terça-feira, 29 de maio de 2018

Frentes populares convocam protestos contra a gestão Temer na Petrobras


Entidades que compõem as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo vão exigir a demissão de Pedro Parente, a mudança da política de preços dos combustíveis e do gás e eleições diretas e livres, com Lula
Preço da gasolina e do diesel nas refinarias foram reajustados 16 vezes em apenas um mês. Ato na Paulista,
na segunda-feira (28), exigiu demissão de presidente da Petrobras
 
São Paulo – As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo convocam a população a participar de um protesto nacional nesta quarta-feira (30) em defesa da Petrobras e de sua função social, e pela mudança na política de preços praticadas pela estatal, que vem acarretando a alta dos preços do diesel, da gasolina e do gás de cozinhaA escalada do diesel levou à atual greve dos caminhoneiros.
As frentes também exigem a saída do presidente da companhia, Pedro Parente, e a realização de eleições livres, após ficar claro que o governo Temer não tem qualquer legitimidade para buscar saídasnegociadas para a atual crise. 
Juntas, as duas frentes, que representam mais de 100 entidades, entre as quais CUTCTBIntersindical, a Central de Movimentos Populares (CMP), MSTMTSTUNE e Marcha Mundial das Mulheres (MMM), se reuniram nesta segunda-feira (28) em São Paulo e decidiram pela convocação de mobilização nacional contra a alta dos combustíveis. 
"O povo brasileiro está indignado com o alto custo de vida, o valor do gás e do combustível, que já foi reajustado mais de duzentas vezes em dois anos e exige respostas imediatas", diz trecho da nota conjunta dos movimentos, que afirmam apoiar a luta dos caminhoneiros em greve desde o último dia 21 e a greve de advertência de 72h convocada pelos petroleiros para esta quarta-feira (30), contra o desmonte da Petrobras e a política de preços da empresa.
"Não vamos aceitar os desmandos do governo Temer e do seu capataz – Pedro Parente. Nós temos capacidade para refinar praticamente tudo aquilo que o Brasil precisa para sobreviver, em termos de derivados do petróleo. Parente e Temer têm feito a opção de importar esses derivados, principalmente dos Estados Unidos. Temos que dar um basta nisso", diz o coordenador da Frente Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel. 
De acordo com levantamento realizado pelo Dieese, a Petrobras reajustou o preço da gasolina e do diesel nas refinarias por 16 vezes em apenas um mês. O preço da gasolina saiu de R$ 1,74 e chegou a R$ 2,09, alta de 20%. Já o do diesel foi de R$ 2,00 a R$ 2,37, aumento de 18%. Para o consumidor final, os preços médios nas bombas de combustíveis subiram de R$ 3,40 para R$ 5,00, no caso do litro de gasolina (crescimento de 47%), e de R$ 2,89 para R$ 4,00, para o litro do óleo diesel (alta de 38,4%). 
"A disparada do preço do combustível se deve à política implantada por Michel Temer e Pedro Parente que submetem o nosso país, autossuficiente em petróleo, às variações e interesses do mercado internacional."
As frentes atribuem "o caos" vivido pelo país, segundo eles, à falta de democracia e à um governo ilegítimo "que está de costas para o povo" e, portanto, reivindicam a realização de eleições direitas, "com a participação de todas as candidaturas". 
"Enquanto Temer e sua base atuam para entregar a Petrobras às empresas multinacionais, agravando o problema dos preços do gás e dos combustíveis, nós dizemos que ela é do Brasil. É patrimônio do nosso povo e vamos continuar a defendê-la. Por isso, exigimos a saída imediata do presidente da Petrobras Pedro Parente, a mudança na política de preços e o fim de qualquer tentativa de desmonte e privatização", dizem as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Fonte: RBA



Com país no abismo, parlamentares já falam em derrubar Temer

Luiz Macedo/Câmara dos Deputados

O abismo construído pelo governo começa a provocar as tradicionais consequências no congresso; a saída de Temer ganhou os corredores e virou pauta; a própria base do governo rachou e um parlamentar defendeu a derrubada do emedebista, em reunião a portas fechadas no senado, informa Daniela Lima em sua coluna Painel no jornal Folha de S. Paulo
247 – O abismo construído pelo governo começa a provocar as tradicionais consequências no congresso. A saída de Temer ganhou os corredores e virou pauta. A própria base do governo rachou e um parlamentar defendeu a derrubada do emedebista, em reunião a portas fechadas no senado, informa Daniela Lima em sua coluna Painel no jornal Folha de S. Paulo.
Segundo relatos, a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) reagiu de forma veemente ao flerte de um colega com a derrubada de Temer. Disse que, dado o cenário, ele precisava ficar no cargo até o fim do mandato. Foi seguida por Eunício: “Essa  conversa de golpe comigo não prospera”.
A  escalada antidemocrática do discurso dos caminhoneiros assustou até oposicionistas radicais, que agora temem a abertura de uma brecha para a ruptura institucional. Integrantes de movimentos sociais da extrema esquerda foram ver de perto os piquetes em São Paulo.”
Leia mais aqui.


TSE pode antecipar golpe contra Lula e atingir até Bolsonaro


Com o Brasil em colapso e Lula com 39% nas pesquisas, ministros do TSE avaliam hoje se um condenado em segunda instância pode registrar sua candidatura; medida visa tirar da disputa o ex-presidente, que, como preso político, é a única pessoa com legitimidade para tirar o Brasil do abismo em que se encontra, mas pode também atingir Jair Bolsonaro, que é alvo de duas ações penas no STF
247 – Com o Brasil em colapso e Lula com 39% nas pesquisas, ministros do TSE avaliam hoje se um condenado em segunda instância pode registrar sua candidatura. A medida visa tirar da disputa o ex-presidente, que, como preso político, é a única pessoa com legitimidade para tirar o Brasil do abismo em que se encontra, mas pode também atingir Jair Bolsonaro, que é alvo de duas ações penas no STF. Abaixo, reportagem da Agência Brasil:
Da Agência Brasil – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve decidir hoje (29) se um cidadão que se tornou réu em ação penal pode ser candidato à Presidência da República. Ao menos dois pré-candidatos à Presidência encontram-se na condição de réus: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que responde a seis ações penais na primeira instância da Justiça Federal, e o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), que é alvo de duas ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF).
A consulta foi feita pelo deputado Marcos Rogério (DEM-RO), que se baseou no que diz o Artigo 86 da Constituição, segundo o qual o presidente ficará suspenso de suas funções, “nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal”.
O deputado também mencionou julgamento do STF no qual ficou decidido pelo plenário, em fevereiro de 2017, que réus na linha sucessória da Presidência da República estão impedidos de substituir o presidente.
Para a área técnica do TSE, responder às indagações do parlamentar estaria ainda além da competência da Justiça Eleitoral, pois as perguntas se referem também a questões posteriores à diplomação do candidato vencedor no cargo.
Recomendação
Em parecer encaminhado ao relator, ministro Napoleão Nunes Maia, a área técnica do TSE o aconselhou a não responder ao questionamento, uma vez que não trata “apenas sobre matéria eleitoral, tampouco apresenta a necessária clareza e objetividade para ser respondida; gerando, ainda, multiplicidade de ilações”.
Segundo o parecer, assinado pela analista judiciária Elda Eliane de Almeida, a consulta não é clara por não informar qual seria o objeto da hipotética ação penal contra o candidato, nem em qual instância estaria tramitando neste momento, “o que faz com que o desfecho das indagações antecipe ilação sobre situação concreta que somente poderá ser aferida na data ou após a realização do pleito eleitoral”.
Perguntas 
Confira as perguntas feitas pelo deputado Marcos Rogério (DEM-RO):
1) Pode um réu em ação penal na Justiça Federal candidatar-se à Presidência da República?
2) Em caso de resposta positiva à pergunta anterior, caso eleito e perdurando a condição de réu, ele poderá assumir o mandato de Presidente da República?
3) Em caso de resposta positiva às indagações anteriores, pode um réu em ação penal na Justiça Federal, em razão de denúncia de supostos crimes cometidos no exercício da Presidência da República, em mandato anterior, candidatar-se à Presidência da República?
4) Em caso de resposta positiva à pergunta anterior, caso eleito e perdurando a condição de réu, ele poderá assumir o mandato de presidente da República?


Brasil entra em colapso e elites cogitam queda de Temer


Crise se aprofunda sem cessar com o país em colapso e as elites agora cogitam tirar Temer; prejuízos do golpe chegam à casa das centenas de bilhões de reais; analistas projetam cenário de desastre em larga escala em 2018; num evento do Valor Econômico que reuniu dezenas de empresários e alto executivos na noite de ontem (28) clima era de desalento; jornal conservador dá Temer como liquidado
247 - A crise se aprofunda sem cessar com o país em colapso e as elites, que patrocinaram o golpe contra a presidenta eleita Dilma Roussef em 2016, agora cogitam tirar Michel Temer. Os prejuízos do golpe ao Brasil são incomensuráveis, chegam à casa das centenas de bilhões de reais e analistas projetam um cenário de desastre em larga escala em 2018. Num evento do jornal Valor Econômico que reuniu dezenas de empresários e alto executivos na noite desta segunda (28) o clima era de desalento. Jornal conservador dá Temer como liquidado.  
Walter Schalka, presidente da Suzano Papel e Celulose, chegou a prever que o caos dos últimos dias patrocinado pelo governo pode reduzir o crescimento do PIB dramaticamente: "Essa paralisação vai afetar o PIB do ano em um ponto percentual. Porque a economia parou", disse. "Há múltiplas empresas com as operações paradas." A bem da verdade, a paralisia da economia já estava se desenhando antes da greve dos caminhoneiros. Nos últimos três meses do ano passado, o PIB estava estacionado, com um aumento simbólico de 0,1%. O cenário se repetiu no primeiro trimestre deste anos bem antes da greve. Segundo o Valor Data, a estimativa média de 24 instituições financeiras e consultorias é de que PIB continua estacionado, com outra alta irrisória de apenas 0,3% -os números oficiais devem sair hoje. Enquanto isso, analistas começam a projetar para 2018 um PIB negativo, o dólar batendo nos 5 reais e uma queda brutal nas reservas do país.
No encontro de ontem à noite,  Luiza Trajano, presidente do conselho do Magazine Luiza disse que "o Brasil não será o mesmo depois dessa greve". Para Hamilton Amadeo, presidente da holding de saneamento Aegea, o governo está no chão: "Essas movimentações, crises e impactos sempre existirão. O que pode fazer a diferença é ter um governo com capacidade mobilizadora suficiente para direcionar a sociedade e as empresas no melhor caminho".
Para Tito Martins, presidente da mineradora Nexa Resources (ex-Votorantim Metais) a greve dos caminhoneiros tem potencial, inclusive, para influenciar o resultado das eleições de outubro. "A maneira com a qual a negociação foi levada mostra que o governo está enfraquecido", disse. "Nas eleições, o ambiente criado acaba favorecendo os candidatos mais radicais. Arriscaria que a intenção de voto de alguns desses candidatos mais extremos vai subir nas próximas pesquisas."
O jornal O Estado de S.Paulo, porta-voz do segmento mais conservador das elites, publicou nesta terça um editorial com o título "Fraqueza perigosa" no qual indica que o governo golpista naufragou: "O governo do presidente Michel Temer mostrou-se frágil ao lidar com o protesto dos caminhoneiros que parou o País. Essa fragilidade ficou particularmente evidente com a quase total inação das Forças Armadas, malgrado o fato de que as medidas decretadas por Temer para desobstruir as estradas e garantir o abastecimento das cidades incluíam a autorização expressa para que os militares agissem contra os grevistas. Está claro que ao governo faltou pulso para administrar uma crise dessa dimensão, restando à sociedade a sensação de que o que está sendo feito é insuficiente e que os caminhoneiros – e todos os oportunistas que pegaram carona no movimento – estão a ditar os rumos da crise. O País se aproxima perigosamente da anomia – quando aqueles que deveriam exercer a autoridade política e institucional são desmoralizados, prevalecendo a lei do grito".
O humor e mesmo desespero das elites econômicas dá asas a saídas não democráticas para a crise, como insinua o editorial do jornal de Sçao Paulo. A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, agendou para os próximos dias uma ação que questiona se é possível migrar do sistema presidencialista para o parlamentarismo por meio de emenda à Constituição. Seria uma reedição da saída de 1961, quando as elites, para evitar a posse de João Goulart na Presidência, depois da renúncia de Jânio Quadros, tiraram da cartola o parlamentarismo para evitar um presidente progressista. O sistema durou 17 meses, sendo derrotado num plebiscito em 1963 e acabou sendo um ensaio para o golpe militar de 1964.    
A articulação de Lúcia vai ao encontro dos movimentos do presidente da Câmara, César Maia. Pré-candidato do DEM à Presidência, com irrisório 1% nas pesquisas, Maia tenta viabilizar-se no poder como primeiro-ministro. Ele continua atirando contra Temer. Numa entrevista à Rede TV que foi ao ar somente na madrugada desta terça-feira ele voltou a insistir na inviabilidade política de Temer: "Governo existe para arbitrar soluções, e não para ficar tratando de números e fazer ajustes econômicos. A renda das pessoas está caindo, o orçamento familiar está pesado por causa do gás de cozinha e dos combustíveis e não houve sensibilidade para enxergar isso antes que o movimento dos caminhoneiros ocorresse". 
Cenário das empresas
O encontro do Valor Econômico serviu para dar um cenário da atividade empresarial no país.
"A Suzano parou, hoje, porque eu preciso colocar madeira, químicos e outros insumos para a fábrica 'rodar', e não recebemos nada disso", afirmou Schalka. O executivo relatou que, mesmo com as medidas anunciadas pelo governo, a companhia não sentiu qualquer melhora no fluxo dos caminhões que transportam matéria-prima. "Temos um gabinete de crise monitorando tudo, hora a hora, e não conseguimos evoluir nada."
A greve paralisou cerca de 90% das operações da Heineken no Brasil, informou Didier Debrosse, presidente da cervejaria no país. A previsão é que as operações vão levar de quatro a seis dias para voltar ao normal a partir do momento em que a greve, de fato, terminar.
No grupo Boticário, houve uma queda ao redor de 20% no movimento das lojas, disse Artur Grynbaum, presidente da empresa. "Temos até estoque nas lojas, mas não temos movimento", afirmou. A previsão é que o setor levará de 8 a 14 dias para voltar ao normal.
A Kroton suspendeu 50% das aulas presenciais nas suas unidades de ensino superior, ontem, e planeja estender esse percentual para 70%, hoje. O motivo é a dificuldade de professores e alunos chegarem às unidades, disse Rodrigo Galindo, presidente da empresa.
Na Dell EMC, o estoque de componentes só vai durar 24 horas se o desabastecimento se mantiver, disse Luiz Gonçalves, presidente da fabricante de computadores no Brasil. "Temos estoque curto, de alguns dias, e abastecimento contínuo. Oito caminhões estão parados em Santos", afirmou. "Estamos fazendo reunião de crise duas vezes por dia". Metade dos funcionários passou a trabalhar em casa.
O polo petroquímico do Grande ABC está parado desde ontem (28) por tempo indeterminado, informou o Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC (Cofip ABC), em nota. O polo petroquímico é formado por 14 empresas de primeira e segunda geração da é formado por 14 empresas de primeira e segunda geração da Indústria, como Braskem, AkzoNobel, Liquigás, Ultragaz, entre outras. 

Golpe agoniza e mídia se torna expressão do desespero


A capa do jornal O Estado de S. Paulo desta terça-feira estampa o desespero do golpe; diante da monumental incompetência do governo, o jornal desabafa em praça pública clamando algum tipo de ação definidora e apontando o óbvio: a ausência de lideranças para conduzir o processo; editorial d'O Globo segue a mesma linha: a exasperação
247 - A capa do jornal O Estado de S. Paulo desta terça-feira estampa o desespero do golpe. Diante da monumental incompetência do governo, o jornal desabafa em praça pública clamando algum tipo de ação definidora e apontando o óbvio: a ausência de lideranças para conduzir o processo.
O Estadão, célebre por sua posição conservadora, indaga aos seus leitores: “o que mais eles querem?”. A resposta, tão evidente, é estereotipada pelo redator: a deposição de Michel Temer, para o jornal, é desejada apenas por ‘alguns’.
Factual é o relato sobre a narrativa da catástrofe que avança: o país está sem controle. Não há credibilidade de nenhum lado e a epidemia de ilegitimidade se alastra como um vírus, em processo de apodrecimento jamais visto na história do país.
O jornal faz extensa matéria que ocupa volume também inédito em sua edição. A linha de raciocínio segue na direção de uma “politização do movimento”. A pauta não seria mais o imposto nem o preço do diesel, mas sim o desmonte de todo o cinturão de proteção social e trabalhista que já não existe mais no país.


segunda-feira, 28 de maio de 2018

O apocalipse de Temer e Parente: 100 milhões de frangos mortos e 300 milhões de litros de leite jogados fora


Michel Temer, que assaltou o poder por meio de um golpe parlamentar, e Pedro Parente, indicado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para entregar as reservas do pré-sal e preparar a liquidação da Petrobras, destruíram a economia nacional; um balanço da CNI aponta que 100 milhões de aves foram sacrificadas e 300 milhões de litros de leite foram desperdiçados; ou o Brasil expulsa os golpistas do poder, ou não haverá mais Brasil
247 – Michel Temer, que assaltou o poder por meio de um golpe parlamentar, e Pedro Parente, indicado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para entregar as reservas do pré-sal e preparar a liquidação da Petrobras, destruíram a economia nacional. Um balanço da Confederação Nacional da Indústria, entidade empresarial que apoiou o golpe, aponta que 100 milhões de aves já foram sacrificadas, por falta de ração, e 300 milhões de litros de leite foram desperdiçados. Ou o Brasil expulsa os golpistas do poder, ou não haverá mais Brasil.
Abaixo, trecho de reportagem da Agência Brasil:
Após uma semana de paralisação dos caminhoneiros, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) alertou hoje (28) que 100 milhões de aves foram sacrificadas, sem condições de enterrar as carcaças dos animais, e 300 milhões de litros de leite foram jogados fora. A entidade advertiu ainda que a manutenção do movimento ameaça a sociedade, daí a necessidade de unir forças e encerrar o movimento.
“O abastecimento de água para uso humano está comprometido porque não estão sendo entregues produtos químicos para tratamento”, diz o comunicado da CNI. “O Brasil está parado. Precisamos retornar à normalidade.”


PT pedirá autorização para que Lula grave vídeos políticos na prisão


O PT pedirá à Justiça uma autorização para que o ex-presidente Lula possa gravar vídeos com mensagens políticas enquanto estiver preso; a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, disse que Lula "está na prerrogativa dele"; "Ele é um cidadão e pode se manifestar politicamente"
247 - O PT pedirá à Justiça uma autorização para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva possa gravar vídeos com mensagens políticas enquanto estiver preso. A legenda pretende divulgar gravações dele para reforçar o plano de sua candidatura à Presidência da República.
A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, disse à Folha que Lula "está na prerrogativa dele". "Ele é um cidadão e pode se manifestar politicamente", afirmou.
O advogado Eugênio Aragão, ministro da Justiça no governo Dilma Rousseff e vice-procuradorgeral eleitoral, deve fazer a solicitação nos próximos dias e deve encaminhar uma petição à juíza Carolina Moura Lebbos, responsável pela execução penal do ex-presidente.
"Enquanto ele estiver liberado para ser candidato, como ocorre agora, ele tem direito de se manifestar em igualdade de condições com os outros pré-candidatos. Não pode haver discriminação", afirmou Aragão.
A candidatura de Lula tende a ser rejeitada com base na Lei da Ficha Limpa, mas, de acordo com o PT, a decisão pode ser tomada somente depois que o ex-presidente tiver seu nome registrado na Justiça Eleitoral.
Antes de se entregar à Polícia Federal, no dia 7 de abril, Lula afirmou que gravou uma série de vídeos para serem usados durante a campanha do PT ao Planalto.
Líder nas pesquisas
Pesquisa CUT/Vox Populi, divulgada nesta segunda-feira (28), apontou que ex-presidente Lula mantém a vantagem sobre os demais presidenciáveis e, em eventual segundo turno, derrotaria qualquer adversário por ampla margem de votos.
Na simulação estimulada, quando os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados, Lula alcançou 39% das intenções de voto contra 30% da soma dos adversários.
Na segunda posição aparece o deputado Jair Bolsonaro (PSL), com 12%, seguido pela ex-senadora Marina Silva (Rede), com 6%, e pelo ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 4%. Em seguida estão o ex-governador de São paulo Geraldo Alckmin (PSDB), com 3%, e Álvaro Dias (Podemos), com 2%.
De acordo com o levantamento, Manuela D’Ávila (PC do B), Henrique Meirelles (MDB-GO), e João Amoedo (Novo-RJ) têm cada um 1% das intenções de votos. Guilherme Boulos (Psol-SP), Rodrigo Maia (DEM-RJ), João Vicente Goulart (PPL), Flávio Rocha (PRB-RN) e Paulo Rabelo de Castro (PSC) não pontuaram.
O percentual dos que não vão votar em ninguém, brancos e nulos totalizou 21% e não sabem ou não responderam, 9%.


CUT/VOX: com 39%, Lula vence no primeiro turno


Mesmo preso há 52 dias e atacado ferozmente pela mídia golpista, o ex-presidente Lula mantém a vantagem sobre os demais candidatos a presidente da República e seria eleito no primeiro turno se as eleições fossem hoje, aponta pesquisa Vox Populi divulgada pela CUT; Lula alcançou 39% das intenções de voto contra 30% da soma dos adversários, realizada entre os dias 19 e 23 de maio; se houvesse segundo turno, Lula também derrotaria qualquer adversário por ampla margem de votos
CUT - Mesmo preso há 52 dias e atacado ferozmente pela mídia golpista, o ex-presidente Lula mantém a vantagem sobre os demais candidatos a presidente da República e seria eleito no primeiro turno se as eleições fossem hoje. E se houvesse segundo turno, Lula também derrotaria qualquer adversário por ampla margem de votos.
No cenário estimulado, quando os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados, Lula alcançou 39% das intenções de voto contra 30% da soma dos adversários, mostra pesquisa CUT/Vox Populi, realizada entre os dias 19 a 23 de maio e divulgada nesta segunda-feira (28).
O diretor do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, chama a atenção para o pífio desempenho dos candidatos ligados ao ilegítimo Michel Temer (MDB-SP) que, juntos com o presidente, deram o golpe de estado e levaram o Brasil para o caos atual.
“Apesar do proselitismo de parte da imprensa brasileira, eles patinam em índices muito baixos. Entre eles, o que mais chama a atenção é o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), que está aquém do que alcançaram outros candidatos tucanos no passado”.
“Parece que a opinião pública não perdoa o comportamento do partido de 2014 para cá”, diz Coimbra.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, os brasileiros não esquecem que Lula aqueceu a economia, gerou mais de 20 milhões de empregos e distribuiu renda, apesar da crise de 2008 que derrubou bolsas em todo o mundo e levou a economia da Europa e dos Estados Unidos à bancarrota.
“O que temos agora são quase 14 milhões de desempregados, fora os subempregados, aumentos absurdos da gasolina, diesel e gás de cozinha e um governo acuado, desacreditado e sem capital político sequer para negociar o fim de uma mobilização de caminhoneiros”, pontua Vagner.
Na pesquisa estimulada, o segundo colocado, com praticamente um terço das intenções de voto de Lula, está o deputado Jair Bolsonaro (PSL), com 12%; seguido de Marina Silva (Rede), com 6%; Ciro Gomes (PDT), com 4%; Geraldo Alckmin (PSDB), com 3% e Álvaro Dias (Podemos), com 2%.
Henrique Meirelles (MDB-GO), Manuela D’Ávila (PC do B) e João Amoedo (Novo-RJ) têm cada um 1% das intenções de votos. Já Flávio Rocha (PRB-RN), Guilherme Boulos (Psol-SP), João Vicente Goulart (PPL), Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Paulo Rabelo de Castro (PSC) não pontuaram. O percentual dos que não vão votar em ninguém, brancos e nulos totalizou 21% e não sabem ou não responderam, 9%.
No Nordeste, Lula tem 56% das intenções de votos, contra 7% de Bolsonaro e Ciro, que empatam na Região; Marina tem 6% e Alckmin apenas 1%. Os demais não pontuaram. No Sul, 31% dos entrevistados votariam em Lula, 18% em Bolsonaro e 10% em Álvaro Dias; Marina e Ciro empatam, com 4% cada e Alckmin aumenta para 2%, empatando com João Amoedo. Meirelles, Manuela e outros têm 1%.
Pesquisa espontânea
No cenário espontâneo, Lula também está bem na frente dos demais candidatos. O ex-presidente tem 34% das intenções de votos, Bolsonaro surge em segundo lugar, com 10%; Ciro e Alckmin voltam a empatar, com 3% cada; Marina e Joaquim Barbosa, que desistiu da candidatura, surgem com 2% cada; e Álvaro Dias, com 1%. E 5% dos entrevistados disseram que vão votar em outros, 25% ninguém, brancos e nulos, e 16% não sabem ou não responderam.
Segundo turno
Nas simulações de segundo turno, Lula venceria todos os adversários com larga vantagem. Venceria Marina com 45% contra 14% da candidata da Rede; Já contra Alckmin e Bolsonaro, Lula alcançaria 47% dos votos contra 11% e 16%, respectivamente.
A pesquisa CUT/Vox Populi foi realizada com brasileiros de mais de 16 anos, residentes em áreas urbanas e rurais, de todos os estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões metropolitanas e no interior, de todos os estratos socioeconômicos.
Foram ouvidas 2.000, em entrevistas feitas em 121 municípios. Estratificação por cotas de sexo, idade, escolaridade e renda.
A margem de erro é de 2,2 %, estimada em um intervalo de confiança de 95%.


Petrobras desaba quase 7% e sobe pressão sobre Parente


No oitavo dia consecutivo da greve dos caminhoneiros, que põe o governo de joelhos, o Ibovespa operava em forte queda na manhã desta segunda-feira (28), em meio ao descrédito com os efeitos das medidas anunciadas na véspera pelo governo para encerrar a paralisação nas contas públicas e na Petrobras; as ações da estatal caíam ao redor de 7%; às 10h37, o Ibovespa caía 2,74%, a 76.738 pontos
247 com Reuters - O principal índice de ações da bolsa brasileira (B3) operava em forte queda na manhã desta segunda-feira (28), em meio à cautela com os efeitos das medidas anunciadas na véspera pelo governo para encerrar a greve dos caminhoneiros nas contas públicas e na Petrobras. As ações da estatal caíam ao redor de 7%.
Às 10h37, o Ibovespa caía 2,74%, a 76.738 pontos. 
A Petrobras informou que manterá por 60 dias uma redução nos preços do óleo diesel rodoviário anunciada no domingo pelo governo federal e que, após esse prazo, os reajustes do combustível passarão a ser mensais, e não até diários como ditava antes a política da companhia.
Em comunicado, a petroleira ressaltou que "não subsidiará o preço do diesel e não incorrerá em prejuízo, uma vez que será ressarcida pela União, em modalidade ainda a ser definida".
A redução nos preços já anunciada será de 46 centavos por livro, alcançada por meio de redução da carga tributária e da subvenção a ser paga pela União, segundo a companhia.


Ao defender Lula, Gleisi se fortalece e consolida liderança no PT


Prestes a completar um ano como presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann vai se consolidando como a principal liderança do partido em meio ao cenário adverso da prisão de Lula; Gleisi vem materializando a estratégia de Lula e enfrenta as pressões internas e externas com notável disposição
247 – Prestes a completar um ano como presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann vai se consolidando como a principal liderança do partido em meio ao cenário adverso da prisão de Lula. Gleisi vem materializando a estratégia de Lula e enfrenta as pressões internas e externas com notável disposição.
Internamente, a senadora retifica o óbvio: "eles não percebem que tudo é combinado diretamente com o Lula?”. Com esta afirmação, Gleisi deixa claro que sua ação está em conexão máxima com a estratégia do ex-presidente.
Dentro do PT, há uma ala minoritária que considera importante debater a substituição de Lula na chapa presidencial. Mas, Gleisi, de posse da interlocução periódica com Lula e de uma verve cada vez mais densa, rechaça a hipótese com muita firmeza e frases de efeito: “os governadores têm uma preocupação natural, mas o PT só tem a perder se substituir Lula ou apoiar outro candidato agora”.
“Teríamos uma dispersão da base e uma crise sem precedentes, porque hoje não temos um nome com capacidade de unificar o partido”, disse ainda a senadora em meio às pressões da própria imprensa, que vem apresentando dificuldades em acompanhar seus movimentos.
Ela ressalta que “nem tudo é discutido com o [ex-] presidente, mas a tática eleitoral e a estratégia política são conversadas com ele e com a direção partidária. Não é da minha cabeça. Não sou iluminada, assim”.
Lula confiou a Gleisi a função de porta-voz ao ser preso, em abril, pois acreditava [e acredita] que a senadora é capaz de fazer enfrentamentos e levar ao limite a tarefa de prosseguir com sua candidatura que, ademais, lidera todos os cenários de maneira avassaladora.
Sobre Ciro Gomes, o mais ‘assediador’ dos candidatos em busca de aliança, ela diz: “Ciro não passa no PT nem com reza brava”.
“Depois, os governadores Rui Costa (Bahia) e Camilo Santana (Ceará) se manifestaram, acirrando a divisão. Lula precisou intervir: alinhou-se a Gleisi e disse que a senadora estava certa ao desestimular discussões sobre um plano B, mas recomendou uma trégua. A presidente do PT se reuniu na semana passada com quatro dos cinco governadores do partido. Ela diz que a conversa “foi boa” e que apresentou aos colegas argumentos jurídicos pela manutenção da candidatura de Lula.
Dirigentes regionais reclamam que a postura “inflexível” de Gleisi impede a costura de coligações estaduais porque os partidos aliados não sabem quem será o candidato petista à Presidência. “Com a Lei da Ficha Limpa, a candidatura será questionada. Até setembro, a questão se resolve e definiremos se vamos disputar com Lula mesmo com uma eventual suspensão da candidatura ou se faremos a substituição. Isso não está dado”, argumentou a senadora."
Leia mais aqui.

Segunda começa como quase feriado no país


Com o caos instalado por Pedro Parente na economia, muitos brasileiros não sabem o que funciona ou não, nem se terão combustível nos postos; ontem, Michel Temer, que falava em usar a força e prender empresários, fez todas as concessões aos caminhoneiros, ao custo de mais de R$ 10 bilhões, e implorou para que voltem a trabalhar
247 - Com o caos instalado por Pedro Parente na economia, muitos brasileiros não sabem o que funciona ou não, nem se terão combustível nos postos; ontem, Michel Temer, que falava em usar a força e prender empresários, fez todas as concessões aos caminhoneiros, ao custo de mais de R$ 10 bilhões, e implorou para que voltem a trabalhar.
A lambança dos ‘micróbios’ Temer e Parente vai deixando uma indelével marca de catástrofe no país.  O governo foi obrigado pelos caminhoneiros a publicar em edição extra do Diário Oficial da União as três medidas provisórias prometidas pelo presidente Michel Temer em pronunciamento feito mais cedo. Sem a publicação, os representantes do movimento não cederiam.
O recuo dos caminhoneiros, no entanto, não pode ser dado como líquido e certo. Só na semana passada, a imprensa anunciou o fim da greve várias vezes, sem que isso tivesse conexão com a realidade fatual. A paralisação se pulverizou e, consequentemente, as decisões sobre o fim da greve. Não há quem “responda” pelo movimento neste momento, ainda que entidades se coloquem na linha de frente.
Das medidas anunciadas pelo governo para estancar o desastre do abastecimento, está a reserva de 30% do frente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) para cooperativas de transportes autônomos, sindicatos e associações de autônomos. 
“Em outra MP, o governo estende para as estradas estaduais a dispensa de pagamento de pedágio do eixo suspenso de caminhões, uma das principais reivindicações da categoria. Atualmente, o benefício já é válido para as rodovias federais desde 2015.
Por último, foi editado um texto que cria a política de preços mínimos para o transporte de cargas. O tema vinha sendo discutido em projeto do Senado, mas o governo decidiu converter seu conteúdo em MP para dar mais celeridade. As medidas têm validade imediata, mas precisam passar por aprovação da Câmara e do Senado em até 120 dias.”
Leia mais aqui.