domingo, 20 de maio de 2018

Venda de terras para estrangeiros dispara

Reuters/Nacho Doce

O Brasil se tornou um dos cinco países do mundo que mais vende terra para estrangeiros; o preço disparou: 270%. A alta dos alimentos também contribui para o cenário de crescimento das negociações de terras no mundo: foram 42,2 milhões de hectares negociados, parte considerável desse montante no Brasil
247 – O Brasil se tornou um dos cinco países do mundo que mais vende terra para estrangeiros. O preço disparou: 270%. A alta dos alimentos também contribui para o cenário de crescimento das negociações de terras no mundo: foram 42,2 milhões de hectares negociados, parte considerável desse montante no Brasil.
“A aquisição de terras de um país por governos e empresas estrangeiros é um processo que ocorre há vários séculos, porém, podemos detectar fases específicas nas diferentes histórias e geografias destas aquisições. Uma mudança importante teve início em 2006 e foi marcada por um rápido aumento no volume e na expansão geográfica das aquisições estrangeiras.” Assim a socióloga holandesa-americana Saskia Sassen, professora da Universidade de Columbia e da London School of Economics, uma das principais pensadoras sobre o tema, inicia o segundo capítulo do livro Expulsões (Paz e Terra, 2015), intitulado O novo mercado global de terras.
O processo descrito por Saskia parte de levantamentos com diferentes metodologias que detectaram a presença cada vez maior do capital estrangeiro na aquisição de terras, inclusive no Brasil. Dados de 2016 da plataforma Land Matrix, que monitora grandes aquisições de terras, revelam que, de 2000 a 2015, 42,2 milhões de hectares foram negociados em todo o mundo por empresas estrangeiras, sobretudo no Sul global – o número também inclui intenções de compra. Desse total, 26,7 milhões de hectares foram efetivamente comprados em um total de 1.004 transações nos 15 anos cobertos pelo relatório. O Brasil está entre os cinco países com maior área envolvida nessas transações, junto com a Rússia, Indonésia, Ucrânia e Papua-Nova Guiné. Somadas, as áreas negociadas pelos cinco países representam 46% das compras de terra arável levantadas pela Land Matrix. Usando outra metodologia, a ONG Grain contabiliza 28,9 milhões de hectares envolvidos em transações em 79 países desde 2008. O processo de apropriação de grandes parcelas de terras em outros países pelo capital internacional foi batizado internacionalmente de land grabbing (“apropriação de terras”, numa tradução livre).”
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Quem é Figueiredo Basto, o advogado de Curitiba acusado por doleiros de cobrar propina. Por Joaquim de Carvalho


O advogado apontado pelos doleiros de Dario Messer como operador de um esquema para vender proteção no Ministério Público Federal e na Polícia Federal em Curitiba já foi acusado de trabalhar para o PSDB no Paraná.
“O advogado do Alberto Youssef operava para o PSDB, foi indicado pelo (governador) Beto Richa para a coisa de saneamento, tinha vinculação com o partido”, disse o Rodrigo Janot em 2014, quando era procurador-geral da república e a revista Veja publicou a capa com a suposta declaração de Youssef de que Lula e Dilma Rousseff sabia da corrupção na Petrobras.
A suspeita era a de que Figueiredo Basto vazou a informação (distorcida, agora se sabe) para a revista, que a usou numa reportagem de capa de uma edição que foi antecipada e acabou utilizada pela campanha de Aécio Neves.
Figueiredo Basto é conhecido por representar réus que obtiveram a homologação de acordo de colaboração com Sergio Moro e foi, durante mais de um ano, conselheiro da Sanepar, a empresa de Saneamento do Paraná.
Youssef obteve o acordo duas vezes, em 2004, quando foi acusado de envolvimento no caso Banestado, e em 2014, quando foi preso por operar como doleiro em esquemas que envolviam desvio de dinheiro na Petrobras.
O advogado também representou Tony Garcia, ex-deputado estadual, denunciado por comandar um golpe que lesou milhares de pessoas no consórcio Garibaldi, em 2005.
Com o acordo, negociado em nome da Procuradoria por Carlos Fernando dos Santos Lima, Tony Garcia se comprometeu a devolver 12 milhões de reais, mas não saldou essa dívida.
No papel de colaborador, ele aceitou grampear pessoas indicadas por Sergio Moro, entre as quais estava o empresário Ricardo Saboia Khury, filho do ex-presidente da Assembléia Legislativa do Paraná, Anibal Khury, acusado de lavagem de dinheiro.
“Eles pressionaram tanto o Ricardo Khury que ele entrou em depressão e se suicidou”, diz um empresário de Curitiba que acompanhou o caso.
“Queriam dinheiro para que ele não ficasse sob o chicote de Moro”, acrescenta. Entre os que pressionaram Khury, estaria o advogado Figueiredo Basto, advogado de Tony Garcia, que denunciou Khury.
O jeito agressivo de Basto pode ser conferido num vídeo que está disponível na internet, em que o advogado, durante uma audiência na Vara de Sergio Moro, interroga o delegado da Polícia Federal aposentado Gérson Machado.
Quando chefiava a Polícia Federal em Londrina, o delegado alertou Sergio Moro, em 2006, que Youssef, colocado na rua pelo juiz depois de um acordo celebrado com Figueiredo Basto como advogado, estava delinquindo outra vez.
O alerta não produziu efeitos práticos, já que Youssef continuou operando até o início de 2014, quando foi preso na operação Lava jato. Chamado a depor pela defesa de um dos acusados da Lava Jato, o delegado confirmou o alerta. Porém, Basto parece não ter gostado e pediu para fazer perguntas.
Questionou o delegado por que ele tinha sido aposentado precocemente. “Foi em razão de saúde”, explicou o policial. “Que problema? Mental?”, insistiu o advogado. Moro interveio e disse que ele não poderia seguir naquela linha. Figueiredo Basto parou de fazer perguntas, mas lamentou que não se estava buscando a verdade.
Em 2008, o delegado teve crise de depressão depois que peitou Moro e tentou invalidar o acordo de delação com Youssef. Foi examinado por uma junta médica e aposentado compulsoriamente.
Há um elo que liga Figueiredo Basto diretamente a Moro.
É Joel Malucelli, o empresário milionário que se gaba de ser amigo do juiz. Tão amigo que, há alguns anos, promoveu o encontro entre Moro e o cantor Fagner, em Curitiba, oportunidade em que se divertiram juntos no bar de outro amigo da turma, João Zucoloto, irmão do advogado Carlos Zucolotto Júnior, aquele que foi acusado por Rodrigo Tacla Durán de tentar lhe vender facilidade em acordo de delação.
Malucelli venceu uma licitação na Sanepar, para a contratação de sua empresa de seguro, com homologação de Figueiredo Basto, quando este era conselheiro da empresa estatal, nomeado pelo governador tucano Beto Richa.
Malucelli, agora investigado na Lava Jato, foi o maior doador da campanha de Álvaro Dias a senador, em 2014.
Através de duas empresas, deixou R$ 1,3 milhão (em valores da época) nos cofres da campanha do senador, na época filiado ao PSDB, hoje no Podemos, partido pelo qual pretende disputar a Presidência da República. Malucelli é presidente estadual do Podemos.
É uma panela, e o primeiro a denunciar um grupo restrito de amigos que dá as cartas em alguns setores influentes no estado foi Rodrigo Tacla Durán, advogado que prestou serviços para a Odebrecht.
Agora, o que Tacla Durán disse é confirmado pelos doleiros de Messer que foram presos, enquanto o chefe se encontra foragido, provavelmente em Israel, onde tem cidadania, por ser judeu.
Juca Bala e Cláudio Souza acusam Figueiredo Basto de cobrar propina para serem poupados de investigação do Ministério Público Federal e da Polícia Federal.
Tacla Durán foi a primeiro a dizer que, no time de Deltan Dallgnol, não há nenhum santo. Foi ele quem denunciou ter sido pressionado a contratar alguém da “panela” de Curitiba para ser poupado na Lava Jato.
Há pouco, Tacla Durán postou no Twitter a manchete do Estadão “Advogado de delatores é acusado de cobrar propinas”. E escreveu: “PANELA DE CURITIBA FERVE!!!!
Fonte: DCM

Tite entra na guerra semiótica para fazer Brasil esquecer o golpe


"No vídeo do Itaú, agora as ruas estão vazias. A torcida foi para o estádio. Os rostos agora estão limpos. Sem mais a maquiagem dos cara pintadas que dominava as campanhas de 2014. Mas se as ruas foram pacificadas, agora precisa-se conquistar os corações e mentes com o ideário mérito-empreendedor. Nada melhor do que um misto de personal coaching e pastor motivacional: o técnico da seleção Tite", explica o professor Wilson Ferreira
Por Wilson Ferreira, no Cinegnose– Para quem ainda duvida e acha que guerra híbrida e bombas semióticas não passam de "teoria da conspiração", uma simples comparação entre as peças publicitárias que promoviam a Copa de 2014 e a desse ano, na Rússia, põe fim a qualquer dúvida: enquanto a Copa no Brasil foi dominada por criações publicitárias para lá de polissêmicas (ambiguidade entre festa e agressividade, alegria e raiva, em consonância com a pesada atmosfera das manifestações do "Não Vai Ter Copa!" + Lava Jato), nesse ano a publicidade é bem diferente: uníssona e assertiva - a Nação deve ficar unida, esquecer as diferenças e torcer pela Seleção. Em 2018 a Guerra Semiótica veste as chuteiras cumprindo duas funções: a primeira política, pacificar as ruas com a ideia de união e nação; e no campo ideológico, enfiar goela abaixo da choldra as preleções de Tite, misto de "coaching" e pastor motivacional. Para nos fazer acreditar que desemprego não é crise. É oportunidade para virarmos todos empreendedores. Mas, e se algo sair fora do script? Então teremos um "Plano B" cujos balões de ensaio já estão sendo lançados.
Visto em perspectiva, a intervenção norte-americana no Brasil por meio da estratégia de guerra híbrida (guerra semiótica implementada pelo complexo jurídico-policial-midiático com apoio logístico e de inteligência dos EUA) teve dois propósitos bem definidos: primeiro, o golpe político - o impeachment, nova modalidade de golpe sem mais traumáticas imagens de tanques de guerra cercando o Congresso ou um presidente com quepe estrelado discursando para a TV, e a inviabilização de um candidato de esquerda por meio da pesada artilharia do chamado "lawfare".
E segundo, a conquista dos corações e mentes: fazer a choldra, que olha para tudo até agora bestializada, acreditar na ideologia do mérito-empreendedorismo da nova ordem neoliberal imposta ao País – diante da perda das garantias trabalhistas e sociais e por meio de pitacos ideológico-motivacionais, incutir nas massas a fé de que, daqui em diante, é cada um por si pelo próprio mérito e esforço empreendedor. E o salto de fé de que, um dia, a força de trabalho magicamente se converterá em capital.
Da mesma forma como na Copa do Mundo de futebol de 1970 (em pleno início do golpe militar e dos anos de chumbo de perseguições e tortura), na qual a ordem militar calçou as chuteiras dos "90 milhões em ação, prá frente Brasil!", também o atual golpe político que promove a guerra semiótica também calça suas chuteiras.
Neste momento, a palavra de ordem é mostrar uma nação unida, brasileiros "com muito orgulho e com muito amor", entusiasmo, felicidade e inspiração. E muitos pitacos motivacionais do técnico Tite em vídeos publicitários do banco Itaú.
Para aqueles que ainda duvidam sobre estarmos em plena guerra semiótica ou de que o País continua alvo de uma guerra híbrida cuja logística poderá colocar em xeque as eleições desse ano (se as coisas nãos seguirem o script previsto pela banca), uma prova é fazer um comparativo das campanhas publicitárias de duas copas do mundo de futebol: a de 2014 e a desse ano.
Lá em 2014 vivíamos o auge de uma pesada guerra semiótica que pretendia desestabilizar o governo Dilma Rousseff (o clima do "não vai ter Copa" + Lava Jato).
E agora em 2018, a luta midiática pela estabilização da Nova Ordem - Lula preso, a inviabilização de um candidato de esquerda (só esperam a definição do candidato para a artilharia lawfare ser acionada) e a catequização diária dos valores do mérito-empreendedorismo para a massa de desempregados e aqueles inseguros com o emprego que ainda possuem.
Em 2014, as campanhas publicitárias eram polissêmicas, ambíguas, explorando um duplo sentido: entre o tradicional ufanismo da pátria de chuteiras e a incitação das mobilizações de rua do "Não Vai Ter Copa!" e contra o governo federal.
Bem diferente, hoje vemos um clima publicitário semioticamente unívoco, assertivo, com um único sentido: a necessidade da Nação ficar unida, esquecer as diferenças e torcer pela Seleção. Um incômodo déjà vu que lembra as amargas atmosferas do anos de chumbo das copas de 1970, 1974 e 1978 – cuja Seleção chegou até a contar como um técnico militar, Cláudio Coutinho, capitão que se graduou na Escola de Educação Física do Exército.
Não foi por acaso que, assim como o juiz Sérgio Moro (arma do lawfare da atual guerra híbrida), Coutinho fez cursos nos EUA. A diferença é que foi na área de preparação física com Kenneth Cooper (idealizador do famoso método de avaliação física), chegando a frequentar o Laboratório de Estresse Humano da NASA – afinal, o futebol fez parte do aparato ideológico dos governos militares.
A campanha polissêmica da Copa de 2014
Olhando em conjunto anúncios e vídeos publicitários é nítida a intenção polissêmica das criações que antecederam a Copa do Mundo no Brasil: um misto de festa e agressividade, alegria e raiva. E torcidas que ora parecem as tradicionais torcidas organizadas de futebol, ora manifestantes que saem às ruas para protestar.
E tudo é reforçado com alusões aos icônicos "cara pintadas" das manifestações (cores verde e amarelo pintadas no rosto) pelo impeachment de Collor em 1992.


Milhares na Argentina pedem liberdade de Lula


Os argentinos foram às ruas para prestar solidariedade ao ex-presidente Lula e pedir sua liberdade; em uma noite memorável, milhares se reuniram na histórica Plaza De Mayo e protestaram contra a prisão do maior líder da América Latina e por justiça por Marielle Franco
Do Mídia Ninja - Em uma noite memorável, milhares de pessoas se reuniram na Plaza de Mayo, em Buenos Aires para protestaram pela liberdade de Lula e por justiça por Marielle Franco.
Lula é mantido preso político há 42 dias na sede da polícia federal em Curitiba, após ser vítima de um processo ilegal e sem provas, midiático e comandado por um juiz imoral. Marielle Franco foi executada há 67 dias por lutar pelos direitos das mulheres, da população negra, favelada e LGBT. Os dois são lideranças simbólicas na América Latina e no mundo.
Artistas, intelectuais, pensadores, ativistas e a povo argentina se somaram nesta noite histórica para contar pro mundo sobre a importância de dois líderes vítimas da injustiça.
Seguiremos lutando, do Brasil para a Argentina, da América Latina para o outro lado do mundo, até Lula estar livre.


sábado, 19 de maio de 2018

Ministra Cármen Lúcia, como ficará sua consciência quando for provado que inocentes foram presos? Por Afrânio Silva Jardim



PUBLICADO ORIGINALMENTE NO FACEBOOK DO AUTOR
1 – Mais cedo ou mais tarde, o Supremo Tribunal Federal terá de dizer que o artigo 283 do Código de Processo Penal é constitucional. Sendo assim, tem de ser aplicado.
“Artigo 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória TRANSITADA EM JULGADO ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).”
2 – Mais cedo ou mais tarde, o Supremo Tribunal Federal terá de dizer que o artigo 105 da Lei de Execução Penal é constitucional. Sendo assim, tem de ser aplicado:
“Artigo. 105. TRANSITANDO EM JULGADO a sentença que aplicar pena privativa de liberdade, se o réu estiver ou vier a ser preso, o Juiz ordenará a expedição de guia de recolhimento para a execução”.
Nesta oportunidade, os Ministros do S.T.F. e a sociedade em geral ficarão sabendo a quantidade de pessoas que hoje estão presas ilegalmente, prisões automáticas, prisões como efeito de acórdãos que não transitaram em julgado.
Ademais, se não foram decretadas as prisões preventivas destas pessoas, nos termos do artigo 312 do Código de Processo Penal, é sinal claro de que tais prisões não eram necessárias (periculum libertatis).
Nesta oportunidade, como ficará sua consciência, Ministra Carmen Lúcia? E se, neste meio tempo, alguns destes presos ilegais vier a morrer na cadeia?
De qualquer forma, quem vai reparar estes meses ou anos de prisão ilegal?
O que a senhora diria para as crianças, filhos ou netos, destes presos ilegais?
Impedir que o Tribunal faça justiça tem algum sentido em uma sociedade que se pretende democrática?
Estas questões não justificam “pautar” as ação diretas de constitucionalidade que permitiriam que o Plenário do S.T.F. dissesse qual é o seu atual entendimento sobre a constitucionalidade dessas regras processuais?
Por que impedir isso?
.X.X.X.X.
Afranio Silva Jardim, professor associado de Direito Processual Penal da Uerj. Mestre e Livre-Docente em Direito Processual Penal pela Uerj.


Líder do PT pede CPI para investigar suspeita de propinas na lava jato


O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) defendeu neste sábado (19), pelas redes sociais, a investigação de suspeitas de cobrança de propinas no âmbito da operação lava jato.
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“O que mais falta para que os crimes da Lava Jato sejam investigados ?? A mesma denúncia de @TaclaDuran agora apresentada por outras pessoas !!”, escreveu no Twitter o parlamentar gaúcho.
Para Pimenta, a denúncia de que advogado especialista em delação premiada teria cobrado propina para blindar (taxa de proteção) acusados da lava jato no Ministério Público Federal e Polícia Federal corrobora o que dissera Rodrigo Tacla Duran, em novembro de 2017, na CPI da JBS.
No Congresso Nacional, Tacla Duran acusou um compadre do juiz Sérgio Moro de oferecer “facilidades” junto ao MPF e ao Poder Judiciário, por meio do pagamento de propina.
Blog do Esmael

Juiz que retirou assessores de Lula criticou ex-presidente e o PT em cartas a jornal


O juiz Haroldo Nader, de Campinas (SP), que retirou a equipe de oito pessoas que assessorava o ex-presidente Lula (PT), um direito constitucional, a pedido do MBL, é um crítico contumaz do PT e de Lula; magistrado enviou diversas mensagens com críticas a Lula, à ex-presidente Dilma Rousseff e ao PT entre 2015 e 2017, nas páginas do jornal O Estado de S. Paulo; "Lula não aguenta mais falar do sítio e do tríplex. E nós não aguentamos mais esperar que ele fale", escreveu Nader na edição do dia 17 de fevereiro de 2017
247 - O juiz Haroldo Nader, de Campinas (SP), que retirou a equipe de oito pessoas que assessorava o ex-presidente Lula (PT), um direito constitucional, a pedido do MBL, é um crítico contumaz do PT e de Lula.
O magistrado enviou diversas mensagens com críticas a Lula, à ex-presidente Dilma Rousseff e ao PT entre 2015 e 2017, nas páginas do jornal O Estado de S. Paulo.
"Lula não aguenta mais falar do sítio e do tríplex. E nós não aguentamos mais esperar que ele fale", escreveu Nader na edição do dia 17 de fevereiro de 2017. 
"Não sabia que Lula era bancário…", escreveu Nader em 30 de janeiro de 2016, ao comentar uma reportagem que mostrava o envolvimento de uma antiga cooperativa de bancários, a Bancoop, no caso do tríplex. O ex-presidente Lula diz que nunca foi dono do tríplex e nega ter recebido propina por meio do imóvel.
A leitura das cartas de Nader deixa claro que ele tem uma opinião desfavorável à Lula e do partido fundado por ele. "É óbvio que a manifestação desta quinta-feira tenha ocorrido em dia útil, com vale-transporte e alimentação. Seus manifestantes estão lá a serviço", escreveu ele sobre uma manifestação de rua do PT, em 21 de agosto de 2015. "Entendido. É o governo 'podrão' Fifa", comentou ele sobre a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, em 31 de maio de 2015, referindo-se ao mundial de futebol disputado em 2014.
As informações são da BBC Brasil.


Associação de engenheiros da Petrobras desmente gestão Parente


Associação de Engenheiros da Petrobras (AEPET)  publicou nota onde desmonta a narrativa da “salvação” da Petrobras pela gestão Michel Temer-Pedro Parente, informa o editor do Blog Tijolaço, Fernando Brito; a associação diz que apesar de todos os desvios graves que possam ter acontecido, a empresa estava não apenas muito longe de quebrar, mas produzia ganhos semelhantes aos que produz hoje, mesmo sem a política suicida de preços e desinvestimento que está praticando
247 - A Associação de Engenheiros da Petrobras (AEPET)  publicou nota onde desmonta a narrativa da “salvação” da Petrobras pela gestão Michel Temer-Pedro Parente, informa o editor do Blog Tijolaço, Fernando Brito. A associação diz que apesar de todos os desvios graves que possam ter acontecido, a empresa estava não apenas muito longe de quebrar, mas produzia ganhos semelhantes aos que produz hoje, mesmo sem a política suicida de preços e desinvestimento que está praticando.
“Do ponto de vista prático, os milhões roubados por Paulo Roberto Costa e sua turma são incomensuravelmente menores que aqueles que viraram prejuízo para a empresa, com a venda, num momento de baixa do preço do petróleo, de campos exploratórios, produtivos e de ativos de distribuição, cujo valor se equipara ao valor do produto com que lidam?”
Leia trecho da nota da AEPET:
“Em primeiro lugar queremos deixar bem claro que o que pretendemos é discutir quais os melhores planos para a Petrobrás, como empresa estatal que é, para o atendimento das necessidades da população brasileira e o desenvolvimento da Nação. O resultado de uma empresa estatal não se mede apenas pelo lucro ou prejuízo registrado no seu balanço, mas sim pelo desenvolvimento que ela promove para o país e a forma como contribui para distribuir a renda petroleira em favor dos seus verdadeiros donos: os brasileiros.
Infelizmente hoje a discussão se limita a comparar resultados contábeis entre um período e outro, verificar o desempenho das ações na bolsa de valores, informar quais os ativos vão ser entregues para terceiros para antecipar a redução de uma dívida que já foi chamada de “impagável”, redução da força de trabalho e dos benefícios dos empregados e imposição de pesados e injustos encargos aos participantes do plano de aposentadoria, ao mesmo tempo em que são aprovadas regras para antecipar dividendos aos acionistas e pagar indenização bilionária aos especuladores estrangeiros.
O que a AEPET sempre fez, em toda a sua história, foi defender a reputação e a imagem da Petrobrás. Quem criou a imagem de que a empresa estava quebrada? Quem inventou que a dívida era impagável? Quem gasta páginas do relatório anual para falar em Lava Jato, mas não dispende uma linha para falar das riquezas do pré-sal descoberto? Quem disse que endeusaram o pré-sal, em tom de menosprezo?”

Bandidos ferem motorista a tiro, trancam vítimas em bagageiro e roubam R$ 24,5 mil em assalto a ônibus de turismo




Ônibus foi atingido por tiros disparados pelos "piratas do asfalto" 
 Foto: Divulgação/PRE

Uma pessoa foi ferida a tiros e 15 acabaram trancadas em bagageiro durante assalto a ônibus de turismo que ia de Assis (SP) para Foz do Iguaçu, na Tríplice Fronteira, por volta da 1 hora da madrugada deste sábado (19), no km 21 da PR-444 (Rodovia Hermínio Pennacchi), na região da Caixa de São Pedro, no município de Apucarana (norte do Paraná).
De acordo com o patrulheiros Vanderlei Belonci, do posto da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) em Rolândia, pelos menos quatro bandidos ocupando um Fiat Siena de cor prata e portando armas de cano longo calibre 12 e pistolas abordaram o coletivo a tiros.
Um dos dois motoristas que se revezavam no volante do ônibus acabou baleado na perna. Ele foi socorrido e levado ao Hospital da Providência, em Apucarana.
Foto: Divulgação/PRE
Trancados no bagageiro
Já os passageiros e o segundo motorista acabaram trancados no bagageiro pelos criminosos que, segundo o patrulheiro Belonci, roubaram 13 telefones celulares e R$ 24.540 em dinheiro e em seguida fugiram  com o Fiat Siena.
Após conseguirem sair do bagageiro, as vítimas dos assaltantes voltaram inicialmente até o posto da PRE em Rolândia para pedir socorro. A Polícia Civil vai instaurar inquérito para apurar a autoria do roubo.
Fonte: TN Online

Após Lula, TRF-4 não tem mais pressa na Lava Jato


Após a prisão de Lula, o ritmo das ações no escopo da operação Lava Jato teve um redução drástica; a oitava turma do tribunal, que chegou a julgar quatro processos da operação em novembro, só concluiu decisão sobre um caso desde que aumentou a pena de Lula para 12 anos e um mês de prisão; o juiz federal Victor Luiz dos Santos Laus fez três pedidos de vista e as decisões praticamente paralisaram; esse ritmo lento comparado à velocidade das tramitações contra Lula chama ainda mais atenção para o contraste dos procedimentos
247 – Após a prisão de Lula, o ritmo das ações no escopo da operação Lava Jato teve ume redução drástica. A oitava turma do tribunal, que chegou a julgar quatro processos da operação em novembro, só concluiu decisão sobre um caso desde que aumentou a pena de Lula para 12 anos e um mês de prisão. O juiz federal Victor Luiz dos Santos Laus fez três pedidos de vista e as decisões praticamente paralisaram. Esse ritmo lento comparado à velocidade das tramitações contra Lula chama ainda mais atenção para o contraste dos procedimentos.
Os outros dois membros da turma, o relator da Lava Jato João Pedro Gebran Neto e o revisor Leandro Paulsen deram os seus votos, mas Laus pediu mais tempo para analisar melhor os casos. Não há data para que os processos sejam devolvidos. Desde que saiu da primeira instância, o processo contra Lula tramitou com uma velocidade acima da média no TRF-4, o que provocou reclamações da defesa e de apoiadores.
Depois dele, foi concluído apenas o julgamento de recurso do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, acusado pelo Ministério Público de lavagem de R$ 6 milhões. A defesa nega que ele tenha cometido irregularidades. Delúbio teve a pena aumentada de cinco para seis anos de prisão. Outros réus no processo também foram julgados. O primeiro pedido de vista aconteceu no mesmo dia, 27 de março, no processo que envolve o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula.
Leia mais aqui.


André Singer diz que Moro não esconde mais sua simpatia pelo PSDB


"A foto de Moro com João Doria (PSDB), pré-candidato ao governo paulista, em Nova York, um ano e meio depois de ser retratado com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), indica que a liderança mais visível do PJ [Partido da Justiça] não se esforça por esconder para que lado pendem as suas simpatias", escreve o colunista André Singer; segundo ele, torna-se evidente a seletividade e a parcialidade política do Poder Judiciário no Brasil
247 – O colunista André Singer avalia que o Poder Judiciário assumiu sua parcialidade política, no artigo "A Justiça ficou sem balança", publicado neste sábado. O ex-presidente do PT José Dirceu foi preso pela terceira vez. Da primeira prisão, em 2012, aproveitou-se o ministro aposentado do Supremo Joaquim Barbosa. A segunda, em agosto de 2015, fez a glória do juiz Sergio Moro. A desta sexta-feira (18) será explorada na campanha eleitoral a partir de agosto. Enquanto isso, os pessedebistas acusados na Lava Jato continuam a gozar de imunidade. Não só o ex-presidente nacional do partido tucano escapa há anos das garras da Justiça, agora o principal pivô de supostos desvios em favor do PSDB no estado de São Paulo foi posto em liberdade antes de fazer delação premiada", escreve Singer, referindo-se a Paulo Preto, que já movimentou mais de R$ 130 milhões na Suíça.
"Aliás, a foto e Moro com João Doria (PSDB), pré-candidato ao governo paulista, em Nova York, um ano e meio depois de ser retratado com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), indica que a liderança mais visível do PJ não se esforça por esconder para que lado pendem as suas simpatias", pontua ainda Singer, referindo-se ao juiz da Lava Jato.    


Dirceu: quem delata perde sua condição humana


O ex-ministro José Dirceu mantém sua posição de jamais aderir a um acordo de delação, apesar da perspectiva de talvez nunca mais sair da prisão, informa a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo; José Dirceu se entregou ontem à Polícia Federal para cumprir mais de 30 anos de prisão, pena considerada excessiva pela maioria dos especialistas; ele diz: “eu fui formado numa geração em que a delação é a perda da condição humana”
247 - O ex-ministro José Dirceu mantém sua posição de jamais aderir a um acordo de delação, apesar da perspectiva de talvez nunca mais sair da prisão, informa a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo. José Dirceu se entregou ontem à Polícia Federal para cumprir mais de 30 anos de prisão, pena considerada excessiva pela maioria dos especialistas. Ele diz: “eu fui formado numa geração em que a delação é a perda da condição humana”.
Figura central do PT, ele diz que “nem em música” considerou algum dia a hipótese de fazer colaboração premiada. “Nem em samba-canção”, afirma. “No Exército Vermelho [da antiga União Soviética] tinha um ditado: para ser covarde, é preciso ter coragem. Porque os traidores eram sumariamente eliminados pelo comissário político na frente de batalha.”
 “Eu fui formado numa geração em que a delação é a perda da condição humana. A maioria [das pessoas presas na ditadura] não delatou nem mesmo sob torturas que as destruíam psicologicamente, fisicamente. Muitas ficaram com sequelas e carregam até hoje aqueles tormentos, como é o caso da própria [ex] presidente Dilma”, segue ele. Antes de ser preso, o ex-ministro terminou de escrever uma biografia, que será lançada pela Geração Editorial.


sexta-feira, 18 de maio de 2018

Celso Amorim comenta prêmio a Moro nos EUA: “não acredito em coincidências”


"Nesta semana o Juiz Moro - é uma coisa incrível até do ponto de vista das aparências -, o homem que conduziu a investigação e a condenação de Lula, está recebendo um prêmio na Câmara de Comércio Brasil-EUA. Isso é uma coincidência? Eu não sei. Na política eu não acredito em coincidências, tudo está relacionado de alguma forma", declarou o ex-chanceler, em entrevista ao jornalista Brian Mier, do site Brasil Wire; para ele, Moro "está sendo reconhecido como o homem do ano porque foi capaz de colocar Lula na prisão"
247 - O ex-ministro das Relações Exteriores dos governos Lula, Celso Amorim, disse não acreditar em coincidências ao comentar o prêmio concedido pela Câmara do Comércio Brasil-EUA a Sergio Moro, da Lava Jato. A declaração foi feita ao jornalista norte-americano Brian Mier, do site Brasil Wire.
"Nesta semana o Juiz Moro - é uma coisa incrível até do ponto de vista das aparências -, o homem que conduziu a investigação e a condenação de Lula, está recebendo um prêmio na Câmara de Comércio Brasil-EUA. Isso é uma coincidência? Eu não sei. Na política eu não acredito em coincidências, tudo está relacionado de alguma forma. Então, acho que esse é o fato mais revelador sobre o que está acontecendo no Brasil. O juiz está sendo recompensado pelo bom serviço que prestou", declarou o ex-chanceler. 
"Eu não estou dizendo que ele recebeu dinheiro ou algo assim, mas ele está sendo reconhecido como o homem do ano porque foi capaz de colocar Lula na prisão. Em latim, há uma expressão, et quid prodest, 'quem lucra com isso'. Então, eu acho que o prêmio dá a resposta", completou. No evento em Nova York, Moro tirou foto posada e sorridente ao lado do ex-prefeito e pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, João Doria.