Bancos retomam estratégia de 2002, quando anunciaram o caos
diante da vitória de Lula e reiniciam chantagem contra a democracia; para Bank
of America, maior gestor de fortunas do mundo, há possibilidade de se
concretizar "o pior dos cenários", com a eleição de um candidato
progressista; se isso acontecer, ameaça: "o País voltaria para
recessão em 2019 e a Selic passaria para dois dígitos"
247 - Da mesma
maneira que em 2002, quando diante da quase certeza da eleição de Lula os
bancos causaram uma tempestade na economia brasileira, eles retomam a chantagem
contra o país, diante da inviabilidade dos candidatos do golpe e a adesão
popular à nova candidatura de Lula. A ameaça parte agora do Bank of America
(BofA), o segundo maior dos EUA e, não à toa, o maior gestor de fortunas de
milionários do mundo. Para o banco americano, há possibilidade de se
concretizar "o pior dos cenários", a eleição de um candidato
progressista, e com isso, ameaça, "o País voltaria para recessão em
2019 e a Selic passaria para dois dígitos", informa o repórter Rodrigo
Tolotti Umpieres do site InfoMoney, um porta-voz não oficial do mercado
financeiro. Como em 2002, quando a economia do país estava arruinada pela
gestão de FHC, a política econômica do golpe arrastou o país para o buraco.
No
título do artigo, o tamanho da ameaça: "Dólar pode ir a R$ 5,50 se o 'pior
dos cenários' se concretizar, aponta Bank of America". O banco comprou em
2004 o grupo do BankBoston. Henrique Meirelles fez uma carreira de 28 anos no
BankBoston, entre 1974 e 2002 e presidiu a subsidiária brasileira da
instituição por 12 anos. Com a aquisição de 2004, a situação hoje beira o
escândalo: o banco que abre a temporada de chantagens do sistema financeiro
contra a democracia no país é quem paga a aposentadoria dourada do ex-ministro
da Fazenda e pré-candidato do MDB: mais de $ 250 mil reais por mês.
Em
números, o BofA projeta, no cenário de vitória de Lula ou de outro candidato
progressista um crescimento da economia de 0,8% este ano, sendo que para 2019 o
País voltaria para uma recessão, com o PIB (Produto Interno Bruto) caindo 1%.
Enquanto isso, a Selic iria voltar para o nível dos dois dígitos e a inflação
chegaria a 7%, levando assim o dólar para o temido R$ 5,50.
"O
ruído político associado ao ciclo eleitoral deve se intensificar nos próximos
meses, adicionando riscos ao processo de retomada econômica", afirmam os
analistas do banco no relatório.
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