Os desembargadores Carlos Eduardo Thompson Flores e Gebran
Neto, pivôs de dois escândalos no fim de semana, divulgaram nota para tentar
consertar o estrago; Flores admite que telefonou para o diretor-geral da
Polícia Federal, Rogério Galloro, para impedir a liberdade de Lula, mas disse
que o fez porque soltaria ordem judicial logo em seguida; Gebran, que foi
citado por Veja como alguém que teria dito a amigos 'agir à margem da lei', não
acusa a publicação de fake news, mas diz que ninguém pode dar declarações em
seu nome
Rio Grande do Sul 247 - Os
desembargadores Carlos Eduardo Thompson Flores e João Pedro Gebran Neto, pivôs
de dois escândalos no fim de semana, divulgaram nota para tentar consertar o
estrago.
Em nota
divulgada pelo TRF-4, o presidente da Corte, Thompson Flores, admite que telefonou para o diretor-geral da Polícia Federal,
Rogério Galloro, para impedir a liberdade de Lula, mas disse que o fez porque
soltaria ordem judicial logo em seguida.
Já
Gebran, que foi citado por Veja como alguém que teria dito a amigos 'agir à margem da lei',
não acusa a publicação de fake news, mas diz que ninguém pode dar declarações
em seu nome.
Leia a nota do TRF-4
na íntegra:
TRF4: NOTA DE ESCLARECIMENTO
1-
Sobre a entrevista dada ao jornal O Estado de São Paulo pelo diretor-geral da
Policia Federal, publicada no dia 12 de agosto, domingo, o presidente do
Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), desembargador federal Thompson
Flores, esclarece que, por ocasião da análise do Conflito Positivo de
Jurisdição nº 5025635-16.2018.4.04.0000, proposto pelo Ministério Público
Federal (MPF) em regime de plantão no dia 8 de julho, informou à autoridade
competente que despacharia nos minutos subsequentes, sem, em momento algum, dar
alguma ordem por telefone.
A
atuação do presidente do TRF4 nos autos do Conflito Positivo de Jurisdição
observou o sistema legal pátrio, bem como o direito constitucional do devido
processo legal.
2- A
revista Veja deste final de semana, na coluna Radar, publicou nota com o título
"Sobre fins e meios", citando como declarações de terceiros palavras
atribuídas ao desembargador federal João Pedro Gebran Neto, do TRF4.
Todavia,
a bem de colocar luzes sobre a verdade, o desembargador Gebran não autoriza
ninguém a falar em seu nome, nem a imputar-lhe declaração sobre fatos objeto de
julgamento. Além disso, suas manifestações como magistrado são nos autos do
processo, proferindo decisões fundamentadas nos fatos e na lei, inclusive a
decisão proferida no Habeas Corpus objeto da referida nota.