quarta-feira, 18 de julho de 2018

Presos estão amotinados no solário e se recusam a voltar para as celas da Cadeia de Faxinal

(Foto ilustrativa)

A Polícia Civil de Faxinal confirmou há pouco que a maioria dos 58 presos da Cadeia Pública de Faxinal está se recusando a retornar para as celas após banho de sol e permanecem em situação de insubordinação no solário da unidade carcerária na tarde desta quarta-feira (18). A situação é tensa na unidade, conforme policiais civis.
O delegado Gustavo Dante está no local e não descartada a possibilidade da Rotam da Polícia Militar ser chamada para que o controle da situação seja retomado na unidade prisional.

A insubordinação do presos acontece depois que equipes da Rotam/PM, Polícia Civil e agentes do Depen locais e de Londrina realizaram na terça-feira (17) uma "Operação Bate Grade" na cadeia Pública de Faxinal. Durante a revista nas celas foram localizados dezenas de telefones celulares, carregadores, brocas, estoques (armas perfurantes artesanais e até, munição aparentemente de fuzil, além de drogas e serras. 

A Polícia Militar registrou em boletim de ocorrência que as equipes encontraram muita resistência por parte dos detentos ao realizar a operação. 
Veja parte relatório da PM

"No momento da entrada na cadeia, os presos, em sua maioria, não acataram as ordens policiais, xingando os soldados e dizendo: seus vermes, filhos da puta, arrombados, vamos matar vocês, vamos mastigar vocês, dentre outros palavrões. 

Quando os policiais avançaram para o interior da cadeia, diversos objetos foram arremessados nas equipes, tais como garrafas, calçados, pedaços de vassoura, pequenos eletrônicos (rádios), sendo então efetuados disparos de munição menos letal. 
Dentre os presos que arremessaram objetos na equipe, foram identificados como os que estavam no solário, os quais continuaram a resistência ao longo da operação", diz um trecho do boletim de ocorrência divulgado pela Polícia Militar. 
Policiais ameaçados

Alguns presos também teriam ameaçado policiais, afirmando que, após deixarem a unidade prisional, vão promover retaliações os soldados e seus familiares, com veladas ameaças de morte. Também houve citação de ligação com o PCC e que os agentes de segurança iriam se arrepender de estar invadindo o presídio. 

Além de balas de borracha, a polícia também utilizou espargidor (spray) de gás lacrimogênio e outros procedimentos para que o "Bate Grande", pudesse ser realizado com segurança. Segundo a polícia, ninguém ficou ferido.
Fonte: TN Online

MPF buscas nas Bahamas R$ 113 milhões atribuídos a operador do PSDB


Cerca de R$ 113 milhões – dinheiro de propinas que delatores da Odebrecht atribuem ao PSDB –podem estar em uma conta sigilosa nas Bahamas; investigadores da Polícia Federal aguardam informações do sistema bancário do país caribenho para iniciarem os procedimentos de investigação; tudo indica que o montante foi movimentado por Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ex-diretor da Dersa na gestão de José Serra
247 - Cerca de R$ 113 milhões – dinheiro de propinas que delatores da Odebrecht atribuem ao PSDB –podem estar em uma conta sigilosa nas Bahamas. Investigadores da Polícia Federal aguardam informações do sistema bancário do país caribenho para iniciarem os procedimentos de investigação. Tudo indica que o montante foi movimentado por Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ex-diretor da Dersa na gestão de José Serra.
"De acordo com as autoridades suíças, o suposto operador do PSDB abriu quatro contas no banco Bordier & Cie, em Genebra, logo após ser nomeado para a empresa estatal, em 2007, durante o governo de Serra. Os investigadores suspeitam que os milhões eram propinas pagas pela Odebrecht para conseguir facilidades nas obras do estado de São Paulo.
A investigação da Polícia Federal indica que a última movimentação do dinheiro foi em destino ao banco Deltec Trust Limited, em Nassau, Bahamas. A pequena ilha é tida como um ‘paraíso fiscal’, utilizado por magnatas para esconder dinheiro de origens ilícitas, ocultar patrimônio e evitar o pagamento de impostos."


Paraná Pesquisas: Lula e Bolsonaro lideram em SP; Alckmin em 3º


O Instituto Paraná Pesquisas divulgou na manhã desta quarta (18) pesquisa sobre as preferências do eleitorado de São Paulo no pleito presidencial de outubro; no estado, onde o PT apresenta historicamente grande dificuldade nas eleições, Lula lidera (21%) em empate técnico com Bolsonaro (21,1 %); em seu reduto, Alckmin continua amargando o terceiro lugar, como vem acontecendo em pesquisas de outros institutos: tem 16,4%
247 - O Instituto Paraná Pesquisas divulgou na manhã desta quarta (18) pesquisa sobre as preferências do eleitorado de São Paulo no pleito presidencial de outubro. No estado, onde o PT apresenta historicamente grande dificuldade nas eleições, Lula lidera (21%) em empate técnico com Bolsonaro (21,1 %). Em seu reduto, Alckmin continua amargando o terceiro lugar, como vem acontecendo em pesquisas de outros institutos: tem 16,4%.
Depois deles, aparece a opção "nenhum" (15,9%) e, a seguir, Marina (8%), Ciro (4,9%), Alvaro Dias (4,1%), João Amôedo (1,3%), Boulos (0,9%), Manuela (0,9%), Meirelles (0,8%), Rodrigo Maia (0,5%) e Flávio Rocha, que já desistiu, 0,4%. Indecisos são 3,8%.
Num cenário sem Lula: Bolsonaro (22,3%), nenhum (21,9%), Alckmin (19%), Marina (10,4), Ciro (8,1%), Álvaro Dias (4,5%), Fernando Haddad (4%), Amôedo (1,4%), Manuela (1,2%), Boulos (1,1%), Meirelles (),9%), Maia (0,6%), Flávio Rocha (0,4%). Indecisos são 4,5%.
A pesquisa perguntou aos entrevistados sua opinião sobre o governo Temer. 78,1% consideram o governo ruim ou péssimo (60,8% de péssimo).


Vigília por Lula Livre alcança R$ 1 milhão em doações


No início da semana, Lula completou 100 dias de cárcere na sede da Polícia Federal de Curitiba enquanto os apoiadores do ex-presidente mantém a resistência por meio de uma vigília de resistência; nesta mesma semana dos 100 dias, o mecanismo de financiamento coletivo ultrapassou R$ 1 milhão de arrecadação para a manutenção da Vigília Lula Livre

Gabriel Valery, Rede Brasil AtualNo início da semana, Lula completou 100 dias de cárcere na sede da Polícia Federal de Curitiba. Bem ao lado, desde o primeiro dia, 7 de abril, apoiadores organizam uma vigília de resistência. Bom dia, boa tarde e boa noite, entoados em coro, todos os dias. Luzes ao anoitecer para que o ex-presidente saiba da presença deles. Muitos ficam alguns poucos dias e voltam depois, outros estão lá desde o início.
De longe, muitos apoiam. Nesta mesma semana dos 100 dias, o mecanismo de financiamento coletivo ultrapassou R$ 1 milhão de arrecadação para a manutenção da Vigília Lula Livre.
Na segunda-feira (16), a vigília mudou de lugar. A organização alugou um terreno bem em frente ao prédio da Superintendência da Polícia Federal, o que aproximou mais os militantes das instalações. A mudança foi acertada com as autoridades locais e assegurar o direito de ir e vir dos manifestantes.
Florisvaldo Souza, um dos coordenadores da vigília, conta que a solidariedade encontrada na sociedade vai ainda além do dinheiro. "A vigília se mantém com doações. Além dessas doações em dinheiro, contamos com uma rede de solidariedade em Curitiba muito grande. Então, recebemos alimentos, cobertores, roupas. É muito legal ver a solidariedade do povo com a vigília, que só cresce do início."
Ao longo desses dias, líderes de diversos segmentos passaram por lá. Cidadãos anônimos de várias parte dos país e personalidades da política, da cultura, das artes, da academia. De partidos diversos e de movimentos, da cidade e do campo.
Para o coordenador, a solidariedade reforça a ideia de que Lula é um preso político e que vale a luta. "Essa ideia cresce a cada dia na sociedade. Principalmente por causa das lambanças do Judiciário. Eles foram totalmente expostos e vejo que, a cada dia, fica mais claro que essa prisão é ilegal, ilegítima, injusta."
Souza defende a "briga" em todos os espaços jurídicos, mas também nas ruas. Primeiro pela liberdade do Lula e em segundo lugar pelo direito dele ser candidato. "Esse é nosso horizonte e vamos colocar todas nossas energias ai. Agora, sabemos o caráter do golpe. Não fizeram isso para devolver o governo nesse espaço de tempo. Mas, com muita mobilização, mantendo essa pressão, chega um momento em que o povo consegue derrubar essa sacanagem toda. O que pode reverter esse jogo é uma forte pressão popular", completa.
O secretário nacional de Finanças e Planejamento do PT, Emidio de Souza, reafirma que a mobilização da sociedade pode reverter a situação de Lula, e que o financiamento fez parte desse conjunto de esforços. "Vítima de uma injusta prisão, Lula precisa de nosso empenho. Nosso apoio dá ainda mais forças para o melhor presidente que esse país já teve. Ao atingir R$ 1 milhão em doações para a Vigília Lula Livre, a militância mostra que a solidariedade ao presidente é mais forte do que nunca".
Mensagem de Lula

Também para marcar a semana dos 100 dias de prisão, foi divulgado hoje (17) um vídeo inédito de Lula para os brasileiros. Em mensagem gravada do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, horas antes de ser levado para o cárcere, Lula afirma que se transformou "no cidadão mais indignado deste país".

"O juiz Moro sabe que sou inocente. Os juízes do TRF4 sabem que sou inocente. Queria que eles julgassem o mérito do processo. O mérito da acusação contra a mim. Que lessem a defesa das acusações e encontrassem um crime que eu cometi. E aí eles poderiam me prender tranquilamente e eu acataria com todo respeito a decisão."
"Eu acho que precisamos acreditar que a Justiça é para fazer justiça. Eu acho que tem uma coisa muito grave acontecendo. Parece que eu sou um sonho de consumo dos juízes que me julgaram e do juiz Moro porque me parece que eles não querem, em hipótese alguma, junto com a Rede Globo de Televisão e outros instrumentos de comunicação no Brasil que a Lava Jato acabe ou que eu seja inocentado antes de ser preso", disse.
O ex-presidente ainda argumentou com a necessidade de julgamento de mérito do processo que o condenou, relacionado ao triplex do Guarujá, em âmbito da Operação Lava Jato. "Não posso aceitar essa decisão como uma coisa normal. Se essa gente quer fazer política, é melhor deixar suas funções no Estado brasileiro de representação de uma função pública e entre em um partido e se candidate e venha fazer política. Mas fazer política na Polícia Federal, no Ministério Público e no Judiciário é um equívoco que o Brasil não pode permitir."


Manifestoches fecham rodovia para pedir ditadura


Um grupo de 60 manifestantes bloqueou as duas pistas da rodovia Régis Bittencourt em São Paulo durante a tarde e a noite desta terça-feira (17) para pedir a volta da ditadura militar; diferentemente do que costuma ocorrer em manifestações em rodovias do MST ou do MTST, não foram incomodados pela Polícia Rodoviária nem pela PM
247 - Um grupo de 60 manifestantes bloqueou as duas pistas da rodovia Régis Bittencourt em São Paulo durante a tarde e a noite desta terça-feira, 17, para pedir a volta da ditadura militar. Diferentemente do que costuma ocorrer em manifestações em rodovias do MST ou do MTST, não foram incomodados pela Polícia Rodoviária nem pela PM.
O bloqueio causou 10 km de congestionamento nas duas pistas em determinado momento e ocorreu entre Itapecerica da Serra e Embu das Artes, na Grande São Paulo. Ainda de acordo com o órgão, a manifestação afetou outras rodovias próximas, como a Raposo Tavares, por algumas horas.
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Rodoviária Federal, o grupo não chegou disposto a negociar sua saída de maneira pacífica. Após quatro horas de protesto com a pista completamente interditada, os manifestantes optaram por liberar uma das faixas em ambos os sentidos. No fim da noite, o grupo encerrou os protestos e deixaram o local.


Manuela pode virar vice de Lula nesta quinta


Depois do fracasso da negociação de uma aliança com o PDT, de Ciro Gomes, dirigentes do PCdoB terão um encontro decisivo com o comando do PT, nesta quinta-feira; a expectativa é que Manuela D'Ávila possa vir a ser vice de Lula na disputa de 2018, abrindo mão de seu projeto presidencial; outra hipótese é a formação de uma frente única dos partidos de esquerda, no Rio Grande do Sul, para que ela seja candidata ao governo estadual
247 – Dirigentes de dois dos principais partidos de esquerda do País, PT e PCdoB, terão um encontro decisivo nesta quinta-feira, que poderá dar um novo rumo à corrida presidencial, com a formalização da primeira aliança de peso em torno da candidatura Lula. "Somos aliados históricos, queremos muito o PCdoB e eles têm uma possibilidade real de indicar a vice", aponta um dirigente do PT.
Ontem, houve um encontro entre dirigentes do PCdoB e do PDT, de Ciro Gomes, em que não se chegou a um acordo. Depois disso, a própria Manuela afirmou que o campo progressista terá quatro candidaturas independentes em 2018: a dela, a de Lula (ou de seu eventual substituto), a de Ciro Gomes e a de Guilherme Boulos.
No entanto, PT e PCdoB estiveram juntos em todas as disputas presidenciais desde 1989 e são aliados históricos e é muito provável que a aliança se repita. Se Manuela não for vice, outra hipótese é a formação de uma frente única dos partidos de esquerda, no Rio Grande do Sul, para que ela seja candidata ao governo estadual, contra José Ivo Sartori, do PMDB.


TC suspende contratações de empresas de médicos servidores de Apucarana, Arapongas e Rolândia


Na decisão liminar o Tribunal determina que Apucarana e Arapongas incluam os nomes dos médicos responsáveis por realizar os plantões, o número de horas de serviço prestado por cada profissional e o valor pago por hora/plantão, na descrição dos próximos empenhos.
As cautelares determinam, ainda, que Apucarana disponibilize no Portal de Transparência o controle de frequência dos médicos contratados por meio de clínicas, contendo os locais, dias e horários dos atendimentos realizados.

Em decisões cautelares do conselheiro Ivens Linhares, o Tribunal de Contas do Estado do Paraná determinou que os municípios de Apucarana, Arapongas e Rolândia (todos na região Norte do Estado) não contratem ou renovem contratos com empresas que possuam servidores municipais em seu quadro societário. Homologadas pelo Pleno do TCE-PR na sessão da última quinta-feira (12 de julho), as cautelares atendem a Representações da Lei nº 8.666/93 (Lei de Licitações e Contratos) apresentadas pelo Ministério Público de Contas).
As liminares também determinam que Apucarana e Arapongas incluam os nomes dos médicos responsáveis por realizar os plantões, o número de horas de serviço prestado por cada profissional e o valor pago por hora/plantão, na descrição dos próximos empenhos.
As cautelares determinam, ainda, que Apucarana disponibilize no Portal da Transparência o controle de frequência dos médicos contratados por meio de clínicas, contendo os locais, dias e horários dos atendimentos realizados. Rolândia deve disponibilizar no Portal da Transparência a íntegra dos procedimentos licitatórios e contratos, inclusive os relativos à execução e fiscalização dos serviços de saúde, além de fazer constar em todos os empenhos as informações relativas ao número de horas remuneradas e ao médico que efetivamente prestou o serviço.
Os despachos relativos às medidas cautelares de Apucarana e Rolândia foram assinados pelo conselheiro relator em 6 de julho; e o relativo à liminar de Arapongas, em 9 de julho. Linhares acatou três representações do MPC-PR, com pedidos cautelares, relativas a indícios de impropriedades nos procedimentos de contratação de médicos plantonistas para a prestação de serviços de saúde em âmbito municipal, com a indicação de possível irregularidade na terceirização desses serviços. 
Representações do MPC-PR
Para embasar as representações, o órgão ministerial extraiu informações dos portais da transparência dos três municípios e do Portal de Informações para Todos (PIT) do TCE-PR, cujos dados são declarados pelos municípios ao Sistema de Informações Municipais (SIM-AM) do Tribunal.
Arapongas preencheu apenas 82 dos 277 cargos efetivos de médico previstos em lei, sendo 32 dos admitidos médicos plantonistas. Apucarana preencheu apenas 24 dos 151 cargos efetivos de médico previstos em lei, sendo um dos admitidos médico plantonista; e em 2017 empresas foram chamadas para realizar plantões médicos presenciais por meio de inexigibilidade de licitação.
Rolândia preencheu apenas 37 dos 116 cargos efetivos de médico previstos em lei; e empresas foram chamadas para a realização de plantões médicos presenciais por meio de inexigibilidade de licitação, sem que tenham sido firmados os respectivos contratos.
O MPC-PR afirmou, ainda, que a prestação de serviços médicos de saúde nos três municípios é realizada, também, por servidores terceirizados, em especial, para atendimento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Além disso, essas três prefeituras contrataram empresas cujos proprietários são servidores municipais.
Decisão
"Inviabilizam o adequado exercício do controle social e das atividades dos órgãos de controle externo a ausência de disponibilização no Portal da Transparência do controle de frequência dos médicos contratados; e a falta de apresentação de dados específicos, nos empenhos emitidos, relativamente à pessoa do profissional que executou o serviço, às horas prestadas e ao valor pago por hora ou plantão", afirmou Linhares.
O relator destacou que a falta de informações impede a detecção de de possíveis irregularidades, como a desproporcionalidade dos valores praticados; o descumprimento da carga horária declarada e paga; e o excesso da carga horária atribuída aos profissionais contratados.
O conselheiro ressaltou que a reiteração das irregularidades indicadas pode permitir a ocorrência de práticas lesivas ao erário que são de difícil ressarcimento, por envolver pagamentos a particulares, o que justifica a expedição das medidas cautelares requeridas pelo MPC-PR.
Linhares determinou a citação dos municípios de Apucarana, Arapongas e Rolândia para que, no prazo de 15 dias, comprovem o imediato cumprimento das cautelares e exerçam o contraditório em face das irregularidades noticiadas. Os três municípios deverão, também, apresentar o controle de frequência de todos os médicos contratados por meio das clínicas analisadas; e a escala de plantões, com indicação do número de horas efetivamente realizadas e dos dias, horários e locais de atendimento dos médicos plantonistas.
O Município de Rolândia deverá demonstrar, ainda, a forma de escolha das empresas credenciadas para a prestação de serviços de plantão médico; e esclarecer a forma de análise da documentação relativa às empresas contratadas.

Serviço
Processo :
472702/18
Despacho nº
1014/18
Assunto:
Representação da Lei nº 8.666/93
Entidade:
Município de Apucarana
Interessados:
Flávio de Azambuja Berti e Ministério Público de Contas
Relator:
Conselheiro Ivens Zschoerper Linhares

Processo nº:

472257/18
Despacho nº
1029/18
Assunto:
Representação da Lei nº 8.666/93
Entidade:
Município de Arapongas
Interessados:
Flávio de Azambuja Berti e Ministério Público de Contas
Relator:
Conselheiro Ivens Zschoerper Linhares

Processo nº:

473164/18
Despacho nº
1022/18
Assunto:
Representação da Lei nº 8.666/93
Entidade:
Município de Rolândia
Interessados:
Flávio de Azambuja Berti e Ministério Público de Contas
Relator:
Conselheiro Ivens Zschoerper Linhares

Autor: Diretoria de Comunicação Social
Fonte: TCE/PR


Prefeitura de Apucarana investe mais R$ 520 mil em dois bairros


Estão sendo atendidos o Dom Romeu Alberti e a Vila Apucaraninha
(Foto: Profeta)
As obras de recuperação de ruas e interligação de bairros continuam avançando em Apucarana. Atualmente, duas frentes de trabalho estão em atividade no Núcleo Habitacional Dom Romeu Alberti, na zona Norte da cidade. Em outra frente, a prefeitura promove o alargamento da Rua São Carlos, que dá acesso à Vila Apucaraninha e ao Residencial Por do sol.
O investimento total, com recursos próprios do município é superior a R$ 520 mil. O secretário de Obras, Herivelto Moreno avalia que os serviços que estão em andamento devem ser concluídos ainda nesta semana. “Tranquilizamos os moradores de algumas ruas transversais, que vem questionando sobre algumas vias que iriam ficar de fora destas obras. A pedido do prefeito Beto Preto foram incluídas todas as ruas do bairro. Portanto, o Dom Romeu terá recuperação asfáltica de micro-pavimento nas ruas de menor tráfego, e de reperfilamento, com capa asfaltica de 2 centímetros nas ruas são Lucas e São Sebastião, que são vias de interligação de bairros e que também são utilizadas pelo transporte coletivo urbano”, comenta o engenheiro Herivelto Moreno.
O secretário revela que no Dom Romeu Alberti estão sendo executados 30 mil m² de micro-pavimento e mais 7 mil m² de reperfilamento, ao custo de R$ 440 mil.
Moradores do Dom Romeu acompanham de perto a recuperação das ruas e manifestam sua satisfação. O comerciante Jaci Afonso, da Rua São Sebastião, fez questão de agradecer ao prefeito Beto Preto pela melhoria. “O trabalho aqui é de excelente qualidade, só temos a agradecer”, opinou.
O aposentado Reinaldo Adão Camargo, que já trabalhou com pavimentação disse que o recape é mesmo de qualidade. “O prefeito Beto preto está honrando o compromisso assumido com a comunidade, e não é só aqui no dom Romeu, é em toda a cidade”, avalia Camargo.
Na Rua São Carlos, no acesso à Vila Apucaraninha e ao Por do Sol, a Prefeitura de Apucarana está executando obras de alargamento da via numa extensão de trezentos metros. “Esse trecho é de tráfego intenso e a rua que era estreita, está ganhando agora mais três metros de largura, além de meio-fio e sinalização viária”, anuncia o secretário Herivelto Moreno.
Segundo ele, mediante acordo firmado com o proprietário de um grande lote de terras no local, está providenciando a construção de calçadas. “A partir de agora, haverá mais segurança para pedestre, ciclistas, motociclistas e veículos nesta via”, avalia o secretário.

terça-feira, 17 de julho de 2018

Lula pode ser registrado? Lula pode ser candidato?

Lula em Palmeira das Missões, Rio Grande do Sul. Foto: Ricardo Stuckert


Publicado no ConJur
Intensificam-se as análises, inclusive de magistrados, a respeito do registro da candidatura do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que parecem convergir num pré-julgamento inusitado no sentido de considerar, de antemão, que ele está inelegível.
Já que não concebemos a Justiça Eleitoral como mero departamento protocolar de verificação dos documentos apresentados pelos candidatos, nossa intenção é incluir, nesse debate de tamanha envergadura, alguns elementos fundamentais de caráter preliminar e com viés constitucional, visando contribuir para as discussões que em breve enfrentarão nossas cortes superiores e serão pauta de interesse nacional.
Como primeiro ponto, alertamos que a Constituição Federal estabelece a filiação partidária como condição de elegibilidade e, por consequência, veda as candidaturas avulsas. O Partido dos Trabalhadores é titular do direito constitucional à participação no pleito presidencial, por ser um partido político que está legalmente constituído e em pleno funcionamento. O PT pode, portanto, pleitear o registro da candidatura do ex-presidente Lula.
Eis a primeira inversão a que assistimos hoje, já com reflexos no processo eleitoral. É o PT o agente legitimado a escolher sua chapa presidencial e solicitar o registro perante o TSE. Se é certo que o PT pode concorrer, também é regra basilar do Direito Eleitoral, em respeito ao princípio da igualdade de condições na disputa, que o partido tenha os mesmos direitos dos demais concorrentes, para que efetivamente possa participar dos atos de pré-campanha das eleições presidenciais. Aos demais partidos foi assegurada a participação nos debates em rádio, TV e internet, mas, em desrespeito aos princípios constitucionais supramencionados, tais direitos estão sendo negados ao PT em nome de seu pré-candidato.
Outros fatos relacionados à condenação e prisão do ex-presidente Lula, com destaque aos eventos das últimas semanas, revelam uma conjuntura de ofensas reiteradas a princípios constitucionais. Não à toa, a cada dia aumentam as manifestações de juristas de renome, dentro e fora do país, de entidades e personalidades políticas internacionais que o consideram um prisioneiro político, todos a denunciar, com provas, as tantas ilegalidades decorrentes de um processo penal que muitos definem como farsa judicial.
Ganha relevância, nesse contexto, a decisão do Comitê Internacional de Direitos Humanos da ONU que resolveu analisar a denúncia apresentada pela defesa do ex-presidente Lula, com provas robustas de abusos de poder na condução do processo pelo magistrado de primeiro grau (com reflexos no sistema judicial como um todo), apontando para a ausência das garantias de independência no julgamento do processo penal a que Lula está sendo submetido.
Todas essas questões refletem diretamente no julgamento do pedido de registro de candidatura a ser apresentado pelo PT, e merecem ser consideradas. Ainda que se faça vistas grossas às violações das garantias no processo penal, cabe à Justiça Eleitoral o papel constitucional de evitar que as tantas ilegalidades já perpetradas estendam-se agora à esfera eleitoral, de forma a garantir que o preceito fundamental e mais importante da democracia — o da soberania popular — seja preservado sem vícios ou fraudes, afastando as tantas artimanhas que surgem a cada dia para tolher os direitos políticos de um ex-presidente, que pretende novamente disputar o cargo eletivo de mais alta importância da República Federativa do Brasil.
Para que tenhamos a concepção plena dos reflexos de todo esse aparato de violações perante a Justiça Eleitoral, condensamos em dois tópicos, de forma resumida, alguns aspectos práticos que dizem respeito ao processo de registro da chapa presidencial do PT às próximas eleições:
I. Quanto aos direitos políticos do ex-presidente Lula

No momento da discussão a respeito da plenitude dos direitos políticos do ex-presidente Lula, deve ser considerado o teor da decisão do Comitê Internacional de Direitos Humanos da ONU, que mencionou o artigo 25, “b”, do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, que estabelece “o direito a qualquer cidadão de votar e de ser eleito em eleições periódicas, autênticas, realizadas por sufrágio universal e igualitário e por voto secreto, que garantam a manifestação da vontade dos eleitores”.

Tal decisão já foi comunicada ao Estado brasileiro, que por ser signatário está obrigado a assegurar tais garantias a Lula. Trata-se, pois, de matéria passível de análise pelo TSE, eis que se refere ao exercício dos direitos políticos, requisitos e condições de elegibilidade, questão, pois, de conteúdo constitucional.
Além disso, um dos princípios constitucionais mais importantes do ordenamento jurídico brasileiro é a preservação da plenitude dos direitos políticos que não podem, em hipótese alguma, ser suspensos enquanto não houver o trânsito em julgado de sentença condenatória, algo que ainda está longe de se concretizar no caso de seu processo penal. Trata-se, igualmente, de matéria constitucional que somente poderá ser apreciada no pedido de registro da candidatura, eis que o partido certamente apresentará, no momento oportuno, as provas do preenchimento dessa condição de elegibilidade.
Sendo assim, não pode haver indeferimento sumário, de plano, como já anteciparam alguns magistrados em notícias publicadas na imprensa nacional. Qualquer tentativa de apreciação dessa matéria antes do julgamento do pedido de registro (ou sob o aspecto da condenação em segunda instância, quitação eleitoral ou pela Lei das Inelegibilidades) caracteriza grave ofensa à Constituição Federal e deverá ser objeto dos recursos próprios perante a suprema corte, não apenas pela violação patente dos princípios da ampla defesa e do contraditório, como também por conflitar com a manifestação do Comitê Internacional de Direitos Humanos da ONU.
II. Quanto à Lei da Ficha Limpa

Não há dúvida de que as eleições configuram a principal expressão de nossa democracia. Nesse contexto é que deve ser compreendida a Lei da Ficha Limpa, que não foi aprovada pelo Congresso Nacional para ser utilizada como inimiga da soberania popular ou como arma contra os eleitores.

A Justiça Eleitoral, ao julgar impugnações ao registro de candidaturas, deve se nortear pelo princípio de que o melhor julgamento é sempre o do povo nas urnas, para que não retire do páreo candidatos que consigam demonstrar o efetivo preenchimento das condições de elegibilidade. E essa avaliação não se dá apenas pela análise linear dos documentos apresentados pelos candidatos, até porque a Justiça Eleitoral não é um balcão cartorário, mas pelo exame conjunto de todos os elementos apresentados, eis que questões tangentes podem ter surgido justamente com o intuito de interferir indevidamente no processo eleitoral.
Por outro lado, não se pretende aqui fazer qualquer abordagem quanto à constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa, mas, sim, discutir os elementos teleológicos no que tange ao alcance do disposto no artigo 1º, I, alínea “e” da Lei Complementar 64/90, sempre à luz dos preceitos constitucionais.
Sem titubeios, a literalidade desse dispositivo não pode ter aplicação automática, sob pena de serem anulados outros princípios da Constituição Federal com maior peso na interpretação das normas eleitorais. Se a intenção da Lei da Ficha Limpa foi banir da disputa eleitoral os que cometeram crimes de teor relevante para impedir que se tornem representantes do povo, por outro lado a própria Lei das Inelegibilidades prevê a competência específica da Justiça Eleitoral para analisar o enquadramento do candidato nas hipóteses previstas na lei, que não pode ocorrer de forma automática.
Para servir como parâmetro, tomemos como exemplo o que já faz a Justiça Eleitoral quando analisa, caso a caso, a matéria de impugnação do registro de candidatura com fundamento na alínea “l”, atinente à condenação por improbidade administrativa, ao definir, apenas no momento do julgamento do registro, se existe ou não ato doloso, dano ao erário e enriquecimento ilícito, independentemente de decisão já proferida em outras esferas da Justiça comum.
Da mesma maneira, no tocante à alínea “e” do mesmo artigo, não se pode aplicar a Lei da Ficha Limpa de forma aritmética nem considerar que se trata de mera transposição de decisão judicial de outra esfera que nem mereça ser analisada pela Justiça Eleitoral.
Também nesse quesito, a singularidade de cada caso precisa ser analisada à luz da violação ou não de preceitos constitucionais, com a apreciação, pela própria Justiça Eleitoral, da possibilidade de não se sustentar nas cortes superiores a condenação criminal do candidato, autorizando-o, em consequência, a disputar o pleito eleitoral.
Além de a Justiça comum apreciar a plausibilidade dos recursos a teor do disposto no artigo 26-C da Lei das Eleições, deve a própria Justiça Eleitoral analisar o registro sob esse enfoque, sobretudo em casos de flagrantes violações a dispositivos constitucionais, inclusive para verificar se a condenação criminal teve, por via direta ou indireta, o objetivo de atingir ou interferir no processo eleitoral. E tal análise somente pode ser efetuada pela Justiça especializada como instância originária e competente.
Em outras palavras, é fundamental que a plausibilidade a que se refere a Lei das Eleições também seja analisada pela Justiça Eleitoral sob outro ângulo, qual seja, sob a ótica de se preservar tanto a soberania popular como também a plenitude dos direitos políticos do candidato, que não podem sofrer nenhuma interferência indevida, advinda de condenação oriunda de processo judicial eivado de vícios ou ilegalidades.
No caso do ex-presidente Lula, a revisão da condenação criminal pela terceira e quarta instâncias é certa, e as violações a garantias constitucionais revelam, mesmo numa análise superficial, uma repercussão proposital no seu registro de candidatura, razão pela qual não se pode permitir que a condenação em segunda instância possa inabilitá-lo automaticamente, causando prejuízo irreversível ao exercício de seus direitos políticos.
As ilegalidades já consumadas na esfera penal saltam aos olhos. E se o processo penal teve seus prazos encurtados visando impedir que o ex-presidente Lula concorra às eleições gerais do próximo dia 7 de outubro, a Justiça Eleitoral vai se abster de analisar tal questão, que compromete inclusive o princípio da soberania popular? Não pode, pois, ficar inerte, tampouco ignorar a gravidade do que vem ocorrendo até o momento em seu processo criminal cujos meandros, aliás, são de conhecimento público e foram dissecados e propagados por todos os cantos do país.
Ao enfrentar tal debate, precisa considerar que, para preservar a garantia constitucional dos direitos políticos, uma pena injusta e inconstitucional não pode produzir todos os seus efeitos, tanto pela possibilidade de ser a condenação reformada nas instâncias superiores quanto pela não aplicação aritmética da alínea “e”. Uma condenação injusta e inconstitucional não pode gerar inelegibilidade automática, pois aplicada será igualmente injusta e inconstitucional.
O ex-presidente Lula e seu partido possuem elementos de prova que precisam ser analisados pela Justiça Eleitoral no momento adequado, que é no processo de registro de sua candidatura, que não poderá ser julgado como se fosse apresentado perante um despachante que chancela a aceitação ou não de sua documentação.
Entendemos que a aplicação automática do disposto no artigo 1º, I, alínea “e” da Lei Complementar 64/90 fere, de igual forma, a Constituição Federal. No caso do registro de Lula, representaria uma aberração jurídica e um atentado a seus direitos políticos e ao princípio da soberania popular, bem como ao direito dos brasileiros de eleger seus representantes em eleições livres e autênticas.
Que a Justiça Eleitoral se mostre à altura do desafio atual. Que não se cometam ainda mais injustiças àquele que já está sendo injustiçado pela própria Justiça.
Fonte: DCM

“Lula quer que provem que ele é culpado”


Relato foi feito pelo senador Edison Lobão (PMDB-MA), que realizou uma inspeção na sede da Polícia Federal em Curitiba, onde o ex-presidente Lula é mantido preso político há 100 dias; "O presidente Lula escolheu o caminho dessa prisão para manter a sua dignidade. Ele quer que provem que ele é culpado. Enquanto isso não acontece, ele é inocente", declarou Lobão; Renan Calheiros (PMDB-AL) disse que Lula "não quer nenhum tipo de concessão, apenas espera um julgamento justo"
247 - Integrantes da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado visitaram nesta terça-feira 17 o ex-presidente Lula na sede da Polícia Federal em Curitiba, onde realizaram uma inspeção no local.
De acordo com relato feito pelo senador Edison Lobão (PMDB-MA), que estava presente, "Lula escolheu o caminho dessa prisão para manter a sua dignidade". "Ele poderia ter tido uma outra solução. Não, ele quer que provem que ele é culpado. Enquanto isso não acontece, ele é inocente. Provará sua inocência e sairá daqui limpo como sempre foi na vida", acrescentou.
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) disse que Lula "não quer nenhum tipo de concessão, apenas espera um julgamento justo, em respeito à sua história e ao povo brasileiro que também confia nele".
"Encontramos o presidente Lula convicto de que vai sobretudo demonstrar a sua inocência", completou. Ao criticar o processo que condenou Lula, Renan disse ter "certeza que [o julgamento] não está seguindo o rito da legalidade". O senador também voltou a criticar a candidatura de Henrique Meirelles pelo PMDB e disse que o partido no período pós-Temer é "tenebroso" (leia mais).
Roberto Requião (PMDB-PR) descreveu Lula com uma "vontade inquebrantável, acreditando na sua inocência e esperando que as suas apelações sejam julgadas como consequência da sua liberação".


Gleisi critica machismo de Noblat


Jornalista da Veja, Ricardo Noblat, chamou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) de "louca" em sua coluna, e a presidente do PT rebateu: "Como mulher, na minha caminhada de lutas, não foram poucas as vezes em q me deparei com situação semelhante. Quando perdem o argumento, partem para a desqualificação. Homem branco, machista e com poder de fala pública contribuindo para intolerância e preconceito!"
247 - A senadora e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), criticou o "machismo" do jornalista da Veja Ricardo Noblat, que chamou a parlamentar de "louca" em sua coluna.
Gleisi rebateu: "Como mulher, na minha caminhada de lutas, não foram poucas as vezes em q me deparei com situação semelhante. Quando perdem o argumento, partem para a desqualificação. Homem branco, machista e com poder de fala pública contribuindo para intolerância e preconceito!".
Na nota, intitulada "Gleisi Maria Louca", Noblat insinua que a senadora estaria descontrolada.