser candidato à presidente, o filósofo destacou a dependência que a organização tem dos estados poderosos.
“Os Estados Unidos não prestam nenhuma atenção ao Comitê de Direitos Humanos da ONU. A ONU não é uma força independente, então, atua até onde os países poderosos permitem”, opinou. No entanto, Chomsky destaca que os EUA já não possui o mesmo poder sobre os países latino-americanos. “A América Latina já conseguiu se livrar, no passado, do controle direto dos Estados Unidos”, afirmou.
Questionado sobre o fenômeno de estudantes e profissionais latino-americanos que, após intercâmbio nos Estados Unidos, exportam conhecimentos liberais para seus países, Chomsky ressaltou o fenômeno dos "Chicago Boys", economistas chilenos que estudaram na cidade estadunidense de Chicago e, posteriormente, formularam a política econômica da ditadura do general Augusto Pinochet, no Chile. Em um alerta, o filósofo ressaltou que o economista do candidato Jair Bolsonaro e nome para o Ministério da Fazenda caso ele seja eleito, Paulo Guedes, representa o mesmo fenômeno. Guedes é doutor em economia pela Universidade de Chicago, instituição referência no pensamento econômico liberal.
Fonte: Brasil de Fato


Haddad busca ministro de Fazenda com perfil acadêmico e que dialogue com mercado


O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, já definiu o perfil de seu futuro ministro da Fazenda, caso vença as eleições: alguém ligado a academia e com boas relações com o mercado, segundo a agência Reuters; ideia de alguém que inspire confiança no mercado seria uma estratégia para mostrar que o governo Haddad teria compromisso com o rigor fiscal e não embarcaria em uma guinada radical da economia
Reuters - A escolha pode não agradar seu partido, mas o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, já tem em mente o perfil de seu futuro ministro da Fazenda, no caso de vencer as eleições deste ano: alguém muito próximo da academia e que tenha boas relações com o mercado, disse à Reuters uma fonte próxima ao candidato.
O desempenho recente de Haddad nas pesquisas de intenção de voto —na última do Datafolha o petista passou de 9 para 13 por cento das intenções de voto em menos de uma semana— elevou o grau de especulações sobre como seria uma equipe econômica em seu governo.
Recém-ungido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como seu substituto, com a mudança tendo sido oficializada há uma semana, Haddad não declara ainda nomes possíveis e tem dito ao ser questionado que é muito cedo para pensar em equipe. O perfil, no entanto, está claro, segundo quem acompanha o candidato.
"Uma outra coisa está certa: ele não colocaria um político no cargo", disse a fonte ouvida pela Reuters, que pediu anonimato.
Seria um caminho diferente do usado por seu padrinho político. Lula indicou o ex-deputado Antonio Palocci como seu primeiro ministro da Fazenda. Se pudesse ser eleito —Lula teve sua candidatura barrada por ter sido enquadrado na Lei da Ficha Limpa— o ex-presidente pretendia seguir caminho parecido. Haddad, que tem mestrado em economia, afirmou à Reuters que Lula o havia convidado inicialmente para ser o seu ministro da Fazenda.
A ideia de alguém que inspire confiança no mercado seria uma estratégia para mostrar que um governo Haddad tem compromisso com o rigor fiscal e se manterá longe do desenvolvimentismo assumido pelo governo Dilma Rousseff e de algumas ideias defendidas pelo economista Marcio Pochmann, diretor da Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, e um dos autores da parte econômica do plano de governo petista.
O nome de Pochmann causa arrepios no mercado, de acordo com fontes ouvidas pela Reuters que, há duas semanas analisaram as ideias do candidato. Em sabatina do UOL, SBT e jornal Folha de S. Paulo, na segunda-feira, Haddad deu sinais claros de que o economista não estaria entre seus preferidos para compor um governo.
"Marcio é um professor, candidato a deputado federal e uma pessoa independente do ponto de vista intelectual", disse o candidato petista, ressaltando ainda que Pochmann participou do programa de governo petista, coordenado por Haddad, como "outras 300 pessoas participaram".
Em conversas com bancos e grupos de investimentos, Haddad buscou passar segurança que um governo petista sob seu comando se não seria "amigo do mercado", também não seria inimigo e seria possível de dialogar. Falta, no entanto, o nome de um possível ministro da Fazenda.
"Ele (Haddad) cita pelo primeiro nome economistas que são caros ao mercado como Samuel Pessôa e Marcos Lisboa, o que é um alento. Mas esse seria o perfil do seu ministro?", questionou uma das fontes ouvidas no mês passado pela Reuters.
Ambos têm exatamente o perfil que Haddad traça para seu ministro da Fazenda, mas até agora não houve conversas, sondagens e muito menos convites.
Lisboa, presidente do Insper, foi quem convidou Haddad a dar aula no Insper, instituição de ensino voltada para as ciências econômicas e exatas em São Paulo. No primeiro governo Lula, foi secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda por pouco mais de dois anos. Depois disso teceu críticas duras a medidas econômicas adotadas posteriormente nos governos petistas.
Já Pessôa, ligado ao PSDB e professor da Fundação Getulio Vargas, foi colega de mestrado de Haddad na Universidade de São Paulo e mantém uma ótima relação com o ex-prefeito. Em 2014 foi um dos colaboradores do programa econômico do presidenciável tucano Aécio Neves.
Reportagem de Lisandra Paraguassu; Edição de Maria Pia Palermo e Alexandre Caverni


Câmara de Apucarana realiza Audiência Pública - LOA e Sessão Ordinária


Apucarana prevê orçamento 6,4% maior em 2019


A Prefeitura e a Câmara Municipal de Apucarana realizaram na tarde de ontem (segunda-feira 17/09), Audiência Pública para elaboração do Projeto de Lei que estima a receita e fixa a despesa do município de Apucarana para o exercício financeiro de 2019 – LOA (Lei Orçamentária Anual).
Pelo município a apresentação foi conduzida pelo secretário Municipal da Fazenda, Marcello Augusto Machado. Segundo ele, a Prefeitura de Apucarana deve arrecadar R$372.703.049,05 ao longo do próximo ano. O montante estimado é 6,4% maior do que o orçamento previsto para este ano, que deve fechar em R$350.286.410,32. “A LOA é uma estimativa feita com muito critério pela nossa equipe técnica, pois a saúde financeira do Município está diretamente ligada ao respeito do orçamento, visando que as despesas não sejam maiores que as receitas e assim dívidas não sejam deixadas para os próximos gestores, como infelizmente aconteceu no passado e hoje impede a cidade de avançar mais”, frisou Machado.
Além de evolução da receita e das despesas públicas municipais ao longo dos últimos anos, Machado apresentou estimativas das principais receitas e despesas para o próximo ano. “Em 2019, pelo menos R$24 milhões serão destinados ao pagamento de precatórios e amortização da dívida pública. Caso não houvessem as dívidas herdadas, seria mais dinheiro para investimento”, revelou Marcello Machado.
Com relação à aplicação dos índices constitucionais, R$19.392.858,00 (27,53%) serão absorvidos pela Educação, R$38.343.500,00 (19,37%) pela Saúde e 42,40% estão reservados para despesa com pessoal. “Outros R$19 milhões serão absorvidos por obras e aquisição de novos equipamentos para a prefeitura e órgãos centralizados, autarquias de Saúde e Educação e para o Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan)”, informou o secretário. O duodécimo a ser repassado à Câmara de Vereadores em 2019 será 7,98% maior que em relação a este ano, chegando a R$12.005.015,40.
A apresentação da LOA, pela Câmara Municipal de Apucarana foi feita pelo oficial técnico legislativo, Júlio César Ravazzi dos Santos. Ele detalhou que a previsão de orçamento para o Exercício Financeiro será de R$ 12.005.015,40. “Serão distribuídos em dotações orçamentárias sendo: R$ 8.403510,78 (70%) para gastos com Folha de pagamento e obrigações patronais e R$ 3.601.504,62 (30%) para gastos com manutenção legislativa”, detalhou.
O projeto da LOA 2019 será agora avaliado pelas comissões de vereadores, que poderão sugerir emendas. A matéria deve aprovada e devolvida ao Executivo Municipal até o dia 31 de dezembro para, então, ser sancionada pelo prefeito Beto Preto. A audiência pública foi acompanhada por 10 vereadores. A única ausência foi a do vereador José Airton “Deco” de Araújo.
PRESTAÇÃO DE CONTAS – AGOSTO 2018
Após a realização da Audiência Pública, o presidente do legislativo, Mauro Bertoli, realizou a prestação de contas referente ao mês de agosto de 2018. “O saldo em conta corrente em 31 de julho de 2018 era de R$ 1.737.367,14. Retenção do Importo de Renda F.P. (repasse ao Executivo Municipal) R$ 65.667,84; Duodécimo recebido (+) R$ 883.156,36; Rendas sobre aplicações financeiras (repasse ao Executivo Municipal) (+) R$ 2.057,76; Despesas pagas (-) R$ 786.329,30. Finalizamos agosto com um saldo disponível em conta corrente em 31.08.2018 – R$ 1.836.251,96”, enumerou Bertoli.
SESSÃO ORDINÁRIA
A Sessão Ordinária contou com a presença dos 11 vereadores, em plenário. Foram votados e aprovados 03 Projetos de Lei: PL nº 99/2018, de autoria do vereador Luciano Augusto Molina, em última votação, que dispõe sobre a implantação da campanha socioeducativa permanente, destinada a desestimular a prática de dar esmolas, promover a conscientização da população sobre os malefícios ocasionados por esta prática; PL nº 102/18, de autoria do vereador Lucas Leugi, que estabelece que os estabelecimentos privados ou públicos localizados no município de Apucarana devem reservar um por cento do total de vagas, a fim de atender as pessoas com transtorno de espectro autista; PL nº 108/2018, de autoria do vereador Marcos da Vila Reis, que concede o Diploma de Méritos em Tarefas Comunitárias de Apucarana ao Sr. Alexandre Soares pelos relevantes serviços prestados a comunidade apucaranense e o Projeto de Decreto Legislativo nº 27/2018 que concede o Diploma “Prêmio Eficiência” à Associação dos Deficientes Físicos de Apucarana – “ADEFIAP”, pelos relevantes serviços prestados aos deficientes. A honraria, de autoria da vereadora Márcia Sousa, foi votada e aprovada na Semana Nacional da Pessoa com Deficiência.
Também foram votados e aprovados 03 Requerimentos: de autoria do vereador Lucas Leugi que pede informações ao diretor da VAL – Viação Apucarana Ltda., sobre o descaso com os usuários dos transportes coletivos no trajeto da Avenida Governador Roberto da Silveira, sentido centro, no horário próximo das 17h35, no ponto localizado ao lado do Nortão Madeiras; de autoria do vereador Antonio Marques da Silva, Marcos da Vila Reis, que pede informações à diretoria da FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos, sobre a existência de Lei ou algum dispositivo legal que obrigue as agências bancárias a disponibilizar guarda-volumes para os clientes e, do vereador Edson Freitas que pede informações ao prefeito municipal, baseado na Lei 13.005/2014 – Plano Nacional de Educação, sobre as escolas apucaranenses habilitadas para ter o EJA – Educação de Jovens e Adultos. Dois outros Requerimentos, de autoria do vereador Rodolfo Mota, foram rejeitados.
A próxima sessão ordinária será realizada na segunda-feira (24/09), às 16 horas.


Haddad dispara em Pernambuco e lidera com 26%, diz Ibope


O Pesquisa Ibope divulgada pelo Jornal do Commercio na noite dessa segunda-feira, 17, mostra que o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, já alcança 26% das intenções de voto em Pernambuco; Haddad assumiu a liderança na corrida presidencial no Estado, com quase dez pontos à frente de Jair Bolsonaro (PSL), que marcou 17%. Em terceiro vem Ciro Gomes (PDT) com 12%, seguido de Marina Silva (REDE) com 8% e Geraldo Alckmin (PSDB) com 5%
Pernambuco 247 - O Pesquisa Ibope divulgada pelo Jornal do Commercio na noite dessa segunda-feira, 17, mostra que o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, já alcança 26% das intenções de voto em Pernambuco.
Haddad assumiu a liderança na corrida presidencial no Estado, com quase dez pontos à frente de Jair Bolsonaro (PSL), que marcou 17%. Em terceiro vem Ciro Gomes (PDT) com 12%, seguido de Marina Silva (REDE) com 8% e Geraldo Alckmin (PSDB) com 5%.
A pesquisa mostra também que, nas respostas espontâneas, 20% dos pernambucanos ainda declaram voto no ex-presidente Lula, que foi retirado da disputa pelo TSE e indicou Haddad como seu sucessor. "Esse percentual deve ser repassado para Haddad nos próximos dias", acredita o cientista político Sérgio Praça, da FGV, ouvido pelo jornal.


Tony Garcia diz que Rossoni pediu R$ 5 mi para registrar voto pró-Cunha


O empresário e ex-deputado estadual Tony Garcia acusou o deputado federal Valdir Rossoni (PSDB-PR), ex-secretário-chefe da Casa Civil de Beto Richa, de pedir R$ 5 milhões para votar a favor do arquivamento do pedido de cassação do deputado Eduardo Cunha no Conselho de Ética da Câmara, em junho de 2016
Paraná 247 - O empresário e ex-deputado estadual Tony Garcia acusou o deputado federal Valdir Rossoni (PSDB-PR), ex-secretário-chefe da Casa Civil de Beto Richa, de pedir R$ 5 milhões para votar a favor do arquivamento do pedido de cassação do deputado Eduardo Cunha no Conselho de Ética da Câmara, em junho de 2016. 
O acordo de delação premiada de Tony Garcia subsidiou a decisão de prender o ex-governador Beto Richa. "Eu tinha falado para ele [Beto] que o Rossoni tinha pedido cinco milhões pra mim, pra votar com o Eduardo Cunha na coisa da Comissão de Ética lá. Eu tinha falado pra ele. Não escondo de ninguém, o Eduardo Cunha era meu amigo. O Rossoni, fui lá no dia da votação, o Rossoni votou com o Eduardo para presidente e depois, quando veio o negócio da Comissão de Ética, aconteceu isso e eu falei pro Beto. Ele disse que eu podia cuspir na cara dele se um dia ele trouxesse o Rossoni", diz Garcia.
Por onze votos a nove, a Comissão de Ética aprovou o parecer pela cassação de Cunha. Rossoni votou a favor do relatório. Em sua delação, Garcia não explica se o acerto foi concretizado e se o dinheiro foi pago.


terça-feira, 11 de setembro de 2018

Raquel Dodge pede arquivamento de inquérito contra Aécio Neves no STF


Felipe Pontes
Da Agência Brasil
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu nesta terça-feira (11) o arquivamento de um inquérito contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) no Supremo Tribunal Federal (STF). O senador é investigado por supostamente ter atuado para fraudar registros do Banco Rural remetidos à CPMI dos Correios, em 2005.
O inquérito teve como base a delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral, que presidiu a CMPI e relatou ter sido procurado por Eduardo Paes, então deputado pelo PSDB, que lhe teria pedido, em nome de Aécio, que adiasse o prazo dado ao Banco Rural para o envio dos documentos, de modo a haver tempo para a fraude.
O objetivo, segundo Delcídio, seria maquiar dados que pudessem revelar esquema semelhante ao Mensalão sendo operado pelo publicitário Marcos Valério na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em benefício do então governador Aécio Neves e de seu vice, Clésio de Andrade.
Ao pedir o arquivamento do inquérito, Raquel Dodge argumenta que “a autoridade policial não recolheu provas ou elementos de convicção suficientes para corroborar as declarações do colaborador e permitir a instauração da ação penal”.
“Além disso, ante o tempo decorrido desde o ano 2005, quando os fatos teriam ocorrido, a autoridade policial não vislumbra outras diligências que lhe permitam elucidar os fatos e sua autoria, além das diversas medidas já adotadas, que eram potencialmente úteis ao avanço da apuração, mas não desvendaram os fatos em sua inteireza”, acrescentou a PGR.
Policia Federal
Em relatório encaminhado em maio, o delegado da PF Heliel Jefferson Martins Costa, entretanto, concluiu que ser “seguro afirmar que no início do segundo semestre de 2005, por intermédio de pessoa não plenamente identificada, Aécio Neves da Cunha e Clésio Soares de Andrade ofereceram vantagem indevida a Delcídio do Amaral para que este, na condição de presidente da CPMI dos Correios, viabilizasse o retardamento e a inadequação de remessa pelo Banco Rural de informações bancárias envolvendo as empresas de Marcos Valério”.
Ainda assim, Raquel Dodge afirmou que “não há elementos suficientes para fundamentar a continuidade do inquérito”. Caberá ao relator do caso, ministro Gilmar Mendes, decidir sobre o pedido da PGR para arquivar o processo.


Quem é Malucelli, amigo de Moro, que escapou da prisão na Lava Jato, mas foi alcançado pelo MP do Paraná. Por Joaquim de Carvalho

Moro e Malucelli (primeiro à esquerda), num show de Fagner


ESTE PERFIL DE JOEL MALUCELLI FOI PUBLICADO EM 9 DE MARÇO DE 20018 E ESTÁ SENDO ATUALIZADO E REPUBLICADO AGORA, EM RAZÃO DO DECRETO DE PRISÃO DO EMPRESÁRIO.
A 49a. Fase da Operação Lava Jato jogou os holofotes da Polícia Federal para Delfim Netto, poderoso no passado, hoje quase um zumbi.
Não significa que não deva responder por crimes que tenha praticado.
Mas esta investigação não será justa se não apresentar em todos os seus contornos o papel do empresário Joel Malucelli, dono de uma empreiteira que participou do esquema de corrupção que, segundo a Lava Jato, superfaturou a construção da usina de Belo Monte. O consórcio de empreiteiras é que teria pago propina para Delfim Netto.
Até aqui, o nome de Malucelli tem sido preservado, o que é altamente suspeito, já que, em Curitiba, é conhecida a sua amizade com o juiz Sergio Moro. O primeiro a tratar dessa relação foi o empresário Mário Celso Petraglia, que foi presidente do Atlético Paranaense. 
Em 2014, Petraglia compartilhou em sua página no Facebook uma nota que associava Malucelli e Sergio Moro. Dizia a postagem:
– Segundo informações de pessoas próximas à Operação Lava Jato, o informante do Juiz Federal Sérgio Fernando Moro nas investigações seria Joel Malucelli, suplente do Senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Segundo Petraglia, Malucelli já era tratado de senador pelos amigos. A razão é que, pela articulação em curso, Malucelli assumiria o senado na hipótese de Aécio vencer as eleições.
É que o empresário amigo de Moro é suplente do Álvaro Dias, na época cotado para ministro num hipotético governo do PSDB.
É o que explicaria o avanço da Lava Jato contra o PT, Lula e Dilma, que teve seu apogeu no vazamento distorcido de um depoimento de Aberto Yousseff — uma espécie de doleiro de estimação de Moro —, às vésperas da eleição.
Com o vazamento, Veja antecipou a edição em que Lula e Dilma apareciam acima do título com a informação falsa de que Yousseff teria dito que os dois sabiam do esquema de corrupção na Petrobras.
Apesar do golpe baixo, Aécio perdeu, mas a Lava Jato continuou mais poderosa e o que aconteceu todos sabem: Dilma caiu, num ambiente político contaminado pelos vazamentos dos processos sob condução de Moro.
A postagem de Petraglia não está mais em sua página no Facebook e ele acabou implicado em uma denúncia antiga, tirada dos arquivos da Polícia Federal, que se transformou em um processo por lavagem de dinheiro, na Vara de Moro. Nada a ver com a Lava Jato, mas com outras ações do ex-presidente do Atlético Paranaense.
Petraglia não fala sobre o episódio (eu o procurei em Curitiba).
O grupo Malucelli, com um patrimônio avaliado em R$ 2 bilhões, possui mais de 40 empresas, atuando desde a construção pesada até meios de comunicação, intercalando usinas hidrelétricas, sistema financeiro, futebol entre outros.
Malucelli é dono de emissoras de rádio, da TV Bandeirantes em Curitiba e Maringá, além de ser banqueiro e empreiteiro , com participação em diversos pedágios no Paraná.
É proprietário do Paraná Banco e, em 2008, constituiu a primeira resseguradora privada do Brasil. O Grupo J. Malucelli foi, por meio de sua seguradora, a pioneira na emissão de apólices pela internet.
A Band News, uma de suas emissoras, teve acesso em 2006 a uma cópia de grampos de conversas telefônicas e  ambientais que mostravam Moro em conversas constrangedoras
Em uma delas, conversando com o amigo e advogado Carlos Zucolotto Júnior, Moro quebra o sigilo de uma investigação ao comentar a prisão de algumas pessoas envolvidas em denuncia de crime de colarinho branco — um desses presos é negro e Moro fez referência à cor de sua pele com um vocabulário que, se a conversa fosse vazada, comprometeria sua imagem de homem educado. Zucolotto ligou para dizer que Moro estava famoso, e ouviu os comentários desairosos do amigo.
Mas a Band News não divulgou o grampo. Os jornalistas envolvidos na cobertura dizem que não foi por pressão de Malucelli. Teria sido avaliação dos próprios profissionais, que não quiseram divulgar as conversas em razão da origem clandestina das escutas.
O empresário, entretanto, não é do tipo que dá carta branca a seus subordinados. Em outro episódio, ele mandou embora jornalistas que fizeram a cobertura crítica da tentativa de mudança do sistema de previdência da Assembleia Legislativa.
A lei acabou não aprovada. Mais tarde, um dos jornalistas demitidos acabou descobrindo que Malucelli perdeu muito dinheiro com essa derrota. Seu banco, o Paraná, é que administraria o fundo de previdência que seria criado.
Malucelli continua poderoso no Estado. Ele é presidente do Podemos, o partido a que o senador Álvaro Dias se filiou depois de deixar o PSDB.
Com 4 anos de seu terceiro mandato consecutivo, que vai até 2022, Álvaro Dias é candidato a presidente da República. Tem chances mínimas de se eleger, mas pode ocupar um espaço que o leve a um ministério em 2019. Com isso, Malucelli poderia se tornar senador e transformar em realidade o desejo dos amigos.
A Lava Jato, até agora, não tem sido obstáculo a seus planos.
A prisão decretada neste 11 de setembro de 2018 foi solicitada pelo Ministério Público Estadual do Paraná, sem relação direta com a Lava Jato.
Malucelli e Álvaro Dias, os manda-chuvas do Podemos

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PS: Há na rede social uma foto em que Moro aparece com Malucelli. É de maio de 2015 e foi publicada na coluna de Cícero Cattani. Ele diz:
O juiz Sérgio Moro foi a figura mais assediada durante a festa de comemoração pelos dez anos da Abrabar-PR (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), no bar Santa Marta, na noite de segunda-feira. Cumprimentado pelas autoridades presentes pelo trabalho que realiza a frente da Operação Lava Jato e muito solicitado para selfies, ele assistiu ao show do cantor Fagner, principal atração da festa, num camarote acompanhado da mulher, Rosângela, e alguns amigos.
Na foto, o juiz federal Sérgio Moro (de camisa preta) com o deputado estadual Ney Leprevost, o empresário Joel Malucelli (ambos à esq.), o Ouvidor Geral de Curitiba, Clóvis Costa (de camisa branca), o cantor Fagner e o presidente da Abrabar-PR, Fabio Aguayo (com a placa na mão), na festa pelos dez anos da entidade no bar Santa Marta – Pedro Mariucci Neto.

Fonte: DCM


Grupo de mulheres contra Bolsonaro tem mais de 740 mil participantes


Até as 15 horas desta terça-feira 11, mais de 740 mil mulheres já participavam do grupo fechado "Mulheres Unidas contra Bolsonaro"; uma hora antes, o número era de cerca de 680 mil; postagens indicam disposição das mulheres em votar em qualquer candidato com possibilidade de vencer Bolsonaro em um eventual segundo turno
247 - O receio de que as posições machistas e racistas do candidato Jair Bolsonaro se concretizem, caso ele vença as eleições, levou milhares de mulheres a criar um grupo fechado no Facebook para criticar as ideias preconceituosas do presidenciável. A página fechada "Mulheres Unidas Contra Bolsonaro" foi criada no dia 30 de julho e o número de adesões tem crescido de forma espantosa.
Até as 15 horas desta terça-feira 11, mais de 740 mil mulheres já participavam. Uma hora antes, o número era de cerca de 680 mil. Parte das postagens indica a disposição das mulheres em votar em qualquer candidato com possibilidade de vencer Bolsonaro em um eventual segundo turno.
Segundo uma das colaboradoras do grupo, Janete Moro, há "uma diversidade de inclinações políticas de maioria no campo da esquerda, com um ponto em comum que é combater Bolsonaro e as forças fascistas promovidas pela mídia golpista".
Segundo as regras postadas no perfil da página, o grupo é voltado apenas para mulheres, cis e trans, não sendo permitido discursos de ódio, bullying, promoção, spam ou postagens sobre outros candidatos.
No texto de abertura, as administradoras ressaltam que a ideologia representada por Bolsonaro "em princípio nos atormenta pelas ameaças as nossas conquistas e direitos é uma grande oportunidade para nos reconhecer como mulheres. Esta é uma grande oportunidade de união! De reconhecimento da nossa força! O reconhecimento da força da união de nós mulheres pode direcionar o futuro deste país! Bem-vindas aquelas que se identificam com o crescimento deste movimento".
A rejeição de Bolsonaro é grande entre as mulheres. Apesar de liderar a disputa presidencial com 24% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (10) e possuir 17% da intenção de voto do eleitorado feminino, ele é rejeitado por 49% delas. Detalhe: as mulheres somam 52% do total de eleitores do Brasil.


“Mercado” sente que Haddad já ganhou: bolsa despenca e dólar vai a R$ 4,18


Por mais que a mídia alinhada ao golpe tenha tentado esconder, a grande novidade do Datafolha é a força do PT; segundo a pesquisa, 33% dos eleitores votam com certeza em quem Lula indicar, ou seja, Fernando Haddad, e 16% podem vir a votar – o que abre espaço até para uma vitória em primeiro turno; Haddad promete taxar lucros e dividendos, assim como aumentar o IR dos mais ricos, para distribuir melhor a riqueza; outra promessa é a democratização da mídia
Infomoney - Os negócios no mercado brasileiro são, mais uma vez, influenciados pelas expectativas com as eleições presidenciais. Os investidores repercutem a pesquisa Datafolha nesta terça-feira (11), que não mostrou o enfraquecimento da esquerda, conforme era esperado após o atentado sofrido por Jair Bolsonaro (PSL) na quinta-feira (6). Ao mesmo tempo, as bolsas internacionais registram queda, de olho na tensão comercial entre China e Estados Unidos.
Às 11h38 (horário de Brasília), o Ibovespa acentuava suas perdas e tinha queda de 2,18%, aos 74.768 pontos. O contrato do dólar com vencimento em outubro registrava ganhos de 2,09%, cotado a R$ 4,18, e o dólar comercial subia 1,83%, para R$ 4,168 na venda. O risco-Brasil, medido pelo CDS, e os juros futuros também sobem.
O Datafolha mostrou aumento dentro da margem de erro para Bolsonaro, que agora tem 24%, oscilando para cima contra 22% no levantamento de 22 de agosto. Em segundo lugar, a disputa ficou embolada entre quatro candidatos: Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT), provável candidato do PT com a impugnação da candidatura de Lula pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Vale destacar a evolução dos nomes nas pesquisas: Ciro apresentou um notável crescimento, Marina "desidratou", Alckmin chegou aos dois dígitos, mas com crescimento ainda em ritmo baixo, ao mesmo tempo em que Haddad passou de 4% na pesquisa de 22 de agosto para 9% no levantamento divulgado ontem. Já no segundo turno, Bolsonaro não venceria em nenhum dos cenários simulados (veja a análise clicando aqui).
Ainda no destaque político, Haddad deve assumir hoje a chapa presidencial do PT, até 19h (de Brasília) quando termina o prazo para que o partido oficialize a troca de candidato. Além disso, é esperada para essa noite a divulgação de mais uma pesquisa, do Ibope.
Enquanto isso, durante a manhã, mais um fator complicador para Alckmin: o seu correligionário, o ex-governador do Paraná Beto Richa, candidato ao Senado pelo PSDB, foi preso na manhã desta terça-feira pelo Gaeco em Curitiba, no Paraná.
O cenário externo também não é favorável. O crescente receio sobre as relações comerciais entre as maiores economias do mundo pressionam as bolsas globais. Segundo a Reuters, a China pediu autorização à OMC (Organização Mundial do Comércio) para impor tarifas aos Estados Unidos. A Casa Branca anunciou na segunda-feira (10) que está coordenando uma segunda reunião entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un.
Destaques da Bolsa
A Petrobras registra queda de mais de 2%, a Eletrobras (ELET3 -5,66%;ELET6 -5,85%) tem queda de mais de 3%, enquanto os bancos como Banco do Brasil (BBAS3 -3,94%), Bradesco (BBDC3 -3,73%;BBDC4 -3,57%) e Itaú Unibanco (ITUB4 -3,3%) caem entre 2% e 3%. Com a alta do dólar comercial, apenas empresas exportadoras sobem no Ibovespa, caso de Suzano (SUZB3 -1,74%), Fibria (FIBR3 +0,34%) e Embraer (EMBR3 +0,2%).