domingo, 24 de junho de 2018

TRF-4 bate novo recorde ao julgar recursos de Lula após análise do MP: 3 dias


Mais uma vez o Tribunal Regional Federal da 4ª Região se manifestou de forma mais célere ao julgar um processo de Lula do que em outros casos da Lava Jato; numa comparação com outros cinco julgamentos, o intervalo de tempo entre a manifestação do Ministério Público e o exame da admissibilidade variou entre sete e 132 dias; no caso de Lula, que resultou no arquivamento do recurso pelo ministro do STF Edson Fachin, levou apenas três
247 - Em mais uma comprovação de que acelera o tempo de análise quando trata casos envolvendo o ex-presidente Lula, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) se manifestou de forma mais rápida ao julgar os recursos extraordinários apresentados pela defesa depois que eles foram analisados pelo Ministério Público Federal: apenas três dias, de 19 a 22 de junho.
Numa comparação com outros cinco julgamentos da Lava Jato, o intervalo de tempo entre a manifestação do MPF sobre recursos extraordinários, chamada de "contrarrazões", e o exame de admissibilidade pelo Tribunal de Porto Alegre variou entre sete e 132 dias. O levantamento foi feito pela defesa de Lula e compartilhado com o 247.
No último caso referente ao ex-presidente, os recursos extraordinários foram apresentados ao TRF4 no dia 23 de abril. Até esta sexta, o tribunal ainda não havia se manifestado. A demora para a análise foi alvo de crítica da defesa, que lembrou que o mesmo tribunal levou 42 dias para analisar a sentença imposta por Sérgio Moro, que tinha 238 páginas.
Na decisão, em janeiro, o relator do caso, desembargador João Pedro Gebran Neto, apresentou um relatório de 430 páginas em que eleva a pena de Lula a 12 anos e um mês de prisão. O julgamento foi marcado na primeira data disponível para janeiro, apenas 196 dias da publicação da sentença de Moro, menos da metade do tempo médio para julgamentos entre uma instância e outra.
Desta vez, estava a cargo da vice-presidência do TRF4 a tarefa de decidir sobre a admissibilidade dos recursos, se os enviaria ou não às instâncias superiores. O fato de o julgamento ainda não ter ocorrido foi motivo para que a defesa apresentasse um recurso ao Supremo argumentando que, se os últimos recursos do julgamento ainda não haviam sido analisados, Lula não poderia estar preso.
Na última terça-feira 19, durante o julgamento da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), a Segunda Turma do STF confirmou a análise do recurso de Lula para a pauta da terça seguinte, dia 26. No mesmo dia, o Ministério Público Federal se manifestou sobre o caso, recomendando ao TRF4 que rejeitasse os recursos extraordinários.
Três dias depois, a vice-presidente do TRF4, desembargadora Maria de Fátima Freitas Labarrère, admitiu que um recurso seja enviado ao STJ e rejeitou o encaminhamento do segundo ao STF, o que fez com que Fachin, em um intervalo de tempo de 45 minutos, suspendesse o julgamento de terça. A defesa de Lula manifestou estranheza com o timing do tribunal de Porto Alegre, até então em silêncio, ao se manifestar na véspera do julgamento do Supremo.

Ipsos mostrou Lula mais aprovado e menos rejeitado do que Moro


O dado mais relevante da pesquisa Ipsos, divulgada neste sábado 23, é que mesmo com todo o bombardeio dos meios de comunicação, Lula é mais aprovado e menos rejeitado do que seu algoz, que vem sendo blindado por essa mesma mídia; ex-presidente tem aprovação de 45% e desaprovação de 54%, enquanto Sergio Moro, aprovação de 37% e desaprovação de 55%
247 - O dado mais relevante da pesquisa Ipsos, divulgada neste sábado 23, é que mesmo com todo o bombardeio dos meios de comunicação, o ex-presidente Lula é mais aprovado e menos rejeitado do que seu algoz, que vem sendo blindado por essa mesma mídia: Sergio Moro.
De acordo com os dados do levantamento, divulgado pelo Estadão, enquanto Lula tem aprovação de 45% e desaprovação de 54%, Moro registra aprovação de 37% e desaprovação de 55%. Desde março, a taxa de desaprovação do juiz subiu oito pontos porcentuais, de 47% para 55%, enquanto a aprovação passou de 44% para 37%.
Na mesma pesquisa, Geraldo Alckmin (PSDB) aparece com o pior índice de rejeição: 70%. O tucano é seguido por Ciro Gomes, com 65%, Jair Bolsonaro, com 64%, e Marina Silva, com 63%.
Bolsonaro foi o pré-candidato que sofreu maior variação em relação à última pesquisa, divulgada no mês passado: a rejeição subiu de 60% para 64%, enquanto a aprovação caiu de 23% para 20%.


No mesmo dia em que manobrou contra Lula, Fachin livrou Temer


Fachin arquivou uma investigação da Polícia Federal que recaía contra Temer. A apuração era sobre um manuscrito apreendido no gabinete do senador pelo Piauí Ciro Nogueira (PP), mencionando "Fundo 1.000 Imp 200 RT 200 2 Temer 300 300"
Da Rede Brasil Atual – No mesmo dia em que negou recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que cancelou julgamento que poderia libertá-lo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, arquivou uma investigação da Polícia Federal (PF) que recaía contra o presidente golpista Michel Temer. A apuração era sobre um manuscrito apreendido no gabinete do senador pelo Piauí Ciro Nogueira (PP), mencionando "Fundo 1.000 Imp 200 RT 200 2 Temer 300 300".
A operação mirava Nogueira, acusado de compra de silêncio de testemunha e obstrução à Justiça. No dia 24 de abril deste ano, a PF havia deflagrado uma série de buscas e apreensões no Congresso Nacional, apreendendo documentos no gabinete de Ciro e do deputado federal também do PP Eduardo da Fonte (PE).
Ciro Nogueira e Fonte estariam atuando em associação criminosa junto com outros parlamentares do PP, Aguinaldo Ribeiro, Arthur Lira, Benedito de Lira, José Otávio Germano, Luiz Fernando Faria e Nelson Meurer. A investigação é parte de denúncia do Ministério Público Federal (MPF), de setembro do último ano.
Os políticos do PP integrariam uma organização criminosa para cometer crimes dentro da Câmara dos Deputados, para arrecadar "propina por meio da utilização de diversos órgãos públicos da administração pública direta e indireta", diz a denúncia. Durante as investigações aventou-se a suspeita de que os parlamentares estariam tentando destruir provas ou atrapalhar as apurações.
Porém, entre tantos documentos apreendidos, um poderia recair diretamente contra o atual presidente Michel Temer. Ele é relacionado ao lado de números em um arquivo. Aparecem os caracteres "fundo 1.000, Imp 200, RT 200 2", ao lado de "Temer 300 300".
A PF não identificou o que significam tais números e tampouco quis prolongar a apuração. Por isso, o pedido de arquivamento foi feito pela Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge. Em resposta, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo, acatou ao pedido.
"À exceção das hipóteses em que a Procuradora-Geral da República formula pedido de arquivamento de inquérito sob o fundamento da atipicidade da conduta ou da extinção da punibilidade, é pacífico o entendimento jurisprudencial desta Corte considerando obrigatório o deferimento do pedido, independentemente da análise das razões invocadas", afirmou o ministro em seu despacho.
Fachin afirmou ainda que a investigação poderá ser retomada, caso surjam novas provas contra Temer. "Ressalto, todavia, que o arquivamento deferido com fulcro na ausência de provas suficientes não impede o prosseguimento das investigações caso futuramente surjam novas evidências".


Lula condena judiciário que age fora da lei


Em nota divulgada na noite deste sábado, o boletim do Comitê em Defesa de Lula destaca a entrevista do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, que disse que o ex-presidente vem sendo mantido preso de forma ilegal. "Ninguém devolve ao cidadão a liberdade perdida", disse Mello. O boletim também destaca o artigo de Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça, sobre a chicana jurídica adotada pelo ministro Edson Fachin, também do STF, para que Lula seja mantido como preso político no Brasil, em pleno século 21
247 – Em nota divulgada na noite deste sábado, o boletim do Comitê em Defesa de Lula destaca a entrevista do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, que disse que o ex-presidente vem sendo mantido preso de forma ilegal. "Ninguém devolve ao cidadão a liberdade perdida", disse Mello. O boletim também destaca o artigo de Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça, sobre a chicana jurídica adotada pelo ministro Edson Fachin, também do STF, para que Lula seja mantido como preso político no Brasil, em pleno século 21. Leia abaixo:
*Boletim 125 – Comitê Popular em Defesa de Lula e da Democracia*

Direto de Curitiba – 23/06/2018 – 22h50

1. Em artigo publicado neste sábado (23), no site Diário do Centro do Mundo, o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão chama de "chicana" a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), de cancelar o julgamento na 2ª turma do STF, marcado para a próxima terça-feira (26), da medida cautelar que poderia colocar em liberdade o ex-presidente Lula, mantido como preso político em Curitiba há mais de 70 dias. Aragão, que também foi sub-procurador-geral da República, menciona o curto intervalo entre o despacho do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) e a decisão de Fachin e questiona a suprema corte brasileira: "o STF se dobrará à chicana ou colocará ordem no processo para devolver a respeitabilidade à tão abalada justiça brasileira?". Leia a íntegra do artigo: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/contra-a-chicana-jurisdicional-por-eugenio-jose-guilherme-de-aragao
2. Em entrevista à TV portuguesa RTP, o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, afirmou que a prisão de Lula é ilegal porque viola a Constituição Federal. "Ninguém devolve ao cidadão a liberdade perdida", disse Mello, fazendo menção à possibilidade de absolvição de Lula, já que a condenação dele ainda é provisória e precisa ser analisada pelo Supremo. "Eu não concebo, tendo em conta minha formação jurídica, tendo em conta a minha experiência judicante, eu não concebo essa espécie de execução", afirmou Mello. Confira a entrevista, exibida nesta sexta-feira (22): https://www.rtp.pt/noticias/mundo/prisao-de-lula-viola-a-constituicao-diz-juiz-do-supremo_v1083247
3. Em sua participação no programa "Conversando com Correa", do canal Russian Today, o ex-jogador de futebol Roberto Carlos disse que a situação atual do Brasil é "desastrosa" e elogiou a gestão do ex-presidente Lula. "Se existia uma classe média, uma rica e uma pobre, com Lula conseguimos acabar com a pobreza. Mas agora temos ainda outros problemas como o aumento da gasolina, das passagens de avião, aumento da comida. Voltamos a ser um país de terceiro mundo, coisa que não éramos mais", afirmou Roberto Carlos na entrevista conduzida pelo ex-presidente do Equador, Rafael Correa, e veiculada esta semana. Assista ao trecho no qual o ex-atleta fala sobre o Brasil: http://www.pt.org.br/pentacampeao-roberto-carlos-com-lula-acabamos-com-a-pobreza
4. Durante ato político-cultural na Cidade Tiradentes, distrito da zona leste de São Paulo, na noite de sexta-feira (22), a sambista e deputada estadual Leci Brandão (PCdoB-SP) afirmou que a prisão de Lula faz parte de um "sequestro de direitos" do povo brasileiro. "Quero saber qual o crime que o Lula cometeu, porque até agora, ninguém provou nada", questionou Leci no ato que também contou com os rappers GOG e Rincon Sapiência, entre outros artistas.
*Boletim 125 – Comitê Popular em Defesa de Lula e da Democracia*

Direto de Curitiba – 23/06/2018 – 22h50



sexta-feira, 22 de junho de 2018

Brasil encara Costa Rica para retomar confiança após estreia frustrante

Neymar é a esperança de bom futebol da seleção brasileira. AFP Photo/Christophe Simon

 A Seleção Brasileira entra em campo daqui a pouco, às 9 horas  em São Petersburgo, contra a Costa Rica, na tentativa de se redimir com seus torcedores após uma estreia nada animadora no último domingo, ante a Suíça. Com apenas um ponto, o time do técnico Tite se encontra na segunda colocação e precisa mais do que nunca da vitória, caso queira avançar à próxima fase na primeira colocação do Grupo E.
Para a partida, Tite não pretendia promover mudanças, apesar do resultado aquém das expectativas no primeiro jogo da competição, mas precisou recorrer a Fagner como substituto do lesionado Danilo na lateral direita. Assim como se acostumou a fazer em seus tempos de Corinthians, o comandante canarinho preferiu apostar suas fichas no mesmo time ofensivo que convenceu nos amistosos preparatórios para o Mundial, mas deixou a desejar na Arena Rostov.
Além do desempenho aquém das expectativas, o Brasil também entra em campo pressionado nesta sexta-feira por conta da Sérvia, que venceu o primeiro jogo. Caso a seleção do Leste Europeu volte a triunfar, desta vez contra a Suíça, o time canarinho só terá chances de assumir o primeiro lugar da chave se vencer a Costa Rica e, no último duelo, bater os concorrentes diretos pela ponta da tabela.
“Agora entram jogos com caráter decisivo em função do empate do primeiro jogo. Precisamos tornar o jogo [contra a Costa Rica] com desempenho defensivo parecido ao anterior e ofensivo com uma efetividade maior”, afirmou Tite.
Pelo lado da Costa Rica a situação é ainda mais delicada. O time estreou com derrota para a Sérvia graças a uma linda cobrança de falta de Kolarov, vendo o empate escorrer pelas mãos nos últimos minutos do confronto. Agora, os latino-americanos precisam somar ao menos um ponto contra o Brasil para se manterem vivos no Mundial.
Depois de chegarem até as quartas de final na Copa de 2014, sendo eliminados sem perder qualquer partida – caíram nos pênaltis para a Holanda -, os costarriquenhos apostam na continuidade. Na partida de estreia, o técnico Óscar Ramírez colocou em campo dez remanescentes da campanha histórica realizada há quatro anos, mas não obteve resultado parecido.
Ainda assim, o comandante garante que não irá fazer grandes alterações em seu time nesta sexta-feira. Assim como Tite, que não viu problemas em divulgar a escalação da Seleção Brasileira, Ramírez também revelou os 11 jogadores que iniciarão o confronto com os pentacampeões mundiais. Em relação à estreia, apenas uma mudança: Oviedo na vaga de Calvo.
FICHA TÉCNICA

BRASIL X COSTA RICA

Local: Estádio Krestovsky, em São Petersburgo (RUS)

Data: 22 de junho de 2018, sexta-feira
Horário: 9h (de Brasília)
Árbitro: Bjorn Kuipers (HOL)
Assitentes: Sander Van Roekel (HOL) e Erwin Zeinstra (HOL)

BRASIL: Alisson; Fagner, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro; Willian, Paulinho, Coutinho e Neymar; Gabriel Jesus

Técnico: Tite

COSTA RICA: Keylor Navas; Gamboa, Acosta, González, Duarte e Oviedo; Guzmán, Celso Borges, Venegas e Bryan Ruiz; Campbell

Técnico: Óscar Ramírez



Opinião pública se movimenta em defesa de Lula


O Datafolha identificou queda expressiva entre os eleitores que acreditam que Lula não poderá ser candidato: os 62% de abril passaram para 55%, agora em junho; o índice dos que avaliam que Lula estará na disputa subiu de 34% para 40%; 49% defendem seu direito de se candidatar, enquanto 48% preferem que ele não seja candidato
247 – O Datafolha identificou queda expressiva entre os eleitores que acreditam que Lula não poderá ser candidato: os 62% de abril passaram para 55%, agora em junho. O índice dos que avaliam que Lula estará na disputa subiu de 34% para 40%. 49% defendem seu direito de se candidatar, enquanto 48% preferem que ele não seja candidato.
“Segundo o Datafolha, a maioria da população acredita que o ex-presidente não será candidato, mas o número registrou queda na última pesquisa. Passou de 62% em abril para 55% no início de junho. Já os que avaliam que ele participará da disputa passaram de 34% para 40%. 
A percepção de que o ex-presidente não concorrerá às eleições, no entanto, não significa que os entrevistados acreditem que ele não deveria ser candidato. Nesse caso, constata-se um empate. Para 48%, Lula deveria ser impedido de concorrer, enquanto 49% são contra vetá-lo.”
Leia mais aqui.


Datafolha: Lula é o mais preparado para salvar a economia


O ex-presidente Lula é o pré-candidato ao Planalto mais preparado para acelerar o crescimento da economia do país, avalia o eleitor brasileiro; segundo pesquisa Datafolha, 32% dos entrevistados citaram o petista como o melhor nome para desempenhar essa missão
247 – O eleitor brasileiro avalia que o ex-presidente Lula é quem melhor tem condições de retirar a economia brasileira do atoleiro, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira 22. "O ex-presidente Lula é o pré-candidato ao Planalto mais preparado para acelerar o crescimento da economia do país, avalia o eleitor brasileiro. Segundo pesquisa Datafolha, 32% dos entrevistados citaram o petista como o melhor nome para desempenhar essa missão. O resultado da pesquisa é bastante similar ao quadro geral de intenção de voto do eleitor, com o ex-presidente sendo seguido pelo deputado Jair Bolsonaro (PSL), com 15%, e Marina Silva (Rede), 8%", aponta a reportagem.
A pesquisa também aponta que 49% dos brasileiros desejam que ele dispute as eleições, enquanto 48% dizem que não. Lula vem sendo mantido como preso político há mais de dois meses justamente para não disputar as eleições presidenciais de 2018, que ele venceria com facilidade. No próximo dia 26, o Supremo Tribunal Federal julgará seu pedido de liberdade.
Os números da pesquisa são ainda melhores no Nordeste. "Para reverter esse quadro de estagnação, Lula é o favorito de eleitores de todas as faixas etárias e regiões do país. No Nordeste, onde tradicionalmente tem maior aprovação, o petista é visto como o melhor remédio para a economia por 51% dos entrevistados, contra apenas 8% do segundo colocado, Bolsonaro", aponta ainda a reportagem.


quinta-feira, 21 de junho de 2018

Pedra no Caminho prende braço direito de Alckmin


Operação Pedra no Caminho, deflagrada pela Polícia Federal para apurar desvios de R$ 600 milhões nas obras do Rodoanel Mário Covas, tem como alvo principal Laurence Casagrande Lourenço, ex-presidente da Dersa e atual presidente da Companhia Energética de São Paulo (Cesp); Laurence, é tido como homem de confiança do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) e foi secretário de Transportes e Logística do governo do tucano; Alckmin foi citado em delações da Lava Jato por ex-executivos da Odebrecht como tendo recebido dinheiro de caixa 2 com o codinome de "santo'
247 - A Operação Pedra no Caminho, deflagrada nesta quinta-feira (21) pela Polícia Federal para apurar desvios nas obras do Rodoanel Mário Covas, em São Paulo da que podem chegar a R$ 600 milhões, segundo o Ministério Público Federal (MPF), tem como alvo principal Laurence Casagrande Lourenço, ex-presidente da Dersa, estatal responsável pelas rodovias do Estado de São Paulo, e atual presidente da Companhia Energética de São Paulo (Cesp). Laurence, é tido como homem de confiança do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), foi secretário de Transportes e Logística do governo do tucano. A prisão pode ferir de morte a já moribunda candidatura de Alckmin. 
Além de Laurence, a 5ª Vara Criminal da Justiça Federal em São Paulo também expediu mandados de prisão temporária contra um ex-diretor de Engenharia da Dersa, um gerente que atuou nas obras do trecho norte do Rodoanel, além de fiscais e executivos da fiscais e executivos empreiteiras OAS e Mendes Junior, que executaram as obras.
Ao todo, a PF cumpre 51 mandados de busca e apreensão e outros 15 de prisão relacionados à operação. Os mandados estão sendo cumpridos nos municípios de paulistas de São Paulo, Carapicuíba, Ribeirão Preto, Arujá, Bofete e São Pedro e nas cidades de Marataízes e Itapemirim, no Espírito Santo.
Leia a cobertura do 247 aqui.


Deputados não conseguem barrar e CPI das delações vai sair


Após um esforço, deputados não conseguiram o número suficiente de assinaturas para impedir a criação da CPI que investigará o mercado das delações premiadas na Lava Jato; alguns parlamentares que haviam assinado pela criação da Comissão tentaram retirar seus nomes da lista depois de uma pressão massiva feita por sites de direita e páginas como MBL e Vem Pra Rua, que apontaram falsamente que a CPI teria como objetivo atrapalhar a Lava Jato
247 - Após um esforço, deputados não conseguiram o número suficiente de assinaturas para impedir a criação da CPI que investigará o mercado das delações premiadas na Lava Jato. A iniciativa foi comandada pelo deputado Júlio Delgado (PSB-MG).
Pressionados por sites de direita e páginas como MBL e Vem Pra Rua, que apontaram falsamente que a CPI teria como objetivo atrapalhar a Lava Jato, alguns parlamentares que haviam assinado pela criação da Comissão tentaram retirar seus nomes da lista.
De acordo com o regimento da Casa, no entanto, os deputados não poderiam retirar as assinaturas, teriam que apresentar um novo requerimento, assinado por metade mais um dos deputados que haviam endossado o pedido anterior, o que dava 96 assinaturas, o que não conseguiram nesta quarta.
Mesmo assim, com cerca de 90 assinaturas, o documento foi protocolado para "marcar posição", de acordo com a assessoria de Júlio Delgado.


Você sabe quanto custa fazer faculdade em Maringá? E quantos salários serão necessários para repor os gastos? Confira os cálculos e as opiniões de especialistas

No primeiro trimestre deste ano, 45% dos postos de trabalho criados em Maringá foram ocupados por quem tem ensino superior (Imagem/Empresa Brasil de Comunicação)

É comum ouvir em tom de conselho de pessoas mais velhas “estude para ser alguém na vida” e, ao mesmo tempo, um conhecido comentar que não fez faculdade e que ganha “mais do que muita gente por aí com diploma”. Será que existe um lado certo nesse paradoxo?
Sem a pretensão de apontar um dos lados como sendo o mais vantajoso, o Maringá Post resolveu colocar uma pitada de pimenta no debate e mostrar quanto custa um diploma de curso superior nas faculdades da cidade e quanto tempo de trabalho na área seria necessário para repor o investimento.
Para fazer o cálculo, não foram considerados os custos com matrícula, livros, materiais, moradia, viagens e futuros reajustes nos preços das mensalidades. Foram usados apenas os preços das mensalidades de dez cursos superiores de algumas instituições particulares.

1 – Administração

O curso de Administração tem duração de quatro anos. Na Unicesumar a mensalidade é de R$ 799 e, para se formar, até o final do curso deve ser gasto R$ 38.352 com mensalidade. Na Faculdade Maringá, a mensalidade é de R$ 798 e o custo total de R$ 38.304.
Já na Pontifícia Universidade Católica o preço médio da mensalidade é de R$ 746,31 e concluir a graduação em reprovação fica em R$ 35.822,88. Na Uningá, a mensalidade custa R$ 530 e os quatro anos custa R$ 25.440.
Para descobrir em quanto tempo esse investimento seria recuperado, a base de cálculo utilizada foi o salário inicial no concurso da Prefeitura de Maringá para o cargo de Auditor de Controle Interno, de R$ 4.415. A função exige o diploma em Administração. Nesse caso, o investimento de R$ 38.352 seria recuperado em nove meses.

2 – Agronomia

A graduação em Agronomia tem duração de cinco anos e na Unicesumar a mensalidade custa R$ 1.850. Para obter o diploma na instituição é necessário desembolsar R$ 111 mil. Na Uningá, as mensalidades variam entre R$ 1.040 e R$ 1.500. Considerando o preço médio de R$ 1.270, o diploma sairia por R$ 76.200.
O salário inicial para engenheiro agrônomo no concurso da Prefeitura de Maringá é de R$ 8.790,44. Se todo o salário fosse destinado a repor o investimento, o diploma de R$ 111 mil seria pago em 13 meses de trabalho.

3 – Arquitetura e Urbanismo

A mensalidade do curso de Arquitetura e Urbanismo na Unicesumar, com duração de cinco anos, é de R$ 1.850. Para concluir o curso, o custo seria de R$ 111 mil. Na Faculdade de Engenharias e Arquitetura (Feitep), a mensalidade varia de R$ 1.270, no período matutino a R$ 1.470, no noturno. O mínimo que será gasto para se formar é R$ 76.200.
Na Uningá, a mensalidade varia entre R$ 1.040 e R$ 1.500. Considerando a média de R$ 1.270, o diploma da graduação custaria em torno de R$ 76.200.
Segundo o Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado do Paraná, um profissional da área que trabalhe 8 horas por dia deve receber no mínimo R$ 8.109. Para pagar o diploma de R$ 111 mil seriam necessários um ano e dois meses de trabalho.

4 – Direito

O curso de Direito tem duração de cinco anos e a mensalidade na Unicesumar é de R$ 1.329. Assim o curso todo custaria R$ 79.740. Na PUC, a mensalidade média é de R$ 1.518,13 e o custo total R$ 91.087.
Na Faculdade Maringá a mensalidade varia entre R$ 1.224 e R$ 1.317. Na média de R$ 1.270, o diploma custaria R$ 76.200. Já nna Uningá a mensalidade é R$ 1.200 e cinco anos ficariam em R$ 72 mil.
O piso da categoria no Estado, de acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), é de R$ 3.567,74. O diploma de R$ 79.740, por exemplo, seria pago com os salários de 23 meses.

5 – Engenharia Civil

A mensalidade do curso de Engenharia Civil, com duração de cinco anos na Unicesumar, custa R$ 1.850. Para concluir a graduação seriam gastos até R$ 111 mil. Na Feitep, a mensalidade vai de R$ 1.270, no período matutino, a R$ 1.470 no noturno. O curso todo,  à noite, custaria R$ 76.200.
A mensalidade na Uningá varia entre R$ 1.040 e R$ 1.050. Considerando a média de R$ 1.270, o diploma custaria R$ 76.200.
No concurso da Prefeitura de Maringá, o cargo de engenheiro civil tem salário inicial de R$ 8.790,44. Então, para repor os  R$ 111 mil, seriam necessários 13 meses de trabalho.

6 – Farmácia

O curso de farmácia tem duração de quatro anos e na Unicesumar a mensalidade é de R$ 1.270. Para concluir o curso, o estudante terá que desembolsar no mínimo R$ 60.960. Na Uningá, a mensalidade é de R$ 800 e o curso todo ficaria em R$ 38.400.
Para o cargo de farmacêutico, o salário inicial previsto no concurso da Prefeitura de Maringá é de R$ 4.542,10. Para repor o valor gasto com as mensalidades até a graduação, na Unicesuar, seriam necessários 14 meses de salários. E, na Uningá, bastariam 8 meses e 15 dias.

7 – Medicina

A mensalidade do curso de Medicina, que é em período integral, custa R$ 8.447 na Unicesumar. A duração é de seis anos. Para se formar, o desembolso seria de R$ 608.184.
Na Uningá a mensalidade é R$ 8.390,40 e para se formar, o estudante terá que desembolsar R$ 604.108. Nos cálculos não foram considerados gastos com residência médica e especializações.
Considerando o salário inicial de R$ 14.134,58, definido pela Federação Nacional dos Médicos, seria necessário três anos e oito meses de salários para recuperar o investimento feito com mensalidade na Unicesuar. E o médico formado na Uningá precisaria trabalhar três anos e meio.

8 – Odontologia

O curso de Odontologia, também em período integral e duração de quatro anos, tem mensalidade de R$ 2.560 na Unicesumar. Para se formar são necessários R$ 122.880. Na Uningá a mensalidade do curso integral é R$ 2 mil e do noturno 2,4 mil.
Os vencimentos de um odontólogo no concurso da Prefeitura de Maringá é de R$ 4.558,65. Para repor o investimento de R$ 122.880 na graduação, seriam necessários dois anos e três meses de salários.

9 – Engenharia de Sotfware

A graduação em Engenharia de Software tem duração de quatro anos. Na Unicesumar a mensalidade é de R$ 1.270 e o custo final de R$ 60.960.
De acordo com o Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná, o piso de oito horas de trabalho da categoria é de R$ 8.586. O custo de um diploma, de R$ 60.960, seria pago em oito meses de trabalho.

10 – Psicologia

A mensalidade do curso de Psicologia, com duração de cinco anos na Unicesumar, custa R$ 1.376 e o custo total R$ 82.560. Na PUC a mensalidade média é de R$ 1.263,99 e para se formar o estudante deverá desembolsar até R$ 75.839.
A mensalidade do curso na Uningá varia entre R$ 800 e R$ 1,2 mil. Considerando valor médio de R$ 1 mil, até o final do curso seriam gastos em média R$ 60 mil com mensalidade.
Para o cargo de psicólogo, o salário no concurso da Prefeitura de Maringá é de R$ 4.542,10. Considerando que todo o salário seria destinado para repor o investimento de R$ 82.560, o diploma seria pago 19 meses de salários.

Especialistas dizem se vale a pena o investimento

Para o mestre em Ciências Sociais e coordenador do Curso de Recursos Humanos, Luciano Santana, o ensino superior se tornou “praticamente obrigatório” no mercado de trabalho atual. Porém, ele afirma que outros tipos de conhecimentos e habilidades são necessários para atender as expectativas do mercado.
“A pessoa que está fazendo uma graduação deve aproveitar o momento para fazer contato com o mercado de trabalho. É muito comum as pessoas investirem em graduação, pós-graduação e não conseguirem trabalho. A empregabilidade é uma junção de várias coisas”, explica.
De acordo com Santana, o diploma de ensino superior proporciona mais chances de um salário melhor no mercado de trabalho.“O mercado está muito seletivo, no sentido de ter muitas pessoas disponíveis. A empresa, na hora de contratar, acaba cobrando mais coisas para cargos menores. De acordo com pesquisas, quem tem ensino superior ganha no mínimo duas vezes ou mais ou, pelo menos, tem chances de mais oportunidades.”
O embate entre experiência adquirida sem formação e a graduação no ambiente acadêmico ainda continua no mercado de trabalho. Apesar disso, não existe lado certo nessa discussão.
“Ter só estudo não significa que você vai sempre melhor e ter mais oportunidades do que quem não tem. O fato é que as empresas tem buscado como um dos requisitos a formação formal, mas é claro que haverão atividades mais operacionais que o saber fazer é mais valorizado que a formação acadêmica”, diz Luciano Santana.
O diretor-executivo da Agência Brasileira de Emprego e Estágio (Abre) de Maringá, Fernando Linschoten, concorda que o diploma de ensino superior ligado à experiência na área são os principais requisitos das empresas no momento da contratação.
“Excluindo os cargos operacionais, todos os outros dão preferência ao candidato com curso superior”, afirma. Porém, diz que o diploma do curso superior não está ligado a um salário mais alto.
“Estamos em um mercado de retração, o salário não tem aumentado. De forma geral, hoje as vagas são oferecidas com um salário dentro de uma média e são aproveitadas pelos candidatos”, observa Linschoten.
As vagas na Abre de Maringá são voltadas para estudantes e recém-formados entre 16 e 30 anos. Para Fernando Linschoten, com o mercado altamente competitivo e as chances escassas, o nível de seletividade das empresas é bem maior e vai além do curso superior.
“Tem que ser uma pessoa pro-ativa, que atenda todas as funções empresariais. A empresa também tem que sentir que aquele candidato tem compromisso com a empresa e a vaga que está tentando.”
Levantamento do Conselho de Desenvolvimento Econômico (Codem), divulgado em abril, revela que dos 1.674 postos de trabalho criados em Maringá no primeiro trimestre deste ano, 45% foram ocupados por quem tem ensino superior.
Fonte: Maringá Post



Prefeitos discutem novas alternativas com secretários e órgãos do governo


Prefeitos da Amuvi participaram de reunião no Palácio das Araucárias e avaliaram plano regional de desenvolvimento 
Foto/Divulgação
Dando seqüência à discussão do Plano Regional de Desenvolvimento para o Vale do Ivaí, que está sendo preparado pela Paraná Projetos, prefeitos de dezessete municípios se reuniram nesta quarta-feira (20/06), em Curitiba, com os secretários de desenvolvimento urbano, Silvio Barros; e de desenvolvimento econômico, Virgílio Moreira Filho. Também participaram representantes da Paraná Projetos, Fomento Paraná, Emater, Agência Paraná Desenvolvimento, e Banco Regional de desenvolvimento Econômico (BRDE).
Na abertura da reunião, o secretário Silvio Barros disse que a proposta da Associação dos Municípios do Vale do Ivaí, que busca ajuda do estado para novas alternativas de desenvolvimento, é viável e a governadora Cida Borghetti já sinalizou favoravelmente. “As vocações naturais da região estão sendo alavancadas, para viabilizar um plano regional de desenvolvimento”, anunciou Barros, acrescentando que o trabalho deve ser finalizado ainda neste ano pela Paraná Projetos.
O secretário especial do desenvolvimento econômico, Virgílio Moreira Filho, considerou positivo o interesse coletivo da região, confirmado pela presença de dezessete prefeitos do Vale do Ivaí. “Nós temos instrumentos que podem contribuir neste processo, e que estão à disposição dos municípios”, assinalou Moreira Filho, citando o BRDE, a Emater, a Fomento Paraná e a Paraná Projetos.
O prefeito de Apucarana e presidente da Amuvi, Beto Preto, reiterou que os gestores públicos da região estão unidos em torno deste projeto de desenvolvimento regional. “O Vale do Ivaí tem vários atrativos, como a agricultura, fruticultura, turismo religioso e turismo de aventura, entre outros, que podem ser explorados economicamente, gerando mais emprego e renda na região”, comentou.
Segundo o presidente da Amuvi, tudo está sendo feito com o aval do governo, que colocou vários órgãos de governo para estudar, planejar e prospectar alternativas viáveis. “Tudo isso vem de encontro com o que está sendo feito pelo Território do Vale do Ivaí; é um projeto de todos para o bem comum”, frisou.
Conforme pondera Beto Preto, as pessoas precisam de trabalho e os prefeitos da Amuvi estão mobilizados neste sentido. Ele citou como exemplo a mecanização nas lavouras de cana, que já está acontecendo e vai deixar muita gente sem trabalho. “Estamos buscando novas oportunidades de investimentos na região, com uma atuação técnica na Amuvi. Meu compromisso está focado no desenvolvimento econômico da região, independente de termos a adesão de dezessete ou de vinte e seis municípios no Vale do Ivaí”, comentou Beto Preto.
ALTERNATIVAS – O superintendente da Paraná Projetos, Cyllenio Pereira, disse que a reunião foi bastante produtiva. “Observamos que os prefeitos estão preocupados em criar novas alternativas de emprego e renda, e o estado está colocando à disposição vários órgãos técnicos, que trabalham para formatar um plano regional de desenvolvimento”, avaliou Cyllenio, que elogiou a iniciativa da Amuvi com este objetivo.
O prefeito de Rosário do Ivaí, Ilton Kuroda, agradeceu a oportunidade dada pelo Governo do Estado, com sua estrutura técnica, visando buscar alternativas para o crescimento econômico do Vale do Ivaí. “Estamos satisfeitos com esta ação da Amuvi, sob a liderança do presidente Beto Preto”, enalteceu Kuroda.
Da reunião no Palácio das Araucárias participaram os prefeitos de Novo Itacolomi, Moacir Andreola; Marilândia do Sul, Aquiles Takeda; Faxinal, Ilson Cantagallo; Cruzmaltina (representado por Maurício Bueno); São João do Ivaí, Fábio Hidek; Mauá da Serra, Hermes Wicthoff; Cambira, Emerson Toledo; Grandes Rios, Antônio Cláudio Santiago; Godoy Moreira, José Gonçalves; Arapuã, Deodato Mathias; Rosário do Ivaí, Ilton Kuroda; Marumbi, Adhemar Rejani; Rio Branco do Ivaí, Gerôncio Rosa; Bom Sucesso, Raimundo Severino Junior; e de Jandaia do Sul, Benedito José Púpio.