sábado, 9 de junho de 2018

Lula ao povo: “nosso reencontro será em breve”


Oficializado pré-candidato a presidente num ato que reuniu os principais líderes do PT no País e milhares de militantes em Minas, o ex-presidente Lula, mantido preso político há 60 dias em Curitiba, enviou um manifesto de determinação e esperança aos brasileiros; "Sonho com um país em que a democracia prevaleça sobre o arbítrio, o monopólio da mídia, o preconceito e a discriminação. Sonho ser o presidente de um País em que todos tenham direitos e ninguém tenha privilégios", escreve Lula; "Vou me preparando, com fé em Deus e muita confiança, para o dia do reencontro com o querido povo brasileiro. E esse reencontro só não ocorrerá se a vida me faltar. Até breve, minha gente"
247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve sua pré-candidatura a presidente oficializada na noite desta sexta-feira, 8, durante ato em Contagem, na Grande Belo Horizonte, que reuniu os principais líderes do PT no País e milhares de militantes. 
Mantido como preso político desde o dia 7 de abril na sede da Polícia Federal em Curitiba e mantendo a liderança absoluta das intenções de voto para retornar ao Palácio do Planalto, Lula enviou um manifesto em defesa de sua liberdade, da democracia e da retomada soberania e desenvolvimento do País. 
Leia, abaixo, o manifesto de Lula na íntegra:
"Há dois meses estou preso, injustamente, sem ter cometido crime nenhum. Há dois meses estou impedido de percorrer o País que amo, levando a mensagem de esperança num Brasil melhor e mais justo, com oportunidades para todos, como sempre fiz em 45 anos de vida pública. 
Fui privado de conviver diariamente com meus filhos e minha filha, meus netos e netas, minha bisneta, meus amigos e companheiros. Mas não tenho dúvida de que me puseram aqui para me impedir de conviver com minha grande família: o povo brasileiro. Isso é o que mais me angustia, pois sei que, do lado de fora, a cada dia mais e mais famílias voltam a viver nas ruas, abandonadas pelo estado que deveria protegê-las.
De onde me encontro, quero renovar a mensagem de fé no Brasil e em nosso povo. Juntos, soubemos superar momentos difíceis, graves crises econômicas, políticas e sociais. Juntos, no meu governo, vencemos a fome, o desemprego, a recessão, as enormes pressões do capital internacional e de seus representantes no País. Juntos, reduzimos a secular doença da desigualdade social que marcou a formação do Brasil: o genocídio dos indígenas, a escravidão dos negros e a exploração dos trabalhadores da cidade e do campo.
Combatemos sem tréguas as injustiças. De cabeça erguida, chegamos a ser considerados o povo mais otimista do mundo. Aprofundamos nossa democracia e por isso conquistamos protagonismo internacional, com a criação da Unasul, da Celac, dos BRICS e a nossa relação solidária com os países africanos. Nossa voz foi ouvida no G-8 e nos mais importantes fóruns mundiais.
Tenho certeza que podemos reconstruir este País e voltar a sonhar com uma grande nação. Isso é o que me anima a seguir lutando.
Não posso me conformar com o sofrimento dos mais pobres e o castigo que está se abatendo sobre a nossa classe trabalhadora, assim como não me conformo com minha situação. 
Os que me acusaram na Lava Jato sabem que mentiram, pois nunca fui dono, nunca tive a posse, nunca passei uma noite no tal apartamento do Guarujá. Os que me condenaram, Sérgio Moro e os desembargadores do TRF-4, sabem que armaram uma farsa judicial para me prender, pois demonstrei minha inocência no processo e eles não conseguiram apresentar a prova do crime de que me acusam. 
Até hoje me pergunto: onde está a prova?
Não fui tratado pelos procuradores da Lava Jato, por Moro e pelo TRF-4 como um cidadão igual aos demais. Fui tratado sempre como inimigo. 
Não cultivo ódio ou rancor, mas duvido que meus algozes possam dormir com a consciência tranquila.
Contra todas as injustiças, tenho o direito constitucional de recorrer em liberdade, mas esse direito me tem sido negado, até agora, pelo único motivo de que me chamo Luiz Inácio Lula da Silva.
Por isso me considero um preso político em meu país. 
Quando ficou claro que iriam me prender à força, sem crime nem provas, decidi ficar no Brasil e enfrentar meus algozes. Sei do meu lugar na história e sei qual é o lugar reservado aos que hoje me perseguem. Tenho certeza de que a Justiça fará prevalecer a verdade.
Nas caravanas que fiz recentemente pelo Brasil, vi a esperança nos olhos das pessoas. E também vi a angústia de quem está sofrendo com a volta da fome e do desemprego, a desnutrição, o abandono escolar, os direitos roubados aos trabalhadores, a destruição das políticas de inclusão social constitucionalmente garantidas e agora negadas na prática.
É para acabar com o sofrimento do povo que sou novamente candidato à Presidência da República.  
Assumo esta missão porque tenho uma grande responsabilidade com o Brasil e porque os brasileiros têm o direito de votar livremente num projeto de país mais solidário, mais justo e soberano, perseverando no projeto de integração latino-americana.
Sou candidato porque acredito, sinceramente, que a Justiça Eleitoral manterá a coerência com seus precedentes de jurisprudência, desde 2002, não se curvando à chantagem da exceção só para ferir meu direito e o direito dos eleitores de votar em quem melhor os representa.
Tive muitas candidaturas em minha trajetória, mas esta é diferente: é o compromisso da minha vida. Quem teve o privilégio de ver o Brasil avançar em benefício dos mais pobres, depois de séculos de exclusão e abandono, não pode se omitir na hora mais difícil para a nossa gente. 
Sei que minha candidatura representa a esperança, e vamos levá-la até as últimas consequências, porque temos ao nosso lado a força do povo. 
Temos o direito de sonhar novamente, depois do pesadelo que nos foi imposto pelo golpe de 2016. 
Mentiram para derrubar a presidenta Dilma Rousseff, legitimamente eleita.  Mentiram que o país iria melhorar se o PT saísse do governo; que haveria mais empregos e mais desenvolvimento. Mentiram para impor o programa derrotado nas urnas em 2014. Mentiram para destruir o projeto de erradicação da miséria que colocamos em curso a partir do meu governo. Mentiram para entregar as riquezas nacionais e favorecer os detentores do poder econômico e financeiro, numa escandalosa traição à vontade do povo, manifestada em 2002, 2006, 2010 e 2014, de modo claro e inequívoco. 
Está chegando a hora da verdade.
Quero ser presidente do Brasil novamente porque já provei que é possível construir um Brasil melhor para o nosso povo. Provamos que o País pode crescer, em benefício de todos, quando o governo coloca os trabalhadores e os mais pobres no centro das atenções, e não se torna escravo dos interesses dos ricos e poderosos. E provamos que somente a inclusão de milhões de pobres pode fazer a economia crescer e se recuperar. 
Governamos para o povo e não para o mercado. É o contrário do que faz o governo dos nossos adversários, a serviço dos financistas e das multinacionais, que suprimiu direitos históricos dos trabalhadores, reduziu o salário real, cortou os investimentos em saúde e educação e está destruindo programas como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, o Pronaf, Luz Pra Todos, Prouni e Fies, entre tantas ações voltadas para a justiça social.
Sonho ser presidente do Brasil para acabar com o sofrimento de quem não tem mais dinheiro para comprar o botijão de gás, que voltou a usar a lenha para cozinhar ou, pior ainda, usam álcool e se tornam vítimas de graves acidentes e queimaduras. Este é um dos mais cruéis retrocessos provocados pela política de destruição da Petrobrás e da soberania nacional, conduzida pelos entreguistas do PSDB que apoiaram o golpe de 2016.  
A Petrobrás não foi criada para gerar ganhos para os especuladores de Wall Street, em Nova Iorque, mas para garantir a autossuficiência de petróleo no Brasil, a preços compatíveis com a economia popular. A Petrobrás tem de voltar a ser brasileira. Podem estar certos que nós vamos acabar com essa história de vender seus ativos. Ela não será mais refém das multinacionais do petróleo. Voltará a exercer papel estratégico no desenvolvimento do País, inclusive no direcionamento dos recursos do pré-sal para a educação, nosso passaporte para o futuro.
Podem estar certos também de que impediremos a privatização da Eletrobrás, do Banco do Brasil e da Caixa, o esvaziamento do BNDES e de todos os instrumentos de que o País dispõe para promover o desenvolvimento e o bem-estar social. 
Sonho ser o presidente de um País em que o julgador preste mais atenção à Constituição e menos às manchetes dos jornais. 
Em que o estado de direito seja a regra, sem medidas de exceção. 
Sonho com um país em que a democracia prevaleça sobre o arbítrio, o monopólio da mídia, o preconceito e a discriminação.
Sonho ser o presidente de um País em que todos tenham direitos e ninguém tenha privilégios. 
Um País em que todos possam fazer novamente três refeições por dia; em que as crianças possam frequentar a escola, em que todos tenham direito ao trabalho com salário digno e proteção da lei. Um país em que todo trabalhador rural volte a ter acesso à terra para produzir, com financiamento e assistência técnica. 
Um país em que as pessoas voltem a ter confiança no presente e esperança no futuro. E que por isso mesmo volte a ser respeitado internacionalmente, volte a promover a integração latino-americana e a cooperação com a África, e que exerça uma posição soberana nos diálogos internacionais sobre o comércio e o meio ambiente, pela paz e a amizade entre os povos.
Nós sabemos qual é o caminho para concretizar esses sonhos. Hoje ele passa pela realização de eleições livres e democráticas, com a participação de todas as forças políticas, sem regras de exceção para impedir apenas determinado candidato. 
Só assim teremos um governo com legitimidade para enfrentar os grandes desafios, que poderá dialogar com todos os setores da nação respaldado pelo voto popular. É a esta missão que me proponho ao aceitar a candidatura presidencial pelo Partido dos Trabalhadores.
Já mostramos que é possível fazer um governo de pacificação nacional, em que o Brasil caminhe ao encontro dos brasileiros, especialmente dos mais pobres e dos trabalhadores.
Fiz um governo em que os pobres foram incluídos no orçamento da União, com mais distribuição de renda e menos fome; com mais saúde e menos mortalidade infantil; com mais respeito e afirmação dos direitos das mulheres, dos negros e à diversidade, e com menos violência; com mais educação em todos os níveis e menos crianças fora da escola; com mais acesso às universidades e ao ensino técnico e menos jovens excluídos do futuro; com mais habitação popular e menos conflitos de ocupações nas cidades; com mais assentamentos e distribuição de terras e menos conflitos de ocupações no campo; com mais respeito às populações indígenas e quilombolas, com mais ganhos salariais e garantia dos direitos dos trabalhadores, com mais diálogo com os sindicatos, movimentos sociais e organizações empresarias e menos conflitos sociais. 
Foi um tempo de paz e prosperidade, como nunca antes tivemos na história.
Acredito, do fundo do coração, que o Brasil pode voltar a ser feliz. E pode avançar muito mais do que conquistamos juntos, quando o governo era do povo.
Para alcançar este objetivo, temos de unir as forçasdemocráticas de todo o Brasil, respeitando a autonomia dos partidos e dos movimentos, mas sempre tendo como referência um projeto de País mais solidário e mais justo, que resgate a dignidade e a esperança da nossa gente sofrida. Tenho certeza de que estaremos juntos ao final da caminhada.
Daqui onde estou, com a solidariedade e as energias que vêm de todos os cantos do Brasil e do mundo,posso assegurar que continuarei trabalhando para transformar nossos sonhos em realidade. E assim vou me preparando, com fé em Deus e muita confiança,para o dia do reencontro com o querido povo brasileiro.
E esse reencontro só não ocorrerá se a vida me faltar.
Até breve, minha gente
Viva o Brasil! Viva a Democracia! Viva o Povo Brasileiro!
Luiz Inácio Lula da Silva
Curitiba, 8 de junho de 2018"

Engenheiro recebeu R$ 900 mil do coronel Lima para reforma da casa de filha de Temer


Em depoimento à Polícia Federal, o engenheiro Luiz Eduardo Visani, dono da construtora Visani Engenharia, afirmou que recebeu cerca de R$ 950 mil, em dinheiro vivo, da Argeplan, empresa do coronel aposentado João Baptista Lima Filho, para executar reforma na casa de Maristela Temer, filha de Michel Temer; é a primeira vez que um fornecedor da obra confirma aos investigadores detalhes sobre a participação da Argeplan na reforma da casa de Maristela Temer
SP 247 - Em depoimento à Polícia Federal, o engenheiro Luiz Eduardo Visani, dono da construtora Visani Engenharia, afirmou que recebeu cerca de R$ 950 mil, em dinheiro vivo, da Argeplan, empresa do coronel aposentado João Baptista Lima Filho, para executar reforma na casa de Maristela Temer, filha de Michel Temer.
É a primeira vez que um fornecedor da obra confirma aos investigadores detalhes sobre a participação da Argeplan na reforma da casa de Maristela Temer.
Segundo o depoimento, já no início das obras, Visani disse ter sido informado que se tratava de reforma do imóvel de Maristela Temer. Ele disse ter se encontrado com Maristela na obra por quatro vezes, mesma frequência com que diz ter se reunido com o coronel Lima. Visani não soube dizer à PF se Temer chegou a visitar o imóvel nesse período.
O depoimento de Luiz Eduardo Visani e os documentos apresentados por ele à PF contradizem versão de Maristela. A filha de Temer depôs à Polícia Federal em maio deste ano e disse que a Argeplan não exerceu nenhum papel na reforma.
As informações são do blog da jornalista Andreia Sadi.


sexta-feira, 8 de junho de 2018

´SOS´ de FHC funcionou e Odebrecht fez doação heterodoxa ao PSDB


Após o ‘pedido’ de FHC, as empresas usadas pela Odebrecht para pagamentos ilegais fizeram as doações para o PSDB; a planilha paralela da Odebrecht apreendida na 23ª fase da Lava-Jato mostra os valores do pagamento à candidatura ao senado do tucano Antero Paes de Barros Neto, pelo Mato Grosso; FHC havia pedido, por email encontrado pela Polícia Federal, contribuição para a campanha de Paes de Barros
247 – Após o ‘pedido’ de FHC, as empresas usadas pela Odebrecht para pagamentos ilegais fizeram as doações para o PSDB. A planilha paralela da Odebrecht apreendida na 23ª fase da Lava-Jato mostra os valores do pagamento à candidatura ao senado do tucano Antero Paes de Barros Neto, pelo Mato Grosso. FHC havia pedido, por email encontrado pela Polícia Federal, contribuição para a campanha de Paes de Barros.
“Duas empresas ligadas ao Grupo Petrópolis, usadas pela Odebrecht para pagamentos ilegais de caixa 2 a políticos e investigada pela Lava-Jato, fizeram, em 2010, doações ao candidato ao Senado tucano pelo Mato Grosso Antero Paes de Barros Neto. Esses recursos foram supostamente o resultado de um pedido do ex-presidente Fernando Henrique a Marcelo Odebrecht. As informações foram obtidas por meio de um cruzamento dos dados da planilha paralela da Odebrecht, apreendida na 23ª fase da Lava-Jato, e a prestação de contas do candidato tucano. A doação foi legal.
Nesta semana, e-mails encontrados pela Polícia Federal em um dos notebooks de Marcelo Odebrecht apontam uma troca de mensagens entre ele e FH. O tucano pede para que a Odebrecht contribua para a campanha de Paes de Barros. Fernando Henrique disse ontem que os e-mails selecionados pela defesa do ex-presidente Lula revelam “apenas solicitações regulares de doação a candidatos, quando a legislação assim o permitia, inclusive com a indicação da conta oficial da campanha”. FH acrescentou: “Posso ter pedido, mas era legal. Não sei se deram e não foi a troco de decisões minhas, pois na época eu estava fora dos governos, da República e do estado”.
Leia mais aqui.


Camarote da maior festa junina do RN desaba em show de Xand Avião


Várias pessoas ficaram presas nas grandes e cerca de 30 ficaram feridas

Reprodução/Redes sociais
Parte de um dos camarotes do Mossoró Cidade Junina, a maior festa de São João do Rio Grande do Norte, desabou na madrugada desta sexta-feira (8), na primeira noite de festa. No momento do acidente, Xand Avião se apresentava na Estação das Artes. Segundo o Corpo de Bombeiros, cerca de 30 pessoas ficaram feridas, todas sem gravidade.
Após o desabamento, várias pessoas ficaram presas nas grades e foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros e pela Polícia Militar. Como apurou o G1, algumas pessoas foram imobilizadas e encaminhadas para hospitais da cidade.
Assim que soube do desabamento, Xand, que foi a principal atração da noite, parou o show e aguardou a situação ser controlada para retornar.
De acordo com os bombeiros, o camarote havia sido vistoriado e liberado para receber até 980 pessoas. A principal suspeita é que tenha ocorrido sobrecarga na estrutura. As investigações começam na manhã desta sexta-feira (8).
Em nota, a Prefeitura de Mossoró lamentou o ocorrido e informou que acionou órgãos de fiscalização, que devem apurar o que causou o desabamento da estrutura. O documento também explica que a prefeitura não é responsável pelos camarotes privados, mas vai exigir esclarecimentos e providências da empresa.
O Mossoró Cidade Junina começou no último sábado (2) e deve seguir até o dia 30 de junho.
Notícias ao Minuto

Não pegou bem


Ainda sobre a festa de Alvaro Dias: muitos dos apoiadores presentes discordaram da estratégia adotada pelo conselho político do presidenciável, que preferiu não convidar a governadora Cida Borghetti e os pré-candidatos Osmar Dias e Ratinho Jr.
O argumento dos idealizadores era que Alvaro deveria ser a única estrela da festa, mas o fato é que a ausência dos pré- candidatos, especialmente do irmão Osmar Dias não pegou bem.
-- Se Alvaro quer o apoio de todos os pré-candidatos ao governo, deveria tê-los convidado. Foi uma péssima ideia não ter convidado o irmão Osmar. E nem se fala do fato de também não ter convidado a governadora. Foi uma descortesia que dificilmente será perdoada por Ricardo Barros, comentou um deputado do Podemos.
A coordenação do evento fez questão de frisar que era uma reunião suprapartidária. Mas se era, porque não convidar as lideranças máximas de outros partidos e eventuais aliados como o PP, PDT, PSD e PSC?
Fonte: Blog da Roseli Abrão


Indignação seletiva


O presidenciável do Podemos, senador Alvaro Dias, reuniu mais de três mil pessoas, ontem, no lançamento de sua candidatura no restaurante Madalosso.
Antes do regabofe festivo, deu entrevista aos jornalistas.
Preferiu se abster de comentar a política local.
Como registrou a Banda B, ao ser questionado sobre as denúncias apresentadas na proposta de delação premiada de Mauricio Fanini que envolvem o ex-governador Beto Richa, Alvaro pediu pra ficar de fora de qualquer polêmica.
-- Acho que agora é fora do tempo fazer qualquer comentário. A questão é com ele e a Justiça. Não me cabe fazer nenhuma avaliação. Vocês não vão conseguir me jogar nesta armadilha das brigas paranaenses, respondeu o senador aos repórteres.
Para atentos observadores da cena política, no mínimo, o senador demonstrou uma indignação seletiva, visto que em todas as entrevistas e mesmo em seus frequentes discursos e pronunciamentos não se furta a condenar a corrupção do governo federal, especialmente nas gestões do PT.
Daí a pergunta:
-- Qual a diferença entre a corrupção federal e a corrupção estadual?
Fonte: Blog da Roseli Abrão


Juninho Pernambucano: só no voto vamos recuperar o rumo


O ex-jogador de futebol Juninho Pernambucano criticou o ódio ao ex-presidente Lula que, mesmo preso em Curitiba (PR), lidera todas as pesquisas eleitorais; "Paneileros e simpatizantes q viraram manifestoches, não precisam aumentar o ódio ao Lula. Podem recuar um pouco e pedir o direito dele de ir às urnas. Deixe o ódio a imagem, voz, escolha d vida de fora. Só no voto vamos recuperar o rumo. Desfaçam o apoio ao golpe", escreveu o Juninho no Twitter
247 - O ex-jogador de futebol Juninho Pernambucano criticou eventuais ódios ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, mesmo preso em Curitiba (PR), lidera todas as pesquisas eleitorais.
"Paneileros e simpatizantes q viraram manifestoches, não precisam aumentar o ódio ao Lula. Podem recuar um pouco e pedir o direito dele de ir às urnas. Deixe o ódio a imagem, voz, escolha d vida de fora. Só no voto vamos recuperar o rumo. Desfaçam o apoio ao golpe", escreveu o Juninho em sua conta no Twitter.
Pesquisa realizada pelo instituto MDA para a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), divulgada no mês passado, apontou que, na modalidade estimulada, o ex-presidente Lula lidera com 32,4% dos votos, seguido por Jair Bolsonaro, do PSL (16,7%), por Marina Silva, da Rede (7,6%), por Ciro Gomes, do PDT (5,4%), por Geraldo Alckmin, do PSDB (4,0%), por Álvaro Dias, do Podemos (2,5%), por Fernando Collor, do PTC (0,9%), por Guilherme Boulos (Psol) e Manuela D´Ávila (PCdoB), ambos com 0,5%, por João Amoêdo, do Partido Novo (0,4%), por Flávio Rocha, do PRB (0,4%), por Henrique Meirelles, do MDB (0,3%), por Rodrigo Maia, do DEM (0,2%) e por Paulo Rabello de Castro, do PSC (0,1%). Branco/Nulo 18,0%, Indecisos 8,7%.


Temer cede a caminhoneiros e revoga nova tabela do frete


Em reunião com representantes da categoria, o ministro dos Transportes, Valter Casimiro, marcou encontro para discutir a formulação de uma nova tabela

Alan Santos/PR
O presidente Michel Temer cedeu novamente aos caminhoneiros autônomos e recuou da adoção de nova tabela mínima do frete anunciada nesta quinta-feira (7).
Em reunião com representantes da categoria, no início da noite, o ministro dos Transportes, Valter Casimiro, informou que a medida será revogada e marcou novo encontro nesta sexta-feira (8) para discutir a formulação de uma nova tabela.
"Essa nova resolução trouxe algumas questões que precisam ser revistas e foi uma resolução do Ministério dos Transportes que a gente torne essa nova resolução sem efeito", disse o ministro, em vídeo divulgado pelas entidades dos caminhoneiros.
O governo federal cedeu à pressão da categoria contra o fato de a nova tabela ter trazido, em média, uma redução de 20% do preço médio em relação primeira tabela, uma reivindicação que vinha sendo feita sobretudo pelo setor do agronegócio.
Além dos caminhoneiros, o setor privado tem se articulado para derrubar a tabela de preço mínimo no Congresso Nacional ou no Poder Judiciário. As empresas de transporte não querem pagar a conta de um expressivo aumento do custo do frete rodoviário.
A ideia do Palácio do Planalto, ao publicar uma nova versão da medida nesta quinta-feira (7), era acalmar tanto o setor produtivo quanto o setor de transporte para que uma nova medida fosse formulada, com a participação de ambos, em audiências públicas convocadas pela ANTT (Agência Nacional dos Transportes Terrestres).
A estratégia, contudo, não teve êxito e acabou criando uma nova crise governamental. A CNI (Confederação Nacional da Indústria) e a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) passaram a estudar ações judiciais contra a medida. Com informações da Folhapress. 
Notícias ao Minuto


Teixeira: Boulos é perseguido porque revelou a farsa do tríplex


Deputado Paulo Teixeira (PT-SP) manifestou solidariedade ao presidenciável Guilherme Boulos (Psol), que prestou depoimento à PF sobre a ocupação do triplex me Guarujá (SP) feita por membros da Frente Povo Sem Medo e do MTST; "Minha solidariedade a @GuilhermeBoulos que esta sofrendo perseguição judicial por ter desvendado a farsa do triplex. #ToComBoulos", postou o parlamentar no Twitter
SP 247 - O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) manifestou solidariedade ao pré-candidato à presidência da República Guilherme Boulos (Psol), que prestou depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (7) sobre a ocupação do tríplex me Guarujá (SP) feita, no dia 16 de abril, por membros da Frente Povo Sem Medo e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), este último coordenado nacionalmente pelo pessolista.
"Minha solidariedade a @GuilhermeBoulos que está sofrendo perseguição judicial por ter desvendado a farsa do tríplex. #ToComBoulos", postou o parlamentar no Twitter.
Durante a ocupação, uma faixa dizia: ‘se é do Lula é nosso’. Outra afirmava: Se não é, por que prendeu?’.
Segundo Boulos, a ocupação “era conhecimento público e da própria delegada que eu não estive presente na ação embora considere a ação legítima e me orgulhe, porque é uma ação que ajudou a denunciar uma farsa judicial que levou o ex-presidente Lula injustamente à cadeia como preso político”.
“Não achamos que isso deve ser tratado num inquérito criminal. Isso deve ser tratado no ambiente político”, afirmou.
De acordo com o presidenciável, uma ‘ação política não deve ser tratada como caso de polícia’. “É isso que entendemos e foi isso que dissemos”.
Tríplex
O tríplex ocupado era atribuído ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Operação Lava Jato. Em setembro de 2016, o Ministério Público Federal denunciou o "cacique" do PT, pois, de acordo com a acusação, o apartamento seria reformado para ele como uma espécie de propina da empreiteira OAS no valor de R$ 3,7 milhões.
Mas, ao apresentar a denúncia, o procurador Henrique Pozzobon, admitiu que não havia "prova cabal" de que o ex-presidente era o proprietário do imóvel. Outro detalhe é que, em janeiro deste ano (2018), a Justiça do Distrito Federal determinou a penhora dos bens da construtora, dentre eles o tríplex que a Lava Jato dizia ser do ex-presidente.
Vale ressaltar, ainda, que, após a ocupação, foram divulgadas imagens na internet mostrando que o imóvel não passou por reformas.


Ex-presidente do PSC é investigado por pagar prostitutas com dinheiro do fundo partidário


Ex-presidente nacional do partido de Jair Bolsonaro, Vitor Jorge Abdala Nósseis está sendo investigado por suspeita de ter utilizado dinheiro do fundo partidário, destinado à Fundação Instituto Pedro Aleixo (Fipa), para pagar prostitutas; "Dei mesmo, e comi. Qual o problema? E agora? Vai fazer o que comigo? Dei, mas elas se formaram. Recuperei elas todas pra vida", ouve-se na gravação, divulgada pelo jornal O Globo
247 - O ex-presidente nacional e fundador do Partido Social Cristão (PSC) Vitor Jorge Abdala Nósseis está sendo investigado por suspeita de ter utilizado dinheiro do fundo partidário, destinado à Fundação Instituto Pedro Aleixo (Fipa), para pagar prostitutas. 
Em áudio entregue pelo PSC ao Ministério Público de Minas Gerais e à Polícia Federal, o ex-presidente afirma ter usado recursos da entidade para "comer putas". PSC é o partido que pretende lançar a candidatura a presidente do deputado de extrema-direta Jair Bolsonaro. 
"Eu tô vendo uma fofoca. Diz que eu dei dinheiro, né? Eu dei dinheiro da fundação para comer as puta... Conversa dela. Falei assim: Dei mesmo, e comi. Qual o problema? E agora? Vai fazer o que comigo? Dei, mas elas se formaram. Recuperei elas todas pra vida", ouve-se na gravação, divulgada pelo jornal O Globo
No áudio, também são citados os nomes de "Samanta" e "Keila": "Cê vê, a Samanta é uma mesmo. A Keila é outra. Tem umas três lá na Europa. Já viraram, tudo virou gente. Formaram-se, tem mais de vinte", complementa.
O MP de Minas investiga se houve celebração de contratos, repasses de verbas, concessão de bolsas ou outros benefícios a alguma "Samantha" ou "Keila". Segundo o estatuto do PSC, a fundação era responsável pela aplicação de 20% do total dos recursos do fundo partidário destinados à sigla, cerca de R$ 3 milhões em 2017.
Vitor Nósseis fundou o PSC e foi presidente da sigla entre 1985 e 2015, quando assumiu o cargo de presidente de honra. Advogado, tentou se eleger para um cargo político apenas uma vez, nas eleições presidenciais de 1994 como vice de Hernani Goulart Fortuna.
Em nota ao GLOBO, o ex-presidente do partido sustentou que a gravação é "clandestina e apócrifa" e que foi manipulada a pedido do pastor Everaldo, atual presidente do PSC, em função de denúncias que apresentou contra ele e a sigla a partir de 2015. 

Frente Brasil Popular marcha em Curitiba pela liberdade de Lula


Denominada 'Rumo à Vigília Lula Livre', a marcha desta sexta-feira (8) vai reunir centenas de trabalhadores para irem em direção à sede da PF; depois, os manifestantes vão participar do boa noite ao presidente Lula, por volta de 19h, encerrando as atividades do dia; a marcha vai reforçar a mensagem de força, ânimo e apoio ao presidente
Rede Brasil Atual - A Frente Brasil Popular realiza nesta sexta-feira (8), em Curitiba, marcha em defesa da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde 7 de abril na sede da Polícia Federal na capital paranaense.
Denominada 'Rumo à Vigília Lula Livre', a marcha vai reunir centenas de trabalhadores na concentração, a partir das 15h30, na Praça Santos Andrade, saindo às 16h em direção à sede da PF, no bairro Santa Cândida. Depois, os manifestantes vão participar do boa noite ao presidente Lula, por volta de 19h, encerrando as atividades do dia.
A marcha vai reforçar a mensagem de força, ânimo e apoio ao presidente. Ela é realizada no contexto da 17ª Jornada de Agroecologia, que começou ontem (6) e vai até sábado (9), com programação de conferências, oficinas e também a Feira da Reforma Agrária, da Agricultura Familiar e da Economia Solidária, na própria Praça Santos Andrade, no centro da capital.
Para a Frente Brasil Popular, o golpe que em 2016 tirou Dilma Rousseff da presidência e agora mantém Lula na prisão é um projeto para “interditar a causa que ele (Lula) representa e defende: a inclusão social, a promoção dos direitos do povo, das mulheres, crianças, negros, indígenas, da população LGBT, das pessoas com necessidades especiais; a valorização dos salários e a geração de empregos; o apoio às pequenas e médias empresas, à agricultura familiar e à reforma agrária; a defesa da soberania nacional e a construção de um País igual e justo”.
Leia aqui manifesto da Frente Brasil Popular sobre a prisão de Lula.


Gleisi: dois meses de prisão política de Lula e o país mergulha no caos


A senadora e presidente do PT Gleisi Hoffmann fez um discurso contundente no senado e alertou mais uma vez para o grande risco que implica manter o líder absoluto nas pesquisas para a presidência da república como preso político; dólar, bolsa, caos social e derretimento de candidatos da situação estão cada vez mais diretamente associados à prisão do maior líder político do país, deixou entrever a senadora em seu discurso histórico já viralizado nas redes
247 – A senadora e presidente do PT Gleisi Hoffmann fez mais um discurso histórico no senado e alertou mais uma vez para o grande risco que implica manter o líder absoluto nas pesquisas para a presidência da república como preso político. Dólar, bolsa, caos social e derretimento de candidatos da situação são diretamente decorrentes da prisão do maior líder político do país, para Gleisi.
As palavras da senadora foram fortes:
“Então, soltem Lula. Se não soltarem o Lula, o caos social vai aumentar. Nós não conseguiremos tirar o país da crise. E eu não falo isso pelo PT, falo isso pelo povo brasileiro. Nós não temos o direito de deixar esse povo sofrendo. Não temos o direito de olhar a situação como está e não fazer nada. Nós do PT estamos lutando muito, lutando muito para tirar o Lula da cadeia, lutando muito!”.
Ela emendou:
“Se o Judiciário tivesse juízo, porque está vendo o problema que nós temos no Brasil hoje, liberaria o Lula imediatamente para fazer a disputa à Presidência da República, sem precisar nos constranger, sem precisar fazer com que Lula tenha que batalhar da prisão a sua candidatura. Liberaria!”
Gleisi ainda afirmou:
“A avaliação que existe do Congresso, a nossa, que é péssima, é a do Judiciário também, péssima. São instituições que não respondem à confiabilidade do povo brasileiro. As pessoas não confiam no Congresso. Não confiam na gente! Coisa vergonhosa, isso! — admitiu Gleisi, que culpou os governistas e os que votaram pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff por tudo que está acontecendo no país.”.
E, em surpreendente performance já viralizada nas redes, a presidente do PT apontou a responsabilidade pelo golpe:
“Vocês foram responsáveis por isso. Não adianta fazer caras e bocas. Cadê o pessoal valente que vinha aqui falar da Dilma, falar do Lula. Pessoal do PSDB que ajudou no golpe? Sumiu! Estamos lutando muito para tirar Lula da cadeia. Estamos sozinhos com o Judiciário que não cumpre o seu papel”.
Ao finalizar sua fala, Gleisi comentou o lançamento da candidatura de Lula amanhã em Minas Gerais. Gleisi disse que a “vaquinha do Lula”, instrumento de coleta de doações de pessoas físicas para financiar as campanhas, já arrecadou R$70 mil só no primeiro dia.
Confira


quinta-feira, 7 de junho de 2018

Lula: ou apresentam prova contra mim até amanhã ou serei candidato


Em mensagem repassada ao governador do Piauí, Wellington Dias (PT), e ao ex-governador da Bahia e ex-ministro Jaques Wagner (PT), o ex-presidente Lula reafirmou sua candidatura e disse que só não disputará a Presidência se "aqui não estiver" ou se a Justiça apresentar alguma prova contra ele até esta sexta-feira 8, quando será lançada oficialmente sua pré-candidatura em Belo Horizonte; Lula prepara uma mensagem para ser lida no evento
247 - O ex-presidente Lula transmitiu uma mensagem pelo governador do Piauí, Wellington Dias (PT), e pelo ex-governador da Bahia e ex-ministro Jaques Wagner (PT), que o visitaram na prisão, na Polícia Federal em Curitiba, nesta quinta-feira 7.
"aqui não estiver" ou se a Justiça apresentar alguma prova contra ele até esta sexta-feira 8, quando será lançada oficialmente sua pré-candidatura em Belo Horizonte. Lula prepara, junto com seus advogados, uma mensagem para ser lida no evento.
"Ele também demonstrou um carinho muito grande pelas pessoas que estão aqui na resistência. Ele sabe o frio que vocês devem estar passando aqui", relatou Wellington Dias. "Os mais pobres estão pagando a conta, isso é o que aumenta o desejo dele de voltar à presidência. Não por vaidade, mas pensando no Brasil e nos brasileiros", completou.
Jaques Wagner disse que Lula está "super determinado" com a candidatura. Questionado sobre conversas com outros candidatos de esquerda, o ex-governador afirmou que elas são "absolutamente normal" e "sempre existirão", mas que o ex-presidente "não abre mão de sua candidatura".
Os dois reforçaram que o nome de Lula será registrado como candidato oficial no dia 15 de agosto. "Não é um registro por registrar, nós acreditamos que, com base na lei, na Constituição, o presidente Lula tem preservados seus direitos políticos. Ele é elegível", declarou Dias.


Petroleiros acusam: barris foram entregues a R$ 0,26


Federação Única dos Petroleiros (FUP) criticou a 4ª rodada de licitação do pré-sal, que aconteceu nesta manhã (7) no Rio de Janeiro, que entregou áreas nas bacias de Campos e Santos a preços vis; FUP destaca que cada barril saiu ao preço médio de R$ 0,26; "Os três campos leiloados - Dois Irmãos (na Bacia de Campos), Três Marias e Uirapuru (na Bacia de Santos) - contêm reservas estimadas de 12,132 bilhões de barris de petróleo", dizem os petroleiros
247 - A Federação Única dos Petroleiros (FUP) criticou a 4ª rodada de licitação do pré-sal, que aconteceu nesta manhã (7) no Rio de Janeiro, que entregou áreas nas bacias de Campos e Santos a preços vis. 
Em material divulgado à imprensa, a FUP destaca que cada barril saiu ao preço médio de R$ 0,26. "Os três campos leiloados - Dois Irmãos (na Bacia de Campos), Três Marias e Uirapuru (na Bacia de Santos) - contêm reservas estimadas de 12,132 bilhões de barris de petróleo", dizem os petroleiros. 
Leia, abaixo, o texto da FUP na íntegra:
Origem do golpe, Pré-Sal é cada vez mais dos gringos
Mergulhado em escândalos de corrupção e sem apoio algum da população, o governo Temer entregou mais oito bilhões de barris de petróleo às multinacionais, ao concluir nesta quinta-feira (07) a 4ª Rodada de Licitações do Pré-Sal, onde cada barril saiu ao preço médio de R$ 0,26. Os três campos leiloados - Dois Irmãos (na Bacia de Campos), Três Marias e Uirapuru (na Bacia de Santos) - contêm reservas estimadas de 12,132 bilhões de barris de petróleo. A Petrobrás, mesmo pagando o maior valor em bônus do leilão (R$ 1 bilhão do total de R$ 3,150 bilhões arrecadados) e exercendo a preferência dos 30% de participação mínima nos consórcios, como prevê a lei, terá direito apenas a 3.999 bilhões de barris. Ou seja, 33% das reservas licitadas.
A petrolífera norueguesa Statoil foi a grande vencedora do leilão, ao abocanhar 2.783 bilhões de reservas de petróleo com participações estratégicas nos blocos de Uirapuru e Dois Irmãos. A norte-americana ExxonMobil, que estreou como operadora no Brasil em setembro passado e já havia sido beneficiada com blocos da franja do Pré-Sal nas 14ª e 13ª Rodadas, avançou consideravelmente sobre as reservas do país, ao garantir mais 2.184 bilhões de barris de petróleo com os 28% de participação no valiosíssimo campo de Uirapuru, que está estrategicamente localizado ao lado de Carcará. Na gestão Pedro Parente, a Petrobrás entregou à Statoil 66% da participação que tinha nesse mega campo da Bacia de Santos. Agora, a Statoil e a Exxon terão juntas 56% de Uirapuru, após pagarem em média R$ 0,30 por cada um dos 7,8 bilhões de barris de reserva do campo.
Sem a luta da FUP, nem 30% a Petrobrás teria
"É bom lembrar que os 30% de participação que a Petrobrás garantiu nos campos leiloados só foram possíveis em função da resistência da FUP em 2015 e em 2016, quando a Shell e outras multinacionais, através do projeto de Serra, conseguiram alterar a Lei da Partilha, e tiraram da nossa empresa a exclusividade na operação do Pré-Sal. A resistência da FUP e de seus sindicatos que garantiu à Petrobrás exercer pelo menos a preferência dos 30%, pois o projeto original era acabar também com a participação mínima da empresa", recorda o coordenador geral da FUP, Simão Zanardi, se referindo ao PLS 131/2015 do senador José Serra (PSDB/SP), que foi aprovado no Congresso Nacional, em outubro de 2016, logo após o golpe do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. "Se não fosse a luta da FUP, nem esses 30% a Petrobrás teria", ressalta Zanardi.
Em dois anos de golpe, cinco leilões de petróleo
Em dois anos do golpe, o governo Temer já realizou cinco leilões de petróleo, onde entregou às multinacionais áreas preciosas do Pré-Sal, enquanto o povo brasileiro é obrigado a pagar preços absurdos pela gasolina, diesel e gás de cozinha. Considerada a maior descoberta de petróleo da atualidade, o Pré-Sal com pouco mais de dez anos de exploração, já representa cerca de 55% de toda a produção brasileira. Somente um poço produz em média 50 mil barris por dia, o que representa 63% de toda a produção da Itália e 35% da Dinamarca. Muitos países sequer conseguem produzir a quantidade que um único poço do Pré-Sal produz.
"A entrega dessas reservas está condenando gerações futuras a não poder desfrutar da riqueza desse recurso natural que foi descoberto pela Petrobrás e está sendo apropriado pelas multinacionais", afirma Simão Zanardi. "Estamos vendendo petróleo para depois importar derivados, isso significa exterminar com a produção nacional. Voltamos ao colonialismo dos tempos de Fernando Henrique Cardoso", alerta, ressaltando que a Petrobrás faz o jogo do mercado e dos golpistas ao exportar óleo bruto do Pré-Sal para que as empresas estrangeiras lucrem com a importação de produtos refinados.
"A atual gestão da Petrobras está vendendo ao mercado internacional um petróleo que vai fazer falta ao Brasil. Saiu Pedro Parente e entrou Ivan Monteiro, mas a política de privatização continua", declara o coordenador da FUP, avisando que os petroleiros seguirão mobilizados


Boulos presta depoimento à PF sobre ocupação de triplex; movimento social denuncia perseguição


Da RBA
Manifestantes denunciaram criminalização dos movimentos sociais e
perseguição / Foto: Facebook/Guilherme Boulos



O líder do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) e pré-candidato à presidência pelo PSOL, Guilherme Boulos, foi intimado pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos sobre ação do movimento social que ocupou por duas horas, em abril, o triplex atribuído ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Guarujá, litoral de São Paulo. Ele, então, compareceu no início da tarde de desta quinta-feira (7) na sede da PF, na capital paulista, ao lado de lideranças de seu partido e de apoiadores.
Boulos classificou sua convocação como parte de um regime autoritário vigente no país. “Lamentavelmente, temos vivido um processo de criminalização dos movimentos sociais. Isso nos preocupa muito, consideramos uma ameaça à democracia. É legítimo que movimentos sociais se organizem e lutem, se expressem em seu legítimo direito de manifestação e luta por justiça. Isso deveria ser considerado normal em qualquer democracia. Por isso, nos preocupa esse episódio”, avaliou.
O pré-candidato disse que respondeu a todas as perguntas que lhe foram feitas neste processo, que corre em segredo de Justiça. Boulos afirmou que não estava presente no dia, pois participava no momento de compromisso de campanha, mas que apoia a ação. “Deixei claro que não estava lá mas considero uma ação legítima e me orgulho dela. Ela ajudou a denunciar uma farsa judicial que levou o ex-presidente Lula injustamente para a cadeia como um preso político. Essa é nossa posição, do PSOL e do conjunto dos movimentos sociais.”
Para Boulos, a ocupação simbólica deveria ser encarada como um ato político e não policial. “Isso não deveria ser tratado nesse âmbito, mas sim como discussão política. Foi uma ação para denunciar um acontecimento que a sociedade discute e que colocou um ex-presidente da República na cadeia. Reafirmamos com contundência a legitimidade da ação, nossa contrariedade frente a tentativas de criminalizar o movimento social e nossa curiosidade em saber quem é o real proprietário daquele imóvel”, completou, ao ironizar o fato de que nenhum proprietário reclamou o imóvel contra a ocupação.
Ao lado de Boulos estavam os deputados federais Luiza Erundina e Ivan Valente, o vereador de São Paulo Toninho Vespoli, o deputado estadual Carlos Giannazzi, todos do PSOL, além do presidente da legenda, Juliano Medeiros.
“Houve tempos de mais democracia quando movimentos eram respeitados. O poder popular tem que ser exercido de forma autônoma e independente. Imaginar que Boulos determina tudo que o movimento faça é não entender a pedagogia, como se trabalha essas questões e não entender a soberania do povo. É mais um sinal do que acontece no país de exceção no tratamento das liberdades de organização”, afirmou Erundina.
Vespoli também criticou o que os presentes classificaram como tentativa de intimidação. “O que aconteceu hoje foi muito importante. Vemos o que significam nossas instituições. Elas estão ai para fazer o que os ricos e a burguesia querem. Um assessor do prefeito Bruno Covas (PSDB) foi pego com 100 mil reais e vários talões de cheques e até hoje não tem investigação nenhuma. O Guilherme significa um projeto que luta contra essa desigualdade. Se ele não lutasse, ele não estaria aqui hoje. Tem uma perseguição política e temos que deixar claro.”
Ivan Valente reiterou o caráter de intimidação ao movimento social. “Boulos não esteve presente (à ocupação do triplex), não a organizou e tem o direito de se solidarizar. Nós do PSOL estamos aqui para nos solidarizar com nosso pré-candidato. Esse tipo de chamado é uma intimidação inaceitável. Não tem sentido. Se é uma lógica de teoria do domínio do fato, repudiamos esse tipo de concepção jurídica policial e política. Rejeitamos essa convocação e estamos aqui para nos solidarizar”.