O governo Michel Temer quer propor uma nova política de
preços para o setor de combustíveis, mas sem impacto para a Petrobras e demais
empresas do setor, disse o secretário-executivo do Ministério de Minas e
Energia, Márcio Félix; "A gente espera antes, bem antes do final do ano,
já propor, já apresentar uma nova política para o consumidor, não para a
Petrobras ou para qualquer fornecedor", disse; comentários foram
feitos após Pedro Parente pedir demissão da presidência da Petrobras
Reuters - O governo
federal quer propor uma nova política de preços para o consumidor final de
combustíveis, mas sem impacto para a Petrobras e demais empresas do setor,
disse nesta sexta-feira o secretário-executivo do Ministério de Minas e
Energia, Márcio Félix.
Os
comentários foram feitos após Pedro Parente pedir demissão da presidência da
Petrobras, em meio pressões para uma mudança na política de preços dos
combustíveis.
"A
gente espera antes, bem antes do final do ano, já propor, já apresentar uma
nova política para o consumidor, não para a Petrobras ou para qualquer
fornecedor", disse ele a jornalistas, após uma reunião com distribuidores
de combustíveis.
Félix
explicou que a mudança poderia envolver uma variação das alíquotas de impostos
atrelada aos preços do petróleo, por exemplo.
"Se
essas alíquotas, por exemplo, flutuarem, elas podem fazer com que a variação de
preço não vá ao consumidor. Quando o preço tá muito alto diminui o imposto... é
importante a gente reafirmar o compromisso aqui do governo, do Ministério de Minas
e Energia, de não interferir na política de preços da Petrobras", afirmou.
Questionado
sobre o pedido de demissão Parente, Félix elogiou o trabalho do executivo à
frente da companhia e disse que a saída era uma decisão pessoal, sobre a qual
não houve interferência do governo federal.
"Só
o próprio presidente Pedro Parente poderia falar da decisão dele. Do nosso
lado, não houve nenhuma pressão. As circunstâncias todas que aconteceram e
surgiram pressionaram a todos. Mas não foi uma pressão de um para outro, isso
não existiu", disse.
A
entrega do cargo por Parente vem em meio a uma intensa pressão de políticos e
sindicatos contrários à sua atuação no comando da estatal e defensores de
mudanças na política de preços da companhia.
Após a
notícia do pedido de demissão do executivo, o presidente do Senado, Eunício
Maia (MDB-CE), utilizou o Twitter para afirmar que o presidente da Petrobras
"precisa reunir visão empresarial, sensibilidade social e responsabilidade
política".
O
senador também defendeu que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP) tenha "participação mais ativa" na formação de
preços dos combustíveis.
Por
Mateus Maia