quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Quarenta médicos se concentram em frente à PF em Curitiba


Representando oito estados do País, os médicos participarão da Vigília e tentarão entregar carta ao Lula

Profissionais de Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo,
Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Ceará estarão na mobilização / RNMMP


Quarenta médicos de oito estados do Brasil chegam a Curitiba a partir desta quarta-feira (8) para se somar à Vigília Lula Livre. Os profissionais integram a Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares (RNMMP) e os Médicos pela Democracia, e estarão na mobilização pela libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, detido desde o dia 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal.
Após a chegada dos médicos, na parte da manhã, acontece uma roda de conversa sobre a saúde da população negra. À tarde, os ativistas irão se integrar no apoio da Vigília Lula Livre.
A comitiva de médicas e médicos tem o objetivo de entregar, na quinta-feira (9), uma carta a Lula e realizar uma visita de caráter humanitário ao ex-presidente. A médica pernambucana Andreia Campigotto falou sobre a mobilização. “A ideia é a gente se concentrar às 8h30. Participar do Bom dia, PresidenteVamos fazer uma roda de conversa sobre o desmonte do SUS pelo golpe”.
No período da tarde, estarão integrados nas atividades da Vigília, e no final da tarde farão uma concentração em frente a sede da PF. “Fazer uma conversa com o delegado de plantão, para ver se conseguimos uma visita com um caráter de missão médica, humanitária mesmo”, explicou a médica.
Andreia acrescenta que, se viabilizada a visita, avaliarão “as condições físicas, psíquicas, que ele se encontra nesse processo de encarceramento”.
Os profissionais oriundos de Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Ceará, das duas organizações, pretendem ainda denunciar as medidas antidemocráticas que o atual governo Michel Temer (MDB) “tem adotado contra o povo brasileiro”. Campigotto cita, como exemplo, o desmonte das políticas públicas e a Emenda Constitucional 95.
Segundo ela, a iniciativa assume um caráter simbólico também, por se tratar de uma categoria [médica] historicamente hegemonizada por um pensamento conservador.
Campigotto, representando a Rede, e Vitor Rocha, representando os Médicos pela Democracia, tentarão a visita a Lula nesta quinta-feira (9). “Entregar pessoalmente essa carta dirigida ao presidente Lula e ao povo brasileiro. Uma carta que foi redigida pelas duas organizações”.
O documento, dirigido também ao povo brasileiro, faz críticas ao projeto golpista, que vem promovendo ataques às políticas públicas e à democracia.
De Curitiba, a médica, assim como outros profissionais, seguirá para a Marcha do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Brasília.
Militantes da RNMMP estão engajados no Setor de Saúde do MST, que acompanhará entre 10 e 15 agosto a Marcha a Brasília. Há também alguns ativistas da Rede monitorando a saúde dos militantes em greve de fome.
Confira abaixo a íntegra do documento:
Carta Aberta a Luiz Inácio Lula da Silva e à população brasileira
Nós, médicas e médicos participantes de movimentos e entidades que lutam em defesa da democracia e da saúde pública universal, gratuita, integral e de qualidade, em diversos estados da República Federativa do Brasil, iremos em comitiva à Curitiba, com o objetivo de realizar uma visita de caráter médico ao cidadão Luís Inácio Lula da Silva, além de nos somarmos à vigília por sua liberdade, no contexto de uma detenção arbitrária, sem provas e de clara motivação política, que se arrasta desde 7 de abril de 2018.
Primeiramente, a visita a Lula cumpre um caráter humanitário, uma vez que o encarceramento e isolamento o deixam exposto ao risco de diversas doenças físicas e, em especial, psíquicas, de graves repercussões médicas, risco este agravado pelas circunstâncias de sua prisão em flagrante desrespeito à Constituição Federal e de cerceamento ao direito de defesa amplo e irrestrito, com evidente propósito de impedir sua vida política e o seu contato com o povo brasileiro.
Compreendemos, portanto, ser Lula, em pleno século XXI, um preso político no Brasil. Por esse motivo, nossa visita tem também como objetivo a defesa das liberdades democráticas a um cidadão brasileiro, como parte de nossa luta pela democracia no Brasil, atingida violentamente pela destituição de uma presidenta legitimamente eleita, seguida da imposição de um projeto de governo antipopular e antidemocrático ao povo brasileiro.
Este projeto, não legitimado nas urnas, inclui a Emenda Constitucional 95, a PEC DA MORTE, aprovada logo após o golpe, por uma maioria parlamentar sem compromisso com a população brasileira. A EC 95 congela por 20 anos os investimentos sociais, impossibilitando o desenvolvimento de políticas públicas essenciais e inviabilizando a democracia.
Além da PEC DA MORTE, os partícipes do golpe jurídico-parlamentar-midiático dão sequência a um desmonte avassalador do Estado brasileiro, com impacto na soberania nacional e inaceitáveis retrocessos nas políticas de Saúde, Assistência Social e Previdência Social.
Na condição de profissionais da saúde, vemos com imensa preocupação o desmonte sistemático do Sistema Único de Saúde (SUS), maior política pública do país, que universaliza o acesso do povo brasileiro aos serviços de saúde.
Hoje, sob sucessivos ataques dos golpistas, o SUS padece pelo: 1) subfinanciamento orçamentário; 2) fragilização da política de Atenção Primária; 3) redução do Programa Mais Médicos; 4) retrocesso na atenção à saúde de pessoas com sofrimento mental, com retomada de comunidades terapêuticas e leitos psiquiátricos em detrimento dos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) e demais serviços substitutivos; 5) privatização da saúde através de “planos populares” e sua exploração pelo capital estrangeiro.
Portanto, muitos motivos nos trazem nessa visita a LULA: nossa solidariedade a um cidadão injusta e ilegalmente detido há meses e nosso compromisso na defesa do Estado Democrático de Direito e do Estado de Bem-Estar Social para todas as brasileiras e brasileiros, o que necessariamente exige uma política de saúde universal, gratuita, integral e de qualidade.
Ousar lutar, ousar vencer!
Movimento de Médicos pela Democracia
Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares

Fonte: Brasil de Fato

Beto Richa é condenado em 2ª instância no Paraná


Ex-governador Beto Richa (PSDB), candidato ao Senado, foi condenado nesta terça (7) por um tribunal de segunda instância — o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR); Por 3 votos a 2, a 4ª Câmara Cível do TJPR manteve a condenação do tucano e da ex-primeira-dama Fernanda Richa para que devolvam aos cofres públicos diárias gastas durante uma viagem em Paris, em 2015
Do Blog do Esmael - O ex-governador Beto Richa (PSDB), candidato ao Senado, foi condenado nesta terça (7) por um tribunal de segunda instância — o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR).
Por 3 votos a 2, a 4ª Câmara Cível do TJPR manteve a condenação do tucano e da ex-primeira-dama Fernanda Richa para que devolvam aos cofres públicos diárias gastas durante uma viagem em Paris, em 2015.
Militantes do PSTU e PSOL ajuizaram a ação popular em 2015 contra o casal. Eles pediram que o ex-governador e a ex-primeira-dama, atual secretária de Estado da Ação Social, devolvessem R$ 24 mil ao erário.
O casal Richa é acusado de passear em Paris, na França, com dinheiro público durante uma viagem realizada à China em 2015. O TJPR entendeu que não era necessária a "parada técnica" alegada pela defesa do ex-governador.
Beto Richa disse hoje que a decisão é "equivocada" e que irá recorrer após a publicação do acórdão.


terça-feira, 7 de agosto de 2018

“Vamos para mais uma disputa PT x PSDB”, diz analista


O cientista político Fernando Bizzarro, da Harvard University, diz nunca ter acreditado "que a bipolaridade estava acabada porque existe um arranjo institucional que protege os principais partidos de uma tal forma que, quando chega na campanha, eles podem nadar de braçada"
247 - O cientista político Fernando Bizzarro, da Harvard University e pesquisador associado do Centro David Rockfeller de Estudos Latino-americanos, da mesma universidade, aposta em uma nova disputa entre PT e PSDB na eleição presidencial de outubro.
"Nunca acreditei que a bipolaridade estava acabada porque existe um arranjo institucional que protege os principais partidos de uma tal forma que, quando chega na campanha, eles podem nadar de braçada. Isso tem a ver com a forma que os recursos e o tempo de TV são distribuídos, a popularidade acumulada...", afirmou o estudioso ao El País.
"As pessoas não precisam de muita informação sobre o PT e o PSDB, elas sabem o que representam. Está ficando cada vez mais claro que vamos ter uma reedição da disputa entre eles. Pode parecer uma surpresa dado o tamanho da confusão nos últimos quatro anos, mas não é tanto se você pensa que as regras que favorecem os principais partidos e campanhas não só se mantiveram como aumentaram. A partir da proibição da doação de empresas, todos os recursos passaram a ser públicos e vinculados ao tamanho dos partidos", acrescentou.
Questionado sobre qual partido tem mais chances, o analista diz que "não dá para cravar nenhum dos dois". "Se o Lula fosse candidato, eu provavelmente diria que ele seria essa pessoa, por causa do recall e da forca política de sua imagem. Mas não sendo, o segundo turno vai ser muito aberto", disse.
O pesquisador ressaltou que, por outro lado, o presidenciável tucano, Geraldo Alckmin, "vai ter mais recursos no primeiro turno, mas esses recursos vêm do Centrão e ele vai ter que lidar com a acusação de que se aliou com todos esses partidos". "A vantagem de Lula ser essa figura política tão grande é acompanhada da desvantagem de que ele é também polarizante. Um segundo turno com Haddad vai gerar essa sensação de que mais uma vez é o Lula na disputa. Se fosse o Ciro, a parte da população que não gosta do PT estaria mais disposta a considerar a votar nele".
O estudioso afirma que o candidato do PDT "teria mais chance de ganhar o segundo turno que Lula, mas o PT não lançar um candidato a presidente seria um completo suicídio político". "Algumas pesquisas mostram que o eleitor, por várias razões, votam na legenda ao escolher o deputado por causa de seu voto para presidente. Para o PT e PSDB isso significa mais de um milhão de votos. Isso é importante para o PT, que perdeu prefeitos nos últimos anos e que está sob esse estresse tremendo por causa dos escândalos de corrupção e da análise que se tem do Governo Dilma. Se abrisse mão de uma candidatura, provavelmente não se recuperaria".

Manuela: “quem vai tirar Temer do Jaburu sou eu”


Em coletiva de imprensa em São Paulo, a candidata a vice-presidente na chapa do PT, Manuela D´Ávila, afirmou que ela será alguém "como é hoje, do povo", caso seja eleita; "Vou auxiliar o presidente, eu jamais faria qualquer traição", assegurou, lembrando o exemplo de Michel Temer, que traiu Dilma Rousseff, deposta por um golpe; Fernando Haddad, atual candidato a vice, declarou ser preciso "resgatar o Brasil"; "O Brasil quer voltar a sorrir", disse
247 - "Quem vai tirar Temer do Jaburu sou eu", afirmou nesta terça-feira (7) a deputada estadual pelo Rio Grande do Sul Manuela D'Ávila (PCdoB). "A unidade é a única forma de vencermos a eleição, juntos somos mais fortes", acrescentou, durante coletiva de imprensa em São Paulo, concedida junto com Fernando Haddad, candidato a vice-presidente pelo PT, com Lula na cabeça de chapa.
Haddad será registrado como candidato a vice-presidente de Lula no dia 15 de agosto pelo PT. Em caso de impugnação da candidatura Lula pela Justiça Eleitoral, Manuela será a vice de Haddad.
Após destacar o papel do vice, Manuela pediu para as pessoas verem o exemplo de José Alencar, que foi vice nos dois mandatos do ex-presidente Lula. "Eu serei alguém como sou hoje, do povo, vou auxiliar o presidente, eu jamais faria qualquer traição ao presidente", assegurou. "O exemplo do último vice é que é péssimo: traiu a presidente para depois trair o Brasil", disparou, em referência a Michel Temer.
A deputada ressaltou que a sua coligação não quer desavenças com o presidenciável Ciro Gomes (PDT). "O nosso compromisso é com o diálogo. Não quero pegar votos de Ciro, mas dos indecisos", disse. "Da minha parte e de Haddad, não existirá agressão ao Ciro", acrescentou.
Manuela voltou a criticar o machismo na política. "Quando a vice de Alckmin é indicada, isso é motivo de festa, quando eu sou indicada a vice, sou vítima de machismo. Isso é medo de mulher na vice-presidência", disse, citando o caso da senadora Ana Amélia.
A parlamentar disse ainda que "o desenvolvimento do Brasil será nossa prioridade".
Na coletiva, o ex-prefeito afirmou que "não existe projeto pessoal". "Precisamos resgatar o Brasil. O Brasil quer voltar a sorrir", disse. "Estou seguindo o exemplo da Manu, eu sou candidato em defesa da unidade", acrescentou.
Questionado sobre a falta de apelo em sua candidatura, Haddad respondeu: "Tem um montão de candidato sem sal por aí, vá perguntar para eles".
Haddad, que também é coordenador do programa de governo de Lula, aproveitou para defender a democratização da comunicação. "Queremos mais vozes se manifestando e mais liberdade de expressão. Sempre tem uma família dona de um meio de comunicação importante, só existe uma opinião no Brasil", avaliou. "Queremos radicalizar a democracia".
Convergindo sua posição com a de Haddad, Manuela disse que "pensar comunicação é pensar em diversas reformas".


PT vai à Justiça para Lula estar no debate da Band


Partido anuncia que "vai usar todos os meios legais para garantir a presença de Lula no debate da TV Bandeirantes", que será realizado na próxima quinta-feira 9; "Caso a justiça não assegure este direito ao candidato, o partido requer que a transmissora mantenha uma cadeira vazia representando sua ausência forçada ao debate", diz comunicado; "O princípio da igualdade de condições na disputa eleitoral garante que o ex-presidente Lula, como candidato, tenha os mesmos direitos que os seus adversários", reforça a legenda
247 - O PT anuncia que "vai usar todos os meios legais para garantir a presença de Lula no debate da TV Bandeirantes", que será realizado na próxima quinta-feira 9. "Caso a justiça não assegure este direito ao candidato, o partido requer que a transmissora mantenha uma cadeira vazia representando sua ausência forçada ao debate", diz comunicado publicado no site do ex-presidente Lula.
"O princípio da igualdade de condições na disputa eleitoral garante que o ex-presidente Lula, como candidato, tenha os mesmos direitos que os seus adversários", reforça a legenda. O texto lembra que "não seria a primeira vez que um espaço destinado a Lula em debates seria deixado vago", citando episódios em que outros candidatos até faziam perguntas a Lula, mesmo com sua ausência. Leia a íntegra:
PT QUER LULA NO DEBATE DA BAND


O princípio da igualdade de condições na disputa eleitoral garante que o ex-presidente Lula, como candidato, tenha os mesmos direitos que os seus adversários, inclusive na participação em debates e entrevistas. Assim, o Partido dos Trabalhadores (PT) vai usar todos os meios legais para garantir a presença de Lula no debate da TV Bandeirantes, a ser realizado no próximo dia 09/08. Caso a justiça não assegure este direito ao candidato, o partido requer que a transmissora mantenha uma cadeira vazia representando sua ausência forçada ao debate.

Não seria a primeira vez que um espaço destinado a Lula em debates seria deixado vago. Em 2006, a Rede Globo não apenas manteve o púlpito destinado ao então candidato à reeleição, mesmo com sua ausência, mas também permitiu que os outros candidatos fizessem perguntas a ele em todos os blocos do programa. A Band também várias vezes usou lugares vazios para indicar quando um candidato não comparece ao debate.
Ao contrário do que noticiou a grande imprensa, o agravo judicial para que Lula participe do debate da Band não foi rejeitado pela justiça. A juíza Bianca Arenhart, que despachou nesta segunda-feira (6/8) sobre o assunto, não julgou o mérito da matéria: por considerar se tratar de novo pedido em nova condição (a de Lula como candidato oficial), a juíza não emitiu parecer sobre o mérito da matéria e remeteu o pedido de volta à primeira instância. O PT vai recorrer dessa decisão.


Qual o perfil do eleitor que escolherá o presidente do Brasil em outubro?


Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou dados sobre o perfil do eleitorado brasileiro em 2018

Padrão eleitoral cresceu mais de 3% desde as eleições de 2014 / Foto: Rafael Neddermeyer

Quase quatro milhões e meio de novos eleitores votarão pela primeira vez nas eleições do dia 7 de outubro, quando serão eleitos, além dos cargos de presidente e vice-presidente da República, deputados federais, estaduais ou distritais, dois senadores por estado e os governadores dos 26 estados, mais o Distrito Federal. 147.302.354 é o número total do eleitorado brasileiro, um crescimento de 3,14% em comparação às eleições de 2014.
Os dados sobre o novo padrão eleitoral foi divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral na última quarta-feira (1) pelo presidente do TSE, o ministro Luiz Fux, durante a inauguração do Centro de Divulgação das Eleições (CDE), e estão baseadas no banco de dados oficial da Justiça Eleitoral. 
Os eleitores estão divididos entre 5.570 municípios do país e em outras 171 localidades de países no exterior. O maior crescimento no número de eleitores se deu nessas sessões eleitorais, que passou de pouco mais de 354 mil para mais de meio milhão de votantes, registrando um aumento de 41,37% em relação a 2014.
No Brasil, a região sudeste segue tendo a esmagadora maioria do eleitorado. Os quatro estados da região têm juntos quase a metade dos eleitores brasileiros, 43,4%, seguido do Nordeste, com 26,63%. O Estado de São Paulo é o maior colégio eleitoral do país, com 33.040.411 eleitores, seguido de Minas Gerais, com 15.700.966 e Rio de Janeiro com 12.406.394 votantes. O menor colégio eleitoral é o Estado de Roraima, com 331.489 cidadãos aptos a votar. 
Segundo o TSE, os números dizem respeito apenas aos cidadãos aptos a votar, sendo que outros mais de um milhão de eleitores não poderão votar nem se candidatar em 2018 por estarem com os direitos políticos suspensos. 
Mulheres são maioria
Embora elas representem pouco mais de 9% dos parlamentares atuais do Congresso Nacional, as mulheres são a maioria dos eleitores brasileiros, com 77.337.918 cidadãs aptas a votar, ou seja, 52,5% do total. Enquanto os homens somam 69.901.035, ou seja, 47,5%. 
Pela primeira vez, transexuais e travestis poderão usar o nome social para a identificação no processo eleitoral. A norma foi aprovada pelo TSE no dia 1º de março deste ano e de lá pra cá, 6.280 pessoas fizeram a escolha de se registrarem ou atualizarem seus dados para ter acesso a esse direito. 
Faixa etária e escolaridade
Segundos os dados do TSE, a média de idade do eleitor brasileiro está entre 45 e 59 anos de idade, correspondendo a 24,13% do eleitorado nacional. Em seguida, os eleitores com 25 a 34 anos, representando 21,16% do total. 
Eleitores de 16 a 18 anos e maiores de 70 anos não são obrigados a votar. No primeiro grupo, ouve uma redução de 14,53% do número de jovens em relação a 2014. Já o número de idosos maiores de 70 subiu 11,12% em comparação às últimas presidenciais, alcançando o número de 12.028.495 eleitores. 
Sobre o grau de instrução dos candidatos, os dados demonstram que a maior parte do eleitorado possui ensino fundamental incompleto. Eles representam 25,8% dos eleitores, ou seja, 38.063.892. Outros 33.676.853, ou 22,7% dos eleitores, concluíram o ensino médio. Já os eleitores com ensino superior somam 13.576.117 cidadãos, ou 9,1% dos eleitores. O Brasil ainda possui 4,4% de eleitores analfabetos, ou seja, mais de seis milhões de cidadãos. 
Identificação Biométrica e inclusão
Medade dos eleitores brasileiros já possuem cadastro biométrico, ou seja, 73.688.208 eleitores, ou 50,03% do total. O número de cadastrados no sistema de biometria subiu 239,92% em relação às eleições de 2014. Segundo a Justiça Eleitoral, a meta é identificar 100% dos eleitores brasileiros até as eleições de 2022.
Ainda segundo o relatório da Justiça Eleitoral, 940.613 eleitores declararam ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida. Todos os dados podem ser consultados na página de Estatísticas do TSE, na aba Eleições 2018. Informações do Brasil de Fato



Nabil Bonduki: PT pode ganhar pela quinta vez


Professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, Nabil Bonduki afirma que a transferência de votos de Lula para Hadadd, se o ex-presidente for de fato impugnado, o PT deverá conquistar a Presidência pela quinta vez consecutiva em eleições
247 - O professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP Nabil Bonduki afirma que o PT tem grande chance de vencer as eleições. "Se [Lula] transferir parte desse potencial [eleitoral], o resultado das últimas quatro disputas poderá se repetir, ainda mais porque Haddad tem luz própria, experiência e capacidade para propor um novo projeto para o Brasil", escreveu o docente em sua coluna publicada nesta terça-feira (7) no jornal Folha de S.Paulo.
"Quem acompanha a trajetória do PT desde 1980 sabe que ele [o PT] é, fundamentalmente, um partido eleitoral e institucional. Por isso, é lógica e previsível a demorada decisão que selou a chapa Lula-Haddad e Manuela", continua.
De acordo com o professor, "o PT nasceu nas lutas sociais, mas cresceu graças às eleições e a governos bem-sucedidos". "No governo federal, Lula implantou políticas inclusivas, sem confrontar o capital e as elites, dando origem ao que André Singer chamou de lulismo. Com essa estratégia, consolidou-se junto às camadas mais pobres e isoladas".
Leia a íntegra do texto


Gleisi: Haddad é o representante de Lula


"Haddad está cumprindo um papel de ser o vice neste momento para vocalizar o ex-presidente no dia a dia da campanha, ele é um representante do Lula" -com esta afirmação, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffman, define o papel de Fernando Haddad na campanha eleitoral; ela falou nesta segunda, depois de visitar Lula na cadeia em Curitiba; o ex-presidente brincou, disse Gleisi: "Avise lá que o candidato sou eu, viu? O Haddad está em estágio probatório (risos)".
247 - "Haddad está cumprindo um papel de ser o vice neste momento para vocalizar o ex-presidente no dia a dia da campanha, ele é um representante do Lula" -com esta afirmação, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffman, define o papel de Fernando Haddad na campanha eleitoral desde a noite de domingo, quando foi anunciada a coligação PT-PC do B-PROS-PCO. Ela falou nesta segunda, depois de visitar Lula na cadeia em Curitiba. O ex-presidente brincou, disse Gleisi: "Avise lá que o candidato sou eu, viu? O Haddad está em estágio probatório (risos)".
Ela reafirmou que Manuela D'Ávila é a candidata a vice-presidente e que o ex-prefeito de São paulo e coordenador do programa de governo de Lula cumpre um papel provisório: "Haddad é um vice, mas temos um compromisso com o PCdoB de que, tão logo sejam resolvidas as questões judiciais que envolvem o ex-presidente, o PCdoB assume a vice."
Segundo Gleisi, Lula ficou muito satisfeito com a composição final da chapa para as eleições. Ela assegurou que a mudança de última hora do TSE, exigindo que a definição dos candidatos a vice nas chapas na até o fim da noite do dia 5 (domingo) foi mais uma tentativa de ataque a Lula: "É mais um obstáculo que eles tentam colocar. Acho que eles vão colocando obstáculos para ver se a gente desiste. Mas nós somos teimosos."
Leia aqui.

Brasil 247 passa a ter conselho editorial, em defesa do Brasil


A Editora 247, que reúne o site Brasil 247 e a TV 247, passa a ter, a partir desta terça-feira 7 um conselho editorial, que reúne alguns dos principais intelectuais brasileiros, em defesa da democracia, da soberania nacional, de valores humanistas, de um projeto de Brasil-Nação e da promoção da cultura nacional, com a valorização de todos os povos e das periferias. Integram o Conselho os ex-ministros Anna de Hollanda, Luiz Carlos Bresser-Pereira, Aloizio Mercadante e Celso Amorim, a professora e jurista Carol Proner, o sociólogo Jessé Souza, o engenheiro Felipe Coutinho, representante dos engenheiros da Petrobras, o escritor Ferrez e os jornalistas Florestan Fernandes Júnior, Paulo Moreira Leite, Gisele Federicce, Mauro Lopes e Leonardo Attuch
247 - A Editora 247, que reúne o site Brasil 247 e a TV 247, ganha a partir desta terça-feira a contribuição de um conselho formado por alguns dos principais intelectuais do País, que passarão a opinar sobre os caminhos editoriais do grupo.
Trata-se do Conselho Editorial do 247, iniciativa que visa lutar em defesa da democracia, da soberania nacional, de um projeto de Brasil-Nação, de valores humanistas e da promoção da cultura nacional, com a valorização de todos os povos e das periferias.
Integram o Conselho os ex-ministros Anna de Hollanda, Luiz Carlos Bresser-Pereira, Aloizio Mercadante e Celso Amorim, a professora e jurista Carol Proner, o sociólogo Jessé Souza, o engenheiro Felipe Coutinho, representante dos engenheiros da Petrobras, o escritor Ferrez e os jornalistas Florestan Fernandes Júnior, Paulo Moreira Leite, Gisele Federicce, Mauro Lopes e Leonardo Attuch. 
Leia, abaixo, os princípios editoriais:
Brasil 247 e TV 247 - um Conselho Editorial para o tempo à frente
Fundado em 2011 com o projeto de ser um site relevante como agregador de notícias sobre política, economia, cidadania, cultura e temas de interesse nacional, o Brasil 247 tornou-se ao longo dos anos em uma das principais referências da mídia independente, democrática e progressista do país, respeitado nacional e internacionalmente.
Hoje, o Brasil 247 é um complexo midiático em construção, formado por seu portal, pela TV247 e uma rede de páginas nas redes sociais.
É o portal progressista mais afluente na internet; em 2018 passou a ter uma média mensal superior a 50 milhões de páginas visitadas.
A TV 247 já é, na metade de 2018, o mais importante canal de jornalismo no YouTube no país, somando 25 milhões de visualizações e uma programação que está prestes a preencher diversos horários entre 7h30 e 22h30 com programação ao vivo.
A presença do Brasil 247 nas redes sociais guia-se pelo princípio de utilizá-las simultaneamente como ferramentas de disseminação dos conteúdos produzidos no portal e na TV e com lugar de diálogo e construção coletiva de nossa inserção jornalística.
Uma característica do novo jornalismo independente e colaborativo, um movimento-experiência que transcende geografias e línguas ao redor do planeta, no qual insere-se o Brasil 247 e a TV 247 é a capacidade de reunir inteligência, princípios  e compromissos. São articulistas e colunistas no portal e apresentadores de programas e comentaristas na TV alguns dos principais nomes da inteligência nacional que pensam o Brasil a partir de uma perspectiva solidária, combativa e alegre.
São sete os princípios editoriais em torno dos quais convergimos: 
1.   Informação como direito - as pessoas têm direito à informação, ao melhor e mais qualificado conteúdo informativo, interpretativo e analítico. Por isso não cobramos pela informação-direito; ela é oferta em gratuidade.
2.   Informação digital e dialógica - acreditamos na produção de conteúdo que, em bites, espalha-se por todos os cantos, em rede e em ondas e, com plataformas baseadas na Internet, torna possível o fim do tempo do público passivo a quem cumpre apenas ler, ouvir e assistir as “autoridades” detentoras dos conteúdos a serem transmitidos; no século 21, somos capazes de velocidade, profundidade e amplitude.
3.   Jornalismo colaborativo - com o fim da fronteira entre emissores (os jornalistas, comentaristas e analistas postos como autoridades) e o público, surge um novo jornalismo no qual todos somos produtores de conteúdos e capazes de interação; é a nova era do jornalismo-diálogo.    
4.   Jornalismo Independente - rompemos com a lógica da velha imprensa, poucos – os muito ricos – sustentam as operações midiáticas com inversões milionárias para que os representam e da qual dependem. Somos sustentados com a colaboração solidária (saiba mais aqui) de muitas pessoas, empresas privadas e públicas, que se contrapõem à lógica da concentração e privilégios. Somos, portanto, independentes do poder econômico e político.
5.   Jornalismo ao lado do povo que carrega a esperança - temos lado e desejamos que ele seja honestamente apresentado e recebido. Não acreditamos na “objetividade” e “imparcialidade” propagandeada pela mídia conservadora que serve apenas como cortina de fumaça para esconder seus laços com a elite de perfil escravocrata do país, com as forças que esmagam os mais pobres e a democracia e promoveram os golpes de Estado de 1964 e 2016.
6.   Jornalismo que busca da verdade - denunciamos a campanha da velha mídia que procura acuar o jornalismo praticado na internet e nas redes com a acusação forjada de “fake news” quando a história comprova que são eles, os “barões das mídias”, os grandes disseminadores de mentiras e informações falseadas ao longo da história do país. Buscamos a verdade capaz de revelar, iluminar e denunciar os arranjos dos que tentam manter a exclusividade sobre a construção das narrativas e sobre o agendamento dos temas que devem ou não devem ser discutidos pela sociedade. Nosso compromisso é com o enfrentamento da perversa herança do regime da escravidão que manchou o país por mais de 300 anos e que marca a profunda exclusão social, a concentração de renda, de riqueza e do poder, em benefício de uma pequena elite de privilegiados.   
7.   Jornalismo pela democracia -  com o intuito de contribuir efetivamente com a construção da democracia, procuramos romper com a hegemonia dos discursos midiáticos hoje hegemônicos, proporcionando aos cidadãos e cidadãs uma experiência em que esteja presente a diversidade, a liberdade de imprensa, a pluralidade de pensamentos e a livre manifestação de ideias. Consideramo-nos um instrumento de defesa do Estado Democrático de Direito e das garantias e direitos individuais e coletivos. 
São oito os desejos e sonhos que cultivamos:
1.   Um Brasil-nação que confirme a profecia de Darcy Ribeiro e nos torne protagonistas de uma nova civilização – a da solidariedade.
2.   Um Brasil organizado ao redor da promoção da saúde, da educação, da ciência e da tecnologia.
3.   Um Brasil que se afirme soberano no mundo, sem pretensão a hegemonias nem submissão a impérios.
4.   Um Brasil no qual o patrimônio natural do país – seu petróleo, seus minerais, suas matas, suas águas – pertença ao povo e não seja alienado em benefício de grandes grupos econômicos.
5.   Um Brasil que valoriza e respeita a Cultura como a expressão autêntica e livre de um povo.
6.   Um Brasil da democracia, da liberdade, dos direitos humanos, da diversidade e sede do estado democrático de direito, com o pleno respeito às garantias e direitos individuais e coletivos.
7.   Um Brasil no qual o novo centro seja a irrupção das periferias e das populações marginalizadas e excluídas.
8.   Um Brasil capaz de acolher todas as gentes, todos os gêneros, todas as escolhas, todas as geografias e esperanças. 
Este projeto animou-nos e trouxe-nos até aqui. Queremos mais, queremos tudo. Para isso, reunimos um grupo de 13 pessoas que compõem um belo caleidoscópio através do qual poderemos admirar as cores do tempo à frente.
Contamos com elas para a jornada:
1.   Aloizio Mercadante, ex-ministro da Educação, da Casa Civil e da Ciência e Tecnologia
2.   Anna de Hollanda, ex-ministra da Cultura
3.   Carol Proner, professora e integrante da Associação de Juristas pela Democracia
4.   Celso Amorim, embaixador e ex-chanceler
5.   Felipe Coutinho, presidente da Associação de Engenheiros da Petrobras
6.   Ferréz, escritor
7.   Florestan Fernandes Jr, jornalista e escritor
8.   Gisele Federicce, jornalista e editora do 247
9.   Jessé Souza, sociólogo e escritor
10.      Leonardo Attuch, jornalista e editor do 247
11.      Luiz Carlos Bresser-Pereira, ex-ministro e professor emérito da Fundação Getúlio Vargas
12.      Mauro Lopes, jornalista e editor do 247
13.      Paulo Moreira Leite, jornalista, escritor e colunista do 247