quarta-feira, 4 de julho de 2018

STF X Moro na gestão Toffoli. Por Helena Chagas


Publicado originalmente no site Os Divergentes
POR HELENA CHAGAS

Sérgio Moro e Dias Toffoli. Foto: Fotos Públicas/STF

Nesses quatro anos de Lava Jato, foram poucas as ocasiões em que o STF peitou o juiz Sergio Moro. A maioria esmagadora das decisões de Curitiba vem sendo aceita pela Corte Suprema do país, sobretudo pelo relator da Lava Jato, Edson Fachin, e pela chamada maioria lavajatista no plenário, ainda que exígua. Mas esta situação pode estar prestes a mudar.
A decisão de ontem à noite do ministro Dias Toffoli de mandar suspender a ordem de Moro para que o ex-ministro José Dirceu, solto na semana passada pela Segunda Turma, usasse tornozeleira, é exemplo disso. Mais do que uma questão de importância, foi uma forma de Tofffoli, que assume a presidência do STF em setembro, avisar aos navegantes de Curitiba que as coisas vão mudar por lá.
O futuro presidente do STF forma ao lados da turma dos garantistas, concentrados na Segunda Turma: Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello. Junto com Marco Aurélio, que é da primeira, somam cinco votos no plenário, que às vezes tem, e às vezes não tem, o apoio de Rosa Weber, uma espécie de fiel da balança.
As maiorias apertadas dificilmente vão mudar com a troca de presidentes no Supremo, mas o poder de pauta – enorme – muda de mãos. Muita gente já prevê para setembro mesmo o julgamento ds ADINS sobre a prisão após condenação em segunda instância.
Há ainda outras razões que levam a crer que o STF começará a enfrentar Moro de forma mais incisiva. Até porque o incômodo com a desenvoltura do juiz de primeira instância no Supremo tem ido além dos garantistas.
Além disso, a altíssima popularidade do juiz perdeu fôlego  depois da prisão de Lula e dos noticiários sobre auxilio moradia e outros privilégios dos juízes. Sua aprovação ainda é alta, mas o juiz de Curitiba vem perdendo aquela aura de intocabilidade dos primeiros tempos de Lava Jato.
Teremos uma temporada animada no STF depois do recesso.
Fonte: DCM


Milhares irão a Brasília para registrar no TSE candidatura de Lula


Movimentos sociais, partidos de esquerda, centrais sindicais, artistas e intelectuais preparam uma grande manifestação no dia 15 de agosto em Brasília, dia em que a candidatura do ex-presidente Lula a presidente será registrada no TSE; "É muito importante a movimentação que estamos fazendo aqui fora pela afirmação da candidatura de Lula. Queremos reunir milhares de pessoas no dia e, junto com o povo, confirmá-lo na disputa", diz a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT; apoiadores de Lula farão uma marcha que deve sair da cidade de Luziânia três dias antes e terminar com grande ato na capital federal que deve reunir milhares de pessoas
247 - Movimentos sociais, partidos de esquerda, centrais sindicais, artistas e intelectuais preparam uma grande manifestação no dia 15 de agosto em Brasília, dia em que a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a presidente será registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os apoiadores de Lula farão uma marcha que deve sair da cidade de Luziânia três dias antes e terminar com grande ato na capital federal que deve reunir milhares de pessoas. 
A senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, defendeu a mobilização para registrar a candidatura de Lula. "É muito importante a movimentação que estamos fazendo aqui fora pela afirmação da candidatura de Lula. Queremos reunir milhares de pessoas no dia e, junto com o povo, confirmá-lo na disputa", conta Gleisi.
Sobre o encontro recente que teve com Lula em Curitiba, Gleisi tratou de animar a militância. "Ele está com a cabeça ótima, com a saúde de um garoto de 25 anos. Mais do que indignado pela atuação do Judiciário ele está preocupado com a situação do Brasil. Das crianças brasileiras, com a falta de autonomia do governo, a soberania do país, com a falta de respeito perante o mundo, com a economia. O povo tem que voltar a ter confiança. É isso que ele quer. O povo sabe porque nós já fizemos isso", acrescenta.
Um dos organizadores do ato, Alexandre Conceição, que pertence à coordenação Nacional do MST, explica a importância da manifestação em defesa de Lula candidato. "Queremos convocar todos aqueles que acreditam na inocência do Lula e que estão na luta contra o golpe e os ataques à democracia. A marcha é um recado de paz para o Brasil", explica , um dos 
Para a vice-presidenta Nacional da CUT, Carmen Foro, além do peso simbólico de sair às ruas em defesa de um candidato que lidera todas as pesquisas mesmo mantido como preso político, o ato também é estratégico. "Não há como fazer justiça sem ouvir o que o povo quer. E as propostas de Lula estão em sintonia com o desejo da maioria. No ato, vamos estar todos juntos nas ruas de Brasília em sua defesa", espera.


Militantes preparam greve de fome por Lula Livre


O recrudescimento da violência judicial escancarada que acelera e intensifica o cerco aos direitos básicos e fundamentais do ex-presidente Lula atingiu um ponto extremo: 11 militantes de movimentos sociais darão início a uma greve de fome em apelo à libertação de Lula; o processo será deflagrado este mês e tem o respaldo da direção do PT; a mobilização dar-se-á em Brasília, às margens do STF; possibilidade de o próprio Lula fazer greve de fome não está descartada
247 – O recrudescimento da violência judicial escancarada que acelera e intensifica o cerco aos direitos básicos e fundamentais do ex-presidente Lula atingiu um ponto extremo: 11 militantes de movimentos sociais darão início a uma greve de fome em apelo à libertação de Lula. O processo será deflagrado este mês e tem o respaldo da direção do PT. A mobilização dar-se-á em Brasília, às margens do STF (Supremo Tribunal Federal). Possibilidade de o próprio Lula fazer greve de fome não está descartada.
A memória política do país não nega: em sua prisão arbitrária e violenta dos anos 80, o ex-presidente Lula foi obrigado a fazer uma greve de fome em forma de protesto para chamar a atenção da sociedade e da justiça, à época alinhada ao golpe militar e às violências de estado.
Após a carta de Lula publicada ontem, muito mais emocional que as anteriores, e a cada dia que passa diante da clareza de um Supremo Tribunal seletivo, dividido, pressionado e acovardado, o processo político brasileiro vai afunilando de maneira dramática e irreversível.
O fracasso retumbante do golpe e dos candidatos do golpe ornam com a situação paradigmática de horror que Michel Temer, Sergio Moro e PSDB produziram no país após a derrota de Aécio Neves. De um lado, o governo acelera a devastação institucional e logística da governança (que deverá sofrer um processo de recuperação inédito após a saída do governo golpista e tomado por toda a sorte de incompetências gerenciais).
Esse cenário em seu conjunto precipita uma aceleração do drama político-social brasileiro, com ações extremadas como a greve de fome da militância progressista. A sequência disso pode não ser a retomada da democracia, mas o seu exato contrário.
“Após as seguidas derrotas no STF e os sinais de que a presidente da corte, Cármen Lúcia, não pautará ações que pedem a revisão da prisão após segunda instância até setembro, 11 militantes de movimentos sociais ligados ao PT começarão uma greve de fome em apelo à libertação do ex-presidente Lula. O protesto será deflagrado no fim deste mês e tem o respaldo da direção do partido. Os manifestantes prometem acampar em Brasília até que a situação do petista seja reavaliada.
A ação extremada faz parte de uma série de movimentos que o PT vai promover para tentar reverter a prisão de Lula. O partido quer entregar um abaixo-assinado a tribunais superiores em 15 de agosto, quando haverá ato para o registro da candidatura do petista.”


Garzón: perseguição judicial a Lula, Correa e Kirchner é “traição à democracia e à sociedade”


Para o ex-juiz espanhol Baltasar Garzón, conhecido mundialmente por pedir a extradição do ex-ditador chileno Augusto Pinochet, as instituições judiciais da América Latina estão sendo usadas "como armas para tomar parte em relação a determinados grupos ou indivíduos", diz em referência à perseguição contra os ex-presidentes Rafael Correa, do Equador, Cristina Kirchner, da Argentina, e Lula, no Brasil; "O caso de Lula é paradigmático. O de Cristina e Correa, iguais", ressaltou
Sputnik - Na terça-feira (3), a Justiça do Equador autorizou a prisão preventiva do ex-presidente Rafael Correa. O ex-juiz espanhol Baltasar Garzón compartilhou com a Sputnik sua opinião sobre o atual estado da Justiça na América Latina e seu papel na perseguição política.
Acusado pela tentativa de sequestro do ex-deputado opositor Fernando Balda em 2012, Correa está repetindo o destino de Luiz Inácio Lula da Silva e Cristina Kirchner.
Para Baltasar Garzón, ex-juiz mundialmente conhecido por pedir a extradição do ex-ditador chileno Augusto Pinochet, os casos mencionados até podem ser considerados "uma traição à democracia e à sociedade".
"Não se deve utilizar as instituições — e muito menos a Justiça — como armas para tomar parte em relação a determinados grupos ou indivíduos", afirmou o juiz iminente à Sputnik Mundo.
Garzón acha muito triste o fato de haver "esta submissão à oportunidade política de mudar", especialmente por meio de "investigações conjunturais, sem elementos".
O ex-juiz espanhol acredita que as pessoas devem ter a confiança que quaisquer que seja sua visão política, sejam tratadas pela Justiça de modo igualitário, mas por enquanto isso acontece ao contrário.
"Pensávamos que na América Latina isso já havia sido superado, mas se torna preocupante novamente. O caso de Lula é paradigmático. O de Cristina e Correa, iguais", ressaltou.
O interlocutor da Sputnik acha que os processos que estão acontecendo na Justiça da América Latina são pouco confiáveis e estão, sem dúvida, contaminados e "há certas estruturas transnacionais que veem em risco seu poder perante ao fato de poderem voltar a governar pessoas que apoiam os mais vulneráveis", opinou.
Segundo Garzón, agora na América do Sul tentam responsabilizar as pessoas sem manchas na reputação por todos os males.
"Não acuso ninguém em particular, mas o que eu digo é que temos que fazer uma profunda reflexão para poder recuperar o lugar que corresponde ao Poder Judiciário".

FUP: suspensão de venda de refinarias é batalha vencida, mas guerra continua


O anúncio pela Petrobras de que suspendeu as privatizações de importantes refinarias foi comemorado pelos petroleiros como importante vitória contra a venda de ativos da estatal; "Foi vencida uma batalha, mas a guerra continua", afirma o diretor de Assuntos Jurídicos e Institucionais da Federação Única dos Petroleiros, Deyvid Bacelar; segundo ele, a mobilização da categoria deve continuar
Por Eduardo Maretti, Rede Brasil Atual - O anúncio pela Petrobras de que suspendeu as privatizações de importantes refinarias foi comemorado pelos petroleiros como importante vitória contra a venda de ativos da gigante brasileira, parte fundamental de política do governo Michel Temer. A decisão foi tomada em consequência de decisão cautelar do Ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), que na semana passada vetou a venda de empresas públicas sem autorização do Legislativo.
A companhia informou que a "formação de parcerias em refino, divulgadas em abril deste ano, compreendem a alienação de 60% das refinarias Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, e Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, no Nordeste, além das refinarias Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, e Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná". A oferta, explicou a estatal, engloba ainda ativos de transporte e logística integrados a estas unidades.
"Foi vencida uma batalha, mas a guerra continua", afirma o diretor de Assuntos Jurídicos e Institucionais da Federação Única dos Petroleiros, Deyvid Bacelar. Segundo ele, a vitória representada pela decisão do ministro Lewandowski e o recuo da Petrobras nas privatizações trazem otimismo, mas a mobilização deve continuar. A liminar foi obtida a partir da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5.624, ajuizada pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
"Entendemos que a pressão do movimento sindical, da classe trabalhadora e da sociedade brasileira ajudaram Lewandowski a tomar a decisão. Quando ele fala em soberania nacional e defende esse principio constitucional na liminar, isso vai ao encontro do que estamos denunciando praticamente desde 2015, quando houve uma mudança brusca no plano de negócios e gestão da Petrobras", lembra o dirigente.
Porém, do ponto de vista jurídico, a luta "precisa continuar" tendo em mente o próprio STF. "A ministra Cármen Lúcia pode colocar em votação (a liminar de Lewandowski) no pleno do Supremo a qualquer momento. Esperamos que não ocorra pelo menos antes da eleição e que essa decisão em liminar seja mantida", diz Bacelar.
O ministro Lewandowski convocou, na sexta-feira (29), audiência pública para debater a privatização de empresas estatais de capital aberto no país. As inscrições para participantes vão até o dia 31.
Fundos abutres

Outro anúncio feito pela Petrobras nesta terça-feira foi de que ela fez, um dia antes, o depósito da segunda parcela relativa ao "acordo" para pôr fim à ação coletiva (class action) movida nos Estados Unidos por investidores da empresa, decorrente, segundo eles, de perdas provocadas pelo suposto envolvimento da companhia em corrupção, conforme a Operação Lava Jato. O valor da parcela é de US$ 983 milhões.

"A class action movida por investidores norte-americanos da estatal traz prejuízo enorme para o povo brasileiro. Estamos falando de R$ 10 bilhões que a empresa, infelizmente, reconhece e paga sem nenhum julgamento", diz Deyvid Bacelar. "É um absurdo que a Petrobras pague a fundos abutres um valor como esse, por um crime e ilicitudes que não cometeu."
A avaliação do dirigente é a de que a estatal é que foi vítima em todo o processo, principalmente pelo "ataque do Judiciário brasileiro à Petrobras". "Tiveram apoio dos Estados Unidos, que está recebendo agora o pagamento por esse apoio à Lava Jato. O WikiLeaks e Edward Snowden revelaram treinamento de policiais federais e membros do Ministério Público por agentes da CIA, e do próprio juiz Sérgio Moro, que fez treinamento com eles."
Mobilização

A FUP e entidades integrantes do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas definiram a próxima quinta-feira (5) como o "Dia Nacional em Defesa das Empresas Públicas e da Soberania Nacional".

Segundo as entidades, não só a liminar obtida pela Fenae e pela Contraf-CUT no STF contra privatizações sem a autorização do Legislativo, mas também a suspensão do leilão da Lotex e das distribuidoras da Eletrobras "são fruto da organização coletiva e da união de forças das entidades, foi a avaliação do grupo".


Imprensa estrangeira repercute 'jeitão' de Tite em entrevistas


Estilo 'encantador de serpentes' do treinador brasileiro agora está na vitrine internacional

Marko Djurica/Reuters
No Brasil, o modo paciente, direto e muitas vezes pregador do técnico Tite durante as entrevistas ganhou até apelido: Titebilidade. Com a Copa do Mundo, o treinador da seleção brasileira passa a estar na vitrine também da imprensa internacional, que o acompanha nas coletivas concedidas após treinos e jogos da equipe nacional. As percepções dos jornalistas estrangeiros variam, mas a maior parte é positiva ao comandante.
"Já ouvi um jornalista inglês dizer que Tite tem a imprensa brasileira na palma da mão. Não sei se é tanto assim. Mas não acho que isso seja por acidente. Ele tem um charme", disse ao Extra o irlandês Joe Callaghan, do canadense Toronto Star.
A famosa ironia britânica foi utilizada pelo jornalista Barney Ronay em matéria para o jornal The Guardian: "Tite fala por tanto tempo e de forma tão apaixonada, que depois de alguns instantes você começa a se perguntar sobre o fechamento do metrô ou do crescente perigo de desidratação".
Da emissora italiana Mediaset, a jornalista Francesa Benvenuti se rendeu. "Ele é um personagem fascinante, sua dialética encanta e eu realmente gosto da relação direta e confidencial que ele tem com a maioria dos jornalistas. Eu também gosto muito de sua característica emocional: na minha opinião, no futebol moderno, um técnico deve, acima de tudo, saber administrar as relações humanas, entender seus jogadores, saber como se relacionar com a mídia. Tite faz tudo isso."
Notícias ao Minuto

Reforma trabalhista: desemprego mais alto, salários mais baixos e direitos exterminados


A reforma trabalhista prometeu e foi aprovada sob o discurso de que, sem os encargos dos empresários, os salários iriam subir e o trabalhador iria ter um incremento em seus proventos; pois o que houve foi exatamente o contrário: em um ano de reforma, o salário do trabalhador brasileiro já caiu 14 reais em média
247 - A reforma trabalhista De Temer e Meirelles prometeu e foi aprovada sob o discurso de que, sem os encargos dos empresários, os salários iriam subir e o trabalhador iria ter um incremento em seus proventos. Pois o que houve foi exatamente o contrário: em um ano de reforma, o salário do trabalhador brasileiro já caiu 14 reais.
“Pode parecer pouco para a classe média, mas é muito significativo para quem ganha um salário mínimo”, afirmou. Ele fez as declarações ao participar de seminário, na Câmara dos Deputados, com o tema “Impactos da Aplicação da Nova Legislação Trabalhista no Brasil”. O analista afirmou que tanto o poder Executivo quanto o Legislativo “têm culpa no cartório” ao, respectivamente, propor e aprovar uma reforma trabalhista que surtiu efeito “inverso” ao prometido. Santos disse que não houve crescimento de emprego no período de janeiro a março deste ano, quando a nova lei já estava em vigor. “Se o objetivo era dinamizar a economia e modernizar as relações de trabalho para se encarar novos desafios, isso ainda não teve o efeito necessário.”
Na avaliação do Diap, a reforma trabalhista resultou na precarização das relações de trabalho. “Os contratos intermitentes, por exemplo, devem ocorrer apenas para áreas em que é realmente necessário, mas, da forma como está posto na lei, é muito abrangente e vale para todos - a ponto de os empregadores, de forma irracional, quererem demitir trabalhadores fixos e contratá-los como temporários”, disse (Leia mais aqui).
O cenário de perda de renda, desemprego e, ainda, do baixíssimo nível de crédito foi reconhecido pelo próprio Banco Central, conforme reportagem do 247 veiculada nesta terça (3). Relata a reportagem (a íntegra aqui):

Num estudo inserido no relatório de inflação de junho, o Banco Central estudou o comportamento de diferentes componentes da demanda privada nos últimos ciclos de retração e recuperação do Brasil. O estudo comparou os ciclos de 1999, 2001, 2003, 2009 e o atual. Em cada um deles, foi identificado o momento no qual a economia começou a sair do buraco e onde ela estava cinco trimestres após, segundo diferentes indicadores.
O estudo (veja o quadro abaixo) mostra que a suposta retomada atual é irrisória diante dos outros ciclos. Os números de geração de emprego são os piores de todos os ciclos, com um agravante: o estudo não leva em conta a qualidade dos (poucos) empregos criados após a reforma trabalhista, com remunerações e condições contratuais muito inferiores às até então existentes. No caso do crédito, só o cenário de 2001 foi pior que o de agora.
 

terça-feira, 3 de julho de 2018

Bolsonaro se esconde no banheiro para escapar de xingamentos


Incidente vai contra as imagens que o pré-candidato costuma divulgar em suas redes sociais sendo recebido por simpatizantes

 Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) teve que se esconder no banheiro na tarde desta terça-feira (3) para escapar de uma passageira que passou a cercá-lo e a chamá-lo de "lixo" na sala de embarque do aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
Quase sempre acompanhado nos terminais por seguidores que o aplaudem, gritam palavras em seu apoio e o seguem fazendo vídeos, fotos e selfies, o pré-candidato à Presidência viveu a situação adversa quando se preparava para embarcar num voo da Gol para Brasília. 
A mulher chegou a se jogar no chão, preocupando outros passageiros que observavam a cena. Bolsonaro confirma o episódio.
"A senhora se aproximou, pelo que tudo indica, bastante embriagada, se encostando. Eu saí de perto, é lógico. Ela chegou a cair no chão sozinha", relata.
"Eu lamento, lamento o ocorrido. E lamento que não havia pessoa adequada [seguranças ou funcionários] no aeroporto para resolver o assunto. Até porque, pelo que eu acho, ela não poderia embarcar num estado desses", disse o candidato. Com informações da Folhapress.
Notícias ao Minuto

Possível descarte irregular de esgoto no Lago Jaboti mobiliza Polícia Ambiental

Possível descarte irregular de resíduos no Lago Jaboti
mobiliza Polícia Ambiental - Foto: TNONLINE

A Polícia Ambiental (unidade da PM) confirmou no final da manhã desta terça-feira (3) que vai checar suposta poluição no Lago Jaboti, na zona sul de Apucarana, após postagem de vídeo no whatsapp mostrando possível acúmulo de substância oleosa na água, supostamente causado por descarte irregular de resíduos.

Eutrofização
Nas imagens é possível perceber grande oleosidade sobre a água. A Polícia Ambiental explicou que deve tratar-se de despejo irregular de esgoto (resíduos orgânicos) no Lago Jaboti, provocando eutrofização, que forna uma espécie de alga de cor verde.
Fonte: TN On Line

Dois servidores públicos entram em vias de fato na garagem do prédio da prefeitura de Apucarana


Carlos Barbosa, teria sido empurrado e jogou um cone em Irineu Garcia Filho, que teria corrido atrás de “Carlão” com uma vassoura, na tarde desta terça-feira (03), na prefeitura de Apucarana, um dos servidores ficou com a camisa toda rasgada.

Um desentendimento entre dois servidores em cargo de comissão da Prefeitura de Apucarana terminou em agressão física no inicio da tarde desta terça-feira (03), por volta das 14h. O fato ocorreu na garagem privativa do prefeito, e envolveu o diretor de administração de prédios públicos, Carlos Barbosa, popular “Carlão” e o coordenador de comunicação social, Irineu Garcia Filho.
Segundo informações de testemunhas, Carlos teria solicitado a Irineu que retirasse o carro oficial do local, ele havia estacionado incorretamente. O local é reservado para o estacionamento do carro do prefeito municipal, momento em que Irineu teria se negado a retirar o veiculo, e começou a discussão e xingamentos.
Ainda de acordo com testemunhas, após a discussão, Irineu teria empurrado “Carlão, iniciando uma briga. Carlão jogou um cone em Irineu que correu atrás de Carlão com uma vassoura.
A briga foi contida por outro servidor que presenciou o ocorrido, Irineu teria dito que teria sofrido Injúria Racial, o outro servidor nega a acusação.
O episódio foi registrado por câmeras de segurança.
Fonte: Portal de Notícias do Canal 38

“Racha” de caminhões pode ter causado acidente que matou cinco da mesma família

Foto: Divulgação PRF

Cinco pessoas da mesma família morreram em um grave acidente, na noite de segunda-feira (2), no quilômetro 398 da BR-369, em Mamborê, no norte do Paraná.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o carro bateu de frente com um caminhão, que tinha placas de Foz do Iguaçu, no oeste do estado.
Segundo as investigações policiais, o caminhão estava ultrapassando em um local onde existe terceira faixa, mas deslocou o caminhão para a faixa contrária para não bater com outro caminhão que transitava na mesma direção, atingindo o carro e o arrastando para fora da pista.
No caminhão estava apenas o Motorista, de 30 anos, que ficou ileso. Já no carro estava uma família inteira, sendo o condutor um homem de 34 anos, uma passageira de 30 anos e mais 03 crianças, uma 11, uma de 09 e outra de 04 anos que eram filhos do casal, todos vieram a óbito no local.
Usuários da rodovia afirmaram a policia que os caminhões envolvidos, em um total de 5, eram conduzidos de forma a caracterizar um “racha”.
A PRF descobriu que outros 04 caminhões transitavam juntos, sendo encontrado 03 deles, os quais afirmaram que viajavam juntos.
Diante dos fatos os 03 motoristas, mais o condutor do caminhão acidentado foram encaminhados para a Polícia Civil de Mamborê para prestar esclarecimentos sobre o fato, já que trata-se até o presente momento de Homicídio Culposo, previsto no Art. 302 do CTB.
(Foto: Divulgação/PRF)
O caso é investigado pela Polícia Judiciária. Se confirmada a possibilidade de racha que resultou em morte, os condutores envolvidos podem pegar pena de 5 a 10 anos de prisão.
A família vitima no acidente era residente do Distrito de Alto Pensamento no município de Mamborê/PR.
Fonte: Paranaportal.uol.com.br

Requião confirma candidatura ao governo do Paraná


O senador Roberto Requião (MDB-PR) confirmou nesta terça (3), ao Blog do Esmael, que concorrerá ao governo do Paraná na eleição de outubro. O parlamentar está em Montevidéu, no Uruguai, onde participa de sessão do Parlasul.
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Requião disse que recebeu pesquisas “muito favoráveis” à sua candidatura ao Palácio Iguaçu que, segundo ele, o proíbem de recusar a peleja. “Não é o meu desejo, já fui governador três vezes, mas se o povo pedir para eu voltar não tenho como refugar”, declarou.
Para o emedebista, os eleitores paranaenses não irão votar em candidatos que tiraram direitos dos trabalhadores e que não defendem empresas públicas como Copel, Sanepar, Petrobras, Eletrobras, dentre outras.
Outra hipótese, continuou o senador, é o MDB lançar chapa completa nas eleições para outubro com ele concorrendo à reeleição e a segunda vaga ao Senado seria disputada pelo ex-deputado Antônio Anibelli Filho (Anibelão). Para o governo, o partido lançaria o ex-secretário da Educação Maurício Requião.
Fonte: Blog do Esmael


MST ocupa fazenda de Eike Batista em Minas Gerais


Mobilização dos sem-terra em Minas Gerais comemora 30 anos de luta

Eike Batista possui mais de 10 mil hectares de terra no entorno de Belo Horizonte
MST-MG


Na madrugada desta terça-feira, dia 3, cerca de 400 famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) ocuparam mais uma área da empresa em processo de falência, MMX, pertencente ao especulador corrupto Eike Batista. A fazenda está localizada no município de Igarapé-MG. A ação inicia a campanha de memória do movimento, “30 anos de MST em Minas Gerais, semeando e alimentando a ousadia”.
“É na prática da ocupação que demonstramos nosso compromisso com a resistência contra o golpe, com a luta pela terra e contra as elites que entregam nossos bens naturais de presente ao capital internacional”, explica Mirinha Muniz, da Direção Estadual do MST.
Segundo o MST, Eike Batista possui mais de 10 mil hectares de terra no entorno de Belo Horizonte. “Aqui temos o exemplo dos danos causados por essa empresa falida: a mineração ao lado da água, degradando o meio ambiente, enquanto a terra que poderia ser produtiva está abandonada”, completa a dirigente.
Após três décadas organizando a luta pela terra, pela reforma agrária e pela transformação social, o MST em Minas Gerais possui 42 assentamentos, quatro cooperativas de produção e comercialização, 41 acampamentos e três mil famílias acampadas.
“Nossa trajetória é vitoriosa. Diante da conjuntura conturbada que vivemos no país, achamos que este é o momento de resgatar as nossas memórias, entender o passado para apontar os nossos próximos passos. E não temos dúvida de que nosso futuro é de luta”, afirma Wagner Vieira, da Direção Estadual do MST. 
No dia 02 de julho de 1999 o MST realizava a primeira ocupação na região Metropolitana de Minas Gerais, no município de Betim. Atualmente o assentamento, que leva a data de sua ocupação como nome, possui 63 famílias e uma vasta produção de hortaliças agroecológicas, frutas, mandioca, milho, galinha caipira, entre outros. A campanha dos 30 anos segue com ações nas 9 regionais onde o MST está organizado. A ocupação também é uma homenagem ao militante do movimento José Nunes, o Zequinha, que faleceu no dia 22 de junho.
Fonte: Brasil de Fato

Tite se recusa a encontrar Temer


Se a Seleção Brasileira conquistar o hexacampeonato – ou não – o técnico Tite não pretende ir a Brasília encontrar o presidente Michel Temer.

Em entrevista ao jornalista Cosme Rímoli, do R7, Tite disse que esta decisão já está tomada.
-- Nem se for campeão eu vou, disse.
Com isso, Tite irá quebrar uma tradição que começou no regime militar.
Rimoli lembra que a seleção já comemorou título ao lado de presidentes em três ocasiões. Na primeira delas, o capitão
Pelé levantou a taça Jules Rimet na visita ao militar Emílio Garrastazu Médici, em 23 de junho de 1970.
Em 1994, os jogadores tetracampeões visitaram Itamar Franco.
Na mais recente, em 2002, Felipão e equipe foram ao encontro de Fernando Henrique Cardoso.
Fonte: Roseli Abrão

64% dos seguidores de Alvaro são robôs


Reportagem do jornalista Felipe Oliveira, publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, aponta que mais de 64% dos quase 410 mil seguidores no Twitter do senador Alvaro Dias, pré-candidato à Presidência pelo Podemos, são, na verdade, perfis robôs, controlados automaticamente por terceiros.
Segundo a reportagem, a análise foi a partir de ferramenta chamada Botometer, da Universidade de Indiana (EUA) pelo Instituto InternetLab, centro de pesquisas dedicado a temas do direito e da tecnologia.
Segundo a organização, há indícios de compra de seguidores para o candidato com o objetivo de inflar artificialmente sua reputação na rede.
Francisco de Brito Cruz, diretor do InternetLab, lembra que a compra de seguidores é vedada pelo Twitter e a lei eleitoral também impede que se use ferramentas para impulsionar publicações em redes sociais que não sejam as oficiais das plataformas, sob pena de multa.
Não é o único
Alvaro Dias não é o único a ter robôs como seguidores no Twitter. Outros presidenciáveis também.
Geraldo Alckmin (46%), Marina Silva (36%), Jair Bolsonaro (34%), Ciro Gomes (32%), Rodrigo Maia (30%), Flavio Rocha (29%), Henrique Meirelles (24%), Lula (22%), João Amoêdo (21%) e Gilherme Boulos (14%).
Fonte: Roseli Abrão


Lula recorre ao STJ para obrigar Moro a ouvir Tacla Duran


A defesa do ex-presidente Lula ingressou com um novo recurso junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) visando reverter a decisão do ministro Felix Fischer, que manteve a proibição da tomada de depoimento do ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran por Sérgio Moro; advogados de Lula pedem que o novo recurso seja acolhido pela 5ª Turma da Corte 
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ingressou, nesta segunda-feira (2), com um novo recurso junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) visando reverter a decisão do ministro Felix Fischer que ratificou a decisão do juiz Sérgio Moro e manteve a proibição da tomada de depoimento do ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran.
Moro já negou o pedido de oitiva de Duran em quatro ocasiões. As negativas foram mantidas pelo Tribunal Federal da 4ª Região (TRF-4) e, também por meio de decisão singular do STJ. Agora, a defesa de Lula pede que o novo recurso seja acolhido pela 5ª Turma da Corte.
"Destaca-se, no entanto, que a r. decisão monocrática proferida pelo Exmo. Ministro Relator Felix Fischer causou singular prejuízo ao AGRAVANTE, que se vê impedido de produzir prova essencial para demonstração da sua inocência, muito embora não seja este ônus que lhe caiba, em ato atentatório ao contraditório e à ampla defesa. Nesta hipótese, indubitável a pertinência desta via, tendo-se em conta o teor da r. decisão monocrática e à vista da dicção dos dispositivos legais acima apontados", diz a defesa no recurso.


“Se não fosse as reservas externas, o Brasil estaria indo pela hora da morte”


Economista Márcio Pochmann diz que a situação do setor produtivo sob o governo Temer não está mais grave por causa da política econômica dos governos do PT, "como uma espécie de 'colchão de proteção' protagonizado pelas reservas externas em mais de US$ 370 bilhões"; "Sem isso o Brasil estaria caminhando pela 'hora da morte', conforme atualmente ocorre na economia da Argentina"
Por Márcio Pochmann, da RBA - Após dois anos de governo, Temer já antecipa a herança que ficará para a próxima administração federal a ser iniciada em janeiro de 2019: o empobrecimento do setor produtivo nacional. A situação não se encontra ainda mais grave devido à política econômica anteriormente conduzida pelos governos liderados pelo PT, como uma espécie de "colchão de proteção" protagonizado pelas reservas externas em mais de 370 bilhões de dólares.
Sem isso o Brasil estaria caminhando pela "hora da morte", conforme atualmente ocorre na economia da Argentina. Depois de mais de dois anos do governo Macri apostando no receituário neoliberal, cujo corte nos gastos públicos elevou a taxa de pobreza a mais de um quarto da população, trouxe de volta a fuga de dólares, a inflação e o desespero de ter que recorrer ao FMI, sobrando maior desânimo à sustentação do crescimento econômico.
O Brasil também enfrenta problemas equivalentes, cujos resultados não são tão dramáticos em função de o Banco Central poder dispor de amplas reservas internacionais para ofertar moeda estadunidense em quantidade mais do que suficiente para evitar corrida intensa contra o real. Mas isso não alivia, contudo, a problemática do setor produtivo, após a divulgação pelo IBGE da Pesquisa Industrial Anual (PIA) referente ao ano de 2016.
Diante da investigação de 3,4 mil produtos das empresas industriais com 30 ou mais pessoas ocupadas, constata-se que o sistema produtivo brasileiro teve como principal receita de vendas, o óleo diesel, os óleos brutos de petróleo, o álcool etílico desnaturado para fins carburantes e as carnes frescas ou refrigeradas. Na dimensão das grandes regiões, percebe-se que no Nordeste prevalece o óleo diesel como sendo o principal produto industrial vendido, enquanto a região Norte destaca-se com as vendas da produção de minério de ferro.
Para as regiões Centro Oeste e Sul, a carne foi a principal receita obtida entre as vendas de toda a produção industrial. As carnes de bovinos frescas ou refrigeradas destacaram-se na região Centro Oeste, ao passo que no Sul, os mais importantes produtos industriais vendidos foram as carnes e miudezas de aves congeladas.
O empobrecimento das cadeias industriais é visível, resultando da aplicação contínua de uma política neoliberal que levou à recessão e segue se mostrando incapaz de fazer com que o Brasil volte a crescer de forma sustentada. Somente no ano de 2016, por exemplo, os principais produtos industriais que decaíram de importância foram a massa de concreto para construção civil, os computadores pessoais portáteis, os caminhões e os medicamentos.
Em síntese, a indústria nacional se empobrece cada vez mais ao se especializar em produtos com menor valor agregado, fortemente associado a recursos naturais disponíveis e ao custo rebaixado da força de trabalho. Com isso, o mercado interno esvazia o seu potencial de expansão, sendo cada vez mais atendido pela importação de produtos com maior valor agregado e elevado conteúdo tecnológico.
O avanço acelerado do processo de desindustrialização no Brasil resulta de erros de várias políticas governamentais, mas fundamentalmente do neoliberalismo que parte do conceito de que o setor produtivo depende espontaneamente de sua própria capacidade de competir no mundo onde as medidas de proteção nacional são cada vez maiores. O desastre nacional se acentua, já antecipado como principal herança do governo Temer ao próximo governo a ser eleito em outubro vindouro.