terça-feira, 29 de maio de 2018

Brasil entra em colapso e elites cogitam queda de Temer


Crise se aprofunda sem cessar com o país em colapso e as elites agora cogitam tirar Temer; prejuízos do golpe chegam à casa das centenas de bilhões de reais; analistas projetam cenário de desastre em larga escala em 2018; num evento do Valor Econômico que reuniu dezenas de empresários e alto executivos na noite de ontem (28) clima era de desalento; jornal conservador dá Temer como liquidado
247 - A crise se aprofunda sem cessar com o país em colapso e as elites, que patrocinaram o golpe contra a presidenta eleita Dilma Roussef em 2016, agora cogitam tirar Michel Temer. Os prejuízos do golpe ao Brasil são incomensuráveis, chegam à casa das centenas de bilhões de reais e analistas projetam um cenário de desastre em larga escala em 2018. Num evento do jornal Valor Econômico que reuniu dezenas de empresários e alto executivos na noite desta segunda (28) o clima era de desalento. Jornal conservador dá Temer como liquidado.  
Walter Schalka, presidente da Suzano Papel e Celulose, chegou a prever que o caos dos últimos dias patrocinado pelo governo pode reduzir o crescimento do PIB dramaticamente: "Essa paralisação vai afetar o PIB do ano em um ponto percentual. Porque a economia parou", disse. "Há múltiplas empresas com as operações paradas." A bem da verdade, a paralisia da economia já estava se desenhando antes da greve dos caminhoneiros. Nos últimos três meses do ano passado, o PIB estava estacionado, com um aumento simbólico de 0,1%. O cenário se repetiu no primeiro trimestre deste anos bem antes da greve. Segundo o Valor Data, a estimativa média de 24 instituições financeiras e consultorias é de que PIB continua estacionado, com outra alta irrisória de apenas 0,3% -os números oficiais devem sair hoje. Enquanto isso, analistas começam a projetar para 2018 um PIB negativo, o dólar batendo nos 5 reais e uma queda brutal nas reservas do país.
No encontro de ontem à noite,  Luiza Trajano, presidente do conselho do Magazine Luiza disse que "o Brasil não será o mesmo depois dessa greve". Para Hamilton Amadeo, presidente da holding de saneamento Aegea, o governo está no chão: "Essas movimentações, crises e impactos sempre existirão. O que pode fazer a diferença é ter um governo com capacidade mobilizadora suficiente para direcionar a sociedade e as empresas no melhor caminho".
Para Tito Martins, presidente da mineradora Nexa Resources (ex-Votorantim Metais) a greve dos caminhoneiros tem potencial, inclusive, para influenciar o resultado das eleições de outubro. "A maneira com a qual a negociação foi levada mostra que o governo está enfraquecido", disse. "Nas eleições, o ambiente criado acaba favorecendo os candidatos mais radicais. Arriscaria que a intenção de voto de alguns desses candidatos mais extremos vai subir nas próximas pesquisas."
O jornal O Estado de S.Paulo, porta-voz do segmento mais conservador das elites, publicou nesta terça um editorial com o título "Fraqueza perigosa" no qual indica que o governo golpista naufragou: "O governo do presidente Michel Temer mostrou-se frágil ao lidar com o protesto dos caminhoneiros que parou o País. Essa fragilidade ficou particularmente evidente com a quase total inação das Forças Armadas, malgrado o fato de que as medidas decretadas por Temer para desobstruir as estradas e garantir o abastecimento das cidades incluíam a autorização expressa para que os militares agissem contra os grevistas. Está claro que ao governo faltou pulso para administrar uma crise dessa dimensão, restando à sociedade a sensação de que o que está sendo feito é insuficiente e que os caminhoneiros – e todos os oportunistas que pegaram carona no movimento – estão a ditar os rumos da crise. O País se aproxima perigosamente da anomia – quando aqueles que deveriam exercer a autoridade política e institucional são desmoralizados, prevalecendo a lei do grito".
O humor e mesmo desespero das elites econômicas dá asas a saídas não democráticas para a crise, como insinua o editorial do jornal de Sçao Paulo. A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, agendou para os próximos dias uma ação que questiona se é possível migrar do sistema presidencialista para o parlamentarismo por meio de emenda à Constituição. Seria uma reedição da saída de 1961, quando as elites, para evitar a posse de João Goulart na Presidência, depois da renúncia de Jânio Quadros, tiraram da cartola o parlamentarismo para evitar um presidente progressista. O sistema durou 17 meses, sendo derrotado num plebiscito em 1963 e acabou sendo um ensaio para o golpe militar de 1964.    
A articulação de Lúcia vai ao encontro dos movimentos do presidente da Câmara, César Maia. Pré-candidato do DEM à Presidência, com irrisório 1% nas pesquisas, Maia tenta viabilizar-se no poder como primeiro-ministro. Ele continua atirando contra Temer. Numa entrevista à Rede TV que foi ao ar somente na madrugada desta terça-feira ele voltou a insistir na inviabilidade política de Temer: "Governo existe para arbitrar soluções, e não para ficar tratando de números e fazer ajustes econômicos. A renda das pessoas está caindo, o orçamento familiar está pesado por causa do gás de cozinha e dos combustíveis e não houve sensibilidade para enxergar isso antes que o movimento dos caminhoneiros ocorresse". 
Cenário das empresas
O encontro do Valor Econômico serviu para dar um cenário da atividade empresarial no país.
"A Suzano parou, hoje, porque eu preciso colocar madeira, químicos e outros insumos para a fábrica 'rodar', e não recebemos nada disso", afirmou Schalka. O executivo relatou que, mesmo com as medidas anunciadas pelo governo, a companhia não sentiu qualquer melhora no fluxo dos caminhões que transportam matéria-prima. "Temos um gabinete de crise monitorando tudo, hora a hora, e não conseguimos evoluir nada."
A greve paralisou cerca de 90% das operações da Heineken no Brasil, informou Didier Debrosse, presidente da cervejaria no país. A previsão é que as operações vão levar de quatro a seis dias para voltar ao normal a partir do momento em que a greve, de fato, terminar.
No grupo Boticário, houve uma queda ao redor de 20% no movimento das lojas, disse Artur Grynbaum, presidente da empresa. "Temos até estoque nas lojas, mas não temos movimento", afirmou. A previsão é que o setor levará de 8 a 14 dias para voltar ao normal.
A Kroton suspendeu 50% das aulas presenciais nas suas unidades de ensino superior, ontem, e planeja estender esse percentual para 70%, hoje. O motivo é a dificuldade de professores e alunos chegarem às unidades, disse Rodrigo Galindo, presidente da empresa.
Na Dell EMC, o estoque de componentes só vai durar 24 horas se o desabastecimento se mantiver, disse Luiz Gonçalves, presidente da fabricante de computadores no Brasil. "Temos estoque curto, de alguns dias, e abastecimento contínuo. Oito caminhões estão parados em Santos", afirmou. "Estamos fazendo reunião de crise duas vezes por dia". Metade dos funcionários passou a trabalhar em casa.
O polo petroquímico do Grande ABC está parado desde ontem (28) por tempo indeterminado, informou o Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC (Cofip ABC), em nota. O polo petroquímico é formado por 14 empresas de primeira e segunda geração da é formado por 14 empresas de primeira e segunda geração da Indústria, como Braskem, AkzoNobel, Liquigás, Ultragaz, entre outras. 

Golpe agoniza e mídia se torna expressão do desespero


A capa do jornal O Estado de S. Paulo desta terça-feira estampa o desespero do golpe; diante da monumental incompetência do governo, o jornal desabafa em praça pública clamando algum tipo de ação definidora e apontando o óbvio: a ausência de lideranças para conduzir o processo; editorial d'O Globo segue a mesma linha: a exasperação
247 - A capa do jornal O Estado de S. Paulo desta terça-feira estampa o desespero do golpe. Diante da monumental incompetência do governo, o jornal desabafa em praça pública clamando algum tipo de ação definidora e apontando o óbvio: a ausência de lideranças para conduzir o processo.
O Estadão, célebre por sua posição conservadora, indaga aos seus leitores: “o que mais eles querem?”. A resposta, tão evidente, é estereotipada pelo redator: a deposição de Michel Temer, para o jornal, é desejada apenas por ‘alguns’.
Factual é o relato sobre a narrativa da catástrofe que avança: o país está sem controle. Não há credibilidade de nenhum lado e a epidemia de ilegitimidade se alastra como um vírus, em processo de apodrecimento jamais visto na história do país.
O jornal faz extensa matéria que ocupa volume também inédito em sua edição. A linha de raciocínio segue na direção de uma “politização do movimento”. A pauta não seria mais o imposto nem o preço do diesel, mas sim o desmonte de todo o cinturão de proteção social e trabalhista que já não existe mais no país.


segunda-feira, 28 de maio de 2018

O apocalipse de Temer e Parente: 100 milhões de frangos mortos e 300 milhões de litros de leite jogados fora


Michel Temer, que assaltou o poder por meio de um golpe parlamentar, e Pedro Parente, indicado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para entregar as reservas do pré-sal e preparar a liquidação da Petrobras, destruíram a economia nacional; um balanço da CNI aponta que 100 milhões de aves foram sacrificadas e 300 milhões de litros de leite foram desperdiçados; ou o Brasil expulsa os golpistas do poder, ou não haverá mais Brasil
247 – Michel Temer, que assaltou o poder por meio de um golpe parlamentar, e Pedro Parente, indicado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para entregar as reservas do pré-sal e preparar a liquidação da Petrobras, destruíram a economia nacional. Um balanço da Confederação Nacional da Indústria, entidade empresarial que apoiou o golpe, aponta que 100 milhões de aves já foram sacrificadas, por falta de ração, e 300 milhões de litros de leite foram desperdiçados. Ou o Brasil expulsa os golpistas do poder, ou não haverá mais Brasil.
Abaixo, trecho de reportagem da Agência Brasil:
Após uma semana de paralisação dos caminhoneiros, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) alertou hoje (28) que 100 milhões de aves foram sacrificadas, sem condições de enterrar as carcaças dos animais, e 300 milhões de litros de leite foram jogados fora. A entidade advertiu ainda que a manutenção do movimento ameaça a sociedade, daí a necessidade de unir forças e encerrar o movimento.
“O abastecimento de água para uso humano está comprometido porque não estão sendo entregues produtos químicos para tratamento”, diz o comunicado da CNI. “O Brasil está parado. Precisamos retornar à normalidade.”


PT pedirá autorização para que Lula grave vídeos políticos na prisão


O PT pedirá à Justiça uma autorização para que o ex-presidente Lula possa gravar vídeos com mensagens políticas enquanto estiver preso; a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, disse que Lula "está na prerrogativa dele"; "Ele é um cidadão e pode se manifestar politicamente"
247 - O PT pedirá à Justiça uma autorização para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva possa gravar vídeos com mensagens políticas enquanto estiver preso. A legenda pretende divulgar gravações dele para reforçar o plano de sua candidatura à Presidência da República.
A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, disse à Folha que Lula "está na prerrogativa dele". "Ele é um cidadão e pode se manifestar politicamente", afirmou.
O advogado Eugênio Aragão, ministro da Justiça no governo Dilma Rousseff e vice-procuradorgeral eleitoral, deve fazer a solicitação nos próximos dias e deve encaminhar uma petição à juíza Carolina Moura Lebbos, responsável pela execução penal do ex-presidente.
"Enquanto ele estiver liberado para ser candidato, como ocorre agora, ele tem direito de se manifestar em igualdade de condições com os outros pré-candidatos. Não pode haver discriminação", afirmou Aragão.
A candidatura de Lula tende a ser rejeitada com base na Lei da Ficha Limpa, mas, de acordo com o PT, a decisão pode ser tomada somente depois que o ex-presidente tiver seu nome registrado na Justiça Eleitoral.
Antes de se entregar à Polícia Federal, no dia 7 de abril, Lula afirmou que gravou uma série de vídeos para serem usados durante a campanha do PT ao Planalto.
Líder nas pesquisas
Pesquisa CUT/Vox Populi, divulgada nesta segunda-feira (28), apontou que ex-presidente Lula mantém a vantagem sobre os demais presidenciáveis e, em eventual segundo turno, derrotaria qualquer adversário por ampla margem de votos.
Na simulação estimulada, quando os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados, Lula alcançou 39% das intenções de voto contra 30% da soma dos adversários.
Na segunda posição aparece o deputado Jair Bolsonaro (PSL), com 12%, seguido pela ex-senadora Marina Silva (Rede), com 6%, e pelo ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 4%. Em seguida estão o ex-governador de São paulo Geraldo Alckmin (PSDB), com 3%, e Álvaro Dias (Podemos), com 2%.
De acordo com o levantamento, Manuela D’Ávila (PC do B), Henrique Meirelles (MDB-GO), e João Amoedo (Novo-RJ) têm cada um 1% das intenções de votos. Guilherme Boulos (Psol-SP), Rodrigo Maia (DEM-RJ), João Vicente Goulart (PPL), Flávio Rocha (PRB-RN) e Paulo Rabelo de Castro (PSC) não pontuaram.
O percentual dos que não vão votar em ninguém, brancos e nulos totalizou 21% e não sabem ou não responderam, 9%.


CUT/VOX: com 39%, Lula vence no primeiro turno


Mesmo preso há 52 dias e atacado ferozmente pela mídia golpista, o ex-presidente Lula mantém a vantagem sobre os demais candidatos a presidente da República e seria eleito no primeiro turno se as eleições fossem hoje, aponta pesquisa Vox Populi divulgada pela CUT; Lula alcançou 39% das intenções de voto contra 30% da soma dos adversários, realizada entre os dias 19 e 23 de maio; se houvesse segundo turno, Lula também derrotaria qualquer adversário por ampla margem de votos
CUT - Mesmo preso há 52 dias e atacado ferozmente pela mídia golpista, o ex-presidente Lula mantém a vantagem sobre os demais candidatos a presidente da República e seria eleito no primeiro turno se as eleições fossem hoje. E se houvesse segundo turno, Lula também derrotaria qualquer adversário por ampla margem de votos.
No cenário estimulado, quando os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados, Lula alcançou 39% das intenções de voto contra 30% da soma dos adversários, mostra pesquisa CUT/Vox Populi, realizada entre os dias 19 a 23 de maio e divulgada nesta segunda-feira (28).
O diretor do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, chama a atenção para o pífio desempenho dos candidatos ligados ao ilegítimo Michel Temer (MDB-SP) que, juntos com o presidente, deram o golpe de estado e levaram o Brasil para o caos atual.
“Apesar do proselitismo de parte da imprensa brasileira, eles patinam em índices muito baixos. Entre eles, o que mais chama a atenção é o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), que está aquém do que alcançaram outros candidatos tucanos no passado”.
“Parece que a opinião pública não perdoa o comportamento do partido de 2014 para cá”, diz Coimbra.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, os brasileiros não esquecem que Lula aqueceu a economia, gerou mais de 20 milhões de empregos e distribuiu renda, apesar da crise de 2008 que derrubou bolsas em todo o mundo e levou a economia da Europa e dos Estados Unidos à bancarrota.
“O que temos agora são quase 14 milhões de desempregados, fora os subempregados, aumentos absurdos da gasolina, diesel e gás de cozinha e um governo acuado, desacreditado e sem capital político sequer para negociar o fim de uma mobilização de caminhoneiros”, pontua Vagner.
Na pesquisa estimulada, o segundo colocado, com praticamente um terço das intenções de voto de Lula, está o deputado Jair Bolsonaro (PSL), com 12%; seguido de Marina Silva (Rede), com 6%; Ciro Gomes (PDT), com 4%; Geraldo Alckmin (PSDB), com 3% e Álvaro Dias (Podemos), com 2%.
Henrique Meirelles (MDB-GO), Manuela D’Ávila (PC do B) e João Amoedo (Novo-RJ) têm cada um 1% das intenções de votos. Já Flávio Rocha (PRB-RN), Guilherme Boulos (Psol-SP), João Vicente Goulart (PPL), Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Paulo Rabelo de Castro (PSC) não pontuaram. O percentual dos que não vão votar em ninguém, brancos e nulos totalizou 21% e não sabem ou não responderam, 9%.
No Nordeste, Lula tem 56% das intenções de votos, contra 7% de Bolsonaro e Ciro, que empatam na Região; Marina tem 6% e Alckmin apenas 1%. Os demais não pontuaram. No Sul, 31% dos entrevistados votariam em Lula, 18% em Bolsonaro e 10% em Álvaro Dias; Marina e Ciro empatam, com 4% cada e Alckmin aumenta para 2%, empatando com João Amoedo. Meirelles, Manuela e outros têm 1%.
Pesquisa espontânea
No cenário espontâneo, Lula também está bem na frente dos demais candidatos. O ex-presidente tem 34% das intenções de votos, Bolsonaro surge em segundo lugar, com 10%; Ciro e Alckmin voltam a empatar, com 3% cada; Marina e Joaquim Barbosa, que desistiu da candidatura, surgem com 2% cada; e Álvaro Dias, com 1%. E 5% dos entrevistados disseram que vão votar em outros, 25% ninguém, brancos e nulos, e 16% não sabem ou não responderam.
Segundo turno
Nas simulações de segundo turno, Lula venceria todos os adversários com larga vantagem. Venceria Marina com 45% contra 14% da candidata da Rede; Já contra Alckmin e Bolsonaro, Lula alcançaria 47% dos votos contra 11% e 16%, respectivamente.
A pesquisa CUT/Vox Populi foi realizada com brasileiros de mais de 16 anos, residentes em áreas urbanas e rurais, de todos os estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões metropolitanas e no interior, de todos os estratos socioeconômicos.
Foram ouvidas 2.000, em entrevistas feitas em 121 municípios. Estratificação por cotas de sexo, idade, escolaridade e renda.
A margem de erro é de 2,2 %, estimada em um intervalo de confiança de 95%.


Petrobras desaba quase 7% e sobe pressão sobre Parente


No oitavo dia consecutivo da greve dos caminhoneiros, que põe o governo de joelhos, o Ibovespa operava em forte queda na manhã desta segunda-feira (28), em meio ao descrédito com os efeitos das medidas anunciadas na véspera pelo governo para encerrar a paralisação nas contas públicas e na Petrobras; as ações da estatal caíam ao redor de 7%; às 10h37, o Ibovespa caía 2,74%, a 76.738 pontos
247 com Reuters - O principal índice de ações da bolsa brasileira (B3) operava em forte queda na manhã desta segunda-feira (28), em meio à cautela com os efeitos das medidas anunciadas na véspera pelo governo para encerrar a greve dos caminhoneiros nas contas públicas e na Petrobras. As ações da estatal caíam ao redor de 7%.
Às 10h37, o Ibovespa caía 2,74%, a 76.738 pontos. 
A Petrobras informou que manterá por 60 dias uma redução nos preços do óleo diesel rodoviário anunciada no domingo pelo governo federal e que, após esse prazo, os reajustes do combustível passarão a ser mensais, e não até diários como ditava antes a política da companhia.
Em comunicado, a petroleira ressaltou que "não subsidiará o preço do diesel e não incorrerá em prejuízo, uma vez que será ressarcida pela União, em modalidade ainda a ser definida".
A redução nos preços já anunciada será de 46 centavos por livro, alcançada por meio de redução da carga tributária e da subvenção a ser paga pela União, segundo a companhia.


Ao defender Lula, Gleisi se fortalece e consolida liderança no PT


Prestes a completar um ano como presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann vai se consolidando como a principal liderança do partido em meio ao cenário adverso da prisão de Lula; Gleisi vem materializando a estratégia de Lula e enfrenta as pressões internas e externas com notável disposição
247 – Prestes a completar um ano como presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann vai se consolidando como a principal liderança do partido em meio ao cenário adverso da prisão de Lula. Gleisi vem materializando a estratégia de Lula e enfrenta as pressões internas e externas com notável disposição.
Internamente, a senadora retifica o óbvio: "eles não percebem que tudo é combinado diretamente com o Lula?”. Com esta afirmação, Gleisi deixa claro que sua ação está em conexão máxima com a estratégia do ex-presidente.
Dentro do PT, há uma ala minoritária que considera importante debater a substituição de Lula na chapa presidencial. Mas, Gleisi, de posse da interlocução periódica com Lula e de uma verve cada vez mais densa, rechaça a hipótese com muita firmeza e frases de efeito: “os governadores têm uma preocupação natural, mas o PT só tem a perder se substituir Lula ou apoiar outro candidato agora”.
“Teríamos uma dispersão da base e uma crise sem precedentes, porque hoje não temos um nome com capacidade de unificar o partido”, disse ainda a senadora em meio às pressões da própria imprensa, que vem apresentando dificuldades em acompanhar seus movimentos.
Ela ressalta que “nem tudo é discutido com o [ex-] presidente, mas a tática eleitoral e a estratégia política são conversadas com ele e com a direção partidária. Não é da minha cabeça. Não sou iluminada, assim”.
Lula confiou a Gleisi a função de porta-voz ao ser preso, em abril, pois acreditava [e acredita] que a senadora é capaz de fazer enfrentamentos e levar ao limite a tarefa de prosseguir com sua candidatura que, ademais, lidera todos os cenários de maneira avassaladora.
Sobre Ciro Gomes, o mais ‘assediador’ dos candidatos em busca de aliança, ela diz: “Ciro não passa no PT nem com reza brava”.
“Depois, os governadores Rui Costa (Bahia) e Camilo Santana (Ceará) se manifestaram, acirrando a divisão. Lula precisou intervir: alinhou-se a Gleisi e disse que a senadora estava certa ao desestimular discussões sobre um plano B, mas recomendou uma trégua. A presidente do PT se reuniu na semana passada com quatro dos cinco governadores do partido. Ela diz que a conversa “foi boa” e que apresentou aos colegas argumentos jurídicos pela manutenção da candidatura de Lula.
Dirigentes regionais reclamam que a postura “inflexível” de Gleisi impede a costura de coligações estaduais porque os partidos aliados não sabem quem será o candidato petista à Presidência. “Com a Lei da Ficha Limpa, a candidatura será questionada. Até setembro, a questão se resolve e definiremos se vamos disputar com Lula mesmo com uma eventual suspensão da candidatura ou se faremos a substituição. Isso não está dado”, argumentou a senadora."
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Segunda começa como quase feriado no país


Com o caos instalado por Pedro Parente na economia, muitos brasileiros não sabem o que funciona ou não, nem se terão combustível nos postos; ontem, Michel Temer, que falava em usar a força e prender empresários, fez todas as concessões aos caminhoneiros, ao custo de mais de R$ 10 bilhões, e implorou para que voltem a trabalhar
247 - Com o caos instalado por Pedro Parente na economia, muitos brasileiros não sabem o que funciona ou não, nem se terão combustível nos postos; ontem, Michel Temer, que falava em usar a força e prender empresários, fez todas as concessões aos caminhoneiros, ao custo de mais de R$ 10 bilhões, e implorou para que voltem a trabalhar.
A lambança dos ‘micróbios’ Temer e Parente vai deixando uma indelével marca de catástrofe no país.  O governo foi obrigado pelos caminhoneiros a publicar em edição extra do Diário Oficial da União as três medidas provisórias prometidas pelo presidente Michel Temer em pronunciamento feito mais cedo. Sem a publicação, os representantes do movimento não cederiam.
O recuo dos caminhoneiros, no entanto, não pode ser dado como líquido e certo. Só na semana passada, a imprensa anunciou o fim da greve várias vezes, sem que isso tivesse conexão com a realidade fatual. A paralisação se pulverizou e, consequentemente, as decisões sobre o fim da greve. Não há quem “responda” pelo movimento neste momento, ainda que entidades se coloquem na linha de frente.
Das medidas anunciadas pelo governo para estancar o desastre do abastecimento, está a reserva de 30% do frente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) para cooperativas de transportes autônomos, sindicatos e associações de autônomos. 
“Em outra MP, o governo estende para as estradas estaduais a dispensa de pagamento de pedágio do eixo suspenso de caminhões, uma das principais reivindicações da categoria. Atualmente, o benefício já é válido para as rodovias federais desde 2015.
Por último, foi editado um texto que cria a política de preços mínimos para o transporte de cargas. O tema vinha sendo discutido em projeto do Senado, mas o governo decidiu converter seu conteúdo em MP para dar mais celeridade. As medidas têm validade imediata, mas precisam passar por aprovação da Câmara e do Senado em até 120 dias.”
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Greve dos caminhoneiros expõe face obscura de muitos brasileiros



A greve legítima dos Caminhoneiros, que paralisou o País nos últimos 7 dias, expôs a - verdadeira face obscura – de alguns de muitos brasileiros, que se escondiam sob o manto da moralidade. 
Filas quilométricas mostra o desespero dos brasileiros, para abastecerem os seus veículos nos postos de combustíveis no Brasil inteiro.
Cenas como a de um empresário de laticínios, zangado, abrindo as torneiras de seus grandes reservatórios de leite e estragando o produto por falta de lugar para armazenagem – ao invés de doar para pessoas carentes– corta o coração de quem tem um bom
A televisão mostra frutas, verduras, gêneros alimentícios, carne e frango sendo despejados no lixo, ao invés de serem doados para quem está passando fome. 
O que dizer dos empresários de postos de gasolina, que se aproveitaram da falta do produto, para aumentarem absurdamente os preços e lucrarem com a desgraça alheia? 
Os Caminhoneiros estão protestando por um direito justo e legal, que precisou acontecer, para que as camadas abastadas percebecessem, que ninguém é autossuficiente e vive em casulos protegidos pela força do seu próprio capital, como alguns pensavam. 
Nunca se viu situação semelhante nesse País, onde o egoísmo, foi tão presente ao ponto de descortinar a face oculta daqueles mesmos que protestavam contra a ex-presidente Dilma e ficaram radiantes com a prisão do ex-presidente Lula. 
O que é senão corrupção, aumentar preço de produtos em meio a desesperadora falta deles, em pleno estado de greve? 
Onde está a humanidade dessas pessoas, que esqueceram a solidariedade e o respeito dentro de um baú velho, escondido, junto com as suas máscaras de super-heróis?
Quem sabe esses mesmos empresários que gravam vídeos todos os dias,  dizendo que querem um Brasil assim e assado, que lutam por uma moralidade alheia à sua, não são os mesmos que foram expostos sonegando amor e solidariedade às pessoas? 
Hipócritas sem-vergonha! quando tudo isso passar, estarão marcados para sempre pelo egoísmo exacerbado, onde o seu bem-estar se faz presente somente do corpo para dentro. 
Miseráveis!  preferem jogar no lixo os alimentos, a doar para quem passa por privações, com a falta dos projetos sociais da era Dilma-Lula, que os salvava da fome.
Poucos, muito poucos foram aqueles que doaram leite, aves e ovos, para a população. Mas certamente, estarão entre os brasileiros de verdade, cuja a sua maior virtude foi e sempre será a solidariedade.
Enquanto isso, o sem-cerimônia Presidente decorativo definitivo Michel Temer, nem esconde que pretende passar o seu bastão para os militares, que sempre, sempre são chamados para socorrê-lo das pelejas quando não consegue ou não se propõe a resolver por inteiro. 
Como está a cara daqueles que bateram panelas, fizeram apitaços, apagaram as luzes e participaram daqueles inesquecíveis Carnavais fora de época da Paulista (com direito a filé, champanhe e transmissão ao vivo pela Rede Globo), vestidos de Patos e papagaios, durante as manifestações contra Dilma em 2015 e 2016? 
Como está a cara daqueles outros mais afoitos que disseram: “Pior que está não fica”? Ou daqueles que gritaram: “Hei Dilma vai se ferrar... e leva o Lula com você?
Certamente que no chão, muito bem escondidas, no mesmo baú onde guardam o seu amor ao próximo, expondo a verdadeira face do ódio, a que foram adestrados pela mídia golpista nacional. 
O Brasil precisa ter orgulho dos brasileiros, dos trabalhadores, dos empresários honestos, dos políticos e sobretudo, do seu verdadeiro e característico povo, aquele solidário! 
Uma preocupação toma conta: Congresso “ Com Supremo, com tudo”, será que vão deixar Lula ser candidato e que as eleições sejam por fim diretas e legítimas?  Ou penduricalhos judiciais de exceção (como de praxe), vão continuar o mantendo preso ilegalmente e, impedi-lo definitivamente concorrer em outubro próximo? 
Ricardo Fonseca é publicitário, divulgador das causas midiáticas e responsável pelo Blog Propagando


domingo, 27 de maio de 2018

Petroleiros convocam greve de 72 horas contra o caos de Temer e Parente


A Federação Única dos Petroleiros e seus sindicatos filiados convocam a categoria petroleira para uma greve nacional de advertência de 72 horas. Os trabalhadores do Sistema Petrobras iniciarão o movimento a partir do primeiro minuto de quarta-feira, 30 de maio, para baixar os preços do gás de cozinha e dos combustíveis, contra a privatização da empresa e pela saída imediata do presidente Pedro Parente
a Federação Única dos Petroleiros – A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos filiados convocam a categoria petroleira para uma greve nacional de advertência de 72 horas. Os trabalhadores do Sistema Petrobras iniciarão o movimento a partir do primeiro minuto de quarta-feira, 30 de maio, para baixar os preços do gás de cozinha e dos combustíveis, contra a privatização da empresa e pela saída imediata do presidente Pedro Parente, que, com o aval do governo Michel Temer, mergulhou o país numa crise sem precedentes. 

A atual política de reajuste dos derivados de petróleo, que fez os preços dos combustíveis dispararem, é reflexo direto do maior desmonte da história da Petrobrás. Os culpados pelo caos são Pedro Parente e Michel Temer, que, intensifica a crise ao convocar as força armadas para ocupar as refinarias. A FUP repudia enfaticamente mais esse grave ataque ao Estado Democrático de Direito e exige a retirada imediata das tropas militares que estão nas instalações da Petrobrás.

A greve de advertência é mais uma etapa das mobilizações que os petroleiros vêm fazendo na construção de uma greve nacional por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria. Os eixos principais do movimento são a redução dos preços dos combustíveis, a manutenção dos empregos, a retomada da produção das refinarias, o fim das importações de derivados de petróleo, não às privatizações e ao desmonte da Petrobrás e a demissão de Pedro Parente da presidência da empresa. 

Já neste domingo, 27, os petroleiros farão novos atrasos e cortes de rendição nas quatro refinarias e fábricas de fertilizantes que estão em processo de venda: Rlam (BA), Abreu e Lima (PE), Repar (PR), Refap (RS), Araucária Nitrogenados (PR) e Fafen Bahia. 

Na segunda-feira, 28, a FUP e seus sindicatos realizarão um Dia Nacional de Luta, com atos públicos e mobilizações em todo o Sistema Petrobrás, denunciando os interesses que estão por trás da política de preços de combustíveis, feita sob encomenda para atender o mercado e as importadoras de derivados. A gestão entreguista de Pedro Parente está obrigando a Petrobrás a abrir mão do mercado nacional de derivados para as importadoras, que hoje são responsáveis por um quarto de todos os combustíveis comercializados no país. 

O número de importadoras de derivados quadruplicou nos últimos dois anos, desde que Parente adotou preços internacionais, onerando o consumidor brasileiro para garantir o lucro do mercado. Em 2017, o Brasil foi inundado com mais de 200 milhões de barris de combustíveis importados, enquanto as refinarias, por deliberação do governo Temer, estão operando com menos de 70% de sua capacidade. O povo brasileiro não pagará a conta desse desmonte.

Todos contra a entrega do Sistema Petrobrás. Todos contra o aumento dos combustíveis.  Privatizar faz mal ao Brasil.

Fora Pedro Parente!


Prisão de Azeredo: Prédio de luxo, tombado pelo patrimônio


Preso a um quilômetro de casa, o tucano Eduardo Azeredo está na antiga sede do Colégio Anglo-Mineiro, tomado pelo Patrimônio Cultural de Belo Horizonte
Minas 247 – "O ineditismo da prisão de Eduardo Azeredo (PSDB) não se esgota com o fato de o tucano ter sido o primeiro ex-governador de Minas nem o primeiro da lista dos políticos envolvidos no mensalão tucano a ir para a cadeia", informa o jornalista Fábio Correia, que revela as condições de sua prisão, a apenas um quilômetro de casa, na antiga sede do Colégio Anglo-Mineiro. "Tombado pelo Patrimônio Cultural do município entre 1995 e 1996, o monumento, no bairro dos Funcionários, conta com dois prédios internos, que abrigam, desde 1940, tanto a Academia quanto o Primeiro Batalhão do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. É no primeiro dos três andares do edifício principal, com suas grandes janelas que ornamentam a fachada traçada no estilo do ecletismo arquitetônico do começo do século XX, que Azeredo cumpre a pena de 20 anos e um mês por peculato e lavagem de dinheiro, numa sala de 27 metros quadrados até então utilizada parcialmente pelo comandante da corporação."

Cármen Lúcia nega ter blindado Aécio e manobrado contra Lula


Embora tenha proferido o polêmico voto que salvou o mandato do senador Aécio Neves (PSDB-MG), flagrado negociando propinas com o empresário Joesley Batista, e sido acusada de manobrar a pauta do STF para enviar Lula à prisão, a ministra Cármen Lúcia rechaçou as acusações; "O que se teve com o ex-presidente foi o julgamento de um habeas corpus ao qual se aplicou a tese que vem prevalecendo na jurisprudência. Não se trata aqui de cuidar de uma ou de outra pessoa. E nos outros casos, nós temos inquéritos e ações ainda em andamento. Não se trata de benevolência", disse ela
247 – Acusada pelo colega Marco Aurélio Mello de inverter a pauta do Supremo Tribunal Federal de manobrar a pauta para garantir a prisão do ex-presidente Lula, mesmo contra a maioria da corte, e também responsável pelo polêmico voto que salvou o mandato do senador Aécio Neves (PSDB-MG), flagrado negociando propinas com o empresário Joesley Batista, a ministra Cármen Lúcia se defendeu.
"O que se teve com o ex-presidente foi o julgamento de um habeas corpus ao qual se aplicou a tese que vem prevalecendo na jurisprudência. Não se trata aqui de cuidar de uma ou de outra pessoa. E nos outros casos, nós temos inquéritos e ações ainda em andamento. Não se trata de benevolência", disse ela, em entrevista ao jornalista Frederico Vasconcelos.
Ela também admite ter fracassado em sua tentativa de 'pacificar' o País – hoje governado por um consórcio de corruptos, após a derrubada de uma presidente honesta, e que mantém Lula na prisão, justamente para que ele, líder em todas as pesquisas, não dispute as próximas eleições. "A tentativa de pacificar foi permanente. Não consegui a pacificação social, pelo menos do que era minha atribuição. Porém, dei o exemplo de serenidade nos momentos mais difíceis", diz a ministra.


PT lança candidatura de Lula neste domingo e refresca memória do eleitor


"Os brasileiros lembram qual era o preço do botijão de gás e da gasolina na era Lula", será o mote dos discursos no lançamento da candidatura presidencial do ex-presidente Lula, neste domingo; mesmo preso em Curitiba, Lula lidera todas as pesquisas e é o menos rejeitado entre os candidatos
247 – "Os brasileiros lembram qual era o preço do botijão de gás e da gasolina na era Lula". Este será o mote dos discursos no lançamento da candidatura presidencial do ex-presidente Lula, neste domingo, informa o Painel. Mesmo preso em Curitiba, Lula lidera todas as pesquisas e é o menos rejeitado entre os candidatos.
"De carona com o caos o PT vai tentar surfar ao máximo na nova onda de críticas ao governo Michel Temer após a paralisação dos caminhoneiros. A sigla pretende usar o levante como mote para defender a participação do ex-presidente Lula na disputa pela Presidência. A ideia é que o tema apareça nos atos que o partido fará neste domingo (27) para reafirmar o lançamento do petista. Os discursos devem dizer que 'os brasileiros lembram qual era o preço do botijão de gás e da gasolina na era Lula'", informa a jornalista Daniela Lima.


sábado, 26 de maio de 2018

‘Posição da esquerda é ser solidária’, diz Gleisi sobre manifestações

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Após o anúncio do Planalto de que faria uso de órgãos federais de segurança e das Forças Armadas para debelar manifestações de caminhoneiros, a presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores, senadora Gleisi Hoffman (PR), repudiou a medida, que afirma “agravar o equívoco do governo”. A petista se refere à proposta do governo para um acordo com os grevistas, baseada em isenções tributárias para o diesel e desonerações para o setor de transporte. A legenda lançou uma nota em que defende a política de preços mantida durante os governos Lula e Dilma, quando os ajustes eram feitos apenas anualmente.
Em entrevista ao Brasil de Fato, Hoffman ressaltou que a fórmula do governo não resolve o problema de outros derivados, como a gasolina e o gás de cozinha, e terá efeitos negativos em outras áreas da gestão pública. “O governo, ao propor subsídio e desoneração, não enfrenta o problema principal, que é a política de preços da Petrobras, que é nefasta para o povo brasileiro, considerando mais os grandes grupos financeiros acionistas do que a população, que é a maior acionista, já que se trata de uma empresa estatal. Vai tirar dinheiro de quem precisa, de políticas públicas e programas, para subsidiar o diesel”, diz.
A senadora paranaense não deixou de adentrar a polêmica sobre qual deve ser a posição das organizações de esquerda em relação à mobilização dos caminhoneiros. “O que nós estamos dizendo é que a saída não é a apontada pelo governo, nem por alguns setores do movimento. A postura do governo de empregar as forças federais de segurança é um fator de preocupação e intranquilidade. Agrava uma posição equivocada do governo. Em um caso desses, a posição da esquerda é ser solidária aos movimentos reivindicatórios que tem pautas justas”, afirma.
Alexandre Castilho, diretor do Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo, afirma que é preciso compreender tanto os elementos que aproximam, quanto os que afastam as organizações populares e de esquerda da mobilização atual. Para ele, o papel delas é apontar um diagnóstico e uma proposta mais profundos do que as presentes.
“Nós temos uma pauta em comum: a necessidade de baixar os preços dos derivados do petróleo. A única diferença é que queremos atuar na origem do problema. Qual o caminho? Voltar a uma política de preços internos baixos, inviabilizando as importações, porque nosso preço é mais competitivo, aumentando a produção das refinarias. Nós podemos trabalhar com 95% da nossa carga e atender o mercado. Não arrecadar impostos fará com que outras áreas sejam prejudicadas, como a Previdência Social”, afirma, se referindo à proposta do governo de zerar o PIS/Cofins sobre o diesel.
Por conta da mobilização, os petroleiros devem adiantar o processo de articulação de uma greve originalmente prevista para junho, que deve incluir como pauta justamente o aumento da produção das refinarias da Petrobras, que hoje operam, em média, em 70% de sua capacidade. Por Rafael Tatemoto do Brasil de Fato.
Fonte: Sul21

Lula lidera em Minas, diz pesquisa


A Paraná Pesquisas informa que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera em Minas Gerais com 27,8% das intenções de voto.
O levantamento do instituto também indica que haverá segundo turno entre o petista e o deputado Jair Bolsonaro (PSL), que tem 23,4%.
Em terceiro lugar, aponta da sondagem, vem Marina Silva (Rede) com 11,6%, seguida de Ciro Gomes (PDT), com 7,5%.
Geraldo Alckmin (PSDB) tem 6,5% e Alvaro Dias (PODE) ficou no 3,6%.
A Paraná Pesquisas entrevistou 1.850 eleitores em 85 municípios mineiros entre os dias 18 e 23 de maio. A margem de erro é de 2,5% para mais ou para menos. A sondagem foi registrado no TSE sob o número BR-09344/2018.
Fonte: Blog do Esmael