terça-feira, 12 de junho de 2018

Biógrafo de Lula, Fernando Morais discute com Moro durante depoimento


Durante depoimento como testemunha de Lula na ação na ação sobre o sítio de Atibaia, o jornalista e escritor Fernando Morais reagiu a reprimenda do juiz Sérgio Moro; Fernando Morais contou ter ouvido de Bono Vox, cantor do U2, que Lula é uma espécie de Nelson Mandela, pois tem o poder de unir todas as raças; "Aqui não é lugar para propaganda", disse Moro; "Não faço propaganda, faço jornalismo dos meus biografados", rebateu, indignado, Morais
Do Nocaute - Na manhã desta segunda-feira, 11, o jornalista e escritor Fernando Morais, editor do Nocaute, prestou depoimento ao juiz Sergio Moro, na condição de testemunha de defesa do ex-presidente Lula.
Minutos antes, na mesma condição, depusera o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ambos os depoimentos foram realizados sob a forma de videoconferência entre São Paulo e Curitiba.
Em pelo menos dois momentos o juiz obstruiu o direito à palavra do jornalista.
No primeiro ao declarar que a testemunha estava fazendo "propaganda" de Lula.
Morais foi impedido de retrucar, e mal pôde responder: "Não faço propaganda, faço jornalismo..."
Na segunda oportunidade Moro foi mais explícito.
Morais indagou, respeitosamente: "O meritíssimo permite que eu faça uso da palavra?". Moro nem pestanejou: "Não!".
Uma particularidade menos relevante chamava a atenção: apenas um, no caso, uma jornalista circulava pelo corredor (na foto, a repórter quando entrevistava o ex-presidente Fernando Henrique, em frente à sala de videoconferência): a representante da Globo. Os coleguinhas dos demais veículos tomavam sol na moleira, na calçada do prédio.
Veja o vídeo e a transcrição do depoimento, gravado pela Justiça, e a indicação de links sobre o assunto.
Sergio Moro: Nesta ação penal 50236532, depoimento do senhor Fernando Gomes de Morais.
Senhor Fernando, o senhor foi chamado como testemunha neste processo e na condição de testemunha o senhor tem um compromisso com a justiça em responder a verdade e às perguntas que lhe forem feitas, certo?
Fernando Morais: Certo.
Moro: Eu vou adverti-lo, senhor Fernando, que se o senhor faltar com a verdade o senhor fica sujeito a um processo criminal, certo?
FM: Sim.
Moro: Dito isso eu passo a palavra para a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para perguntas.
Zanin: Senhor Fernando, bom dia.
FM: Bom dia.
Zanin: Senhor Fernando, o senhor poderia ainda que brevemente nos relatar sua trajetória pessoal e profissional?
FM: Eu sou jornalista desde os 14 anos, comecei um Belo Horizonte, me mudei para São Paulo em 1965, quando os Mesquita criaram o Jornal da Tarde. Trabalhei dez anos no Jornal da Tarde, trabalhei na Revista Veja, trabalhei na Folha de São Paulo, trabalhei na TV Cultura e depois passei a me dedicar a publicar meus trabalhos jornalísticos em livros, seja sob a forma de biografias, seja sob a forma de relatos de episódios brasileiros e estrangeiros. E tive uma breve passagem pessoal pela política. Fui deputado em dois mandatos, fui Secretário de Cultura do Estado de São Paulo e depois Secretário da Educação do Estado de São Paulo, sem ter abandonado a minha atividade profissional original, de jornalista.
Zanin: Pois não. Em relação ao ex-presidente Lula, existe alguma situação pessoal ou profissional que tenha colocado o senhor em maior contato com ele? Notadamente após ele ter deixado o cargo de Presidente da República?
FM: Sim, eu na verdade conheço o ex-presidente Lula há 44 anos, quando ele era um operário, sindicalista, e eu era deputado, me aproximei sem intimidades com ele. Testemunhei a primeira prisão dele. Por uma dessas curiosidades do destino, acabei testemunhando as duas prisões dele.
Não entrei para o PT quando a maioria dos meus colegas foram para o PT eu continuei no MDB. Depois eu abandonei a política e no período em que o presidente exerceu a Presidência da República, eu praticamente perdi o contato com ele, talvez por não ser muito afeito a palácios. Nos oito anos dele como presidente, eu estive três vezes no Palácio do Planalto.
Uma vez para uma entrevista profissional com ele, uma vez, que era Dia Internacional da Mulher, e a Dona Marisa, falecida Dona Marisa, organizou uma exibição do filme "Olga", que é baseado em um livro meu, para as mulheres que trabalhavam no Palácio e estive em uma terceira ocasião, que não me lembro qual é, mas sem contatos maiores.
Depois que ele deixou a Presidência da república eu fui contratado por duas editoras, uma brasileira e uma norte-americana, Companhia da Letras no Brasil, e a Penguin, nos EUA, para escrever um livro, que não é uma biografia.
O projeto original, o contrato original que eu fiz com a Penguin e com a Companhia, era de escrever a partir da prisão dele em 1980 até o fim do mandato dele em 2010. O livro terminaria aí.
No entanto, como eu grudei no calcanhar dele, se o senhor me permite a expressão vulgar, nos últimos sete anos, eu achei que seria um desperdício profissional eu ter tido o privilégio de conviver com ele durante toda essa crise que estamos vivendo até hoje, desde o golpe contra a presidente Dilma Rousseff até agora, então propus as meus editores que eu fizesse o livro em dois tomos.
O primeiro tomo, tal como foi combinado, irá de 1980 a 2010, e o segundo tomo, de 2010 até saberá Deus quando.
Zanin: A partir notadamente de 2011, então, o senhor começou a ter um contato frequente com o presidente Lula?
FM: Absolutamente frequente. E com pouco tempo eu descobri que o melhor local para entrevistá-lo era dentro de aviões porque não havia telefone, secretários, deputados, assessores, então comecei a acompanhá-lo nas viagens que ele fazia ao exterior para realizar palestras no mundo inteiro. Excluindo a Oceania, fui a todos os outros continentes com ele.
E literalmente grudado, um cacoete que veio da minha profissão de repórter.
Um pouco antes da descoberta do tumor, eu comecei a gravar com ele.
Lembro que ele ainda estava com cabelo grande, barba. Eu ficava praticamente o tempo todo ao lado dele.
Uma, duas, três vezes por semana eu ia ao Instituto fazer gravações com ele.
Fiz mais de cem gravações com pessoas que gravitaram na órbita dele nesse período, inclusive gente de oposição.
Não pretendo que seja um livro chapa-branca, um livro oficial.
É um livro jornalístico como todos os 11 que eu fiz até agora.
E tive o privilégio de acompanhá-lo provavelmente mais até que... Acho que só os seguranças dele tiveram mais tempo do que eu com ele nesse período que vai do começo de 2011 até dias antes dele ser preso.
Zanin: Nessa situação que o senhor mencionou de acompanhar o ex-presidente Lula a viagens no exterior para a realização de palestras, o senhor chegou a assistir às palestras? Sabe dizer se o presidente realizou as palestras?
FM: Eu imaginei que essa pergunta pudesse ser feita pelo senhor ou pelo juiz Sergio Moro.
Hoje de manhã eu descobri que fui a 18 países com o presidente Lula.
Eu assinalei aqui, por causa da pressa, vim correndo para cá: África do Sul, Alemanha, Angola, Cuba, Espanha, Etiópia, França, Índia, Inglaterra, México, Moçambique e Portugal.
Eu ficava sempre no mesmo hotel, ou se era uma casa reservada para ele pelos anfitriões eu ficava sempre junto com ele.
A maioria das vezes era em hotel. Embora eu não goste muito de acordar cedo, ele às 6h pedia a um segurança ir ao meu quarto me chamar para tomar café da manhã. E eu ficava com ele até a hora dele ir dormir.
Uma particularidade, não sei se interessa para o julgamento do Dr Moro, é que em nenhum momento ele disse para mim: "Olha, na hora que eu tiver que tratar de um assunto particular, eu te aviso e você sai".
Isso é muito comum, não seria uma indelicadeza da parte dele.
Eu já fiz outros perfis, inclusive de um presidente em exercício, o presidente Collor, e o combinado foi isso: na hora que ele quisesse tratar de assuntos reservados, alguém me tiraria do gabinete, da casa, ou de onde ele estivesse.
No caso do presidente Lula não. O que eu não assisti foi o que eu não quis, mas eu assistia, rigorosamente, a todos os encontros, todas as palestras, gravei as palestras – com um gravadorzinho amador – algumas delas eu fiz fotos, mas como eu sabia que existia um fotográfo dele, acompanhando o tempo todo, eu não me preocupava tanto com imagem, mas em alguns casos, eu próprio me encarreguei de fazer fotos.
Então eu posso dizer que nessas viagens eu o acompanhei 24h por dia. Só não dormia com ele.
Nos momentos que ele estava acordado, fosse em avião, fosse em jantar, fosse com chefes de estado – e em muitos casos ele foi recebido por chefes de estado dos países que estava visitando – ou fosse com personalidades.
Eu me lembro que, por exemplo, que nós estávamos na Inglaterra ele foi fazer um ....
Moro: Vou interromper um minutinho, senhor Fernando. O senhor pode responder mais brevemente, mais objetivamente às questões da defesa? Não precisa se alongar nessas histórias, com todo o respeito, mas existe aqui a necessidade de seguir. Então qual é a próxima pergunta?
FM: O senhor me desculpe mas ...
Zanin: O senhor ia, na verdade, tocar em um ponto que eu ia lhe questionar na sequência, que era um episódio em Londres, envolvendo o cantor Bono Vox. O senhor pode descrever, por gentileza?
FM: Posso. O presidente foi a Londres, convidado para fazer uma palestra para empresários.
Porque às vezes ele ia convidado por empresários e às vezes por trabalhadores. Na Alemanha e na África do Sul, por exemplo, ele foi convidado por sindicatos e em Londres ele foi convidado por empresários.
Depois do almoço estávamos no hotel conversando e chegou o cantor, o roqueiro Bono Vox para fazer uma visita a ele.
Conversaram um pouquinho e a hora que o Bono foi embora o presidente me perguntou se eu poderia fazer a delicadeza de acompanhá-lo até a portaria do prédio. Eu desci e havia ali uma centena de repórteres europeus e brasileiros (em número menor) mais por causa do Bono do que pelo presidente Lula, obviamente, era uma estrela universal...
E os repórteres perguntaram a ele: o que o senhor achou da conversa com o presidente brasileiro, o presidente Lula?
E o Bono respondeu com uma frase que ficou muito marcada na minha memória.
Ele disse o seguinte, "Depois da morte do Mandela, só existe no mundo uma pessoa capaz de juntar ricos e pobres, pretos e brancos, gordos e magros, e essa pessoa se chama Luiz Inácio Lula da Silva."
Por se tratar, não de um cientista político, nem de um teórico, mas um cantor de rock, aquilo me impressionou muito.
Moro: Essa questão da relevância para o caso é por qual motivo doutor?
Zanin: Excelência nós estamos falando da reputação de um acusado. E segundo ...
Moro: Nós não estamos falando de reputação, existe uma acusação a ser julgada e esse tipo de ...
Zanin: Certo, a defesa ... a reputação. E segundo, nós estamos falando, inclusive vossa excelência
Moro: Você pode divulgar essas questões meritórias em relação ao ex-presidente fora do processo. Não precisa ser aqui em audiência.
Zanin: Mas divulgar fora do processo, vossa excelência ...
Moro: Não diz respeito aos fatos em julgamento doutor. Qual é a próxima pergunta?
Zanin: Há questões. Vossa excelência sabe bem que, há questões que devem levar em consideração ...
Moro: Essas questões não tem nenhuma relevância para o julgamento.
Zanin: Eu não sei se incomoda vossa excelência.
Moro: Não incomoda doutor. Acho que o processo não deve ser utilizado para esse tipo de propaganda.
Zanin: Não é propaganda. É uma questão de reputação.
FM: propaganda?
Zanin: Estamos discutindo aqui a reputação e mais do que isso. Existe aqui uma discussão em torno de palestras.
Inclusive colocada em dúvida pelo juízo. E nós estamos aqui fazendo a prova de que as palestras foram realizadas.
De que foram realizadas por uma pessoa de grande reputação e que havia o interesse em assistir às palestras.
Portanto, absolutamente pertinente às questões.
Moro: Qual é a próxima pergunta?
FM: Eu posso fazer uso da palavra senhor juiz?
Moro: Não. O senhor responde as perguntas que forem feitas. Qual é a próxima pergunta?
Zanin: O senhor comentou que por conta desse trabalho, desse livro que o senhor está escrevendo que envolve o presidente Lula, o senhor passou a ter uma relação próxima, inclusive, presenciou, pelo que eu entendi, contatos do ex-presidente Lula com diversas pessoas, sem que houvesse necessidade do senhor deixar o recinto. Correto?
FM: Sim, senhor. Exatamente da maneira que o senhor expôs. Em nenhum momento, mesmo que fosse em algumas conversas pelas quais eu não tinha nenhum interesse, encontro com o embaixador do Brasil no país onde a gente se encontrava. Eram conversas aleatórias, mas eu tinha sido convidado, seria indelicado da minha parte não estar presente.
Então, assistia todas. Acho que praticamente todas as conversas que ele teve e em nenhum momento eu posso dizer, eu posso assegurar que em nenhum momento, ou ele ou alguém da sua comitiva disse: olha o presidente queria que o senhor ficasse fora cinco minutos porque ele precisa tratar de um assunto particular. Zero.
Zanin: Pois não. E o senhor, nesta situação, o senhor presenciou algum ato do ex-presidente Lula que houvesse sugerido a prática de um ilícito ou então que pudesse sugerir estar ele resgatando algum ato que ele tenha praticado como presidente da República. Solicitar ou exigir uma vantagem indevida.
FM: Não. Nada, nenhum momento, nada. E, o meritíssimo fez uso da palavra propaganda o que eu repudio. Eu não estou aqui fazendo propaganda. Quero dizer, inclusive, que as viagens que eu fazia com o presidente, eu só ia no avião que o transportava quando havia lugar sobrando. Quando não havia, as minhas viagens eram pagas pela Companhia das Letras.
O Ministério Público pode averiguar. O meritíssimo juiz pode averiguar isso. Eu fui para a África do Sul com dinheiro da Companhia das Letras, fui para Cuba com o dinheiro da companhia das Letras. Eu voltei para o Brasil com dinheiro e voo pago pela Companhia da Letras. Então, em nenhum momento, eu teria razão para estar fazendo propaganda de quem quer que seja. Eu não ia jogar fora uma carreira de cinquenta anos para fazer propaganda de um presidente da República.
Zanin: Pois não. Senhor Fernando, basicamente eram essas as perguntas que eu tinha ao senhor. Eu agradeço a sua colaboração e devolvo a palavra ao magistrado.
Moro: Outros defensores têm perguntas? Ministério Público tem indagação? A acusação tem indagação? Certo. O juiz também não tem questões a serem colocadas. Vou declarar encerrado o depoimento do senhor Fernando Morais.


Golpe matou interesse dos brasileiros pela Copa


Depois de um golpe sem precedentes, que devastou economia, sociedade e até os símbolos pátrios como as cores verde e amarela, a conta chega para aquilo que foi a maior paixão do brasileiro: o desinteresse pela Copa do Mundo atingiu o recorde de 53% da população, aponta Datafolha
47 – Depois de um golpe sem precedentes, que devastou economia, sociedade e até os símbolos pátrios como as cores verde e amarela, a conta chega para aquilo que foi a maior paixão do brasileiro: o desinteresse pela Copa do Mundo atingiu o recorde de 53% da população, aponta Datafolha.
Ontem, em tuíte, o ator José de Abreu já constatava a inédita desilusão com as cores nacionais, dizendo que o brasileiro não aceita mais o verde e o amarelo como identificação depois de tanta deturpação e tantos manifestoches. 
O desinteresse dos brasileiros com a Copa disparou às vésperas do início da disputa na Rússia, marcado para esta quinta-feira (14). O primeiro jogo do Brasil será domingo (17), contra a Suíça, às 15h (horário de Brasília). Segundo pesquisa nacional do Datafolha realizada na semana passada, 53% dos brasileiros afirmam não ter nenhum interesse pelo Mundial, isso em um ano eleitoral, com a economia fraca e ainda na ressaca de uma manifestação de caminhoneiros que quase paralisou o país. No final de janeiro, o índice de desinteressados era de 42%.
(...)
Segundo o Datafolha, a marca de agora é a pior às vésperas do torneio desde 1994, quando o instituto fez a pergunta pela primeira vez. O desinteresse pelo Mundial da Rússia se destaca entre as mulheres (61%), pessoas de 35 a 44 anos (57%), moradores da região Sul (59%) e aqueles com renda familiar de até dois salários mínimos (54%). O Datafolha ouviu 2.824 pessoas em 174 municípios na quinta (7) e sexta-feira (8), e a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Leia mais aqui.


Presidente da CBF manda Fifa preparar a taça para o Brasil


Antônio Carlos Nunes ele participou de reunião do Conselho Conmebol nesta segunda-feira

REUTERS/Jorge Adorno
Presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), o coronel aposentado da Polícia Militar Antônio Carlos Nunes, 80, já está na Rússia e demonstra muita confiança no hexacampeonato mundial.
Nesta segunda-feira (11), ele participou de reunião do Conselho Conmebol na capital russa que contou com a presença do presidente da Fifa Gianni Infantino e mandou um recado. "Eu disse ao Infantino que ele pode preparar a taça para o Brasil. Eu quero levantar a taça", disse Nunes em um rápido bate-papo com os jornalistas após sair da reunião.
Ele também deu uma alfinetada na Áustria e nos zagueiros que foram violentos com Neymar na vitória da seleção brasileira por 3 a 0 em amistoso neste domingo (10), em Viena. "A Áustria achou que iria fazer frente, porque ganhou da Alemanha [2 a 1]. Mas não deu para a saída. O zagueiro está procurando o Neymar até agora", disse o cartola.
Nunes viajará agora para Sochi, onde nesta terça-feira (12) terá um encontro com a seleção brasileira e posará para foto oficial. Lá também estará Rogério Caboclo, que assumirá a presidência da entidade no próximo ano. Caboclo é chefe da delegação no Mundial e já está na cidade litorânea que é a casa da equipe nacional.
Depois, Nunes voltará a Moscou para participar do Congresso da Fifa na quarta (13). A reunião definirá a sede da Copa de 2026. Nunes, como integrante do Conmebol, votará na candidatura United-2026, composta por Canadá, Estados Unidos e México. O Marrocos é o outro concorrente.
O presidente da CBF também confirmou informação dada pela entidade sul-americana de apoio unânime a Infantino na eleição presidencial da Fifa de 2019.
CORRUPÇÃO
Nunes comanda a CBF desde 15 de dezembro de 2017, quando Marco Polo del Nero recebeu da Fifa a suspensão provisória de 90 dias.
Em 27 de abril, a entidade o baniu definitivamente do futebol após considerá-lo culpado de corrupção por receber propina na venda de direitos de transmissões de competições. Além disso, foi multado em 1 milhão de francos suíços (R$ 3,5 milhões na cotação da época).
Del Nero não viaja para fora do país desde 2015, quando eclodiu o escândalo de corrupção na Fifa. Por isso, o Brasil não teve seu principal dirigente no sorteio dos grupos da Copa, em 1º de dezembro do ano passado.
O funcionário da CBF de grau mais elevado presente no evento foi Edu Gaspar, coordenador de seleções da CBF. Porém, antes de receber a punição definitiva da Fifa, Del Nero conseguiu articular a eleição de Rogério Caboclo como presidente.
A eleição aconteceu em 17 de abril com Caboclo como candidato único. Agora na Rússia, tanto Nunes quanto Caboclo estão tentando uma aproximação com a Fifa e uma melhoria na relação com a entidade.
JOGOS DO BRASIL
17/06 - Domingo, às 15h
Copa do Mundo
Brasil x Suíça - Rostov-do-Don, Rússia
Na TV: Globo, SporTV e Fox Sports

22/06 - Sexta-feira, às 9h
Copa do Mundo
Brasil x Costa Rica - São Petersburgo, Rússia
Na TV: Globo, SporTV e Fox Sports

27/06 - Quarta-feira, às 15h
Copa do Mundo
Sérvia x Brasil - Moscou, Rússia
Na TV: Globo, SporTV e Fox Sports


STF arquiva caso do caixa 2 de R$ 500 mil do chanceler do golpe, Aloysio Nunes


No golpe 'com Supremo, com tudo', em que a presidente Dilma Rousseff foi afastada sem crime e o ex-presidente Lula vem sendo mantido como preso político para não disputar as eleições presidenciais, que ele venceria com facilidade, o decano Celso de Mello acaba de arquivar o caso em que o chanceler do golpe, Aloysio Nunes, foi acusado de receber R$ 500 mil, por fora, da UTC Engenharia
Por André Richter, repórter da Agência Brasil - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello arquivou nesta segunda-feira (11) inquérito aberto para apurar a suposta doação eleitoral não contabilizada ao ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, em 2010.
A investigação está relacionada com os depoimentos de delação premiada do ex-executivo da empreiteira UTC Ricardo Pessoa. Segundo o delator, ele teria acertado doação de R$ 500 mil à campanha de Aloysio Nunes ao Senado, em 2010. Aloysio está licenciado do mandato para ocupar o cargo de ministro.
Celso de Mello atendeu a um pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, há duas semanas. Pela jurisprudência da Corte, o relator deve arquivar a investigação quando o pedido é feito pela PGR.
Ao pedir o arquivamento, Raquel Dodge afirmou que os delatores não apresentaram provas para corroborar os depoimentos e não há dados suficientes para embasar o processo criminal.
"A autoridade policial no seu relatório final reconhece que as afirmativas constantes do termo de colaboração de Ricardo Ribeiro Pessoa, especificamente em relação à suposta doação em espécie à campanha de Aloysio Nunes Ferreira em 2010, não foram corroboradas por outros elementos de prova suficientes a comprovar a materialidade e a autoria das infrações investigadas, e, por isso, não há elementos para deflagrar ação penal", argumentou Dodge.


FHC, que pedia SOS à Odebrecht, diz a Moro que nunca infringiu a lei


Em depoimento como testemunha do ex-presidente Lula a Sérgio Moro, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que jamais recebeu por fora em palestras ou outros serviços que realizou; "Nem por fora, nem participar de nenhum momento de reforma. Eu não tenho muita coisa a reformar, só minha cabeça mesmo", disse ele, omitindo a MP que editou em 1995 para beneficiar a Odebrecht na construção, sem licitação de duas hidrelétricas, e depois ter cobrado a fatura em email a Marcelo Odebrecht, em que pedia "SOS" 
247 - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso prestou depoimento ao juiz Sérgio Moro nesta segunda-feira, 11, como testemunha de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na ação penal envolvendo obras no sítio de Atibaia. 
FHC foi questionado pelo juiz da Lava Jato sobre como era pago pelas palestras e outros trabalhos que realizava. "Alguma empresa reformou alguma propriedade que utilizava por fora, em reforma, algo assim?", questionou Moro.
"Isso é feito através de um agente que faz o contrato e eu usualmente não conheço os donos ou representantes da empresa. Vou conhecer eles na hora. Nunca, jamais, nada disso, nem por fora, nem participar de nenhum momento de reforma. Eu não tenho muita coisa a reformar, só minha cabeça mesmo", respondeu FHC. 
Apesar da omissão do ex-presidente tucano no depoimento, Fernando Henrique tem histórico de relações obscuras com a Construtora Odebrecht, que envolvem favores enquanto presidente e retribuição da empresa por meio de doações eleitorais. 
Como o 247 mostrou nesta segunda-feira, em 1995, FHC editou uma Medida Provisória que dispensou licitação e beneficiou a Construtora Norberto Odebrecht na construção de duas hidrelétricas - Itá e Igarapava - que, juntas custaram R$ 1,510 bilhão na época (leia mais).
Outra prova da ligação de FHC com a Odebrecht estava em poder do próprio juiz Sérgio Moro, que não a mencionou no depoimento. Trata-se dos e-mails encontrados pela Polícia Federal em um dos notebooks de Marcelo Odebrecht que apontam uma troca de mensagens entre ele e FHC. O tucano pede para que a Odebrecht contribua para a campanha de Paes de Barros, em 2010.
Em um dos e-mails, FHC manda a mensagem 'SOS', que significa socorro, para ajuda na campanha e envia dados bancários. Valores não são mencionados. A revelação de documento é resultado de um pedido feito pelo advogado Cristiano Zanin Martins, que integra a defesa de Lula, pelo acesso a todos os e-mails do empreiteiro.


Apucarana sedia etapa intermunicipal da Conferência Nacional de Educação


Encontro envolve 340 representantes dos dezesseis municípios de abrangência do NRE
Apucarana vai receber a etapa intermunicipal da Conferência Nacional de Educação (Conae). O encontro está marcado para a próxima sexta-feira (15/6), a partir das 8 horas, no auditório Gralha Azul, da Universidade Estadual do Paraná (Unespar).
Organizada pelo Núcleo Regional de Educação, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação, a União dos Dirigentes Municipais de Educação e a Autarquia Municipal de Educação, a etapa intermunicipal da Conae envolve 340 inscritos de dezesseis municípios. Os participantes representam as redes municipal e estadual de ensino, além de colégios particulares, Conselhos Municipais de Educação, Fóruns Municipais de Educação, Câmaras Municipais, Instituições de Ensino Superior, estudantes e pais de alunos.
Na edição desse ano da Conae, a discussão gira em torno do tema “A Consolidação do Sistema Nacional de Educação (SNE) e o Plano Nacional de Educação (PNE): monitoramento, avaliação e proposição de políticas para a garantia do direito à educação de qualidade social, pública, gratuita e laica”.
A secretária municipal de educação de Apucarana, Marli Fernandes, destaca que o conjunto de emendas e moções aprovadas na etapa intermunicipal deve ser encaminhado, posteriormente, para as fases estadual e nacional da Conae.  “Além dos debates e da troca de experiências entre os inscritos, haverá palestras com o coordenador da Rede de Monitoramento e Avaliação dos Planos de Educação do Paraná, Maurício Pastor dos Santos, e com a secretária municipal de educação de Barretos, professora Silvia de Almeida,” adianta.
Participam da etapa intermunicipal da Conae, representantes dos municípios de Apucarana, Arapongas, Bom Sucesso, Borrazópolis, Califórnia, Cambira, Cruzmaltina, Faxinal, Jandaia do Sul, Kaloré, Marilândia do Sul, Marumbi, Mauá da Serra, Novo Itacolomi, Rio Bom e Sabáudia.
CONFERÊNCIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO 2018 – EIXOS
​I – O PNE na Articulação do Sistema Nacional de Educação: instituição, democratização, cooperação federativa, regime de colaboração, avaliação e regulação da educação;
II – Planos decenais e o SNE: qualidade, avaliação e regulação das políticas educacionais;
III – Planos Decenais, SNE e Gestão Democrática: participação popular e controle social;
IV – Planos decenais, SNE e a Democratização da Educação: acesso, permanência e gestão;
V – Planos decenais, SNE e Educação e Diversidade: democratização, direitos humanos, justiça social e inclusão;
VI – Planos Decenais, SNE e Políticas Intersetoriais de Desenvolvimento e Educação: cultura, ciência, trabalho, meio ambiente, saúde, tecnologia e inovação;
VII – Planos Decenais, SNE e Valorização dos Profissionais da Educação: formação, carreira, remuneração e condições de trabalho e saúde;
VIII – Planos Decenais, SNE e Financiamento da Educação: gestão, transparência e controle social.


Associação de Senhoras de Rotarianos de Apucarana recebe Diploma de Méritos em Tarefas Comunitárias


A honraria foi concedida pelo vereador e presidente do legislativo, Mauro Bertoli e aprovada por unanimidade de todos os vereadores
A Associação de Senhoras de Rotarianos de Apucarana (ASR) recebeu na noite da última sexta-feira (08/06), em Sessão Solene realizada na Casa da Amizade, o Diploma de Méritos em Tarefas Comunitárias. A honraria concedida pelo presidente do legislativo, vereador Mauro Bertoli, foi aprovada por unanimidade dos vereadores e a Lei nº 16/2018 foi sancionada pelo prefeito Dr. Beto Preto.
Além dos vereadores Antônio Carlos Sidrin, Gentil Pereira, José Airton Deco de Araújo e Marcia Sousa, participaram da solenidade o prefeito Dr. Carlos Alberto Gebrin Preto, Beto Preto, a presidente da ASR, Armelí Dourado, Silza Maria Pasello Valente, Coordenadora Distrital das Entidades de Senhoras de Rotarianos do Distrito 4710, secretários municipais, membros da Associação de Senhoras de Rotarianos de Apucarana, autoridades municipais e convidados.
O Diploma, segundo o presidente do legislativo Mauro Bertoli, atesta o reconhecimento pelos serviços prestados nos 53 anos de existência da Associação de Senhoras de Rotarianos de Apucarana. “Quando colocamos em votação o Diploma sabíamos da importância desse Clube, do trabalho que realizam. Os vereadores aprovaram por unanimidade e o prefeito Beto Preto, de pronto, sancionou a Lei para que hoje fizéssemos a entrega”, declarou o presidente.
Segundo Bertoli, a honraria reconhece publicamente um bem muito precioso que a ASR conquistou desde a sua criação. “Juntas, as associadas já realizaram trabalhos com a Casa da Criança Dona Eliza, Lar Adventista Paul Harris de Apucarana, com o Clube de Mães e Gestantes e, atualmente com o “Projeto de Mulher para Mulher - Confecção e Doação de Próteses Mamárias Externas”. Que Deus continue abençoando o trabalho de todas vocês e que os exemplos possam trazer mais pessoas para essa associação”, disse Mauro Bertoli.
Beto Preto destacou que a homenagem é mais que merecida. “ A Associação de Senhoras de Rotarianos traduz um voluntariado, uma solidariedade humana, introduz a presença do amor cristão no dia a dia daqueles que recebem este braço estendido, esta mão amiga, declarou o prefeito.
Armelí Dourado, presidente da ASR, agradeceu a honraria recebida e relembrou a trajetória da Associação.  “No dia 14 de julho de 1965 foi fundada a ASR de Apucarana e ao completarmos 53 anos recebemos da Câmara, dos dignos representantes do povo, o Diploma de Méritos em Tarefas Comunitárias”, destaca. “Somos uma das muitas Associações de Senhoras de Rotarianos formadas e espalhadas por nosso Brasil afora.  Nossa Entidade teve início em 1938 na cidade de Bauru, começou de uma forma simples, mas como uma semente, germinou, multiplicou e se concretizou nesta obra grandiosa que é hoje”, completa.
A presidente explica que a Associação realiza um trabalho consoante com os rotarianos muito embora possua Estatutos e Regimentos próprios, com projetos temporários, ocasionais ou constantes, tendo sempre metas definidas. “Agradecemos a todos que nos ajudam e nos ajudaram a escrever essa história, que contribuíram com nossas ações, e, aos Rotary Clubes de Apucarana dos quais somos uma consequência feliz”, diz.
Armeli afirma que as associadas seguem as palavras da primeira Coordenadora Nacional da Associação, Maria do Carmo Gouveia de Moraes: “As Associações de Senhoras de Rotarianos não são compostas de mulheres que não tem o que fazer, mas de mulheres que sabem o que fazer; não são compostas de mulheres que procuram matar o tempo mas de mulheres que sabem dar vida ao tempo para que o tempo produza; não são compostas de mulheres que procuram distração no trabalho, mas de mulheres que transformam o  trabalho na mais sublime das distrações”.
HISTÓRICO
A ASR de Apucarana na atual gestão é formada por 24 (vinte e quatro) associadas, que frequentam regularmente as reuniões ordinárias que acontecem na Casa da Amizade na primeira segunda feira de cada mês.
Semanalmente atuam no desenvolvimento das ações da meta definida, participam dos eventos programados e são assíduas e atuantes nos Encontros de Setor, nos Encontros Distritais da Amizade e nos Encontros Nacionais da Amizade, promovidos pela Coordenadoria das Entidades de Senhoras de Rotarianos.
No decorrer de seus 53 anos de atividades a ASR têm realizado inúmeros trabalhos na comunidade apucaranense, colaborando com diversos segmentos da comunidade com determinação e garra na conquista de suas metas, visando sempre a melhoria na qualidade de vida das pessoas, minimizando seu sofrimento e melhorando sua autoestima.
- De 1965 a 1975 (10 anos) tiveram como meta definida apoio para a Casa da Criança Dona Eliza;
 - De 1975 a 1990 (15 anos) a meta definida era apoio para o Lar Adventista Paul Harris de Apucarana, entidade idealizada e concluída em 1976 pela liderança do Rotary Club de Apucarana com participação da ASR de Apucarana e administrada pela Igreja Adventista do Sétimo Dia;
- De 1990 a 2014 (24 anos) a meta definida foi o “Clube de Mães Gestantes Carentes” onde as associadas se reuniam todas as tardes das segundas feiras para receber as gestantes carentes com o intuito de confeccionar enxovais para os bebês, dando cursos de tricô, crochê, costura e outros, além de programar palestras, com profissionais da área, sobre os cuidados com a gestação e com o bebê;
- A partir de 2014 iniciaram o “Projeto de Mulher para Mulher - Confecção e Doação de Próteses Mamárias Externas” que conta com a participação efetiva das associadas em todas as etapas da confecção das próteses. As mesmas são doadas a todas que nos procuram, bem como para o Hospital do Câncer de Londrina e para o Hospital do Câncer de Maringá.
Fonte: Câmara Municipal


Pimenta vai à PGR para apurar e-mails de FHC a Marcelo Odebrecht


Líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta protocolou nesta segunda-feira 11 junto à Procuradoria Geral da República uma representação em que faz questionamentos sobre os e-mails em que Fernando Henrique Cardoso pediu socorro financeiro a Marcelo Odebrecht durante as eleições de 2010; "Se a resposta for que nada foi feito, pediremos a investigação imediata", informa o parlamentar, lembrando de questionar se policiais federais e membros do Ministério Público, nesse caso, não teriam cometido prevaricação
247 - O líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (RS), protocolou nesta segunda-feira 11 junto à Procuradoria Geral da República (PGR) uma representação em que faz questionamentos sobre os e-mails em que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pediu socorro financeiro a Marcelo Odebrecht para financiar as campanhas de dois candidatos ao Senado pelo PSDB em 2010.
"Estou fazendo uma série de questionamentos, se foi instaurado inquérito, o que foi investigado, quem foi o relator, quem foi interrogado... Se a resposta for que nada foi feito, pediremos a investigação imediata", informa o parlamentar.
Pimenta pontuou ainda que questiona, se nesse caso, policiais federais e membros do Ministério Público não teriam cometido prevaricação - quando um servidor público se omite diante de fatos que indicam algum crime -, "na medida em que há três anos eles têm esses e-mails e essas informações".
Pimenta destacou que todos recebem "há muito tempo doações de empreiteiras", mas quando se trata do PT, elas são tratadas como criminosas. "Vamos pedir para chamar para depor Marcelo Odebrecht, FHC, Flexa Ribeiro e Antero Paes de Barros", afirmou, citando também os nomes dos candidatos ao Senado na época do e-mail.


Impedido de ver Lula, assessor do papa denuncia perseguição política

Eduardo Matysiak/Agência PT

Assessor do papa Francisco para Assuntos de Justiça e Paz, Juan Grabois foi impedido pela Superintendência da Polícia Federal de trazer uma mensagem do pontífice ao ex-presidente Lula, sob o argumento de que não é líder religioso; "Me surpreende que o argumento das autoridades tenham finalidade teológica. Pela doutrina católica, todos nós, batizados, somos discípulos e missionários e temos uma missão a cumprir", disse, denunciando; ele denunciou "claro caso de perseguição política" e "deterioração da democracia" no Brasil; Grabois trouxe um rosário para Lula, presente de Francisco; assista sua fala
247 - Assessor do papa Francisco para Assuntos de Justiça e Paz, Juan Grabois foi impedido nesta segunda-feira 11 pela Superintendência da Polícia Federal de trazer uma mensagem do pontífice ao ex-presidente Lula, mantido preso político há 67 dias. O argumento usado pelas autoridades causou estranhamento para Grabois: o fato de que ele não seria um líder religioso.
"Vim com muita esperança trazer uma mensagem ao ex-presidente Lula e, lamentavelmente, de maneira, para mim, um tanto inexplicável, os funcionários da Superintendência, aparentemente por uma ordem de cima, decidiram suspender os direitos de Lula e os meus de ter um encontro com o ex-presidente, porque não se poderia caracterizar um encontro religioso", relatou o assessor a jornalistas em Curitiba.
Para ele, o argumento não tem lógica, uma vez que, "pela doutrina católica, todos nós, batizados, somos discípulos e missionários". Ele contou que veio trazer um rosário do papa Francisco e uma mensagem do papa a Lula, as conclusões dos encontros do pontífice com os movimentos sociais, além de debater questões espirituais com o ex-presidente. Grabois entregou o rosário na PF e deixou uma mensagem por escrito. Ele espera uma resposta de Lula até amanhã.
"Estou muito preocupado com a situação, considerando que estamos diante de um claro caso de perseguição política, onde há uma deterioração da democracia no Brasil. Esta inexplicável negativa a permitir uma visita que estava programada de antemão é parte também de um processo de degradação das instituições não somente no Brasil, mas nos países da América Latina", denunciou.
"Me surpreende que o argumento das autoridades tenham finalidade teológica, por eu não ser um sacerdote consagrado. Não sei se esses funcionários têm formação teológica, mas reforço que todos os batizados somos discípulos e missionários e temos uma missão a cumprir", completou. O assessor do papa contou ter visitado presos em situações similares em diversos locais e nunca se deparou com uma negativa dessa natureza.
Ele concluiu sua fala dizendo que sai triste, mas com a certeza de que "a Justiça virá".