Marcha Nacional Lula Livre se inicia nesta sexta-feira 10 e
termina no dia 15 de agosto, data em que representantes dos movimentos sociais,
populares e sindicais acompanharão o registro da candidatura do ex-presidente
Lula no TSE, em Brasília; são três grupos, um sairá da cidade de Formosa (GO);
outro de Luziânia (GO) e um terceiro de Engenho das Lages (DF)
Luciana Waclawovsky, na CUT -Militantes do
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Via Campesina
(articulação mundial de movimentos camponeses) iniciam, nesta sexta-feira (10),
a Marcha Nacional Lula Livre, que faz parte do calendário de lutas pela
libertação do ex-presidente Lula, mantido preso político desde 7 de abril, na
sede da Superintendência da Polícia Federal em, Curitiba.
Os manifestantes
também marcham em defesa dos direitos da classe trabalhadora do campo e da
cidade, e pela manutenção das políticas públicas, principalmente nas áreas de
educação e saúde, as mais afetadas pelo congelamento dos gastos determinado
pelo golpista e ilegítimo de Michel Temer (MDB-SP).
Além
disso, eles querem alertar a sociedade brasileira sobre a necessidade de uma
reforma agrária popular para distribuir a terra e desenvolver alimentos à
população, em contraponto ao agronegócio, como explicou Alexandre Conceição, da
direção nacional do MST, em coletiva à imprensa na manhã desta sexta.
A
marcha, que tem início nesta sexta e termina no dia 15 de agosto, data em que
representantes dos movimentos sociais, populares e sindicais acompanharão o
registro da candidatura de Lula no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em
Brasília. São três grupos. Um sairá da cidade de Formosa (GO); outro de
Luziânia (GO) e um terceiro de Engenho das Lages (DF).
Cada
grupo terá um nome em homenagem a lutas importantes contra o sistema
neoliberal. Os militantes que saem de Formosa, batizaram o pelotão de Coluna
Ligas Camponesas, e representam a região Nordeste do Brasil; já os
manifestantes que saem de Luziânia, denominaram de Coluna Prestes e representam
as regiões Sul e Sudeste; e quem sai de Engenho das Lages atende pelo nome de
Coluna Teresa de Benguela, quilombola de lutas e resistência do estado de
Goiás, e representam a regional Centro Oeste e Amazônia.
Ao
longo desta sexta, os manifestantes chegarão de ônibus do Brasil todo,
representando 23 estados e o Distrito Federal. As três colunas marcharão em
duas fileiras e irão caminhar uma média de 15 quilômetros por dia. No total,
cerca de cinco mil campesinos se encontrarão em Brasília, dia 15 de agosto.
“Esta é
uma Marcha pedagógica e orientadora, que pretende chamar a atenção que o golpe
[de Estado de 2016] não era para tirar o Partido dos Trabalhadores ou a Dilma
[Rousseff, presidenta legitimamente eleita por mais de 54 milhões de
brasileiros] do poder. Foi para massacrar a classe trabalhadora e jogar o país
numa profunda crise social para que 1% da população, que representa a elite
nacional, possa se beneficiar”, criticou Alexandre Conceição.
Segundo
ele, a partir das 17h de hoje, os militantes dos movimentos sociais que estão
chegando aos seus pontos de saída, se somarão às manifestações do Dia do Basta
organizada pela CUT e demais centrais sindicais.
Greve de fome
A
agenda de lutas dos movimentos campesinos iniciou em 31 de julho quando seis
militantes decidiram entrar em greve de fome contra as injustiças sociais, o
retorno da fome, e pelo direito de Lula responder em liberdade a uma condenação
sem crimes nem provas.
“A
liberdade de Lula é necessária porque ele já mostrou que consegue governar o
país com justiça social e crescimento econômico sem tirar dinheiro dos pobres.
Por isso estamos fazendo esse conjunto de forças sociais, convocando a
população que está desempregada e os mais de 12 milhões que estão em situação
de extrema pobreza, para fazer um grande levante popular e social em defesa dos
direitos da classe trabalhadora do campo e da cidade”, defendeu Conceição.