terça-feira, 5 de junho de 2018

Único país que não me ouve como testemunha é o Brasil, diz ex-advogado da Odebrecht

Rodrigo Tacla Duran prestou depoimento à Comissão de Direitos Humanos da Câmara
Duran, em vídeo conferência, afirma que a Lava Jato utilizou documentos adulterados


O ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran foi escutado pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados na manhã desta terça-feira (5). Por meio de vídeo-conferência, afirmou que os responsáveis pela Lava Jato em Curitiba cometem uma ilegalidade ao se recusarem a ouvi-lo como testemunha em processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atualmente preso. 
“Eu nunca fui condenado. Eu tenho colaborado com autoridades judiciais de diversos países. Sempre como testemunha, nunca como delator. O único país onde estou proibido de ser testemunha e de colaborar com a Justiça é o Brasil. Amordaçar testemunhas é um sinal claro de que não se está fazendo justiça”, afirmou. 
Tacla Duran afirma ter servido como testemunha em sete países que investigaram a atuação da Odebrecht: Equador, Andorra, Suíça, Antigua e Barbudo, México, Peru e Argentina. Em dezembro do ano passado, foi ouvido por autoridades brasileiras, mas sem a presença de integrantes da força-tarefa de Curitiba. 
Na sessão da Comissão de Direitos Humanos, Tacla Duran reiterou críticas à Lava Jato feitas em outras ocasiões. No centro de suas críticas, está a afirmação de que documentos da Odebrecht utilizados pela Lava Jato teriam sido adulterados. 
O deputado Wadih Damous (PT-RJ), um dos responsáveis por tentar dar evidência às afirmações de Tacla Duran no Brasil, disse que as denúncias do ex-advogado da Odebrecht foram encaminhadas a Raquel Dogde, atual procuradora-geral da República. Ela, entretanto, se posicionou por não investigar as informações.
“Nesse despacho, ela arquiva uma representação que foi assinada por mim e pelos deputados Paulo Pimenta, Carlos Zaratinni e Paulo Teixeira. Nós questionamos a veracidade de extratos utilizados em denúncia contra o ex-presidente Lula”, afirmou Damous.
Tacla Duran lembrou ainda que os documentos, além de adulterados, não eram extratos bancários, mas sim planilhas internas, que não servem como comprovação definitiva de pagamentos.
Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou durante a sessão que o grupo de deputados que levou as denúncias à Procuradoria-Geral da República estuda medidas jurídicas para que as informações sejam investigadas mesmo após a negativa de Dodge.
Brasil de Fato


Beto Richa cobra propinas desde 2001, afirma “amigo” que delatou ex-governador tucano

 Fanini, à frente, em viagem com Richa aos Estados Unidos e Caribe.

O ex-governador Beto Richa (PSDB) cobra propinas há 17 anos, ou seja, desde 2001, segundo delação premiada de Maurício Fanini — “amigo” do tucano que está preso na carceragem da Polícia Federal de Brasília. Ex-diretor da Secretaria da Educação, Fanini é acusado pelo Ministério Público no âmbito da “Operação Quadro Negro” de operar milionário esquema de desvio de dinheiro da construção de escolas para campanhas do PSDB do Paraná.
O Blog do Esmael registrou em primeira mãono início de junho de 2015, o escândalo e a consequente queda da cúpula da Educação do Paraná na época.
Segundo o “amigo” convertido em alcaguete, Richa recebeu sua primeira propina quando ainda era vice-prefeito de Curitiba.
“A primeira oferta de propina a Richa, afirma o ex-diretor, foi feita por Eron Cunha, dono da construtora Empo, por meio de um aditivo indevido de R$ 100 mil em uma obra de pavimentação no bairro curitibano do Cajuru, ainda em 2001”, registra nesta terça (5) o portal G1.com.
Na delação à Procuradoria-Geral da República, Fanini detalha caixa 2 de Beto Richa na campanha ao governo do Paraná, em 2002, quando foi derrotado pelo atual senador Roberto Requião (MDB).
De acordo com o “amigo” delator, o dinheiro oriundo de propinas era sempre negociado por Ezequias Moreira e Luiz Abi, primo de Beto Richa.
Ainda conforme Fanini, em 2003 e 2004 a arrecadação de propinas para Beto Richa foi intensificada com vistas à eleição para a Prefeitura de Curitiba. O propinoduto prosseguiu entre 2005 e 2011, e continuou nas eleições para o governo do Paraná (2010 e 2014).

Blog do Esmael

Operador de Temer teria recebido R$ 1 milhão ao subcontratar Engevix


Documentos apreendidos pela Polícia Federal apontam que o coronel João Baptista Lima Filho, amigo de Michel Temer e dono da Argeplan, recebeu R$ 1 milhão ao subcontratar a Engevix para realização de obras da Eletronuclear, estatal que, de acordo com as investigações da Lava Jato, teria desviado recursos para políticos do MDB
247 - Documentos apreendidos pela Polícia Federal apontam que o coronel João Baptista Lima Filho, amigo de Michel Temer e dono da Argeplan, recebeu R$ 1 milhão ao subcontratar a Engevix para realização de obras da Eletronuclear, estatal que, de acordo com as investigações da Lava Jato, teria desviado recursos para políticos do MDB. A informação é do blog de Andréia Sadi.
Também é investigada a parceria da Argeplan, em 2014, com a Engevix em contrato da Secretaria de Aviação Civil, então gerida por Moreira Franco, um dos principais aliados de Temer.
Existe, ainda, outra linha de investigação, sobre duas empresas de coronel Lima: a PDA Administração e a PDA Projeto e Direção Arquitetônica, que teriam disponibilidade financeira de R$ 23.667.507,95. Neste caso, as apurações começaram no ano passado com a Operação Patmos, deflagrada após as delações da J&F.
De acordo com a PF, documentos entregues ao Supremo Tribunal Federal (STF) mostram "envio, à margem do sistema financeiro oficial, de recursos ao exterior por João Baptista Lima Filho".
Outro lado
A assessoria de imprensa do Presidência da República afirmou à Globo que Temer "não tem nada a ver" com a Argeplan.
"O presidente Michel Temer não possui empresas e não tem nada a ver com a empresa citada. E os vazamentos de inquérito sigiloso só servem para impedir o presidente de se defender e assim criar versões falsas, irresponsáveis e descoladas da realidade", disse a nota.
O advogado Cristiano Benzota, que defende o coronel Lima, afirmou que o seu cliente diz "inexistir a prática ou participação em qualquer conduta ilícita ou de qualquer irregularidade".


Lula nega compra de votos para Rio 2016 e pede voto a Bretas para presidente


O ex-presidente Lula disse à Justiça Federal desconhecer a denúncia sobre compra de votos para que o Brasil sediasse os Jogos Olímpicos de 2016; "Não sei quem fez a denúncia e não me interessa saber. Estamos num momento de denuncismo", declarou Lula; ao término do depoimento, o juiz Marcelo Bretas disse ter feito campanha para Lula, quando jovem; em seguida, Lula retrucou: "Pode usar agora. Quando eu fizer um comício agora vou chamar o senhor para participar"
247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse à Justiça Federal desconhecer qualquer tipo de iniciativa envolvendo a compra de votos para que o Brasil sediasse os Jogos Olímpicos de 2016, realizado no Rio de Janeiro. Antes de ter sua fala interrompida pelo juiz Marcelo Bretas, Lula disse que o país vive um "momento de denuncismo". Lula depôs nesta terça-feira (5), por videoconferência, como testemunha de defesa de Sérgio Cabral no processo em que o ex-governador é acusado de participar de um esquema de compra de votos para que o Brasil sediasse a competição.
"Só lamento que venha uma denúncia de compra de delegados oito anos depois (da vitória da campanha brasileira para sediar as Olimpíadas). Não sei quem fez a denúncia e não me interessa saber. Estamos num momento de denuncismo", declarou Lula.
A defesa de Cabral apontou que os pontos colocados por Lula demonstram que havia um clima favorável para que o Brasil sediasse os Jogos Olímpicos. Já o Ministério Público aponta pagamento de US$ 2 milhões em propinas para que o Brasil sediasse as Olimpíadas.
Lula disse ainda que realizou reuniões com dirigentes de países como China Dinamarca e Suíça para conseguir o apoio necessário para que o Brasil sediasse a competição. Ainda segundo ele, o apoio dos países da África à postulação do Brasil foi algo "natural, uma vez que em seu governo o país se aproximou do continente africano ao ampliar o comercio internacional e ao abrir diversas embaixadas.
Ao término do depoimento, Bretas elogiou Lula ao afirmar que ele "é uma figura importante no nosso país, é relevante sua história para todos nós. Para mim inclusive, que, aos 18 anos, estava aqui num comício com um milhão de pessoas e usando um boné e a camiseta com seu nome". Lula disse em seguida: "Pode usar agora. Quando eu fizer um comício agora vou chamar o senhor para participar".


FUP processa Parente no caso do banco JP Morgan



A Federação Única dos Petroleiros (FUP), coordenada por José Maria Rangel, ingressou com uma Ação Civil Pública contra o ex-presidente da Petrobras Pedro Parente por improbidade administrativa; a ação cobra a anulação do pagamento de US$ 600 milhões (cerca de R$ 2,2 bilhões) que a estatal fez em maio ao banco J.P. Morgan, numa transação autorizada por Parente, que é sócio do presidente do banco no Brasil, José de Menezes Berenguer Neto; o gesto revela conflito de interesses
247 - A Federação Única dos Petroleiros (FUP), coordenada por José Maria Rangel, ingressou nesta segunda-feira 4 com uma Ação Civil Pública contra o ex-presidente da Petrobras Pedro Parente por improbidade administrativa. A ação cobra a anulação do pagamento de US$ 600 milhões (cerca de R$ 2,2 bilhões) que a estatal fez em maio ao banco J.P. Morgan, como antecipação de quitação de uma dívida que só venceria em setembro de 2022.
A transação foi autorizada diretamente por Parente, que é sócio do presidente do banco no Brasil, José de Menezes Berenguer Neto. Além da nulidade da antecipação do pagamento bilionário ao banco, a FUP cobra a responsabilização de Pedro Parente e do banqueiro José Berenguer, bem como a indisponibilidade imediata de seus bens. A FUP afirma que a gestão de Parente à frente da Petrobras foi marcada por conflito de interesses. 
Leia a íntegra do comunicado da FUP sobre a ação:
FUP processa Pedro Parente por improbidade e exige confisco de seus bens
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) ingressou segunda-feira, 04/06, com Ação Civil Pública contra o ex-presidente da Petrobrás, Pedro Parente, por improbidade administrativa. A ação cobra a anulação do pagamento de US$ 600 milhões (cerca de R$ 2,2 bilhões) que a estatal fez em maio ao banco J.P. Morgan, como antecipação de quitação de uma dívida que só venceria em setembro de 2022. A transação foi autorizada diretamente por Parente, que é sócio do presidente do banco, José de Menezes Berenguer Neto, o que revela conflito de interesses.
Além disso, a esposa do ex-presidente da Petrobrás, Lúcia Hauptman, é procuradora de Berenguer, com quem a família tem estreitas relações. O casal é sócio do banqueiro em pelo menos duas empresas (Kenaz Participações Ltda. e Viedma Participações Ltda.), sendo que uma delas tem como sede um imóvel que pertence a Pedro Parente.
Na Ação, além da nulidade da antecipação do bilionário pagamento feito ao banco J.P. Morgan, a FUP cobra a responsabilização de Pedro Parente e do banqueiro José Berenguer, bem como a indisponibilidade imediata de seus bens.
“Conclui-se que os Réus violaram, além dos princípios constitucionais que regem a administração pública, os deveres de imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições, previstos no artigo 11, caput e inciso I, da Lei 8.429/92, por terem se valido do patrimônio de empresa estatal na consecução de interesses pessoais”, ressalta a FUP na Ação.
A Federação também destaca o péssimo negócio que representou para a Petrobrás a antecipação do pagamento autorizado por Pedro Parente. “A antecipação de valores cujo vencimento ocorreria apenas em cinco anos não se justifica sob a ótica da eficiência – aqui, convém frisar os resultados negativos que a Petrobras vem apresentando nos últimos anos”, alerta a FUP.
Gestão de Parente foi marcada por conflitos de interesses
Esse não é o primeiro caso de conflito de interesses envolvendo a tenebrosa passagem de Pedro Parente pela Petrobrás. Sua gestão foi repleta de ações que beneficiaram diretamente seus negócios privados, como a FUP denunciou várias vezes, inclusive ao Ministério Público Federal, em representação feita no dia 08 de junho de 2017.
Quando assumiu a presidência da estatal, Parente continuou acumulando a Presidência do Conselho de Administração da BM&F Bovespa, cujos índices foram altamente impactados pelas decisões que ele tomou na condução dos negócios da petrolífera ao beneficiar o mercado, com vendas de ativos e desinvestimentos.
Outra empresa bastante favorecida pela passagem de Pedro Parente pela Petrobrás foi a Prada Administradora de Recursos Ltda, grupo de gestão financeira e empresarial presidido por sua esposa, Lucia Hauptman, e especializado em maximizar os lucros dos detentores das maiores fortunas do país. Parente é sócio fundador da empresa que, não por acaso, teve o maior boom de clientes e carteiras de investimento em 2016, após ele assumir o comando da estatal. Para se ter uma ideia, o volume de compras de ações feitas pela Prada saltou de R$ 403 mil, em dezembro de 2015, para R$ 3,2 milhões, em dezembro de 2016. Uma movimentação maior do que a comum no mercado.
Tudo isso foi relatado pela FUP ao Ministério Público Federal, mas nenhuma providência foi tomada. Soma-se a estes fatos, os R$ 137 bilhões de prejuízos que a Petrobrás amargou durante os 11 dias de protestos dos caminhoneiros e os R$ 40,9 bilhões que perdeu com o comunicado de demissão feito por Parente em pleno funcionamento do pregão, antes do fechamento do mercado, como é padrão em todas as empresas de capital aberto. 


Tacla Duran: todos precisam conhecer o lado obscuro de Moro


"Moro emite opinião contra réu. Isso é pré-julgamento que viola um princípio básico de direitos humanos, pois os julgamentos precisam ser técnicos, isentos e imparciais", disse o ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran em depoimento na Câmara; "O dr. Moro me ofendeu em rede nacional, ao vivo, me prejulgou e me condenou. Ele feriu a Lei da Magistratura também por não me ouvir como testemunha do presidente Lula", acrescentou; Moro negou quatro vezes pedidos para que Tacla Duran fosse ouvido
247 - Em depoimento à Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Durán declarou que todos precisam conhecer o lado obscuro de Sergio Moro. Entre outras críticas ao juiz da Lava Jato, o advogado apontou que o cerceamento ao direito de defesa é um dos métodos do magistrado.
Moro negou quatro vezes pedidos para que Tacla Duran fosse ouvido como testemunha do ex-presidente Lula. Entre os motivos apresentados, Moro alegou "endereço desconhecido" - a Justiça espanhola tem o endereço do advogado - e "custo muito oneroso" - sendo que o depoimento poderia ser feito como à Câmara, por vídeo conferência.
"Moro emite opinião contra réu. Isso é pré-julgamento que viola um princípio básico de direitos humanos, pois os julgamentos precisam ser técnicos, isentos e imparciais", disse Tacla Durán.
"O dr. Moro me ofendeu em rede nacional, ao vivo, me prejulgou e me condenou. Ele feriu a Lei da Magistratura também por não me ouvir como testemunha do presidente Lula", acrescentou.
"Desde 2016, quando me apresentei à força-tarefa da Lava Jato para dizer que era advogado da Odebrecht, sou tratado como criminoso. Nunca apresentaram provas contra mim. Aqui na Espanha já arquivaram acusações contra mim por falta de provas", prosseguiu o advogado.
“A operação Lava Jato se tornou um polo de poder político capaz de moer reputações, de destruir empresas e instituições. Digo isso com tranquilidade, pois jamais fui filiado ou militei em qualquer partido político”, declarou ainda.


Defesa pede liberdade para Lula ao STF e ao STJ

A defesa do ex-presidente Lula pediu nesta terça-feira 5 ao STF e ao STJ a suspensão dos efeitos dos acórdãos proferidos pelo TRF-4; os advogados demonstram, nos pedidos, a plausibilidade dos recursos especial e extraordinário que foram protocolados perante o TRF4 no dia 23 de abril e que ainda aguardam as respostas que serão apresentadas pelo Ministério Público Federal e sustentam que, diante da perspectiva de reversão da condenação ou, ainda, da declaração da nulidade do processo, não é possível manter Lula preso; confira os documentos

247 - A defesa do ex-presidente Lula pediu ao Supremo Tribunal Federal e ao Superior Tribunal de Justiça a suspensão dos efeitos dos acórdãos proferidos pelo TRF-4, que confirmou a condenação de Lula no caso do triplex e elevou a pena do ex-presidente, e com isso sua liberdade.
Os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins demonstram, nos pedidos, a plausibilidade dos recursos especial e extraordinário que foram protocolados perante o TRF4 no dia 23 de abril e que ainda aguardam as respostas que serão apresentadas pelo Ministério Público Federal (o prazo para as respostas se iniciou na data de hoje, 42 dias após a interposição).
A defesa também sustenta que diante da perspectiva de reversão da condenação ou, ainda, da declaração da nulidade de todo o processo não é possível manter Lula preso — por força de uma execução antecipada de pena — antes que tais recursos sejam julgados pelo STJ e pelo STF. 
Leia a nota divulgada pela defesa:
Na data de hoje (05/06/2018) a defesa do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou pedidos cautelares ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) objetivando a suspensão dos efeitos dos acórdãos proferidos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª. Região (TRF4) no julgamento da Apelação e de Embargos de Declaração na Ação Penal nº 5046512-94.2016.4.04.7000/PR — com o consequente restabelecimento da liberdade de Lula.
Os pedidos demonstram a plausibilidade dos recursos especial e extraordinário que foram protocolados perante o TRF4 no dia 23/04 e ainda aguardam as respostas que serão apresentadas pelo Ministério Público Federal (o prazo para as respostas se iniciou na data de hoje, 42 dias após a interposição). Também foi demonstrado que diante da perspectiva de reversão da condenação ou, ainda, da declaração da nulidade de todo o processo não é possível manter o ex-Presidente Lula privado de sua liberdade — por força de uma execução antecipada de pena — antes que tais recursos sejam julgados pelo STJ e pelo STF.
Na cautelar dirigida ao STF, a defesa demonstra que a condenação imposta a Lula afrontou os artigos 5º, XXXVII e LIII, 37 93, IX, 109, 127 e 129, I, todos da Constituição Federal, pois provenientes de juízo de exceção, em contraposição à garantia do juiz natural. A Justiça Federal de Curitiba foi escolhida, por critério de conveniência, pelos Procuradores da Lava Jato para julgar a ação penal proposta contra Lula e para isso bastou a afirmação – sem nenhuma comprovação real – de que recursos provenientes da Petrobras teriam sido dirigidos ao ex-Presidente. Ao julgar os embargos de declaração apresentados pela defesa de Lula o próprio Juiz Sérgio Moro reconheceu: “Este Juízo jamais afirmou, na sentença ou em lugar algum, que os valores obtidos pela Construtora OAS nos contratos com a Petrobrás foram utilizados para pagamento da vantagem indevida para o ex-Presidente”. Também houve afronta às garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa diante das sucessivas negativas para que a defesa de Lula pudesse produzir e utilizar de provas de sua inocência, como é o caso da declaração de próprio punho emitida pelo João Vaccari Neto, que contesta a íntegra do depoimento prestado por Leo Pinheiro, que serviu de base para a condenação do ex-Presidente. Disse Vaccari na declaração que o TRF4 se recusou a analisar: “Nunca tive qualquer tratativa ou conversa com Léo Pinheiro para tratar de questões ilegais envolvendo o recebimento de propinas. Também não é verdade o que diz Léo Pinheiro, que eu teria intermediado em nome do ex-presidente Lula o recebimento do tríplex do Guarujá como pagamento de vantagens indevidas”.
Por seu turno, na cautelar dirigida ao STJ a defesa de Lula demonstra que as decisões do TRF4 afrontaram, dentre outros: (i) os artigos 69, 70, 76, 77, e 78 do CPP, pois a ação foi julgada por juiz incompetente segundo os critérios legais para distribuição do processo; (ii) os artigos 257 e 258 do CPP, pois os Procuradores não atuaram com a necessária isenção, mas sim, agiram como inimigos do réu e de sua defesa; (iii) os artigos 383 e 384 do CPP na medida em que a denúncia sustentou que valores provenientes de 3 contratos específicos firmados pela Petrobras teriam gerado vantagens indevidas ao ex-Presidente, ao passo que a condenação que lhe foi imposta criou uma narrativa totalmente desvinculada da acusação, fazendo referência a “atos indeterminados” e à “atribuição” de um imóvel e reformas em favor de Lula; (iv) aos artigos 158, 231, 234, 400, §1º, 402, e 619 do CPP e art. 7º, X, da Lei 8.906/94, uma vez que não permitiram a realização de provas, inclusive daquelas obrigatórias por força de lei, como é o caso da perícia em supostas infrações que deixam vestígios, além de desconsiderar a declaração do Sr. João Vaccari Neto que rebateu integralmente as afirmações incriminadoras lançadas pelo corréu Leo Pinheiro; (v) ao artigo 616 do CPP e ao artigo 4º, § 16, da Lei 12.850/13, uma vez que a base da condenação imposta a Lula é o depoimento dos corréus Leo Pinheiro e Agenor Magalhães, que jamais poderiam receber esse valor probatório; (vi) aos artigos 1º, 13, 29 e 317 do Código Penal, uma vez que condenaram Lula pelo crime de corrupção sem a presença das elementares desse delito, notadamente a prática de um ato de ofício por funcionário público; ao artigo 1º da Lei n. 9.613/98 uma vez que Lula foi condenado pelo crime de lavagem de dinheiro sem ter praticado qualquer conduta que possa indicar tentativa de conferir aparência lícita a bens ou valores de origem ilícita; (vii) aos artigos 107, IV, 110 e 115 do Código Penal, uma vez que deixaram de declarar a prescrição da pretensão punitiva.
Os pedidos cautelares foram dirigidos à Presidência do STF e do STJ e serão distribuídos aos Ministros relatores dos casos da Lava Jato de Curitiba.
CRISTIANO ZANIN MARTINS E VALESKA TEIXEIRA ZANIN MARTINS

Leia a íntegra dos documentos:


Nem Copa nem eleições: nada é capaz de despertar o interesse dos brasileiros, diz Kotscho


"Enquanto isso, em Brasília, vive-se um clima de velório com defunto vivo, com os parlamentares já se preparando para entrar em recesso e só voltar ao batente depois das eleições", diz o jornalista Ricardo Kotscho
247 - "A apenas nove dias do início da Copa do Mundo e a quatro meses das eleições gerais, nada parece despertar o interesse dos brasileiros. Nas ruas, nos carros, nas casas não há sinais de estarmos tão próximos destes grandes eventos que em outras épocas mobilizavam a população. Mais preocupados com a própria sobrevivência, os torcedores da pátria de chuteiras desta vez não estão se enfeitando para acompanhar os jogos da seleção", escreve o jornalista Ricardo Kotscho.
De acordo com ele, "se nem o futebol é capaz de tirar o país da pasmaceira generalizada, a campanha eleitoral muito menos". "Mais da metade da população ainda não sabe em quem votar e o candidato “Ninguém” continua liderando as pesquisas sem Lula", acrescenta.
"Enquanto isso, em Brasília, vive-se um clima de velório com defunto vivo, com os parlamentares já se preparando para entrar em recesso e só voltar ao batente depois das eleições. O que sobrou deste agonizante governo golpista, cercado de denúncias por todos os lados, bate cabeça para descobrir de onde tirar dinheiro para cobrir os subsídios concedidos aos caminhoneiros", afirma.
"E Sergio Moro, o 'herói' dos patos amarelos do impeachment, que agora têm vergonha de usar a camisa oficial da CBF, continua em vilegiatura pelo mundo recebendo homenagens pelos bons serviços prestados para tirar Lula da campanha. Esta semana foi visto no Principado de Mônaco, tudo muito chique. Nem Gabriel Garcia Márquez seria capaz de criar uma história tão inverosímel e tragicômica baseada em fatos reais", complementa.
Leia a íntegra no Balaio do Kotscho


O que falta mais? Coronel é o PC Farias de Temer


Avanço das investigações da PF deixa claro que coronel aposentado é o PC Farias de Michel Temer; da mesma forma que o famoso tesoureiro de Fernando Collor, tesoureiro de Temer arrecada dinheiro, gere despesas da família presidencial e é "laranja": tem dinheiro e propriedades de Temer em seu nome; em apenas um mês, valores mensurados no esquema Temer/coronel mais que decuplicaram: saltaram de R$ 2 milhões para R$ 23,6 milhões
247 - a Avanço das investigações da Polícia Federal (PF) nas últimas semanas deixa claro que o coronel aposentado da PM João Baptista Lima é o PC Farias de Michel Temer. Da mesma forma que o famoso tesoureiro de Fernando Collor de Mello mais de 25 anos atrás, o tesoureiro de Temer arrecada dinheiro durante campanhas eleitorais e fora delas, gere diversas despesas da família presidencial e é "laranja": tem dinheiro e propriedades de Temer em seu nome. No último mês de investigações os valores mensurados no esquema Temer/coronel mais que decuplicaram: saltaram de R$ 2 milhões para R$ 23,6 milhões. Um quarto de século atrás, com muito menos provas que agora, Collor foi cassado.
As últimas descobertas são avassaladoras:
1. Temer mentiu em declarações à PF, ao afirmar que o coronel-tesoureiro não arrecadava dinheiro para suas campanhas eleitorais. O empresário e sócio do grupo Libra, Gonçalo Torrealba, confirmou os insistentes pedidos de Lima para arrancar propinas destinados a Temer (aqui). 
2. O coronel intermediava as relações entre Temer e o Grupo Libra, atuando como "garoto de recados", como ficou comprovado com a quebra do sigilo do celular de Batista. Pouco depois de conversas pelo whatsapp, aconteceram reuniões entre Temer e sócios do Libra -lodo depois do golpe, Temer renovou a concessão por vinte anos do grupo Libra (aqui).  
3. O coronel-PC Farias tem pelo menos R$ 23,6 milhões em contas pessoais e de empresas em seu nome. O valor é estrondoso e é apenas o que foi descoberto até agora. A soma milionária contrasta com o depoimento à  PF de um contador do coronel, Almir Martins, disse só se recordar do faturamento líquido da Argeplan (a empresa até agora mais em evidência), que seria em torno de R$ 100 mil a R$ 200 mil anuais. 
4. Reformas nas casas de Maristela Temer, filha de Michel foram pagas pelo coronel, sua mulher e uma de suas empresas. O próprio Temer encarregou o coronel de cuidar do assunto, em 2014 (aqui). 
Para que se tenha uma ideia da evolução do caso, até o início de maio, os valores mensurados no esquema de Temer/coronel Batista não passavam de R$ 2 milhões. Em menos de um mês, a soma já está multiplicada por mais de dez.

Assentamento do MST produz uma nova cerveja: a Fora Temer


Um produto inusitado entra na linha de produção em um assentamento do MST; a cervejaria Latino-Americana, do assentamento Maria Lara, em Centenário do Sul (PR), produz a cerveja livre de transgênicos, Fora Temer
Paraná 247 - Um produto inusitado entra na linha de produção em um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). A cervejaria Latino-Americana, do assentamento Maria Lara, em Centenário do Sul (PR), produz a cerveja livre de transgênicos, Fora Temer.
A cerveja não tem milho, arroz ou soja e começou com uma brincadeira entre amigos.
Ao site Brasil de Fato, Ezequiel Evandro Porsch, disse que outros assentamentos também do Paraná, como o Olivio Balbino, prometem oferecer a bebida em bares da uma cerveja “acessível” que esteja “disponível nos bares da classe trabalhadora e não no burguesia”.
Elas podem ser consumidas agora entre os dias 6 e 9 de junho, na 17ª Jornada da Agroecologia, em Curitiba, na Praça Santos Andrade, UFPR, UTFPR e demais localidades).


Beto Preto dá posse a Estrope na Secretaria de Indústria e Comércio


No ato o prefeito destacou as prioridades da pasta e apresentou a equipe ao novo secretário  
(Foto: Edson Denobi)
Em ato realizado na final da tarde desta segunda-feira (4), no gabinete municipal, o prefeito Beto Preto assinou a nomeação do administrador de empresas Edison Peres Estrope, 60 anos, para o cargo de secretário municipal de indústria e Comércio.
Beto Preto destacou que se trata de um profissional de vasta experiência nas áreas administrativa e financeira e que detém ótimas relações no meio empresarial de Apucarana e região. “Estrope ocupa pela primeira vez uma função em gestão pública e peço, desde já, que tenha todo apoio institucional e colaborativo da equipe que irá comandar na Secretaria de Indústria e Comércio”, comentou o prefeito.
Ele anunciou que entre os principais projetos daqui para frente serão as etapas de implantação do novo Parque Industrial da Juruba. “Pela primeira vez, Apucarana ganha um parque industrial com toda a infra-estrutura pronta, além de espaços para instalações de órgãos de assessoramento técnico, como o Sebrae e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná, entre outras instituições”, avaliou.
O prefeito anunciou ainda a implantação do pólo das facções, em barracão adquirido pelo município na região da Barra Funda. Ele até ponderou que, dependendo que discussão que irá encaminhar com a Acia, APL e empresários do segmento de confecções, que o espaço poderá até abrigar um centro especializado de formação de mão de obra para o setor. “Temos uma área de 3 mil metros quadrados, que irá receber nos próximos meses cerca de R$ 300 mil em melhorias e readequações”, informou.
“Temos a expectativa de que Estrope tenha firmeza e eficiência no comando da secretaria, sendo ousado em suas iniciativas, mas sempre embasado na legalidade e na ética, que são princípios básicos da nossa gestão”, comentou Beto Preto.
Também vem por aí o Programa Municipal de Atração de Investimentos (PMAI), desenvolvido entre a Prefeitura e a Agência Paraná de Desenvolvimento, mediante contrato firmado recentemente. “Queremos atrair para Apucarana investimentos novos investimentos locais e externos, em novos parques industriais, como o Parque da Juruba, que já virá com um viés de tecnologia e inovação”, anuncia o prefeito Beto Preto.
 EXPECTATIVA POSITIVA – Ao assumir o cargo de secretário de indústria e comércio de Apucarana, Edison Peres Estrope agradeceu o prefeito Beto Preto pelo convite e a confiança em seu trabalho. “Estou pronto para trabalhar e colaborar. Espero corresponder às expectativas, mediante às experiências de cargos que já exerci, e com os conhecimentos adquiridos nas áreas administrativa e financeira, além das boas relações com instituições e com o empresariado local”, pontuou Estrope, agradecendo ainda pela acolhida de toda a equipe.
Ao ser nomeado para o cargo de secretário de indústria e comércio de Apucarana, Edison Peres Estrope, recebeu as boas vindas da equipe com a qual irá trabalhar. Os cumprimentos foram dados por Marisa Zanini, Marcelo Eliezer, Joaquim Rosina e Roque Mendes de Oliveira; além de Rodrigo Lievore (Agência do Trabalhador) e Leila Barbosa Tonelli (Sala do empreendedor).
O novo secretário também foi saudado e recebeu votos de sucesso do vice-prefeito, Junior da Femac; Procurador Geral do município, Paulo Sérgio Vital; do secretário da fazenda, Marcello Machado; secretário chefe de gabinete, Laércio de Morais; secretário de gestão pública, Nicolai Cernescu Junior; do assessor parlamentar, Arilson Chioratto; e do vereador Lucas Leugi.
TRAJETÓRIA PROFISSIONAL – Edison Peres Estrope começou a trabalhar aos 13 anos no banco Bradesco, na função de contínuo e chegou até sub contador em Apucarana. Depois, assumiu como contador na agência de Rolândia, e subgerente em Londrina e Jandaia do Sul. Ainda no Bradesco, ocupou o cargo de assessor da diretoria regional de Londrina.
Na mesma área, assumiu a gerência do Unibanco em Apucarana e anos depois a gerência do Banco Noroeste, também na cidade. E, a partir de 1988, Estrope ocupou a função de diretor administrativo e financeiro da empresa CS Pesquisas por 18 anos. A mesma função foi exercida por nove anos no Grupo Tribuna.


Gleisi denuncia “estelionato” em pesquisa telefônica “fake” sem Lula


A presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, denunciou “estelionato” nesta terça (5) em pesquisa “fake” (falsa), realizada por telefone, sem o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Circula pesquisa feita por telefone sem intenção de votos pra presidente. Tiraram Lula da pesquisa. Logo ela não expressa a realidade eleitoral do país. É um estelionato. Só cabeça autoritária se dá ao direito de limitar escolha do eleitor. Depois reclama dos que querem os militares”, disparou a dirigente petista.
Gleisi se referiu a uma pesquisa divulgada hoje pelo site Poder360, do jornalista Fernando Rodrigues, que põe o deputado Jair Bolsonaro (PSL) na liderança da corrida presidencial. Em segundo lugar, de acordo com a sondagem, estaria o ex-governador Ciro Gomes (PDT).
No levantamento telefônico, Bolsonaro tem 25% das intenções de voto; Ciro soma 12%; Fernando Haddad, do PT, tem 8%; Geraldo Alckmin, do PSDB, aparece com 7%; Alvaro Dias, do Podemos, e Marina Silva, da Rede, empatados com 6%.
Em outro cenário mais amplo, Henrique Meirelles, do MDB, e Rodrigo Maia, do DEM, têm apenas 1% cada.
A DataPoder360 afirma que entrevistou 10.500 pessoas entre os dias 25 a 31 de maio de 2018, em 349 cidades em todas as regiões do país. A margem de erro deste estudo é de 1,8 ponto percentual, para mais ou para menos. O registro desta pesquisa no TSE é BR-09186/2018.

Fonte: Blog do Esmael


Lula: magro, animado e bem humorado é candidatíssimo


O frade dominicano Carlos Alberto Libânio Christo, o Frei Betto, visitou o ex-presidente Lula na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba e relata ter encontrado um homem inteiro de posse plena de sua significação história e política; para o frade, Lula é candidatíssimo e demonstra saber todos os movimentos políticos em curso no Brasil
247 - O frade dominicano Carlos Alberto Libânio Christo, o Frei Betto, visitou o ex-presidente Lula na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba e relata ter encontrado um homem inteiro de posse plena de sua significação história e política. Para o frade, Lula é candidatíssimo e demonstra saber todos os movimentos políticos em curso no Brasil. 
Leia o relato de Frei Betto sobre Lula: 
"Fiquei segunda-feira das 16h às 17h15m com o ex-presidente Lula na cela que ele ocupa na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. O recinto de 15 metros quadrados abriga a cama junto à janela, uma mesa no centro, esteira para exercícios físicos a um canto e o armário colado à divisória entre a cela e o banheiro. Na parede, uma única foto — ele com filhos, netos e bisneta.
Encontrei-o vestido com um conjunto de moletão azul, muito animado, mais magro e bem penteado. Sobretudo, bem informado. Dispõe de TV aberta, pela qual acompanha o noticiário e se entretém com filmes. Prefere a TV Aparecida, devido à programação de música sertaneja e pela qual assiste diariamente à missa das 18h.
Recebe todas as manhãs um clipping de notícias de jornais, blogs e agências internacionais, o que o ocupa na hora do café. Tem direito a duas horas diárias de banho de sol.
Riu muito quando comentei que figurou como fake news — teria sofrido síndrome de abstenção alcoólica nos primeiros dias de prisão. Já na época das caravanas ele se privou de álcool para não prejudicar a voz.
Há uma relação respeitosa entre ele e os agentes penitenciários, sem, contudo, qualquer aproximação amigável. Dois deles permanecem de plantão do lado de fora da cela, e tivemos que bater na porta para que viessem abri-la para eu sair.
Lula reafirmou que não pensa em retirar sua candidatura a presidente nem apoiar nenhum dos concorrentes, embora confesse sua admiração por Guilherme Boulos, do PSOL. “Como me retirar de uma disputa eleitoral se as pesquisas comprovam que, sozinho, tenho mais votos que a soma de todos os concorrentes?”
Admite não entender por que está preso em Curitiba se a peça da acusação — o tríplex do Guarujá — fica em São Paulo...
Considera que a elite brasileira, que tanto o bajulou durante os 13 anos de governo do PT, hoje se posiciona contra por estar interessada na venda do Estado brasileiro e indignada com a ascensão social da maioria pobre graças às políticas de inclusão adotadas no período em que ele e Dilma governaram.
Segundo ele, um novo golpe estaria sendo armado com a adoção do parlamentarismo via STF, sem consulta plebiscitária como prevê a Constituição.
Disse não estar preocupado com a questão jurídica, e aguarda sereno o julgamento do mérito dos processos nos quais figura como réu. Tem plena consciência de que o caráter político das acusações que o levaram à prisão pesa muito mais.
Hoje, a mídia o mostrará de terno e gravata ao depor por videoconferência em processo que envolve Sérgio Cabral e as Olimpíadas do Rio."
Antes de me despedir, rezamos juntos a Oração do Espírito Santo.
Publicado no jornal O Globo.


Cármen retira da pauta golpe parlamentarista


A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, retirou da pauta da Corte o julgamento de uma ação que questiona se o Congresso pode instituir o parlamentarismo por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição. De acordo com assessoria do Supremo, a ação foi retirada da pauta a pedido do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo; a deliberação estava marcada para o dia 20 de junho
247 - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, retirou da pauta da Corte o julgamento de uma ação que questiona se o Congresso Nacional pode instituir o parlamentarismo por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição. De acordo com assessoria do Supremo, a ação foi retirada da pauta a pedido do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo. A deliberação estava marcada para o dia 20 de junho. 
Uma PEC precisa da aprovação de 3/5 dos deputados e senadores em votação de dois turnos para ser aprovada, mas, enquanto permanecer a intervenção federal no Rio, o Congresso não pode alterar a Constituição Federal.
No ano passado, o senador José Serra (PSDB-SP) conversou com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) sobre a instalação de uma comissão especial sobre o tema.
O caso havia chegado ao STF em 1997, quando Jaques Wagner (PT), ex-governador da Bahia, era deputado. Na época, ele questionou a tramitação da PEC e reiterou que em 1993 o parlamentarismo foi rejeitado em plebiscito pela população brasileira.