sábado, 26 de maio de 2018

CUT defende caminhoneiros e a queda de Parente


A CUT apoia a paralisação nacional dos caminhoneiros, que estão realizando um movimento legítimo e justo pela redução dos preços do óleo diesel, e exige que o governo mude sua política de preços dos combustíveis que tem provocado aumentos abusivos também no gás de cozinha e na gasolina, aponta nota da entidade comandada por Vagner Freitas
Por Esmael Morais – Em nota divulgada na tarde desta sexta-feira(25), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) reforçou o apoio ao movimento dos caminhoneiros e exige que o governo golpista mude a política de preços da Petrobras que acompanha as cotações internacionais do barril de petróleo. Veja a íntegra da nota.
Nota da CUT
A CUT apoia a paralisação nacional dos caminhoneiros, que estão realizando um movimento legítimo e justo pela redução dos preços do óleo diesel, e exige que o governo mude sua política de preços dos combustíveis que tem provocado aumentos abusivos também no gás de cozinha e na gasolina.
Para a CUT, a política de preços implantada em julho do ano passado pela gestão de Pedro Parente, que acompanha as cotações internacionais do barril de petróleo e do dólar, além do impacto provocado pela redução do processamento de petróleo nas refinarias brasileiras, com o consequente aumento das importações, tem como único objetivo beneficiar os acionistas internacionais que buscam o lucro fácil à custa do sacrifício do povo brasileiro.
O Brasil não precisa importar nada. O país extrai mais petróleo do que necessita e tem refinarias com capacidade para produzir todos os derivados consumidos no país – gás de cozinha, gasolina, diesel etc -, mas essas unidades estão operando muito abaixo da capacidade nominal, obrigando o país a importar desnecessariamente grande parte dos combustíveis. E os preços internacionais atendem apenas os altos lucros das companhias estrangeiras.
Por isso, a CUT denuncia e não aceita a retirada dos recursos já limitados do orçamento da União, que deveriam ser destinados para a saúde, educação e segurança pública, entre outras políticas públicas importantes para o povo, para ressarcir a Petrobras e subsidiar essa política de preços que beneficia apenas os acionistas e as companhias estrangeiras.
Para a CUT, é preciso uma redução geral dos preços dos combustíveis, principalmente do gás de cozinha, que obriga o povo brasileiro a pagar caro por essa política irresponsável de preços que provoca reajustes nos alimentos, vestuário, transporte e em todas as despesas cotidianas da vida.
A pauta dos caminhoneiros dialoga com a população brasileira cansada dos desmandos desse governo e também com as pautas da Federação Única dos Petroleiros (FUP-CUT) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), e encampadas pela CUT, que aprovaram em suas assembleias os seguintes eixos:
– redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha,
– manutenção dos empregos e retomada da produção interna de combustíveis,
– fim das importações da gasolina e outros derivados de petróleo,
– contra as privatizações e desmonte do Sistema Petrobras,
– Redução das Tarifas de Energia Elétrica,
– Isenção de Pedágio para eixos suspensos,
– Piso Mínimo Nacional para o Frete.
Para a CUT, juntos, esses eixos apontam uma solução concreta para os problemas que os aumentos abusivos dos combustíveis e do gás de cozinha estão provocando na vida de toda a sociedade brasileira. A paralisação dos caminhoneiros chamou a atenção para um problema real, que vem sendo denunciado pela FUP e pela CNTTL desde que a direção da Petrobras mudou a política de reajuste e os preços dispararam no Brasil. A Petrobrás deve permanecer pública e Estatal.
Esse governo já causou muitos transtornos à população brasileira. Por isso, exigimos que atenda as justas reivindicações dos caminhoneiros, para que a população não sofra ainda mais com o desabastecimento em curso e possa voltar a ter acesso normalizado aos transportes, alimentos e todos recursos necessários da vida cotidiana.
São Paulo, 25 de maio de 2018
Vagner Freitas – presidente da CUT
Paulo João  Estausia – presidente da CNTTL


Caminhoneiro ironiza ameaça de Temer


"O que vão fazer? Levar nossos caminhões? São 40 mil parados somente na Dutra. Onde vão colocar? Não estamos obstruindo. Estamos apenas parados", disse o líder sindical Francisco Wild
247 – Reportagem do Valor Econômico demonstra a ineficácia das ameaças feitas por Michel Temer: O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Volta Redonda e Região Sul Fluminense (Sinditac-VR), Francisco Wild, disse que o presidente Michel Temer (MDB), em seu pronunciamento nesta sexta-feira (25), piorou uma situação que pouco havia avançado, em sua opinião. O Temer disse que vai usar as forças federais de segurança para desbloquear as estradas. No caso das vias federais, deve ser acionada a Polícia Militar (PM). "O que vão fazer? Levar nossos caminhões? São 40 mil parados somente na Dutra. Onde vão colocar? Não estamos obstruindo. Estamos apenas parados", disse o líder sindical, em referência à paralisação dos caminhoneiros que entrou, nesta sexta-feira, em seu quinto dia.

Caos de Parente pode matar 1 bilhão de aves e destruir indústria de alimentos


O tucano Pedro Parente, indicado pelo PSDB para comandar a Petrobras após o golpe de 2016, pode ser o responsável pela morte de 1 bilhão de aves, que estão sem ração no Brasil, e pela destruição da indústria nacional de alimentos; política de preços implantada por Parente na Petrobras provocou a greve dos caminhoneiros, que deixa os animais sem ração e pode levar ao canibalismo entre as aves
247 – O tucano Pedro Parente, indicado pelo PSDB para comandar a Petrobras após o golpe de 2016, pode ser o responsável pela morte de 1 bilhão de aves, que estão sem ração no Brasil, e pela destruição da indústria nacional de alimentos. A política de preços implantada por Parente na Petrobras, que prioriza investidores internacionais em detrimento dos interesses nacionais, provocou a greve dos caminhoneiros, que deixa os animais sem ração e pode levar ao canibalismo entre as aves 
As informações são do jornalista Victor Calcagno. "Um bilhão de aves e 20 milhões de suínos podem morrer nos próximos dias devido à falta de ração em meio à greve dos caminhoneiros, informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Bloqueios realizados por caminhoneiros que interrompem o transporte de ração e de animais vivos permanecem nesta sexta-feira, apesar de acordo anunciado pelo governo e a categoria na quinta-feira. Segundo a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o país deixou de exportar, ao longo dos últimos dias de bloqueios nas estradas, 25 mil toneladas de carnes suína e de frango, o correspondente a cerca de US$ 60 milhões de dólares."
Além da destruída do setor de proteína animal, Parente também causa prejuízos gigantescos aos laticínios. "Acostumada a coletar cerca de 130 mil litros de leite todos os dias, a Cooperativa Agropecuária de Barra Mansa está desde quarta-feira sem conseguir alcançar as mais de 500 fazendas de seus cooperados, afim de coletar a produção leiteira. O prejuízo, que envolve produtores em quase todo o Sul do estado do Rio de Janeiro e alguns municípios de São Paulo é calculado pela empresa em cerca de R$ 200 mil diários", informa a reportagem.


Mídia golpista blinda Parente e ataca suas vítimas: os caminhoneiros


Comprometida até o pescoço com o golpe de 2016, a imprensa familiar brasileira, que apoiou o golpe de 2016, destinado a entregar riquezas nacionais, como o pré-sal, a grupos internacionais, tenta salvar Pedro Parente, presidente da Petrobras, mesmo que o preço a se pagar seja a destruição completa do País; ao apontar as causas do caos, o Estado de S. Paulo lista vários motivos – quase todos eles falsos – e omite o principal: a política de preços de Parente na estatal
247 – Comprometida até o pescoço com o golpe de 2016, a imprensa familiar brasileira, que apoiou o golpe de 2016, destinado a entregar riquezas nacionais, como o pré-sal, a grupos internacionais, tenta salvar Pedro Parente, presidente da Petrobras, mesmo que o preço a se pagar seja a destruição completa do País. 
Ao apontar as causas do caos, o Estado de S. Paulo lista vários motivos – quase todos eles falsos – e omite o principal: a política de preços de Parente na estatal. O Estado cita a incompetência de Michel Temer, o que está correto, mas todas as outras causas apontadas – como a chantagem dos caminhoneiros – são equivocadas. Na prática, quem chantageia o Brasil, com uma política de preços irresponsável, é Parente.
Leia o artigo de Mauro Santayanna e entenda por que o inimigo é Parente – e não os caminhoneiros:
Por Mauro Santayanna – Nada de novo na forma como o Brasil atual está tratando e vendo a greve convocada pelos caminhoneiros em protesto contra os sucessivos e absurdos aumentos dos combustíveis, que passam de 50% em alguns meses.
O senso comum imposto ininterruptamente a marretadas por uma mídia irresponsável e ideologicamente comprometida e o discurso oficial, mentiroso, hipócrita e mendaz, continuam se apoiando na tese, ou melhor, no conto do vigário, de que a Petrobras teria quebrado em algum momento de sua história devido à política de preços adotada nos governos Lula e Dilma.
Quando, na verdade, o vaivém dos preços era, pelo contrário, usado inteligentemente para impedir os aumentos, com a empresa guardando dinheiro quando a cotação do dólar e dos combustíveis lhe eram favoráveis, para subsidiar a compra de diesel e gasolina quando os preços estavam mais altos lá fora, evitando sacudir o mercado e o bolso dos consumidores com o desce e sobe (mais sobe do que desce) idiota e terrorista dos dias de hoje, em que um sujeito não pode sequer programar uma viagem de dois dias sem saber quanto vai gastar.
Uma doutrina baseada no "laissez faire" do mercado que só facilita a vida dos especuladores e dos donos de postos de gasolina, que também deveriam ter sido chamados à mesa de negociação.
Caminhoneiros e cidadãos comuns estão fartos de saber que, depois que sobem, em uma espécie de lei de contra–gravidade, que é extremamente grave e prejudicial para o país, os combustíveis, principalmente o diesel e a gasolina – que não dão safras sazonais como o álcool – jamais voltam a cair de preço na ponta dos revólveres das bombas dos postos, a não ser na ordem ridícula dos centavos, em uma espécie de gozação cruel com a cara do consumidor brasileiro.
Em janeiro de 2016, o jornal ligado a uma importante rede de televisão brasileira publicou uma matéria tentando explicar, geopoliticamente, a razão para a queda de 60% da cotação do petróleo em menos de dois anos.
O texto citava, entre outras motivações, o aumento da produção de óleo de xisto nos Estados Unidos para 9 milhões de barris por dia, e a decisão da Arábia Saudita de tentar atrapalhar a indústria de exploração desse recurso nos EUA, aumentando a oferta e vendendo o petróleo da OPEP a 25 dólares o barril, além da volta de outros fornecedores de petróleo ao mercado, como o Irã, após o fim de sanções impostas àquele país pela ONU.
Essas notícias não foram publicadas há 14 anos. Elas saíram, inacreditavelmente, e com grande destaque, há menos de 15 meses.
E é fantástico que, na cobertura da greve dos caminhoneiros, com a grave crise internacional dos preços do petróleo, que ainda continua, elas tenham sido escandalosamente apagadas, como os desafetos de Stalin, da história "oficial".
Como se nunca tivessem ocorrido, omitidas pelo Ministério da Verdade – o Miniver do livro 1984, de George Orwell – em que se transformou a grande mídia neoliberal.
Com dezenas de "analistas" sendo chamados a toda hora, alguns deles figuras carimbadas do desgoverno do senhor Fernando Henrique Cardoso, para repisar a mentira deslavada de que a suposta crise que "obriga" a Petrobras a aumentar o preço dos combustíveis a todo momento é culpa da política de estabilização de preços internos criteriosamente adotada durante anos pelos governos anteriores.
Como se o preço internacional do petróleo bruto não tivesse caído de 115 dólares em agosto de 2013, para 111 dólares em junho de 2014, 50 dólares em março de 2015, e 30 dólares em janeiro de 2016.
Como se isso não tivesse afetado em nada as contas da empresa, que produz quase três milhões de barris de petróleo por dia.
E como se obviamente a política de preços adotada pelos governos de Lula e Dilma no mercado interno não tivesse nada a ver com o que estava acontecendo com o mercado internacional.
Mesmo assim, como mostram exaustivamente dados divulgados pela AEPET, a Associação dos Engenheiros da Petrobras, a empresa nunca esteve quebrada.
Ela teve, apesar da política de estabilização dos preços internos de combustíveis e gás de cozinha adotada pelos governos Lula e Dilma, uma geração operacional de caixa de 33 bilhões de dólares em 2011, de 27 bilhões de dólares em 2012, de 26 bilhões de dólares em 2013, de 26 bilhões de dólares em 2014, de 25 bilhões de dólares em 2015, e de 26 bilhões de dólares em 2016, ano do golpe midiático–parlamentar que derrubou Dilma Roussef e desestabilizou o país levando–o à catastrófica situação jurídica, econômica e política em que se encontra agora.
Situação, aliás, em que prefere–se insistir em apresentar à opinião pública a tese calhorda, apoiada pela mesma velha plêiade de "analistas" e "especialistas" de um lado só, de que a culpa do que está acontecendo com a desastrosa política de preços imposta pela atual diretoria da Petrobras é do PT.
Que, tendo economizado 380 bilhões de dólares apenas em reservas internacionais e deixado mais 800 bilhões (260 bilhões de reais em dinheiro) em ativos no BNDES, fora o pagamento da dívida de 40 bilhões de dólares com o FMI, teria sido responsável por jogar a empresa no buraco e por "quebrar" o Brasil, deixando–o na condição que ainda ocupa de quarto maior credor individual externo dos EUA.
Sem aumentar a dívida pública, que em 2002 ainda era maior do que é agora.
A importância atribuída pelo terrorismo midiático à queda no valor das acões da Petrobras também é ridícula.
As ações de qualquer empresa do mundo flutuam e as da Petrobras se mantêm estáveis no médio prazo.
Elas estavam em 20 reais em maio de 2013, caíram para 5 reais no início de 2016 – quando foram usadas pelos especuladores para fazer rios de dinheiro e ajudar a derrubar Dilma – e estão em 25 reais agora.
Tenho orgulho de ser um modestíssimo acionista da Petrobras.
Os idiotas que, para baixar ainda mais a cotação, venderam a cinco reais, às vésperas do impeachment, influenciados pelo ódio contra o governo e o desprezo pela maior empresa brasileira se deixaram influenciar por uma mídia distorcida e pelo preconceito ideológico.
Com isso, quem ganhou gigantescas fortunas foram os gringos, que apostaram dezenas de bilhões de dólares na empresa, como fez George Soros na época do impeachment, porque sabiam e continuam sabendo que a Petrobras vai continuar sendo um dos maiores negócios do mundo, e se não a destruírem totalmente, uma das mais avançadas organizações na geração de tecnologia para o setor petrolífero, como mostra o fato de ser a mais premiada companhia na OTC, a Offshore Tecnology Conference, o "oscar" global da exploração de petróleo em águas profundas.
O resto é especulação de curto prazo, em que "notícias" e boatos ajudam a fazer fortunas, literalmente da noite para o dia, como mostra a variação de mais de 10% nas ações da Petrobras nas últimas 48 horas.
O que não pode variar, como as ações, ao sabor do preconceito e da ideologia viralatista, pseudo–privatista e entreguista, é a indiscutível importância estratégica da maior empresa brasileira (condição que não se mede pelo seu valor em bolsa).
O que a greve dos caminhoneiros, com suas filas de caminhões nas estradas e ameaça de suspensão de viagens aéreas e de desabastecimento de gêneros essenciais, principalmente alimentícios, mostra, clara e didaticamente, é que uma Petrobras mal administrada, como está ocorrendo agora, pode fazer muito mais mal ao país do que ao bolso de seus acionistas.
Ela pode paralisar o Brasil, e, por isso, tem que ser vista – ao contrário do que afirmou o Sr. Pedro Parente ontem – não como uma empresa privada com objetivo de gerar mais lucro para seus acionistas, mas como uma decisiva conquista – desde a campanha "O Petróleo É Nosso". da qual temos orgulho de ter participado – de todos os brasileiros.
Como um fator de fundamental importância, como mostra a existência de empresas semelhantes, da Arábia Saudita à Noruega, em todo o mundo, do ponto de vista estratégico, para o funcionamento da nação e o desenvolvimento econômico e social do país.
Da Petrobras o povo brasileiro espera poucas coisas.
Que não se entreguem as riquezas que ela descobriu sozinha, no fundo do mar, com tecnologia própria, a preço de banana, aos gringos, é uma delas.
Principalmente quando se considera que o rasteiro discurso privatista vigente está apenas despindo o Estado brasileiro para beneficiar governos estrangeiros, abrindo o pré–sal para estatais norueguesas e chinesas, ou grupos em que o governo é o principal acionista, como a francesa Total.
A outra é que o preço dos combustíveis não mude, principalmente para cima, a cada vez que o Sr. Pedro Parente troca de camisa.
Também seria razoável que não se mentisse sobre a situação real da empresa, agora e no passado, e se provasse a afirmação de que a Petrobras sofreu – sem que sequer um membro de comissão de licitação fosse investigado – um assalto de 6 bilhões de reais, nunca inequivocamente comprovado. Esse mito foi estabelecido com a cumplicidade de uma empresa norte–americana, cuja história está eivada de escândalos e de "barrigadas", lamentavelmente chamada a fazer uma "auditoria" na empresa, por um governo teoricamente nacionalista.
Mas isso já seria demais quando vivemos em um país em que reina a jurisprudência da delação e do punitivismo mais reles e implacável. Em que se extraem as narrativas mais estapafúrdias de empresários constantemente ameaçados de prisão e de definitivo fechamento de suas empresas , se não se submeterem a "delatar" o que querem que delatem
Em que a condução irresponsável de uma guerra jurídica baseada na denúncia e na descarada criminalização da atividade política, da democracia e do presidencialismo de coalizão, levou ao sucateamento de centenas de bilhões de reais em obras e projetos judicialmente interrompidos, a centenas de milhares de demissões e à quebra de um igual número de acionistas, investidores e fornecedores.
Quanto à "negociação" do governo com os caminhoneiros – muitos dos quais devem estar arrependidos de ter bloqueado estradas contra Dilma – a suspensão da cobrança de pedágio a veículos que estejam circulando vazios, com o terceiro eixo levantado, é muito mais efetiva do que a pretendida queda ou suspensão de impostos dos combustíveis oferecida pelo governo aos transportadores e motoristas autônomos, dinheiro que vai acabar, com quase absoluta certeza, no bolso dos donos dos postos de gasolina, que, se não houver controle de preços, dificilmente repassarão essa queda para os consumidores.
Finalmente, a reoneração da folha de pagamento de mais de 20 setores da economia atinge o país em uma região do fígado que é a mais sensível para os mais pobres, depois do deletério efeito sobre o emprego do punitivismo anti–empresarial da Operação Lava–Jato e a irresponsável e inócua – em termos fiscais – esterilização, pelo governo, com sua devolução antecipada e desnecessária ao tesouro nacional, de 260 bilhões de reais que se encontravam nos cofres do BNDES quando Temer assumiu. Esses recursos poderiam ter sido investidos em novos projetos e na retomada de obras de infraestrutura com a geração de milhares de postos de trabalho.
O Sr. Pedro Parente foi claro ontem na televisão. O compromisso do atual governo, com relação à Petrobras, é – o que não está conseguindo fazer a contento – agregar valor para os seus acionistas.
O compromisso dos governos anteriores era controlar a inflação e permitir o abastecimento de combustíveis e a livre circulação de mercadorias, para cumprir o seu papel de garantir condições razoáveis de vida para a população e o funcionamento normal da nação.
Era também o de assegurar, a preços razoáveis, gás de cozinha para milhões de brasileiros – segundo o IBGE já seriam 1,2 milhão de famílias – que, hoje, em mais uma "conquista neoliberal inesquecível", reviram caçambas em todo o país catando lenha para preparar a sua refeição de cada dia.
(este artigo foi originalmente publicado na RBA)


Câmara de Apucarana reabre debate sobre abertura de mercados aos domingos e feriados


Os presidentes da Câmara Municipal de Apucarana, Mauro Bertoli e do Sindicato dos Empregados no Comércio, Anivaldo Rodrigues discutiram regulamentação do horário de abertura. Bertoli adianta que a partir do ano que vem os mercados, supermercados e hipermercados não abrirão na mais na sexta-feira santa. Ele prometeu apresentar proposta neste sentido e conta com apoio dos vereadores.
O presidente do legislativo, vereador Mauro Bertoli recebeu nesta manhã (quinta-feira 24/05), o diretor presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Apucarana (Siecap), Anivaldo Rodrigues da Silva. Durante o encontro, que foi acompanhado pelo Procurador Jurídico da Câmara Municipal, Dr. Petrônio Cardoso, os presidentes discutiram a regulamentação do horário de abertura dos mercados, supermercados e hipermercados aos domingos e feriados.
“Iniciamos uma conversa para regulamentar a abertura dos mercados, supermercados e hipermercados aos domingos e feriados em nossa cidade. Entendemos que existe um acordo e que a abertura atualmente é legal, mas vamos aprofundar o assunto. Adianto, porém, que a partir do próximo ano os mercados, supermercados e hipermercados não abrirão mais na Sexta-feira Santa. Este será um projeto de minha autoria e responsabilidade. Desde já conto com o apoio e a aprovação dos demais vereadores”, declarou o presidente Mauro Bertoli.
REGULAMENTAÇÃO AOS DOMINGOS
Bertoli destacou ainda que outras datas deverão ser incluídas nesse projeto como os feriados de Corpus Christis, Natal, Ano Novo, Dia das Mães, Dia dos Pais e Nossa Senhora de Lourdes (Padroeira da cidade de Apucarana). “Com o Sindicato iremos, também, regulamentar o horário de funcionamento aos domingos”, acrescenta.
Anivaldo Rodrigues explicou que a conversa com Bertoli foi produtiva e que o próximo passo será uma reunião com os demais membros do Sindicato para apresentar as propostas que foram conversadas durante o encontro. “Assim que tivermos uma posição voltamos a conversar com a Câmara, que irá se posicionar. Até agora não fechamos a nossa Convenção Coletiva. O que esperamos é o melhor para os funcionários do setor”, concluiu o presidente do Sindicato.
Ele lembra que além da polêmica da abertura na Sexta-feira Santa, a mesma questão voltou em pauta no domingo do dia 13 de maio, quando foi comemorado o Dia das Mães. “Soltamos uma Nota de Repúdio. Fomos contra a abertura dos mercados, supermercados e hipermercados nesta data. Procuramos as redes de supermercados de Apucarana para que não abrissem seus estabelecimentos nesta data especial, mas por força do Decreto 9.127/2017 assinado pelo Presidente da República, Michel Temer, todas as possibilidades de negociação foram tiradas. As redes não acataram o pedido do Sindicato. Aonde foram parar os valores? Isso é desumano, é uma data tão importante, como a Sexta-feira Santa. É inaceitável, é cruel”, diz Anivaldo.


sexta-feira, 25 de maio de 2018

Lista de suplentes na Seleção de Tite tem Rodriguinho e Rodrigo Caio

Rodriguinho está na famosa “lista dos 12” (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)

Depois do conhecimento da presença de Dedé e Dudu na lista de suplentes de Tite para a Copa do Mundo, todos os 12 nomes foram revelados nesta sexta-feira, em informação publicada pelo Uol Esporte. Os clubes paulistas têm dois representantes: Rodriguinho, do Corinthians, e o zagueiro são-paulino Rodrigo Caio.
Entretanto, as grandes surpresas ficaram pela presença do meia Maicon, do Grêmio, e Lucas Paquetá, jovem revelação do Flamengo. Ambos nunca vestiram a camisa da Seleção Brasileira.
Ainda mais cedo nesta sexta-feira, um comunicado oficial da CBF também informou que os 12 atletas adicionais constantes na pré-lista de 35 nomes poderão atuar em seus clubes, independente da competição que estejam participando.
Com isso, todos os nomes, de maioria pertencentes a clubes brasileiros, estão liberados para jogar até a paralisação do calendário para a Copa do Mundo.
Confira a lista completa dos suplentes:
Goleiro: Neto (Valencia)

Defensores: Rafinha (Bayern de Munique), Dedé (Cruzeiro), Rodrigo Caio (São Paulo) e Alex Sandro (Juventus)
Meias: Arthur (Grêmio), Maicon (Grêmio), Rodriguinho (Corinthians), Giuliano (Fenerbahce) e Lucas Paquetá (Flamengo)
Atacantes: Dudu (Palmeiras) e Luan (Grêmio)

Fonte: Gazeta Esportiva

Em Apucarana, Autarquia de Saúde cancela vacinação neste sábado


Desabastecimento de combustível compromete a logística de distribuição da vacina, transporte de servidores e o acesso da população as UBSs
(Foto: Edson Denobi)
A dificuldade de transporte devido ao desabastecimento de combustível nos postos de gasolina, a Autarquia Municipal de Saúde (AMS), de Apucarana, cancelou a intensificação da vacinação contra a gripe que estava programada para amanhã (26). Com o objetivo de facilitar o acesso à imunização à população, 10 Unidades Básicas de Saúde UBSs ficariam abertas neste sábado, entre 8 e 17 horas.
“A medida se deve a uma questão de logística. O desabastecimento de combustível provocado pela greve dos caminhoneiros restringiu o uso de veículos do serviço público municipal e até mesmo o deslocamento de servidores para o trabalho. A direção da Autarquia entende que a situação afeta também a população, que poderia enfrentar as mesmas dificuldades para ir as UBSs”, justifica o coordenador do setor de epidemiologia da AMS, Luciano Pereira da Silva.
A estratégia de abrir as UBSs havia sido anunciada no início da semana pela direção da AMS, juntamente com outras medidas para aumentar o índice de cobertura da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe, que encerra no dia 1º de junho.
Entre as ações adotadas pela AMS, está o envio de ofícios e contatos pessoais junto às autoridades responsáveis por alunos e professores, como da Autarquia Municipal de Educação, do Núcleo Regional de Educação e de escolas particulares. A orientação foi para que realizem, através de comunicados e reuniões, trabalho de conscientização sobre a importância da vacinação junto a seu público. As Unidades Básicas de Saúde, por sua vez, começaram a dar um reforço ao atendimento da Escola da Gestante, realizando uma busca ativa de gestantes em seus respectivos bairros para se vacinar.
O objetivo da administração municipal é de atingir pelo menos 90% da meta de imunizar 38.857 pessoas no município, mas até hoje (25), a 8 dias do fim a campanha, a cobertura vacinal estava em 75%. As crianças, gestantes e professores são responsáveis pelo menor índice de imunização.
A campanha de vacinação contra a gripe segue até dia 1º de junho, período em que a população de Apucarana pode buscar a vacina em 23 UBS, de segunda a sexta-feira, entre 8 e 16h30. Têm direto a vacina as crianças de 6 meses a 5 anos (4 anos 11 meses e 29 dias); gestantes; puérperas (até 45 dias pós-parto); idosos a partir de 60 anos;  povos indígenas;  adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas sócio-educativas; população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional;  trabalhador de saúde dos serviços públicos e privados; professores ativos de escolas públicas e privadas (ensino infantil, fundamental, médio e ensino superior). Também são imunizadas pessoas de 5 a 59 anos portadoras de doenças crônicas e condições especiais.


Prefeitura vai manter apenas serviços essenciais em Apucarana


Ordem é contingenciar combustível para funcionamento da saúde, educação, assistência social, serviços funerários, limpeza pública e segurança 
Foto: Edson Denobi
Uma portaria municipal editada nesta sexta-feira (25/05) pelo prefeito Beto Preto (PSD), após uma reunião consultiva com todo o secretariado, vai orientar as atividades da Prefeitura de Apucarana até o fim da greve deflagrada esta semana pela classe dos caminhoneiros e que vem atingindo todo o território nacional. O documento recomenda que os gestores atuem no sentido de manter apenas os serviços essenciais à população, sobretudo nas áreas da saúde, educação, assistência social, serviços funerários, limpeza pública e segurança, tendo em vista que a Secretaria Municipal de Gestão possui apenas uma pequena reserva de combustível diesel licitado. “Assim como a população, a administração pública já sente o problema de desabastecimento de combustíveis, comprometendo a normalidade na execução de uma série de serviços. Algo gerado por fatores externos a nossa vontade, então, a ordem é o contingenciamento para que possamos fazer o melhor com o que se tem”, disse o prefeito Beto Preto.
Na Secretaria de Saúde, serão priorizados o Serviço Móvel de Atendimento de Urgências e Emergências (SAMU), Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas (UPA), bem como o transporte de pacientes para consultas, exames, tratamentos e cirurgias. Na Educação, a previsão é de que haja combustível para o transporte escolar apenas até terça-feira. “Vamos aguardar até a segunda-feira para uma tomada de decisão. Caso o movimento dos caminhoneiros permaneça, devemos suspender as aulas nas escolas e atendimento nos centros municipais infantis já para a quarta-feira”, disse o prefeito, lembrando que quinta-feira é feriado de Corpus Christi e, na sexta-feira, já foi decretado ponto facultativo municipal.
A situação de serviços públicos terceirizados, como o transporte coletivo de passageiros e a coleta de lixo domiciliar também foram debatidos durante a reunião emergencial. “Segundo nos foi repassado, ambas empresas têm previsão de que os estoques de combustíveis durem apenas até a quinta-feira”, relatou Beto Preto. No tocante à segurança pública, o prefeito salientou estar em contato com as polícias e corpo de bombeiros que, segundo informações extra-oficiais, devem receber um carregamento de combustíveis nos próximos dias, cujo caminhão terá escolta. “Estamos ainda atentos à manutenção mínima da atuação de nossa Guarda Municipal, da Defesa Civil e no Conselho Tutelar”, declarou Beto Preto, que fez uma solicitação expressa a todos os secretários para que reavaliem todos os eventos agendados que demandam suporte de veículos.
A agenda que editou a portaria municipal contou com a participação do vereador Lucas Leugi (REDE). “Desde o início ele permanece em contato direto com as lideranças regionais e contribuiu conosco repassando informações importantes sobre as manifestações”, concluiu o prefeito.


Governo do Paraná não vai usar forças policiais para liberar as estradas; assista


A governadora do Paraná, Cida Borghetti (PP), disse nesta sexta-feira (25) que as forças policiais não serão utilizadas para liberar as estradas. Portanto, Michel Temer fica sem aliados para reprimir a greve dos caminhoneiros no importante estado.
Segundo Cida, os caminhoneiros estão cumprindo acordo para manter serviços essenciais à população paranaense.
“Fiz questão de parar para esta conversa. Aqui está todo mundo do mesmo lado”, disse a governadora ao visitar um grupo de manifestantes às margens da PR-317, na região de Engenheiro Beltrão, no Noroeste do Paraná.
Cida Borghetti afirmou que já comunicou o governo federal de que não há necessidade do uso de forças federais no Paraná.
Blog do Esmael

Fazendeiro dá 30 mil litros de leite a porcos em Minas Gerais


Ele disse que enfrenta problemas em sua produção

Suzanne Tucker/Unsplash
ISABELLA MENON - Mauricio Silveira Coelho, dono da fazenda Santa Luzia, Passos (MG), teve de descartar mais de 30 mil litros de leite nesta sexta-feira (25). O leite foi dado aos porcos. Ele disse que, desde terça-feira (22), enfrenta problemas em sua produção.
Coelho contou também que um caminhão com 60 mil litros de leite estragou na estrada em razão dos bloqueios. De acordo com o fazendeiro, sua propriedade produz, em condições normais, cerca de 35 mil litros de leite por dia. 
"Hoje em dia, um produtor consegue armazenar leite por até 48 horas, mas não temos como parar nossa produção. As vacas não podem parar de ser ordenhadas, porque correm risco de vida. Se a situação não for resolvida, o caos será instaurado", disse Coelho. 
De acordo com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), o perigo ao parar de ordenhar um animal é que a vaca poderia desenvolver mastite, uma inflação da glândula mamária. 
Por questões ambientais, fazendas não podem despejar o leite em rios ou lagos por risco de contaminação. Por isso, a solução encontrada na fazenda Santa Luzia foi despejar o leite em biodigestores. 
Coelho calculou que teve um prejuízo de R$ 50 mil por dia, desde o início da manifestação. Além de setor lactíneo da fazenda, ele afirmou que, em uma de suas granjas, as comidas para porcos já não chegam. A solução encontrada foi de alimentá-los com capim. 
A situação de desperdício atingiu o país todo. Segundo a CNA, cerca de 95 milhões de litros de leite são produzidos diariamente no país e estão sendo descartados.  A confederação estima um prejuízo diário de R$ 226 milhões aos produtores de leite, valor que soma a receita que deixa de entrar aos custos de produção. Com informações da Folhapress.
Notícias ao Minuto


Entenda quais são as forças à frente das mobilizações dos caminhoneiros


Entidades do setor estão divididas sobre acordo proposto pelo Planalto

Manifestação na BR-040, no Rio de Janeiro / Marcelo Camargo/Agência Brasil


As entidades que representam os caminhoneiros em Brasília estão divididas sobre os termos do acordo negociado por parte das organizações com o governo Michel Temer (PMDB). O documento foi apresentado na noite da quinta-feira (24). O documento contém, basicamente, medidas de desoneração e isenção fiscal. Algumas organizações não acataram o teor do texto.  
Parte dos representantes, entretanto, chegou a se retirar da mesa de negociações e afirmou não ter aderido ao acordo governamental, que tinha como contrapartida uma trégua por parte dos manifestantes. Além disso, caminhoneiros que estão nos bloqueios em estradas têm afirmado não reconhecer os negociadores como representantes da categoria. A origem exata das mobilizações ainda é incerta, mas trabalha-se com a hipótese de que tenha sido iniciada de forma espontânea através de grupos de WhatsApp, tendo sido assumida posteriormente pelas entidades representativas nacionais. 
Temer anunciou na tarde desta sexta-feira (25) que autorizou o emprego das Forças Armadas e de órgãos de segurança federais para desbloquear estradas onde ocorrem manifestações de caminhoneiros.

Nas mobilizações locais, o movimento é conduzido, basicamente, por três setores: patronal, constituído pelas empresas de logística e transporte; entidades de empregados dessas empresas e organizações que representam caminhoneiros autônomo, ou seja, que trabalham de forma individual ou são microempresários. Algumas das últimas são as que mais resistem a aceitar o acordo. Estima-se que cerca de 30% dos transportes sejam realizados por esta categoria.
A Confederação Nacional dos Transportes, representante patronal no setor, formalmente não participa e não apoia a paralisação, mas participou das negociações convidada pelo governo e defendeu o teor das propostas. 
A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) aderiu à proposta do governo, mas outras duas que também representam o mesmo setor, a União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam) e a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam,) são as principais entidades a resistir, pedindo medidas permanentes e concretas em relação a questão dos combustíveis.  
Brasil de Fato