As profissões ligadas à agropecuária e indústria têxtil
perderam fôlego nos últimos 12 meses; mas é a construção civil que está no
fundo do poço: entre as dez profissões que mais destruíram postos de trabalho
em 2017 e permanecem sem perspectivas em 2018, sete estão relacionadas a este
segmento; os dados têm base nas informações do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho
247 - As profissões ligadas à
agropecuária e indústria têxtil perderam fôlego nos últimos 12 meses. Mas é a
construção civil que está no fundo do poço: entre as dez profissões que mais
destruíram postos de trabalho em 2017 e permanecem sem perspectivas em 2018,
sete estão relacionadas a este segmento. Os
dados têm base nas informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged) do Ministério do Trabalho.
"Entre
os dez piores desempenhos, a profissão que proporcionalmente fechou mais vagas
dentro da construção nos 12 meses encerrados em junho foi a de supervisores de
construção civil, com demissão de 8.566 trabalhadores e queda de 8,7% no
pessoal ocupado com carteira nessa posição, após já ter dispensado 17.282
pessoas nos 12 meses anteriores. O total de trabalhadores formais atuando com
montagem de estruturas de madeira, metal e compósitos em obras civis encolheu
5,2% nos 12 meses terminados em junho, 5.996 vagas a menos. A terceira maior
queda no pessoal ocupado, de 4,9%, ocorreu na profissão de trabalhadores de
estruturas de alvenaria, com 17.496 dispensados nos últimos 12 meses.
'A
construção civil continua apanhando da baixa taxa de investimento, da falta de
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Um dos destaque foi a queda nas
vagas para engenheiros civis. Ou seja, mesmo os trabalhadores mais qualificados
não estão encontrando oportunidade de trabalho', ressaltou Fabio Bentes, chefe
da Divisão Econômica da CNC e responsável pelo estudo. Engenheiros. Foram eliminadas 2.110 vagas formais de
engenheiros civis no País nos 12 meses encerrados em junho, uma queda de 3,2%
no total ocupado nessa profissão em relação aos 12 meses anteriores, terminados
em junho de 2017, quando outras 6.189 vagas já tinham sido extintas. Em dois
anos, mais de oito mil engenheiros civis perderam o emprego com carteira
assinada.