sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Paulo Sérgio Pinheiro: posição da ONU sobre Lula é “decisão obrigatória”


Diplomata brasileiro, que integra o corpo de especialistas e dirigentes da ONU, afirmou que a liminar do Comitê de Direitos Humanos da instituição que afirma que Lula tem direito de ser candidato e manter seus direitos políticos é "decisão obrigatória e de efeito imediato"; "A decisão é o resultado de um longo processo de informações às partes e ao governo brasileiro", afirma o ex-ministro de FHC; " No caso de descumprimento da decisão pelo governo brasileiro, caberá ao país uma "sanção moral", uma "má fama internacional", completou
247 - O brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, que integra o corpo de especialistas e dirigentes da Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou que a liminar do Comitê de Direitos Humanos da instituição que autoriza o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a disputar a eleição para a Presidência da República é uma "decisão obrigatória e de efeito imediato".
A afirmação de Pinheiro foi feita ao portal UOL pouco após a divulgação da decisão do Comitê que afirma que os direitos políticos de Lula não podem ser violados, com base no artigo 25 do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos. O Brasil é signatário do pacto desde os anos de 1980, quando foi assinado pelo então presidente José Sarney.
Na decisão, o comitê da ONU "requer que o Estado brasileiro tome todas as medidas necessárias para garantir que o autor [Lula] desfrute e exerça seus direitos políticos enquanto na prisão, como candidato nas eleições presidenciais de 2018, incluindo acesso apropriado à mídia e a integrantes de seu partido político", até que todos os recursos sejam esgotados.
O Comitê de Direitos Humanos, formado por 18 especialistas, é responsável pela observação e fiscalização do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos. Paulo Sérgio Pinheiro, que atualmente é o presidente da comissão de inquérito da ONU que apura crimes de guerra na Síria, além de ter sido secretário dos Direitos Humanos no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, ressalta que o Brasil também assinou, em 2009, um protocolo adicional no qual aceita se submeter às decisões do Comitê
"Então, o que se pode dizer é que [esse comunicado] é obrigatório", disse Pinheiro. "É importante caracterizar a qualidade do documento", observou. "Não tem isto: 'Ah, isto é bobagem, aqueles caras da ONU não entendem o Brasil'. A decisão é o resultado de um longo processo de informações às partes e ao governo brasileiro. Esse desfecho era esperado, eles podiam ter negado, mas aprovaram, o que é um grande feito para a defesa do ex-presidente Lula. E isso é puro acidente [o momento da decisão, um dia após o início da campanha oficial e à espera de uma decisão sobre o registro], porque não tem ninguém daqui comandando lá." No caso de descumprimento da decisão pelo governo brasileiro, caberá ao país uma "sanção moral", uma "má fama internacional", explicou Pinheiro.
O Comitê de Direitos Humanos, contudo, ainda irá se pronunciar sobre o processo judicial de Lula. Apesar da candidatura de Lula ter sido homologada pelo PT, ela pode ser rejeitada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa.
O diplomata também falou à Rede Brasil Atual. Confira abaixo a reportagem:
Brasil 'se obriga' a cumprir decisão da ONU sobre Lula, diz Paulo Sérgio Pinheiro
O diplomata Paulo Sérgio Pinheiro, ex-ministro de Direitos Humanos no governo Fernando Henrique Cardoso, afirmou que o Estado brasileiro deve acatar a decisão do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas anunciada nesta sexta-feira (17) que reafirma os direitos políticos de Lula como candidato. Pela decisão, Lula deve ter livre acesso à imprensa e não pode ter sua candidatura barrada, antes que sejam apreciados os recursos contra a sua condenação em um "julgamento justo". Em entrevista à Rádio Brasil Atual, Pinheiro destacou o peso da decisão e a relevância do órgão, que tem jurisprudência reconhecida pelo ordenamento jurídico brasileiro.
"É claro que a grande imprensa vai dizer que não vale, que é só mais um órgão da ONU. Não é esse o caso. O Brasil se obrigou a cumprir as decisões exaradas pelo Comitê de Direitos Humanos. É uma decisão de um órgão que o Brasil reconheceu a sua competência", disse o diplomata. "Não se trata de uma opinião de uma consultoria internacional qualquer", reforçou Pinheiro, também professor aposentado de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP).
Ele diz que o governo brasileiro já deve ter sido informado da decisão, e deve encaminhá-la ao Poder Judiciário. Por meio do Decreto Legislativo 311, o Brasil incorporou ao ordenamento jurídico pátrio o Protocolo Facultativo que reconhece a jurisdição do Comitê da ONU e obriga o cumprimento das suas decisões.
"A opção não respeitar está fora de questão. Pode ser que o governo venha a contestar a liminar, o que seria normal. O que se deve levar em conta é que há um fato novo, e o governo não pode simplesmente dizer que essa decisão não é obrigatória", explicou Pinheiro.
Ele destacou ainda que a decisão demonstra a repercussão que a perseguição a Lula vem ganhando no exterior. "Enquanto a imprensa brasileira atua politicamente contra a sua candidatura, tenho acompanhado a imprensa internacional, em jornais como o The Economist, Le Monde, The Guardian, e The Independent, que têm feito editorais mostrando o absurdo da prisão do ex-presidente Lula."


ONU pronuncia-se oficialmente: Lula tem direito de ser candidato


O Comitê de Direitos Humanos da ONU acaba de se pronunciar oficialmente e afirma que Lula tem direito de ser candidato a presidente. A ONU determinou ao Estado Brasileiro que “tome todas as medidas necessárias para permitir que o autor [Lula] desfrute e exercite seus direitos políticos da prisão como candidato nas eleições presidenciais de 2018, incluindo acesso apropriado à imprensa e a membros de seu partido politico” e, também, para “não impedir que o autor [Lula] concorra nas eleições presidenciais de 2018 até que todos os recursos pendentes de revisão contra sua condenação sejam completados em um procedimento justo e que a condenação seja final”
247 - O Comitê de Direitos Humanos da ONU acaba de se pronunciar oficialmente e afirma que Lula tem direito de ser candidato a presidente. A ONU determinou ao Estado Brasileiro que “tome todas as medidas necessárias para que para permitir que o autor [Lula] desfrute e exercite seus direitos políticos da prisão como candidato nas eleições presidenciais de 2018, incluindo acesso apropriado à imprensa e a membros de seu partido politico” e, também, para “não impedir que o autor [Lula] concorra nas eleições presidenciais de 2018 até que todos os recursos pendentes de revisão contra sua condenação sejam completados em um procedimento justo e que a condenação seja final”.
O Comitê das Nações Unidas reconheceu a violação aos diretos humanos de Lula e que ele está na iminência de sofrer "danos irreparáveis". Segundo os advogados do ex-presidente, "nenhum órgão do Estado Brasileiro poderá apresentar qualquer obstáculo para que o ex-Presidente Lula possa concorrer nas eleições presidenciais". 
Leia a íntegra do comunicado oficial dos advogados de Lula:
Na data de hoje (17/08/2016) o Comitê de Direitos Humanos da ONU acolheu pedido liminar que formulamos na condição de advogados do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 25/07/2018, juntamente com Geoffrey Robertson QC, e determinou ao Estado Brasileiro que “tome todas as medidas necessárias para que para permitir que o autor [Lula] desfrute e exercite seus direitos políticos da prisão como candidato nas eleições presidenciais de 2018, incluindo acesso apropriado à imprensa e a membros de seu partido politico” e, também, para “não impedir que o autor [Lula] concorra nas eleições presidenciais de 2018 até que todos os recursos pendentes de revisão contra sua condenação sejam completados em um procedimento justo e que a condenação seja final” (tradução livre).
A decisão reconhece a existência de violação ao art. 25 do Pacto de Direitos Civis da ONU e a ocorrência de danos irreparáveis a Lula na tentativa de impedi-lo de concorrer nas eleições presidenciais ou de negar-lhe acesso irrestrito à imprensa ou a membros de sua coligação política durante a campanha.
Por meio do Decreto nº 6.949/2009 o Brasil incorporou ao ordenamento jurídico pátrio o Protocolo Facultativo que reconhece a jurisdição do Comitê de Direitos Humanos da ONU e a obrigatoriedade de suas decisões.
Diante dessa nova decisão, nenhum órgão do Estado Brasileiro poderá apresentar qualquer obstáculo para que o ex-Presidente Lula possa concorrer nas eleições presidenciais de 2018 até a existência de decisão transitada em julgado em um processo justo, assim como será necessário franquear a ele acesso irrestrito à imprensa e aos membros de sua coligação política durante a campanha.
Valeska Teixeira Zanin Martins e Cristiano Zanin Martins



Primeiros colocados nas pesquisas, Cida Borghetti e Ratinho Jr viram alvo no debate


Adversários cobram governadora e deputado do PSD por participação no governo Beto Richa
Debate na Band TV, ontem: no primeiro confronto, "todos" contra Cida Borghetti e Ratinho Júnior
(Foto: Franklin de Freitas)
No primeiro embate direto da eleição estadual, a governadora Cida Borghetti (PP) e o deputado Ratinho Júnior (PSD) se tornaram os alvos principais dos questionamentos dos candidatos ao governo do Paraná, ontem, na Band TV. Cida e Ratinho Jr foram cobrados pelos adversários por suas participações no governo Beto Richa, em especial pelo episódio de 29 de abril de 2015, quando mais de 200 pessoas ficaram feridas em confronto entre policiais e professores em greve no Centro Cívico. Ambos reagiram tentando se 'descolar' do tucano e se eximirem de responsabilidade pelos conflitos entre a gestão Richa e os servidores públicos.  
O debate começou com os candidatos respondendo porque merecem o voto dos paransenses. O candidato do MDB, deputado federal João Arruda, partiu logo para o ataque, se apresentando como único representante de oposição, contra Cida e Ratinho Jr. “Eu mereço o voto dos paranaenses porque o Paraná parou no tempo. Eu sou o verdadeiro candidato de oposição”, disse, lembrando que a governadora foi vice de Richa e o deputado do PSD, secretário do Desenvolvimento Urbano na administração tucana. “Eles são políticos profissionais. Eu pago minhas contas, criei minhas três filhas com meu salário de professor”, disse o candidato do PSOL, professor Piva. 
Cida reagiu evitando o confronto direto, e destacando o fato de ser a única candidata mulher da disputa. “Eu quero o seu voto para trazer o olhar feminino, o olhar da mulher, com responsabilidade”, alegou. 
Ratinho Jr, por sua vez, procurou logo na primeira fala reafirmar a condição de representante do “novo” na política. “O Paraná tem sido governado há 30 anos por duas ou três famílias. Que nós respeitamos, fizeram a sua parte. Mas chegou a hora de fazermos uma ruptura”, defendeu. 
Em seguida, com a abertura para as perguntas entre os candidatos, João Arruda confrontou novamente o deputado do PSD e a governadora. “Acho engraçado essa história de ruptura”, ironizou, afirmando que tanto Ratinho Jr quanto Cida “governaram junto com a família Richa nos últimos oito anos”. A estratégia foi reforçada pelo candidato do PT, Dr Rosinha. “Você gosta de se apresentar como o candidato da mudança, novo, jovem. Eu não concordo. Diz que sempre as mesmas famílias governaram o Estado e o senhor fez parte do governo. Estava até há pouco no governo”, destacou. 
Questionada por Arruda sobre os critérios para a nomeação de secretários no governo Richa, Cida saiu pela tangente. “Eu não participei, não fui consultada para a composição do secretariado”, alegou ela. 



Camburão - O professor Piva foi o primeiro a citar o episódio de 29 de abril, perguntando a Ratinho Jr como ele se sentia em ser conhecido como “o pai da bancada do camburão” e dizendo que Cida seria a “mãe”, em referência ao episódio em que deputados da base do governo Richa entraram na Assembleia Legislativa em um caminhão blindado da polícia militar, para tentar votar medidas de ajuste fiscal propostas pelo tucano. “Eu nunca ouvi isso. A minha bancada sempre teve liberdade para votar como quisesse. Tanto que o meu suplente (Evandro Araújo, do PSD) votou contra o ajuste fiscal. Eu nunca coloquei cabresto nos deputados”, alegou Ratinho Jr. “Eu quero lembrar que eu era secretário da Pasta do Desenvolvimento Urbano, que não tem nada a ver com educação”, reforçou. “Eu não compactuo com nenhuma violência”, rebateu Cida. 
Cobrada pelo congelamento dos salários dos servidores públicos em pergunta do candidato do PT, Dr Rosinha, a governadora afirmou que agiu “com responsabilidade” ao oferecer reajuste de 1% para o funcionalismo. “Recebi o orçamento prevendo 0%”, disse Cida, alegando ter herdado o congelamento salarial de Richa. 
João Arruda é criticado por apoio a governo Temer
Se Cida Borghetti e Ratinho Júnior foram cobrados por suas participações no governo Beto Richa, o candidato do MDB, deputado federal João Arruda, foi questionado por seu apoio às propostas do governo do presidente Michel Temer (MDB) no Congresso. Os questionamentos vieram dos candidatos do PT, Dr Rosinha e do PSOL, professor Piva, que em uma espécie de “debate paralelo” ao confronto do emedebista com a governadora e o candidato do PSD, demonstraram a disposição de disputar com Arruda a condição de candidatos de oposição no Estado. 
“O deputado (João Arruda) representa aqui o presidente golpista Michel Temer. O deputado votou pela reforma trabalhista. Se ele implementar aqui o que o governo Temer, do ladrão Geddel Vieira Lima, nós vamos sentir saudade do Beto Richa”, ironizou Piva. “A reforma trabalhista teve avanços importantes. O que prejudicava a população eu votei contra”, rebateu o emedebista. “Ele (Arruda) quer fugir do debate, mas ele é base de apoio ao Temer, inclusive votando para que o Temer não fosse investigado”, lembrou Rosinha. “Eu acho que você e o Piva estão me agredindo para colocar no segundo turno dois candidatos do Beto Richa”, reagiu Arruda. 



Transporte - O candidato do MDB usou então uma pergunta para o do PSOL sobre o subsídio do Estado para o transporte coletivo da região metropolitana de Curitiba, no governo Richa, durante a gestão do ex-prefeito Gustavo Fruet (PDT), para retomar o cofronto com Ratinho Jr. “Quem assinou o termo que cancelou o termo de encerramento do convênio foi o Ratinho Jr que diz que o governo do Paraná foi governado por duas famílias. Mas ele também governou”, argumentou, referindo-se ao fato de que Ratinho Jr era o secretário do Desenvolvimento Urbano quando o subsídio foi cortado. A Coordenadoria da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), que administra o transporte coletivo na RMC é subordinado à Pasta. 
Rosinha aproveitou a deixa para chamar Ratinho Jr de Beto Richa ao perguntar sobre investimentos nas universidades. “O senhor com barba branca fazendo esse tipo de brincadeira?”, reagiu o deputado do PSD. “As barbas brancas ensinam que no humor e na ironia há verdade. E a verdade é que o seu discurso é igualzinho (ao de Richa)”, respondeu Rosinha. 
“Eu nunca ouvi isso. A minha bancada sempre teve liberdade para votar como quisesse. Tanto que o meu suplente votou contra o ajuste fiscal. Eu nunca coloquei cabresto nos deputados”

Ratinho Júnior (PSD)

“Recebi o orçamento prevendo 0% (de reajuste salarial para os servidores). Reabri a discussão e chegamos a 1%. ”

Cida Borghetti (PP)

 “(Ratinho Jr) diz que sempre as mesmas famílias governaram o Estado. O senhor fez parte do governo. Estava até há pouco no governo”

Dr Rosinha (PT)

“Como se sente em ser conhecido entre professores como o 'pai da bancada do camburão'?. Aliás a Cida é a mãe do camburão”

Professor Piva (PSOL)

“A reforma trabalhista teve avanços importantes. O que prejudicava a população eu votei contra”

João Arruda (MDB)

“Acredito que a polícia tem que definitivamente baixar o relho em vagabundo”

Ogier Buchi (PSL)

Fonte: Bem Paraná

“Conecta Apucarana” tem pré-lançamento


Foco inicial do projeto é estimular startups, para o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores, com potencial de rápido de crescimento
(Foto: Profeta)
O projeto “Conecta Apucarana”, idealizado pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (ACIA), com o apoio e participação de instituições universitárias, entidades governamentais estaduais e municipais, além de atores da sociedade local, teve 0 seu pré-lançamento nesta quinta-feira (16/08).
A proposta da entidade é fomentar a cultura da inovação em Apucarana, estimulando a criação de “startups” e novos negócios, criação de incubadoras e fortalecer as conexões que contribuem para o desenvolvimento social e econômico da cidade. O ato aconteceu no gabinete do prefeito Beto Preto, com a presença de representantes de diversos segmentos organizados.
O projeto da ACIA conta com o apoio do poder público municipal, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR- Campus Apucarana), Universidade Estadual do Paraná (Unespar/Fecea), Faculdade de Apucarana (FAP), Sebrae, Senai e Sicoob, entre outras entidades. O lançamento oficial acontece na segunda-feira, dia 20, a partir das 19h30, no Cine Teatro Fênix.
O vice-presidente da Acia, Wanderlei Faganello, explica que startups são empresas em fase inicial que desenvolvem produtos ou serviços inovadores, com potencial de rápido de crescimento. “Existe um momento na vida de uma empresa, onde uma equipe multidisciplinar, busca desenvolver um produto ou serviço inovador, de base tecnológica, que tenha um modelo de negócio facilmente replicado e possível de escalar sem aumento proporcional dos seus custos”, comenta.
Segundo ele, uma das características mais importantes de uma startup está em sua capacidade de crescimento, ou seja, de ter seus produtos utilizados por um número grande de pessoas em pouco tempo. “Por essa razão, utilizam de forma intensiva a tecnologia, em especial as tecnologias da informação e a Internet”, avalia Faganello.
O prefeito Beto Preto destaca que os cursos disponibilizados pela FAP, Sistemas de Informação; pela UTFPR, Engenharia de Computação; e Unespar, Ciência da Computação, são um grande trunfo para Apucarana. “O projeto de iniciativa da Acia vai estimular a inovação tecnológica e todos os parceiros estarão juntos nesta missão, incluindo o Sebrae, Senai, Sicoob e instituições de ensino superior”, assinala Beto Preto.
De pronto, o prefeito anunciou no pré-lançamento do Conecta Apucarana, a cessão de um imóvel que era do patrimônio da União e foi repassado ao município, para que a Acia tenha espaço para avançar com o projeto. “Este espaço, com algumas adequações, pode ser utilizado pelas startups”, acrescentou.
O presidente da Acia, Jayme Leonel, diz que a estratégia é reter a mão de obra qualificada, buscando diversificar os empreendimentos em Apucarana. “Estamos em meio ao eixo Londrina-Maringá, numa localização estratégica e temos boas possibilidades de inovação”, justifica Leonel, anunciando que “o primeiro passo será a criação de uma governança e atrair a juventude para participar deste processo”.
O diretor do Campus Apucarana da UTFPR, professor Marcelo Ferreira, avalia que Apucarana tem totais possibilidade de criar um parque tecnológico, a exemplo do que foi implementado há alguns anos por Pato branco. “Teremos farta mão de obra especializada e uma mobilização de todas as forças políticas e empresariais para fomentar este processo”, opinou.
O diretor da Unespar Fecea, Professor Doutor Daniel Fernando Matheus Gomes, ressaltou que todas as instituições com o mesmo propósito irão garantir o sucesso do projeto. “Tenho convicção de que o Conecta Apucarana irá render bons resultados para a cidade, sua economia e sociedade”, frisou.
O professor Lisandro Rogério Modesto, da Faculdade de Apucarana, disse que o momento é oportuno para criar um ambiente mais atraente para novas empresas e novos profissionais que estão chegando ao mercado de trabalho. “Apucarana detém m forte polo universitário e com a organização do projeto e o envolvimento das instituições Apucarana pode, efetivamente, avançar em inovação tecnológica”, avaliou Modesto.
Do evento também participaram o vice-prefeito Junior da Femac; o secretário da indústria e comércio, Édson Estrope; Márcia Kulka, do Senai; Tiago Cunha, professor da Unespar e coordenador do Conecta Apucarana; Beatriz Poleto, do Sebrae; Márcio Iwankiw, representando Osnei Simões do Sicoob.


CISMEL realiza Assembleia Geral Ordinária



Na última quinta-feira (16), foi realizada a Assembleia Geral Ordinária do Consórcio Intermunicipal de Segurança Pública e Cidadania de Londrina e Região(CISMEL).
A oportunidade contou com o prefeito de Arapongas e presidente do CISMEL, Sergio Onofre, secretário de segurança pública, Coronel César Vinícius Kogut e demais prefeitos e representantes de municípios que integram o consórcio.
Em reunião foram discutidos assuntos relacionados à segurança pública em todos os municípios que compõe atualmente o CISMEL, houve também a aprovação da previsão orçamentária para 2019 e aprovação da resolução que inclui as cidades: Alvorada do Sul, Califórnia, Cambira, Centenário do Sul, Florestópolis, Marilândia do Sul, Mauá da Serra, Miraselva, Porecatu e Prado Ferreira. Totalizando com isso, 22 municípios consorciados ao CISMEL.
“Já nas próximas semanas, os municípios que já efetuaram o repasse do contrato de programa, irão receber nova remessa das Câmeras de videomonitoramento, que passam por reparos através da empresa contratada. Com isso, estruturamos cada vez mais a segurança pública, de maneira conjunta entre os municípios”, explicou Sergio Onofre.


TJ -PR anuncia seleção de estagiário em Apucarana com bolsa de mais de R$ 1 mil




TJ -PR anuncia seleção de estagiário em Apucarana com bolsa de mais 
de R$ 1 mil - Foto: Reprodução

O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ - PR) anuncia a todos a realização de novo Processo Seletivo de nível superior para a contratação de um estagiário.
A oportunidade é ofertada aos estudantes do 5º ao 8º período do Curso de Direito, onde o estudante precisa atuar na 18ª Seção de Judiciária com sede na Comarca de Apucarana, em jornadas de 25h semanais, com bolsa-auxílio de R$ 1.050,84 e auxílio-transporte no valor de R$ 8,50 por dia.
Inscrições

Para participar, os interessados precisam se inscrever no período de 17 a 19 de agosto de 2018, por meio do endereço eletrônico www.tjpr.jus.br, onde sendo aceitos, deverão se submeter à aplicação da Prova Objetiva/ Discursiva e Entrevista, com datas a serem divulgadas.

Outras informações a respeito deste Processo Seletivo, válido até um ano, você obtêm no edital que já se encontra disponível nesta página eletrônica.
Fonte: TN Online

PM deflagra operação em Apucarana e cumpre mandados de prisão

PM apreende diversos objetos durante mandado de prisão. (foto - PM)

A Polícia Militar (PM) de Apucarana deflagrou na manhã desta sexta-feira (17) a 1ª fase da Operação Congelamento, que vai cumprir mandados de prisão expedidos pela 2ª Vara Criminal de Apucarana e Ministério Público.
A operação teve início às 05h30, com a polícia já com seis mandados em mãos. Equipes da Polícia Militar, Radiopatrulha, Canil, Rotam e Rocam fizeram bloqueios em vários pontos da cidade, onde foram cumpridos quatro mandados até às 07h30. Além dos mandados, foram feitos revistas à veículos e buscas pessoais em suspeitos que transitavam pelos pontos no momento da operação.


Um dos detidos, segundo a polícia, é um perigoso foragido da Colônia Penal e Industrial de Maringá que responde por homicídio e roubo agravado. Foram apreendidos ainda nesta manhã, um televisor, celulares, relógios, joias, drogas e dinheiro.

De acordo com o capitão da PM, Vilson Laurentino da Silva, a ação tem por objetivo trazer mais segurança e tranquilidade para as pessoas que estão indo trabalhar, tanto em comércio, indústrias e estabelecimentos escolares, visando o combate intensivo ao crime. “É uma operação forte, ostensiva e repressiva do 10ºBPM de Apucarana. ”

Fonte: TN Online



quinta-feira, 16 de agosto de 2018

UTFPR inicia novo curso de engenharia em Apucarana


Curso de Engenharia da Computação teve aula inaugural nesta quinta-feira com ingresso de 45 acadêmicos 
(Foto: Edson Denobi)
Quarenta e cinco acadêmicos oriundos de várias regiões do Brasil iniciaram nesta quinta-feira (16/08) a primeira turma do curso de Engenharia da Computação do campus Apucarana da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). A aula inaugural aconteceu no auditório da instituição e foi marcada pela palestra “Tendências Tecnológicas: da produção científica, internet das coisas, Indústria 4.0 até o MVP”, com o engenheiro eletricista Wellingon Desan. O prefeito Beto Preto (PSD) esteve representado pelo secretário Municipal da Indústria e Comércio, Edison Estrope. “Esta é a quinta engenharia do campus Apucarana, que já contava com as engenharias Têxtil, Civil, Elétrica e Química. Agora em uma área que já tem grande demanda: a tecnologia”, destacou Estrope.
Após dar boas-vindas aos novos alunos, o diretor-geral do câmpus Apucarana da UTFPR, professor Marcelo Ferreira da Silva, declarou oficialmente aberto o novo curso de engenharia. “Para que chegássemos a esta aula inaugural, muita água correu por debaixo da ponte, por isso é momento de agradecermos a todos que estiveram conosco nesta luta. O curso de Engenharia da Computação é uma conquista que passou por várias mãos, sociedade organizada, entidades de classe, agentes políticos. A universidade não caminharia sozinha sem esses apoios”, enalteceu Silva.
A composição heterogênea do novo curso também foi comentada pelo diretor-geral. “Temos aqui acadêmicos de vários estados, por isso quero lhes assegurar que estão ingressando em uma das melhores universidades do país. Quanto à cidade, Apucarana é a melhor cidade do Paraná para se viver e a quinta do Brasil, segundo o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal. Polo de sua região, o Vale do Ivaí, está estrategicamente posicionada no eixo entre Maringá e Londrina, com grande potencial de desenvolvimento, sobretudo na área de Tecnologia da Informação (TI)”, citou o diretor-geral.
A nova engenharia do campus Apucarana da UTFPR tem como coordenador professor Fernando Barreto. “A abertura da Engenharia da Computação em Apucarana é uma grande vitória. Estamos muito ansiosos para a criação e elaboração dos projetos, formando novos profissionais para auxiliar nossa economia”, disse Barreto. Ele destaca que a principal característica do engenheiro da computação é a versatilidade. “O foco do curso é a integração entre software e hardware. O profissional da área poderá trabalhar tanto na indústria de base na automação e robótica, quanto em tecnologia da informação com web e mobile”, exemplificou.
Atualmente, o campus de Apucarana da UTFPR conta com cerca de 1.400 alunos matriculados. Além das cinco engenharias, a instituição oferece ainda os cursos design de moda, processos químicos e a licenciatura em química.

Homem é baleado após ameaçar esposa com barra de ferro e agredir PM

Foto: TNOnline

Um homem foi baleado na perna após ameaçar a esposa e agredir um policial militar, na quarta-feira (15), em Rosário do Ivaí. De acordo com a PM, uma equipe foi acionada para atender uma ocorrência de violência doméstica. A vítima alegou que o marido estava ameaçando-a com uma barra de ferro. O homem estava bastante alterado e ainda teria destruído vários móveis da casa.
Os policiais foram até o endereço, contudo o suspeito não estava mais no local. Ele foi localizado próximo a um posto de combustíveis visivelmente alterado. Durante a abordagem, houve reação. Segundo a polícia, o rapaz empurrou um dos policiais, tentou dar um soco e tomar a arma dele, momento em que o tiro foi disparado. 
Após receber cuidados médicos, o homem foi encaminhado à delegacia e autuado.
Fonte: TN Online

Homem é espancado durante assalto em Apucarana

Foto: Colaboração/WhastApp

Um homem de aproximadamente 60 anos foi espancado por um bandido durante assalto, na tarde desta quinta-feira (16), na Avenida Governador Roberto da Silveira, região da Barra Funda, em Apucarana. A vítima chegou a ficar desacordada por causa da agressão.
Segundo informações da Polícia Militar (PM), o homem passava pelo local quando foi roubado. A polícia não soube informar se a vítima reagiu a ação. Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada para atender o ferido.
Quando recobrou a consciência a vítima disse que o ladrão foi muito violento e fugiu levando sua carteira com R$ 200. A PM fez buscas na região, contudo, até a publicação desta reportagem, nenhum suspeito havia sido preso. 
Fonte: TN Online

Marco Aurélio defende respeito a rito em tramitação de registro de Lula


Reservadamente, ministros e auxiliares afirmam acreditar que o processo sobre candidatura do petista será julgado pelo TSE antes do dia 31 de agosto

Adriano Machado / Reuters
O ministro Marco Aurélio, do STF (Supremo Trbunal Federal), disse nesta quinta-feira (16), ao chegar para a sessão plenária do tribunal, que prazos processuais precisam ser observados para garantir a manutenção do Estado democrático de direito.
Marco Aurélio foi questionado sobre a impugnação (contestação) da candidatura do ex-presidente Lula feita pela Procuradoria-Geral Eleitoral nesta quarta antes de o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ter publicado o edital com os nomes dos candidatos.
Também foi perguntado ao ministro sobre o pedido da procuradora-geral, Raquel Dodge, para dar celeridade ao trâmite do registro de candidatura de Lula na corte eleitoral.
"O que eu costumo dizer é que paga-se um preço para viver num Estado democrático, e é módico, está ao alcance de todos. O sistema tem que ser observado, e isso para a segurança de todos nós", disse Marco Aurélio, acrescentando que sua observação é genérica, e não só sobre o caso de Lula.
Também abordada por jornalistas para comentar sobre a celeridade da Procuradoria, Dodge disse que não fala fora do processo.
Reservadamente, ministros e auxiliares afirmam acreditar que o processo de registro de candidatura do petista será julgado pelo TSE antes do dia 31 de agosto, o que deve evitar sua participação no horário eleitoral.
Notícias ao Minuto

Ao CNJ, Favreto diz que Moro age como se fosse autoridade superior


O desembargador do TRF-4 Rogério Fraveto, que em 8 de julho determinou a soltura do ex-presidente Lula, decisão que não foi cumprida, disse, em sua defesa ao CNJ, que não é amigo do ex-presidente e afirma que tanto a PF quanto Sergio Moro desrespeitaram uma ordem judicial de instância superior; ele afirma que "estranhamente" sua ordem não foi cumprida pela carceragem do ex-presidente, "que decidiu consultar o juiz Sergio Moro, alçado a figura mitológica que combate o mal, como se fosse uma autoridade superior"
247 - O desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região Rogério Fraveto, que em julho determinou a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e viu sua decisão ser descumprida pela Polícia Federal após uma série de contraordens, disse, em sua defesa ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) – onde é alvo de um processo aberto para apurar o episódio – que não é amigo do ex-presidente e afirma que tanto a PF quanto o juiz Sergio Moro desrespeitaram uma ordem judicial de instância superior.
"Estranhamente, como descrevemos, sua ordem não foi cumprida pela carceragem do ex-presidente, que decidiu consultar o juiz Sergio Moro, alçado a figura mitológica que combate o mal, como se fosse uma autoridade superior. Este ato de desrespeito à ordem judicial por uma autoridade policial deveria ser apurado pela Corregedoria da Policia Federal", diz Fraveto em sua defesa.
Segundo o jornal O Globo, Favreto destaca que Moro, ao ser provocado pela PF, deveria ter informado que não poderia se manifestar sobre o caso por se tratar de uma decisão tomada por uma autoridade de instância superior e pelo fato de também estar de férias no exterior.
"Sublinhe-se aqui a gravidade do que este procedimento pode apurar: como é possível permitir que a polícia descumpra uma ordem judicial porque o agente policial decidiu 'consultar' um juiz de primeiro grau que se encontrava em férias? Existe uma nova organização judiciária que coloca um juiz de piso como autoridade judicial que precisa ser consultada quando um magistrado do Tribunal emite uma ordem judicial? E o juiz com superpoderes poderia ter sequer respondido ao questionamento da polícia? Lógico que não!", diz o texto da defesa de Favreto ao CNJ.
O desembargador João Pedro Gebran Neto, que também tem sua conduta investigada pelo CNJ, disse somente interveio no episódio após avaliar que Favreto teria sido induzido ao erro pelos impetrantes do habeas corpus em favor de Lula, que não teriam fornecido todas as informações sobre o caso.
"O suposto fato novo que justificou o deferimento da liminar no HC – condição de pré-candidato à Presidência da República por Luiz Inácio Lula da Silva – nada tem de 'novo', tendo sido divulgado em 25.01.2018, um dia após o julgamento da apelação criminal pela 8ª Turma, pelo Partido do Trabalhadores o lançamento da pré-candidatura do paciente, além de ter sido suscitado e enfrentado ao longo de toda a ação penal e no julgamento da apelação criminal a alegação de que o processo estaria sendo utilizado como meio de perseguição política", destacaram os advogados Flávio Pansieri e Diego Campos, que respondem pela defesa de Gebran.

Raquel Dodge tenta encurtar prazo para Lula se defender


A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, entrou nesta quinta-feira 16 com um novo pedido no processo de registro de Lula como candidato à Presidência; ela quer que o prazo de sete dias para a manifestação da defesa contra a impugnação (questionamento) do pedido de registro seja adiantado e passe a contar a partir desta quinta-feira, numa tentativa de acelerar o julgamento; ontem, menos de uma hora depois de o ministro Luís Roberto Barroso ter sido sorteado relator do pedido de registro, Raquel Dodge entrou com a impugnação
Por Felipe Pontes, repórter da Agência Brasil - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, entrou nesta quinta-feira (16) com um novo pedido no processo de registro de Luiz Inácio Lula da Silva como candidato à Presidência da República.
Ela quer que o prazo de sete dias para a manifestação da defesa contra a impugnação (questionamento) do pedido de registro seja adiantado e passe a contar a partir desta quinta-feira, numa tentativa de acelerar o julgamento.
Ontem (15), menos de uma hora depois de o ministro Luís Roberto Barroso ter sido sorteado relator do pedido de registro, Raquel Dodge, que é também a procuradora-geral eleitoral, entrou com a impugnação, argumentando que Lula está inelegível de acordo com os critérios da Lei da Ficha Limpa.
Outras duas impugnações, movidas pelos candidatos a deputado federal Alexandre Frota (PSL) e Kim Kataguiri (DEM), também foram protocoladas na tarde de quarta-feira (15), mas ainda antes de o pedido de registro de Lula ter sido incluído no sistema do TSE.
Assim, tais questionamentos acabaram sendo distribuídos a outro relator, o ministro Admar Gonzaga.
Em seguida, o PT entrou então com uma petição no TSE, colocando em dúvida o fato de as impugnações de Frota e Kataguiri terem sido distribuídas a Gonzaga, e não a Barroso.
Segundo nota divulgada pelos advogados do partido, isso foi feito “com o único objetivo de evitar eventuais nulidades”, devido ao ministro não ser o relator do registro de Lula.
Com base na petição do PT, Raquel Dodge argumentou que a defesa já tomou ciência da impugnação, sem que seja necessário aguardar a notificação dos advogados, motivo pelo qual o prazo para a manifestação da defesa deve começar a contar a partir desta quinta-feira, pois Lula “compareceu espontaneamente aos autos, teve ciência da impugnação ministerial, passando, portanto, a fluir dessa data o prazo para apresentação de contestação”.
Hoje, o advogado de Lula no TSE, Luiz Fernando Casagrande Pereira, ironizou a celeridade de Raquel Dodge em impugnar o pedido de registro de candidatura de Lula.  
“A gente não tinha visto a Procuradoria ser tão rápida até hoje, né? Mas o advogado nunca pode reclamar contra a celeridade do Judiciário, a gente só acha que quem sabe se houvesse essa rapidez em todos os casos, o estoque de processos do Brasil estaria zerado”, disse.
Em tese, seria necessário aguardar que o TSE publicasse, no prazo de cinco dias, o edital com todos os pedidos de registro, somente após o qual seriam recebidas as impugnações.
A PGR, entretanto, se adiantou ao processo. A Justiça Eleitoral tem até o dia 17 de setembro para deferir ou indeferir todos os registros de candidatura, prazo final também para que candidatos sejam substituídos pelos partidos.
Barroso pode decidir de modo monocrático e liminar (individual e provisório) sobre o deferimento ou não do registro de Lula, mas o mais provável é que, ante a relevância do tema, o caso seja levado diretamente ao plenário do TSE. Hoje, ao ser questionado sobre o assunto, ele disse somente que fará “o que é certo”.
Condenação
Lula está preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, em decorrência de sua condenação no caso do tríplex no Guarujá (SP).
Ele foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro a uma pena de 12 anos e um mês imposta pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), segunda instância da Justiça Federal.
Com a condenação em segunda instância, Lula pode ser enquadrado nos critérios de inelegibilidade da Lei da Ficha Limpa. Ele sempre negou ser proprietário do tríplex no Guarujá e pretende reverter a condenação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Os advogados querem que os recursos às instâncias superiores tenham efeito suspensivo sobre a condenação, o que garantiria a Lula o direito de recorrer em liberdade e também de disputar as eleições.


Haddad: TSE deve aguardar decisão do STJ antes de julgar candidatura Lula


Candidato a vice de Lula criticou o pedido de impugnação da candidatura petista feito por Raquel Dodge e disse que TSE precisa aguardar decisão do STJ que pode suspender os efeitos da condenação de Lula; “O que eu entendo é que a Justiça Eleitoral não poderia se manifestar antes do STJ. Se estamos ingressando com um recurso pela Lei da Ficha Limpa no STJ, para suspender os efeitos da condenação em segunda instância, como o TSE vai se manifestar antes do STJ?”, disse Haddad; "É uma perseguição que não tem fim aos direitos do presidente”
Reuters - O candidato a vice-presidente pelo PT, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira que a Justiça Eleitoral deveria esperar o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir sobre uma ação da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para só então se manifestar sobre a inelegibilidade da candidatura dele.
"O que eu entendo é que a Justiça Eleitoral não poderia se manifestar antes do STJ. Se estamos ingressando com um recurso pela Lei da Ficha Limpa no STJ, para suspender os efeitos da condenação em segunda instância, como o TSE vai se manifestar antes do STJ?", disse Haddad a jornalistas, quando perguntado sobre o pedido de impugnação apresentado pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pouco depois do registro da candidatura de Lula na quarta-feira.
"É uma perseguição que não tem fim aos direitos do presidente", reclamou Haddad, após participar de sabatina da entidade Todos pela Educação, em São Paulo.
O ex-prefeito de São Paulo se referia a uma ação que a defesa de Lula vai apresentar no Superior Tribunal de Justiça pedindo a suspensão dos efeitos da condenação em segunda instância sobre Lula, entre eles a inelegibilidade para a disputa da eleição deste ano.
O ex-presidente foi condenado pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) por corrupção e lavagem de dinheiro no processo do tríplex do Guarujá (SP). Com base nessa condenação, Lula deve ter sua candidatura presidencial barrada pelo TSE, com base na Lei da Ficha Limpa, que impede a candidatura de condenados por órgãos colegiados da Justiça.
Na quarta-feira, o PT registrou a chapa do partido para a disputa pelo Palácio do Planalto com Lula como candidato a presidente e Haddad como vice.
Pouco depois, Dodge, que também é a procuradora-geral eleitoral, entrou com pedido de impugnação da candidatura.

Haddad, que tem atuado como porta-voz de Lula e deverá assumir a candidatura presidencial petista em caso de impugnação do ex-presidente, também rebateu as críticas da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, que na véspera disse que a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde Lula está preso desde abril, virou uma espécie de comitê de campanha do petista por conta das constantes visitas de aliados políticos que se apresentaram como seus advogados nos autos do processo.

Os procuradores pediram que a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, que é advogada, seja impedida de visitar o petista, argumentando que, no exercício do mandato parlamentar, ela não poderia advogar.
"Não sei se o Dallagnol conhece a constituição eleitoral, mas um dos documentos mais importantes do registro (de candidatura) é o plano de governo", disse Haddad, referindo-se ao procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba e um dos signatários do pedido.
"Mas eu vou fazer um plano de governo sem me reunir com o candidato?", questionou o ex-prefeito.
"Primeiro que eles não estão lá para saber do que a gente trata, ou tem escuta lá? Não, né? Eu estou dizendo que eu ia lá conversar sobre um documento essencial para o registro (de candidatura). Não existe candidatura sem registro, não existe registro sem plano de governo. Como é que eu vou elaborar um plano de governo sem ouvir o candidato? Isso é uma atividade normal de uma pessoa que precisa apresentar um documento. Eu estava elaborando esse documento", argumentou Haddad, que é o coordenador do plano de governo da chapa de Lula.
Durante a sabatina sobre educação, Haddad disse que é significativo que Lula tenha escolhido como vice seu ex-ministro da Educação e que o ex-presidente quer acompanhar o tema de perto.
Segundo Haddad, o plano de governo do PT é focar na formação dos professores, no Ensino Médio e no resgate dos trabalhos que foram desenvolvidos nos Ministérios da Educação, da Cultura e da Ciência e Tecnologia, este último fundido ao Ministério da Comunicação.