O Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel irá ao STF na
tarde desta terça para um encontro com a presidente da Corte, Cármen Lúcia; ele
irá exigir a libertação imediata de Lula; "Vamos conversar com os
ministros do STF para ver se mudamos a situação, devido à demanda pela
libertação de Lula", afirmou Esquivel, lembrando que até a Organização das
Nações Unidas (ONU) reconhece "que Lula é um preso político"
247 - O
argentino ativista dos direitos humanos e ganhador do Prêmio Nobel da Paz
em 1980, Adolfo Pérez Esquivel, irá ao STF na tarde desta terça-feira (14) para
um encontro com a presidente da Corte, Cármen Lúcia. Ele irá exigir a
libertação imediata de Lula. "Vamos conversar com os ministros do STF
para ver se mudamos a situação, devido à demanda pela libertação de Lula",
afirmou Esquivel, lembrando que até a Organização das Nações Unidas (ONU)
reconhece "que Lula é um preso político".
Após
participar da Marcha Nacional Lula Livre nesta segunda-feira (13), Pérez
Esquivel visitou os sete grevistas de fome pela retomada do crescimento e dos
direitos sociais e pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
no Centro Cultural de Brasília (CCB). Ele esteve com Rafaela Alves, Vilmar
Pacífico, Jaime Amorim, Zonália Santos, Frei Sérgio Görgen e Luiz Gonzaga
(Gegê).
Segundo
ele, a visita aos militantes que estão em greve de fome há 14 dias, foi um ato
de solidariedade à decisão que os sete grevistas tomaram ao se privarem de
alimentação em nome da justiça e da libertação de Lula. "Vim aqui
simplesmente para lhes dar um abraço e para que saibam que não estão sozinhos
nessa luta", afirmou. "Quando me dizem que um militante está
amargurado, digo que não é um militante, mas um amargurado. Então, não se pode
perder o espírito de luta. Há que resistir, e resistir com base na esperança.
Vamos seguir caminhando com vocês", assegurou.
Num
papo descontraído com os grevistas, Esquivel destacou que a trajetória política
de Lula, que ajudou a tirar da miséria milhões de brasileiros, o levou a
indicar o ex-presidente brasileiro ao Prêmio Nobel da Paz. "Eu lhe dizia
que tirar 30 milhões de brasileiros e brasileiras da pobreza em seu governo foi
algo extraordinário. Por isso o indiquei ao Prêmio Nobel da Paz. E temos também
o apoio da Nobel da Paz, Rigoberta Menchú, da Guatemala", contou Esquivel.
O
argentino informou que agora em setembro será apresentado formalmente a
candidatura de Lula ao prêmio. "E lançamos a campanha, que conta com mais
de 300 mil assinaturas de apoio à indicação do ex-presidente ao Nobel da Paz. E
não só Lula merece, mas também todo povo brasileiro, os sem terra",
reconheceu.
O
ex-presidente Lula foi condenado sem provas no processo do triplex em Guarujá
(SP), com uma sentença questionada por vários juristas. Em janeiro, por
exemplo, juristas divulgaram uma carta em cinco idiomas denunciando um Estado
de Exceção no Brasil. "A deformação de um conjunto de processos contra a
corrupção sistêmica no país é a consequência do 'aparelhamento' das medidas
anticorrupção para fins de instrumentalização política por setores da direita e
da extrema direita do Ministério Público, que hoje se arvoram purificadores da
moral pública nacional", diz o documento.
Segundo
a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal, em setembro de 2016, o
ex-presidente receberia um apartamento reformado pela empreiteira OAS como
espécie de propina no valor de R$ 3,7 milhões. Mas o próprio MPF admitiu que
não havia "prova cabal" de que Lula seria o proprietário do triplex.
Outro detalhe é que, também naquele mês, a Justiça do Distrito Federal determinou
a penhora dos bens da construtora, dentre eles justamento do imóvel que a
Operação Lava Jato atribuía ao ex-presidente
*Com
informações do PT na Câmara