sexta-feira, 13 de julho de 2018

Vila São Carlos inicia projeto piloto na coleta seletiva em Apucarana


Além de aumentar a quantidade de materiais coletados, a iniciativa que distribui sacolas retornáveis para a coleta visa melhorar a qualidade do que é destinado à cooperativa 
(Foto: Edson Denobi)
Quatrocentos e cinquenta moradores da Vila São Carlos começaram a receber sacolas retornáveis para a coleta seletiva do lixo domiciliar. A distribuição teve início nesta sexta-feira (13/07), defronte ao ginásio do Complexo Esportivo José Antônio Basso (Lagoão), durante o lançamento do projeto piloto que será desenvolvido no bairro em uma iniciativa da Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis de Apucarana (Cocap) e Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Apucarana. Além de aumentar a quantidade de materiais coletados, a iniciativa visa melhorar a qualidade do que é destinado à cooperativa.
“Atualmente, 40% do reciclável gerado pelas residências vai direto para o aterro sanitário, ou seja, não é separado na origem e, cerca de 50% do que chega à Cocap não pode ser reciclado e precisamos destinar ao aterro pois vem misturado a lixo orgânico ou descartado de outras formas incorretas, sem a devida lavagem por exemplo ”, disse Antônio Roberto Nogueira, interventor da cooperativa.
Entre 200 e 250 toneladas de lixo reciclável são recolhidas todos os meses pela Cocap e geram renda a 43 famílias de cooperados. As sacolas disponibilizadas são feitas dentro da própria cooperativa, com material recolhido pela entidade. Têm durabilidade média estimada em 12 meses e capacidade para até 100 litros de material. “É um recipiente grande, pensado para acondicionar a produção de reciclável de toda uma semana. O morador colocará todos os recicláveis nesta sacola e nossa equipe vai colocar tudo no caminhão, devolvendo a sacola ao morador”, explica Nogueira. Ele orienta cuidados especiais com alguns materiais, como cacos de vidro, que devem ser bem embalados e identificados para evitar que os cooperados se firam, e óleo de cozinha usado, que deve ser acondicionado em garrafas pets. “Há outros cuidados simples, como passar uma água nos recipientes, que contribuem para a melhora da qualidade do reciclável”, comenta.
Para inibir a ação de atravessadores, que se antecipam à coleta da Cocap e retiram apenas o material reciclável mais valioso, as sacolas retornáveis trazem um alerta de que só podem ser manuseadas pelos moradores e cooperados, com a inscrição “Propriedade da Cocap – Furtos e Roubos Lei 9.279/96”. “Estamos orientando os moradores a fazerem esta vigilância, identificando possíveis infratores, seja fotografando, anotando a placa dos veículos, para que possamos tomar as medidas judiciais cabíveis”, explicou o interventor da Cocap.
O projeto piloto terá duração de 90 dias. “Percorremos casa por casa da Vila São Carlos e, das cerca de 1.800 famílias, 450 aceitaram fazer parte deste início de trabalho e agora estão começando a receber suas sacolas retornáveis. Em três meses vamos fazer a avaliação dos resultados obtidos neste perímetro quanto ao aumento e melhora da qualidade do que foi coletado e o plano é expandir gradativamente para toda a cidade”, explicou Sérgio Bobig, secretário Municipal de Meio Ambiente.
A ideia da sacola retornável surgiu a partir de uma pesquisa solicitada pelo prefeito Beto Preto. “Ele nos solicitou estudos para melhorar a coleta seletiva na cidade e encontramos na pequena São Carlos do Ivaí este modelo que, de início, já melhorou em 30% a quantidade e qualidade do material recebido pela cooperativa daquele município. Sabemos que Apucarana é uma cidade bem maior, mas estamos muito confiantes de que a população vai aderir a esta inovação que visa tanto o ganho ambiental, prolongando a vida útil do aterro e evitando que o lixo seja incorretamente descartado no meio ambiente, como também o ganho social, uma vez que a coleta seletiva através da Cocap gera renda para muitas famílias”, pontuou Bobig.
Moradora do bairro, Maria Luíza Domingues foi pessoalmente retirar sua sacola retornável. “Sempre reciclei o meu lixo. Morei por muitos anos em Curitiba, que é referência na coleta seletiva e agora com esta sacola ficará ainda mais fácil separar o material. O planeta merece este cuidado, espero que a partir desta campanha mais apucaranenses participem da reciclagem”, comentou.
Durante o ato de lançamento do projeto piloto, o prefeito Beto Preto esteve representado pelo secretário Municipal da Agricultura, José Luiz Porto. “Em tudo que se faz na vida precisamos por dignidade. O que muitos chamam de lixo é na verdade material valioso para diversas famílias que sobrevivem da reciclagem. O prefeito Beto Preto tem grande preocupação com o meio ambiente e com as pessoas. Reciclar é algo imprescindível para que tenhamos futuro, a natureza exige isso e o ser humano precisa ter a consciência e a atitude de reciclar. Sem dúvidas essa iniciativa da sacola retornável dará vários frutos”, disse Porto.
Parceria – Paralelo ao repasse das sacolas às famílias que aderiram ao projeto, o curso de Economia do campus Apucarana da Unespar levou informações sobre economia doméstica e o Colégio Agrícola Estadual Manoel Ribas realizou oficinas de orientações sobre a correta reciclagem dos materiais, compostagem orgânica e utilização de óleo de fritura para fabricação de biocombustível. A ideia é realizar uma parceria para transformar o material coletado pela Cocap em combustível para os próprios caminhões da cooperativa. Já o Sesc estará presente com testes rápidos de saúde e sua estrutura de entretenimento. A Câmara Municipal esteve representada pelo vereador Luciano Molina.
Pré-cadastro – Moradores de outros bairros de Apucarana interessados em aderir ao modelo de sacola retornável, que prevê expansão para toda a cidade, já podem realizar um pré-cadastro para receber gratuitamente o recipiente. A pessoa pode procurar tanto a Cocap – Tv. Palmeiras, 111 – telefone: 3422-1493, quanto a Secretaria Municipal de Meio Ambiente – Rua Lapa, 233 – telefone: 3423-0142”, orienta Sérgio Bobig, secretário Municipal de Meio Ambiente.


Prefeito participa de homenagem a empresário


Nos 73 anos da Apucarana Auto Peças, Armando Boscardin recebe título de “Cidadão Benemérito”
(Fotos; Jair Ferreira Belafacce)
Em sessão solene da Câmara Municipal de Apucarana, realizada na noite de ontem (12), na sede da Apucarana Auto Peças, foi outorgado o Título de Cidadão Benemérito do Município, ao empresário Armando Boscardin. O título foi proposto pela vereadora Márcia Souza (PSD) e aprovado por unanimidade pelos vereadores, sendo em seguida sancionado pelo prefeito Beto Preto.
Nesta mesma data, a concessionária Chevrolet de Apucarana completou 73 anos de atividades na cidade. A empresa tem apenas um ano a menos que Apucarana que, em janeiro deste ano comemorou seus 74 anos de emancipação política e administrativa. A honraria concedida a personalidades que prestam serviços relevantes ao município foi solenizada na presença de autoridades, empresários, clientes e amigos da família Boscardin.
No evento, o prefeito Beto Preto lembrou que a Apucarana Auto Peças é a concessionária Chevrolet mais antiga em atividade no estado do Paraná. “A empresa ocupa uma área de mais de 7 mil metros quadrados na área central da cidade, gerando muitos empregos e abrigando o showroom de veículos novos, setor de oficina, peças, funilaria, administração, além de um pátio para estoque de automóveis”, enalteceu o prefeito.
A matriz está situada no mesmo endereço desde a sua fundação. O empresário Armando Boscardin revelou que seu pai possuía uma oficina de peças em geral no local. E, em 1945, conseguiu a licença para vender produtos Chevrolet e, a partir daí, a família foi ampliando e modernizando a unidade.
Em seu pronunciamento, Beto Preto destacou que Armando Boscardin é um cidadão exemplar. “O Município de Apucarana se sente honrado em lhe conferir este título de cidadania benemérita. Tenha certeza de que essa homenagem transcende os limites da Câmara Municipal e da prefeitura”, assinalou.
“Hoje o empresário Armando Boscardin é abraçado por centenas de crianças e idosos, pois sua trajetória sempre foi marcada por ações filantrópicas. Este é o significado mais puro de que a solidariedade cristã é real e está presente na sua vida”, enalteceu o prefeito.


Vagner Freitas: 'Candidatura de Lula vai ser registrada por milhares de pessoas'


Em pronunciamento em frente ao TRF-4, presidente da CUT afirma que perseguição a Lula por parte do Judiciário está ajudando a mobilizar movimentos progressistas e classe trabalhadora pela candidatura de ex-presidente

"O ministro da Justiça e a Polícia Federal descumpriram a lei, porque não cumpriram decisão judicial"

São Paulo – “Nós sabemos que Lula só está preso porque lidera todas as pesquisas. Se não fosse candidato não estaria preso”, disse o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, em pronunciamento no ato político em frente ao Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-4), em Porto Alegre, na tarde de hoje (13), como parte do Dia Nacional de Luta por Lula Livre. Para o dirigente, a situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é uma ameaça que pesa sobre todos os cidadãos brasileiros, com a suspensão do Estado democrático de direito.
“Se Lula, que é cidadão do mundo, pode ser tratado dessa maneira, o que vai acontecer com o cidadão comum na periferia do Brasil afora, se a lei não é cumprida com um ex-presidente da República? O Brasil virou um país sem lei”, alertou.
Ele pediu que os movimentos sociais, os partidos engajados na luta pela democracia e os sindicatos continuem mobilizados pela libertação do ex-presidente e prometeu que, no dia 15 de agosto, data prevista para o registro da candidatura de Lula à Presidência da República, a mobilização vai “lotar Brasília. “Vai ser uma candidatura registrada por milhares de pessoas. Lula vai ser candidato, vai ser eleito e em janeiro vai subir as escadas do Palácio do Planalto e propor um referendo revogatório de todos os atos que os golpistas fizeram contra o Brasil”, disse.
“Este tribunal descumpriu a lei. Lula tinha que ser imediatamente solto. O ministro da Justiça (Raul Jungmann) e a Polícia Federal também descumpriram a lei, porque não cumpriram decisão judicial (do desembargador Rogério Favreto)”, criticou, ao referir-se ao TRF-4, que no domingo (8) esteve no centro das arbitrariedades que definiram a manutenção da prisão de Lula.
Freitas refirmou que a ação do tribunal durante o processo é "política e interesseira” e que o prejuízo atinge a democracia brasileira. “Querem que o Brasil seja colônia do capital internacional. O que acontece ao Brasil salta aos olhos do mundo inteiro.” Ele lembrou que o mérito do processo contra Lula não foi julgado e que, conforme determinado pela Constituição Brasileira, enquanto não houver sentença em última instância (Supremo Tribunal Federal) o ex-presidente não pode ser preso.
“A sociedade brasileira tem que se levantar contra isso. Se amanhã tiver evidências contra qualquer um de vocês, vocês serão presos.”  Segundo ele, uma parcela do Judiciário brasileiro é, atualmente, guiada pelos “índices do Ibope” e combina suas ações com a mídia. “Lula está preso por dizerem que tem um apartamento que nunca teve”, acrescentou.
O presidente da CUT afirmou que a atuação do Judiciário contra Lula traz um fator positivo. Segundo ele, a manutenção de Lula na  prisão mobilizou os trabalhadores “para agosto ser um mês de luta”. "Essa palhaçada que aconteceu no domingo só coloca mais água no nosso moinho pra fazer o Dia Nacional do Basta dia 10 agosto com mais força ainda, para parar o Brasil, os trabalhadores se manifestandio contra a carestia, contra o desemprego e por Lula livre."
Freitas viaja a Cuba na noite desta sexta para participar do 24º Encontro Anual do Foro de São Paulo, na capital, Havana, de 15 a 17 de julho. Participam partidos de esquerda e movimentos progressistas da região.
Fonte: RBA

Laurita Vaz rejeita comparação com Favreto após descobrirem que ela soltou Abdelmassih em plantão



Do GGN
A ministra do Superior Tribunal de Justiça Laurita Vaz criticou Rogério Favreto por ter mandado soltar Lula durante o plantão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, no domingo (8), mas acabou sendo descoberta por ter evitado uma prisão durante um plantão no STJ, mas em favor do médico Roger Abdelmassih, indiciado por dezenas de estupros.
Na internet, Laurita virou alvo de memes que apontam a contradição: a ministra acha que um desembargador não pode conceder habeas corpus durante plantão, mas aproveitou o seu, em 2017, para impedir que o médico voltasse à prisão.
Procurada pela coluna de Mônica Bergamo, a assessoria de Laurita disse que ela “rejeita a comparação que está sendo feita na internet entre a decisão do desembargador Rogério Favreto”.
A magistrada afirma que “decidiu sobre questões processuais e não entrou no mérito de um caso já julgado, como fez o desembargador do TRF-4.”


Teixeira dá lição sobre democracia a Raquel Dodge


O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) desafiou a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a ouvir o parlamentar sobre Habeas Corpus, após o imbróglio jurídico envolvendo o ex-presidente Lula; "Dra Raquel Dodge. Quer me ouvir sobre o HC que pedi para o presidente Lula? Eu respondo aqui. O HC surgiu em 1215 na Inglaterra contra arbitrariedades que são praticadas pelos déspotas. Denuncie o Moro por prevaricação!", disse
SP 247 - O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) desafiou a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a ouvir o parlamentar sobre Habeas Corpus, após o imbróglio jurídico envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba (PR).
"Dra Raquel Dodge. Quer me ouvir sobre o HC que pedi para o presidente Lula? Eu respondo aqui. O HC surgiu em 1215 na Inglaterra contra arbitrariedades que são praticadas pelos déspotas. Denuncie o Moro por prevaricação!", escreveu o parlamentar no Twitter.
A procuradora apresentou nesta quarta-feira (11) um pedido de abertura de inquérito ao Superior Tribunal de Justiça, por prevaricação, contra o desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-4), sediado em Porto Alegre. O motivo foi a decisão de Favreto, no último domingo (8), pela libertação do ex-presidente Lula. De acordo com a PGR, o desembargador teria atuado por sentimentos pessoais.
Após a decisão de Favreto, Sérgio Moro, que condenou Lula em primeira instância, e não tem mais jurisdição sobre o caso, se manifestou, mesmo de férias, contrário à soltura. Depois o desembargador Gebran Neto, relator do caso do triplex no TRF4, também se manifestou contra a liberdade, mesma posição de Carlos Eduardo Thompson Flores, presidente do TRF4.
Lula foi condenado com uma sentença questionada por diversos juristas. De acordo com a acusação do Ministério Público Federal (MPF), o ex-presidente receberia um apartamento em Guarujá (SP) que seria reformado pela empreiteira OAS. Na apresentação da denúncia, em setembro de 2016, o próprio procurador Henrique Pozzobon admitiu que não havia "prova cabal" de que o ex-presidente era o proprietário do imóvel. 
Outro detalhe é que, em janeiro deste ano (2018), a Justiça do Distrito Federal determinou a penhora dos bens da construtora, dentre eles o apartamento atribuído a Lula pela Operação Lava Jato. 
O ex-presidente também teve a ordem de prisão emitida sem o esgotamento de todos os recursos judiciais. Mesmo preso, lidera todas as pesquisas eleitorais.


Enquanto tenta aposentar Favreto, PGR diz que Moro é imparcial

Pedro Oliveira/Alep

A Procuradoria Geral da República, que tenta aposentar o desembargador Rogério Favreto por considerá-lo "parcial", posicionou-se contra pedido da defesa de Lula  para considerar Sergio Moro suspeito e afastá-lo do processo do sítio de Atibaia; o subprocurador-geral da República Nívio de Freitas Silva Filho chegou a escrever no seu parecer que "Moro se manteve imparcial durante toda a marcha processual"
247 - A Procuradoria Geral da República (PGR), que tenta aposentar o desembargador Rogério Favreto por considerá-lo "parcial", posicionou-se contra pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para considerar Sergio Moro suspeito e afastá-lo do processo do sítio de Atibaia (SP). O subprocurador-geral da República Nívio de Freitas Silva Filho chegou a escrever no seu parecer que "Moro se manteve imparcial durante toda a marcha processual".
Os advogados de Lula apontaram sem seu pedido a parcialidade de Moro no julgamento de Lula, um tema que neste momento está sob análise da Organização das Nações Unidas (ONU). No parecer apresentado ao ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, o subprocurador assumiu a defesa de Moro de maneira aberta e acusou a defesa de Lula de  "insistência infundada" da defesa do ex-presidente com pedidos para afastar Moro de processos de Lula. A PGR atua de maneira unificada para atacar o desembargador Rogério Favreto e estabelecer uma rede de proteção sobre Moro, em que pese as opiniões e pareceres dos maiores juristas do país que apontam a parcialidade do juiz de Curitiba contra Lula.
O subprocurador apresentou o parecer na última segunda-feira (9), um dia após a articulação de Moro, dos desembargadores Pedro Gebran Neto e Thompson Flores, do TRF-4, alem do ministro da Segurança, Raul Jungmann, para impedir de maneira ilegal que Lula fosse libertado. 
A imprensa conservadora tem insistentemente e de maneira agressiva questionado a defesa de Lula contra os recursos apresentados nos processos de Moro contra Lula. Segundo a advogada Valeska Teixeira Martins, defensora de Lula, a mídia comercial tenta intimidar a defesa de Lula a não apelar.


Apoio a Lula atinge maior patamar após vaivém jurídico, mostra XP/Ipespe


No calor do imbróglio jurídico que quase culminou em sua soltura no último domingo (8), o ex-presidente Lula viu o nível de apoio à sua candidatura atingir o maior patamar em um mês. Segundo pesquisa feita pelo Ipespe entre 9 e 11 de julho, o líder petista tem 30% das intenções de voto na única simulação de primeiro turno que considera sua candidatura, alta de 2 pontos percentuais em relação ao levantamento da semana anterior
SÃO PAULO - No calor do imbróglio jurídico que quase culminou em sua soltura no último domingo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva viu o nível de apoio à sua candidatura atingir o maior patamar em um mês. Segundo pesquisa feita pelo Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) entre 9 e 11 de julho, a oitava por encomenda da XP Investimentos, o líder petista tem 30% das intenções de voto na única simulação de primeiro turno que considera sua candidatura. Condenado em segunda instância pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e preso há mais de três meses, Lula corre risco de ver sua candidatura barrada pela Lei da Ficha Limpa.
O desempenho de Lula representa uma oscilação positiva de 2 pontos percentuais em relação ao levantamento da semana anterior, dentro da margem de erro máxima de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo da pesquisa. Foi a terceira vez que Lula atingiu 30%, sua máxima na série XP/Ipespe, iniciada em maio. Logo atrás neste cenário, aparece o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), com 20% das intenções de voto, mesmo patamar da semana anterior. A ex-senadora Marina Silva (Rede) tem 10%, ao passo que os ex-governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e do Ceará, Ciro Gomes (PDT), aparecem com 7% cada. Brancos, nulos e indecisos somam 15%.
Como o movimento de Lula se deu dentro da margem de erro, é necessário monitorar o desempenho do petista nas próximas pesquisas para saber se, de fato, ele cresceu. Mesmo que sua candidatura seja avaliada como improvável no meio político, o desempenho do ex-presidente pode ser importante indicativo de seu poder de transferência de votos na disputa.
Bolsonaro lidera em todos os demais cenários de primeiro turno testados, com vantagem entre 9 e 10 pontos percentuais em relação ao segundo colocado. Com os resultados, se a eleição fosse hoje, não seria possível cravar quem seria seu adversário. No cenário mais indefinido e que possivelmente melhor projeta a largada da corrida presidencial, quatro candidatos aparecem tecnicamente empatados: Marina Silva, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e Fernando Haddad (PT), mediante apoio de Lula. O ex-prefeito de São Paulo salta do patamar de 2% das intenções de voto para 12% com a simples inclusão da informação de que seria o nome apoiado por Lula, em um exercício que testa o poder de transferência de votos do ex-presidente. O desempenho mostra uma oscilação de 1 ponto percentual para cima em relação à semana anterior. Outras oscilações apresentadas estão dentro da margem de erro quando comparadas aos resultados das últimas quatro semanas.
Nas simulações sem Lula, o grupo dos "não voto" chega ao patamar de 35%. Tal desempenho reforça o grau de indefinição desta eleição a menos de três meses do primeiro turno. A pesquisa XP/Ipespe também mostrou que, na última eleição presidencial, quando o cenário era bem menos nebuloso do lado das candidaturas apresentadas, 51% dos entrevistados definiram voto para presidente após o início do período de campanhas no rádio e na televisão. Somente 39% dos eleitores dizem ter escolhido candidato antes desta etapa. As expectativas são de que o comportamento se repita neste pleito, o que tende a indicar maiores flutuações nos próximos meses.
Corrobora com tal avaliação o fato de, na pesquisa espontânea, quando não são apresentados nomes de candidatos aos entrevistados, brancos, nulos e indecisos somarem 64% do eleitorado. Neste cenário, Bolsonaro aparece com 15% das intenções de voto, tecnicamente empatado com Lula, que tem 13%. Ciro Gomes e Geraldo Alckmin figuram com 2% cada, ao passo que outros candidatos não superam o patamar de 1%.
Para ter acesso à estratificação dos votos dos principais candidatos em cada um dos cenários testados, clique aqui.
Segundo turno
Como nas edições anteriores da pesquisa, foram testadas seis situações de segundo turno. Em eventual disputa entre Alckmin e Haddad, o tucano venceria por 30% a 20%, com 44% de brancos, nulos e indecisos. Na terceira semana de maio, eles chegaram a aparecer tecnicamente empatados, mas a diferença começou a crescer nos levantamentos seguintes.
Em uma simulação de disputa entre Lula e Bolsonaro, o petista agora aparece à frente, por 40% a 33%, acima do limite máximo de margem de erro, e com 27% de brancos, nulos e indecisos. Uma semana atrás, a vantagem era de 6 pontos, o que configurava empate técnico. No início da série histórica, o deputado aparecia 2 pontos à frente, também em situação de empate técnico.
Caso Bolsonaro e Alckmin se enfrentassem, a situação seria de empate técnico, com o deputado numericamente à frente por placar de 34% a 32%. Brancos, nulos e indecisos somam 35%. O resultado é o mesmo de uma semana atrás. A diferença entre os candidatos chegou a ser de 7 pontos percentuais na quarta semana de maio. Em nenhum momento até aqui o tucano liderou a disputa.
Em eventual disputa entre Marina Silva e Bolsonaro, o cenário também é de empate técnico, com a ex-senadora numericamente à frente por 37% a 33%. Brancos, nulos e indecisos somam 29%. O deputado esteve numericamente à frente nos dois primeiros levantamentos da série, realizados na terceira e quarta semanas de maio, quando a diferença chegou a ser de 6 pontos percentuais a favor do parlamentar, também dentro do limite da soma das margens de erro de ambos os candidatos.
Empate técnico também é observado na simulação de disputa entre Alckmin e Ciro, com o tucano numericamente à frente por 32% a 30%, mesma diferença registrada uma semana antes. Brancos, nulos e indecisos somam 38%. Na última semana de junho, os dois apareciam com 32% das intenções de voto cada.
Caso Bolsonaro e Ciro se enfrentassem, o cenário também seria de empate técnico (como nas últimas cinco semanas), com o parlamentar numericamente à frente, com 33% das intenções de voto contra 31%. Brancos, nulos e indecisos somam 36%. Nos dois primeiros levantamentos, o deputado vencia a disputa com diferença superior à soma da margem de erro dos candidatos.
Rejeição aos candidatos
A pesquisa também perguntou aos entrevistados sobre os candidatos em que não votariam sob nenhuma hipótese. O líder em rejeição continua sendo Lula, agora com taxa de 62%, mas tecnicamente empatado com quatro outros possíveis candidatos: Ciro Gomes (59%), Geraldo Alckmin (59%), Marina Silva (58%) e Fernando Haddad (57%). A trajetória dos principais nomes está na tabela abaixo:
Eleitor ainda não despertou
Nem mesmo a saída da seleção brasileira da Copa do Mundo uma semana antes do fim da competição, com a derrota para a Bélgica, foi capaz de provocar um crescimento no interesse dos entrevistados pelas eleições que se aproximam. A menos de três meses do primeira turno, 36% dizem não estar interessados no processo, ao passo que 19% afirmam estar um pouco interessados. Apenas 25% responderam estar mais atentos ao pleito. Quase todas as variações apresentadas ao longo dos oito levantamentos já realizados estão dentro do limite máximo da margem de erro de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
"Bolão" eleitoral
A pesquisa também questionou os eleitores sobre quem eles acreditam que será eleito presidente em outubro. Na bolsa das apostas, Bolsonaro manteve a liderança, com 28% das indicações. Na semana passada, o deputado era o nome apontado por 30% dos entrevistados, quatro pontos percentuais abaixo de sua máxima, registrada na quarta semana de maio. Já Lula viu suas indicações oscilarem de 24% para 27%, no limite da margem de erro. Este é o maior patamar do ex-presidente na série histórica do "bolão eleitoral" avaliado pela pesquisa.
Para acessar a íntegra desta e de todas as outras pesquisas, clique aqui
Metodologia
A pesquisa XP/Ipespe foi feita por telefone, entre os dias 2 e 4 de julho, e ouviu 1.000 entrevistados em todas as regiões do país. Os questionários foram aplicados "ao vivo" por entrevistadores (com aleatoriedade na leitura dos nomes dos candidatos nas perguntas estimuladas) e submetidos a fiscalização posterior em 20% dos casos para verificação das respostas. A amostra representa a totalidade dos eleitores brasileiros com acesso à rede telefônica fixa (na residência ou trabalho) e a telefone celular, sob critérios de estratificação por sexo, idade, nível de escolaridade, renda familiar etc.
O intervalo de confiança é de 95,45%, o que significa que, se o questionário fosse aplicado mais de uma vez no mesmo período e sob mesmas condições, esta seria a chance de o resultado se repetir dentro da margem de erro máxima, estabelecida em 3,2 pontos percentuais. O levantamento está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pelo código BR-09898/2018 e teve custo de R$ 30.000,00.
O Ipespe realiza pesquisas telefônicas desde 1993 e foi o primeiro instituto no Brasil a realizar tracking telefônico em campanhas eleitorais. O instituto tem como presidente do conselho científico o sociólogo Antonio Lavareda e na diretoria executiva, Marcela Montenegro.


Globo ameaça Toffoli, que assume presidência do STF em setembro

Rosinei Coutinho/SCO/STF

A mídia conservadora, em especial os veículos da família Marinho, está ameaçando abertamente o ministro Dias Toffoli, que assume a presidência do STF em setembro; o objetivo é impedir que o sucessor de Cármen Lúcia assuma com independência; o tom foi dado por Miriam Leitão, em O Globo, na última terça (10): "Dias Toffoli é leal ao PT ou às leis?"; o artigo é um verdadeiro editorial de uma das porta-vozes informais dos Marinho
247 - A mídia conservadora, em especial os veículos da família Marinho, está em campanha de ameaças explícitas contra o ministro Dias Toffoli, que assume a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro. O objetivo é impedir que o sucessor de Cármen Lúcia assuma a cadeira com independência. Tudo converge para a mesma alegação: Toffoli seria quase que um "infiltrado" do PT no STF. O tom foi dado pela colunista Miriam Leitão, em O Globo, na última terça (10): "Dias Toffoli é leal ao PT ou às leis?" -o artigo, em tom de editorial, é assinado por Leitão, mas ela divide com outro jornalista, Merval Pereira, a função de porta-voz informal da família Marinho. 
É um festival de pressão e ameaças, sem qualquer sutileza: "Toffoli vai assumir presidência do STF e pode soltar Lula em julho" (Correio Braziliense); "Ex-advogado do PT vai presidir o STF no auge do caso Lula" (Gazeta do Povo); "'Toffoli é o Favreto do Supremo'" (O Estado de S.Paulo); "O Brasil não vai aguentar Dias Toffoli na Presidência do STF" (Jovem Pan).
Os comentaristas da Globo News, da rádio CBN e outros veículos dos Marinho a todo momento cutucam Toffoli, apontando sua ligação passada com o PT como se fosse uma advertência. Mesmo o Valor Econômico, também da família Marinho, que se apresenta como uma voz "racional e equilibrada" do mercado, não escapa à tentativa de estigmatizar o ministro. Em reportagem publicada nesta sexta (13) que busca se diferenciar do espírito de campanha aberta dos demais veículos da casa, o texto, lá pelas tantas, carimba: "Toffoli trabalhou arduamente no Supremo para se livrar do selo petista carimbado em sua testa. Trata-se, porém, de um passado de intimidade com o partido. A lista é longa: foi colaborador do governo de Luíza Erundina na Prefeitura de São Paulo, quando ela era do PT, no início dos anos 90; consultor Jurídico do Departamento Nacional dos Trabalhadores Rurais da CUT Nacional de 1993 a 1994; assessor parlamentar na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo em 1995 (do deputado Arlindo Chinaglia, do PT); assessor jurídico da liderança do PT na Câmara de 1995 a 2000; advogado eleitoral das duas campanhas vitoriosas do ex-presidente Lula (em 2002 e em 2006); subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil na gestão de José Dirceu (de janeiro de 2003 a julho de 2005) e advogado-geral da União (de março de 2007 a outubro de 2009)" (a íntegra pode ser lida aqui).
Não há registro de reportagem similar para a longa trajetória de Alexandre de Moraes com o PSDB.


Flávio Rocha, dono da Riachuelo, desiste de candidatura à Presidência


Nas redes sociais, empresário afirmou que o Brasil "passa por um momento turbulento" e por isso "não pode flertar com os extremos"

Nacho Doce / Reuters
O empresário Flávio Rocha (PRB), dono da Riachuelo, desistiu de ser candidato à Presidência.
O movimento abre espaço para que o seu partido, o PRB, declare apoio a outro candidato na corrida ao Planalto.
A sigla faz parte do grupo que discute se sela uma aliança com Ciro Gomes (PDT) ou com Geraldo Alckmin (PSDB), mas o PRB pende para um apoio ao presidenciável tucano.
Aliados de Rocha dizem que a retirada será justificada como um gesto a favor do país e contra "o flerte com os extremos". O PRB deve fazer um apelo pela união das forças de centro em torno de um único projeto.
Ao abandonar a candidatura, Flávio Rocha dirá que abre espaço para o diálogo sobre a construção de uma proposta "mais equilibrada para o Brasil".
Neste sábado (14), os presidentes dos quatro partidos do centrão -PRB, DEM, PP e Solidariedade- se reúnem em São Paulo para definir o caminho do bloco. Com informações da Folhapress.
Notícias ao Minuto

Armando Boscardin recebe o Título de Cidadão Benemérito de Apucarana


A honraria foi proposta pela vereadora Márcia Sousa e o homenageado recebeu o 1º Título de Cidadão Benemérito de Apucarana
No dia em que a concessionária Apucarana Auto Peças completou 73 anos, o empresário Armando Boscardin recebeu da Câmara Municipal de Apucarana o Título de Cidadão Benemérito de Apucarana. A honraria, aprovada por unanimidade de todos os vereadores, foi proposta pela vereadora Márcia Regina da Silva de Sousa e a Lei nº 018/2018 foi sancionada pelo prefeito Carlos Alberto Gebrin Preto, Dr. Beto Preto.

Presidida pelo vereador Mauro Bertoli, a solenidade foi marcada pela presença dos onze vereadores que compõem a atual legislatura, prefeito Beto Preto, amigos do homenageado, empresários apucaranenses e da região do Vale do Ivaí, secretários municipais, autoridades civis, militares e religiosas, colaboradores da Apucarana Auto Peças, além dos empresários que já receberam o Título de Cidadão Honorário de Apucarana, Eros Felipe, Luiz Hirose e o Padre Roberto Carrara. A família do homenageado foi representada pela sua esposa: Mariana, seus filhos Armando, Miriana, e Amanda, nora, neta Antônia e, seus irmãos: Osman e Lourdinha.
O Título de Cidadão Benemérito foi criado através da Lei nº 057/2017, de autoria do vereador Mauro Bertoli, e destina-se a agraciar apucaranenses nato que contribuem com o desenvolvimento econômico, cultural e social de Apucarana. “Como primeiro Cidadão Benemérito da nossa cidade, por força desta Lei, será exemplo tanto pelas suas atitudes como pela sua competência, elevar Apucarana como uma cidade de progresso”, disse o presidente do legislativo.
Márcia Sousa, propositora da honraria destacou o merecimento do Título ao empresário. “Reconhecemos perante toda sociedade a missão deste filho de Apucarana, que por tantas obras e gestos tem demonstrado ser um exemplo, dono de um coração humilde e com tantas qualidades. Ele detém o respeito e admiração das pessoas e colaboração em vários segmentos da vida comunitária, motivo pelo qual desfruta de marcante prestígio popular”, justificou.
Ao entregar o Título ao homenageado, a vereadora Márcia relembrou a história do seu pai João Pereira, que trabalhou durante anos na Apucarana Auto Peças. “Não posso me olvidar em dizer o carinho, o respeito e a gratidão que tenho pelo Sr. Armando e sua família, por todas as demonstrações de amor e respeito pelos meus pais e pela minha família. Tudo o que eu puder verbalizar não será suficiente para agradecê-lo”, destacou a vereadora.
Ela elencou ainda que, os relevantes serviços prestados à sociedade, demonstram o caráter e a integridade do empresário e pai de família e que 04 princípios fundamentais norteiam a vida deste primeiro Cidadão Benemérito de Apucarana: “Fé, entusiasmo, gratidão e amor. E com a frase de Madre Tereza de Calcutá presto minha homenagem ao Armando Boscardin: Não é o quanto fazemos, mas quanto amor colocamos naquilo que fazemos. Não é o quanto damos, mas quanto amor colocamos em dar”.
“SÓ ME RESTA AGRADECER”
Emocionado Armando Boscardin, agradeceu! Agradeceu as palavras, os elogios, os parceiros que encontrou ao longo da vida, aos amigos, colegas de trabalho, companheiros de jornada, de empreendimentos, clientes, pessoas de que uma for ou outra deixaram suas marcas.
“Faço um agradecimento especial as minhas raízes: meu pai João Baptista Boscardin Junior, minha mãe D. Lola, meus irmãos Osman e Lourdinha. Todos os valores que sempre nortearam a minha vida, foram apresentados dentro do nosso lar: honestidade, firmeza de caráter, respeito ao próximo, ensinados e vivenciados”. Armando destacou ainda “neste aprendizado a pessoa de Pedro Treuk, que por mais de 50 anos dedicou-se a Apucarana Auto Peças. Foi o braço direito do meu pai e muito nos ensinou. Também o João Pereira, pai da vereadora Márcia de Sousa que trabalhou por décadas na nossa empresa e nos ajudou até a cuidar dos nossos filhos. E por coincidência, o João, fazia aniversário no dia do aniversário do meu filho Armando”, relembrou.
Finalizando, Armando Boscardin relatou ser uma pessoa privilegiada. “Tenho um Deus para agradecer, foi ele quem me deu tudo: família, amigos, trabalho. Deus me deu fé! E é esta fé que me faz levantar todos os dias, bem cedo, para correr atrás dos meus sonhos e é a este Deus que eu agradeço por tudo. Por este dia, por todos vocês meus amigos, por esta homenagem, pelos 73 anos da Apucarana Auto Peças e pela nova unidade que adquirimos em Arapongas”, anunciou. Armando Boscardin homenageou os funcionários com a entrega do PIN – Brasão do Município.
O prefeito Beto Preto parabenizou a Câmara Municipal pelo Título outorgado ao empresário. “Este é o primeiro Título de Cidadania Benemérita que a Câmara concede. É uma alegria para o prefeito assinar este documento que homenageia uma pessoa importante que reúne tantos predicados. A Família Boscardin é benemérita de Apucarana”.
Beto Preto relembrou que cresceu vendo a família Boscardin fazendo trabalhos voltado à filantropia. “Tudo o que leva o nome e a marca de Apucarana e que é uma boa ação, uma boa ideia e que vai gerar algum tipo de conforto para alguém que precisa e necessita, geralmente tem a mão do Armando, da família Boscardin. O município se sente honrado em conferir este Título. Hoje é dia de agradecer a este cidadão exemplar que recebe merecidamente esta honraria”, finalizou o prefeito.
HISTÓRICO
Armando Boscardin, nasceu aos 01/11/1947, na cidade de Apucarana, filho de João Baptista Boscardin Junior e Maria Dolores Boscardin, casado com a Sra. Mariana Davantel Boscardin e pai de Amanda Davantel Boscardin, Miriana Davantel Boscardin e Armando Davantel Boscardin.
Formou-se em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual do Paraná. Em 1958 começou a trabalhar na empresa de seu pai, onde adquiriu profunda experiência e conhecimento. A concessionária Chevrolet é a mais antiga do Paraná, em Apucarana foi fundada em 1945, desde então, vem comercializando produtos da General Motors do Brasil, sob o comando da família do pioneiro João Baptista Boscardin Junior.
Atualmente, o diretor da empresa é Armando Boscardin. Desde cedo já assumiu funções de liderança e de representatividade como:
- Presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana - ACIA (1981 a 1989);
- Presidiu por 13 anos o Empreendimento Imobiliário e Comercial Arco-Íris (Shopping Centro Norte);
- Presidente da Associação Brasileira de Concessionárias Chevrolet - ABRAC (2008 a 2010);
- Vice-Presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos – FENABRAVE;
- Foi diretor social do Clube 28 de Janeiro e Country Club, onde também exerceu o cargo de vice-presidente.
- Por um curto período, foi Secretário da Indústria e Comércio de Apucarana.
- Atualmente é Presidente da Associação Rural de Apucarana.
A vereadora Márcia Sousa, autora do Título afirma que, além de todas essas atividades, detém o respeito e admiração das pessoas por sua participação e colaboração em vários segmentos da vida comunitária, motivo pelo qual desfruta de marcante prestígio popular. Por seu excepcional histórico e um conceituado currículo, é merecedor desta homenagem. Seus relevantes serviços prestados à Sociedade demonstram o caráter e a integridade deste profissional e pai de família esmerado.


Um ano após condenado por Moro, Lula é absolvido da acusação de obstruir Justiça


Em sentença, Juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da Justiça Federal de Brasília, concluiu não haver provas contra ex-presidente. Para defesa, decisão mostra 'caráter ilegítimo' da condenação no caso do triplex
Ex-presidente é mantido preso, apesar de evidências de condenação sem provas de Moro e do TRF-4
São Paulo – No dia em que se completa um ano da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo juiz Sergio Moro, no processo do chamado triplex do Guarujá, o ex-presidente foi absolvido hoje (12) pela Justiça Federal de Brasília da acusação de crime de obstrução de Justiça. A sentença é do juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal Criminal no Distrito Federal.
A acusação do Ministério Público Federal era de que Lula havia tentado "comprar" o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. A peça acusatória se baseava em uma gravação de Bernardo, filho do delator, na qual se dizia que Cerveró receberia R$ 50 mil mensais em troca do silêncio sobre participação do petista em esquemas de corrupção.
"A colaboração premiada, bem como o testemunho de outros réus, não possuem credibilidade suficiente para qualquer juízo condenatório", disse o juiz na sentença. O magistrado também desqualificou a gravação como prova: "o áudio captado não constitui prova válida pra ensejar qualquer decreto condenatório. Há suspeitas também da ocultação de fatos por Bernardo e Cerveró", observou.
Na gravação usada como tentativa de prova, Lula foi citado pelo ex-senador Delcídio Amaral, segundo o qual as vantagens foram prometidas a Cerveró, durante conversa em maio de 2015.
Em nota, a defesa de Lula afirmou ter demonstrado "que a acusação se baseou em versão criada por Delcídio do Amaral para obter benefícios em acordo firmado com o Ministério Público Federal". Nem Cerveró, nem as demais testemunhas ouvidas "jamais confirmaram qualquer participação de Lula em atos objetivando interferir na delação premiada do ex-diretor da petrolífera", acrescentou a nota, assinada pelo advogado Cristiano Zanin Martins.
Segundo Zanin Martins, a sentença que absolveu Lula evidencia o caráter ilegítimo das decisões que o condenaram no caso do tríplex. "Enquanto o juiz de Brasília, de forma imparcial, negou valor probatório à delação premiada de Delcídio do Amaral por ausência de elementos de corroboração, o juiz de Curitiba (Sérgio Moro) deu valor absoluto ao depoimento de um corréu e delator informal para condenar Lula."
A defesa de Lula sempre argumentou que os depoimentos no processo "demonstraram, de forma clara e absoluta, ser fantasiosa a versão apresentada por Delcídio do Amaral em seu acordo de colaboração premiada".
O próprio ministério Público Federal (MPF) já havia pedido a absolvição de Lula, já que sua situação "como sendo o chefe dessa operação de obstrução à Justiça não resultou comprovada".
O processo tramitava inicialmente no Supremo Tribunal Federal, mas foi redistribuído para a Justiça Federal de Brasília (primeira instância), depois que Delcídio foi cassado, em maio de 2016, perdendo o foro privilegiado.