quarta-feira, 9 de maio de 2018

‘Nem de esquerda, nem direita’, diz Christiane Yared, de olho no Senado


Primeira entrevistada da série com pré-candidatos, deputada confessa que ainda não tem aval do partido
Yared se tornou símbolo de combate a crimes de trânsito (Foto: Franklin de Freitas

Há três anos e meio na política, a deputada federal Christiane Yared (PR), eleita em 2014 com maior número de votos (200.144) entre os paranaenses na Câmara Federal, lançou por conta própria sua pré-candidatura ao Senado neste ano. O Partido da República (PR), partido escolhido por ela na janela partidária de 2016, ainda não se manifestou sobre a decisão de Yared. Eleita pelo PTN, que agora chama-se PODE, ela garante que o novo partido lhe dá liberdade de votar e apoiar quem bem entender, sem interferências. Pastora evangélica, ex-doceira e ex-empresária dona de confeitaria, Yared se tornou símbolo de combate a crimes de trânsito após uma tragédia familiar que chocou todo o País. Ela perdeu o filho Gilmar Rafael Yared, que morreu junto com o amigo Carlos Murilo de Almeira, em 2009, em um acidente e trânciso causado pelo ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho, condenado neste ano a 9 anos e 4 meses de prisão. A batalha por justiça deu a ela protagonismo e capital eleitoral.

Na Câmara, Yared apresentou 35 projetos e teve cinco aprovados. A vida pública também lhe rendeu desgastes. Foi eleita com a bandeira do trânsito, mas também com imagem de quem combatia poderosos. Em sua trajetória recente revelou que entende ser necessário transitar entre “Eles”. “O que importa é trazer emendas ao meu Estado”, diz. Eleita em uma coligação aliada do PT, Yared votou pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e migrou para uma legenda da base aliada do presidente Michel Temer. 
No Paraná, Yared é uma do grupo de quatro pré-candidatos ao Senado que apoia a pré-candidatura de Ratinho Junior ao governo. Para presidente, escolheu Alvaro Dias (Pode). “O partido me deixou livre para escolher”, garante.  

Bem Paraná - Por que a senhora decidiu ser pré-candidata ao Senado? 

Christiane Yared -  Abriu-se uma lacuna, um nicho, onde vi a necessidade de alguém que se importe para fazer a diferença. Eu não tinha nem intenção de sair na política. Cinco anos após a morte do meu filho é que me lancei a essa jornada, que tem sido de um aprendizado muito grande. Sinto gratidão a Deus por hoje estar deputada federal e poder fazer a diferença onde eu vivo, no meu Estado. Até dois dias antes da eleição eu achava que nós não íamos entrar porque não aparecíamos em pesquisa nenhuma. A eleição foi histórica, gastamos muito pouco, não tínhamos recursos para fazer uma campanha para viajar o Estado, mas assim mesmo pontuei em 302 municípios. Tenho consciência que uma majoritária é algo muito grande, mas também vejo um Estado que precisa de um senador que seja municipalista. 

BP - A senhora concorda com a reforma da Previdência como foi posta até agora, é contra uma reforma  ainda neste governo?

Yared – Antes da reforma da previdência é necessária uma reforma tributária. Temos que rever os impostos absurdos, o volume, que até é maior de impostos indiretos. A quantidade de impostos bi tributados, sem perceber a gente paga duas vezes o mesmo imposto, para que haja um crescimento desse país; dar uma chance aos empresários para poder abrir uma quantidade maior de trabalho.

BP - Deve-se tributar mais quem tem mais dinheiro? 

Yared - Quem tem mais, tem que ser (mais tributado). É uma coisa óbvia. Não é justo fazer com que um trabalhador pague a mesma coisa que um empresário. 

BP – Se esse governo suspender a intervenção no Rio de Janeiro (permitindo a tramitação de emendas constitucionais), talvez depois da eleição, como a senhora votaria esse projeto da reforma da previdência agora?

Yared – Eu não concordo com o projeto que está colocado. Se o País todo tem que dar sua parcela de contribuição, então que seja por completo, desde o presidente da República até o vereador, dada a parcela de cada um. Não é justo, falando de nós aqui do Estado do Paraná, que trabalhamos com o agronegócio, e vamos cobrar apenas desse trabalhador, desse agricultor? Quem trabalha no campo, no tempo, não pode ter o mesmo tratamento de quem trabalha no escritório.

BP - O partido (PR) dá liberdade para que a senhora vote com independência?

Yared – O partido me dá liberdade, inclusive, para votar em quem eu quiser para presidente. Eu gosto de Alvaro Dias, acho que ele tem postura de presidente e é nosso, é paranaense.

BP – A senhora foi eleita pelo PTN (atual Podemos) em uma coligação (PT, PDT, PRB e PcdoB) com “partidos de esquerda” e votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, migrou para um partido da base. A senhora não acha que traiu parte do seu eleitorado?

Yared – De maneira nenhuma. As pessoas votaram em mim, não votaram no partido. Eu não sou esquerda, não sou direita. Sou meu Estado.  Eu disse desde o início: eu vou lutar para trazer o maior número de emendas ao Paraná. 

BP - A senhora se arrepende de ter votado a favor do impeachment de Dilma Roussef?

Yared – Não, porque não fui eu que dei a palavra final do impeachment. Eu votei para que ela fosse investigada e da mesma maneira votei pela saída de Eduardo Cunha e votei pela investigação das duas denúncias que houve contra Michel Temer. 

 BP – A senhora foi bastante criticada por ter se reunido com Michel Temer às vésperas da primeira denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ele. Essa aproximação com o governo e a nomeação de seu marido para a Itaipu podem te prejudicar na campanha? 

Yared – Não. Eu não voto com o governo. Isso (receber favores) é um privilégio de quem vota com o governo. Dizem que sou “a rebelde. Ela não vota com o partido”. Meu acordo com o partido é não quero dinheiro e não quero indicação. Quero o meu voto livre. A questão do meu marido foi um amigo dele, que viu possibilidade, porque ele tem dois projetos muito interessante, mas meu marido deixou os projetos e saiu (pediu exoneração).

BP – A senhora é pastora evangélica. Como a senhora vê a relação da religião com política e a influência de igrejas nos votos dos parlamentares?

Yared – Eu não faço parte da bancada evangélica. Sou pastora e deputada federal, mas não misturo as coisas.   Vivemos em um Estado laico. Mesmo porque acredito seriamente que no céu não existe placa de igreja.

BP – A senhora disse que apresentou 35 projetos e teve cinco aprovados. Nesses três anos e meio qual foi sua principal realização?

Yared – O marco regulatório para o transporte de cargas (projeto de lei 4860/16) direcionado a ajudar o País todo. Mas todos os projetos se unem. Às vezes as pessoas dizem ‘ah, mas esse projeto é tolo’. Não é, ele se une a outro projeto. 

BP – No Paraná, a senhora deve apoiar a candidatura de Ratinho Junior (PSD) ao governo?

Yared – Já está praticamente consolidado. Mas o próprio cenário ainda é instável.

BP – O seu partido já aceitou sua candidatura?

Yared – A pré-candidatura por enquanto sou eu (risos). Como ninguém falou nada ainda, eu estou indo. O partido pode chegar e dizer “olha, não aceitamos”. Vamos caminhar confiantes que o partido não vá me barrar lá na frente. 

BP- A senhora se relaciona bem com os políticos de diversos partidos, inclusive com o então governador Beto Richa (PSDB), mas quando foi eleita parte do eleitorado acreditava que a senhora fosse uma oposição ferrenha a ele. Como vexplica isso para o eleitor?

Yared – Minha preocupação é poder trazer o maior número de emendas ao Estado. Esse é o meu trabalho. Não estou lá para fazer amizade ou para agradar um ou outro.

BP – O que a senhora acha da prisão e condenação do ex-presidente Lula?

Yared – Ninguém está acima da lei. É um fato histórico, realmente, mas ninguém está acima da lei. A Lava Jato mudou a história do País provavelmente, no futuro, para melhor, eu espero. Torço por isso. 

Fonte: Bem Paraná


Polícia prende 2 suspeitos de envolvimento em estupro de menina de 12 anos dentro de ônibus escolar em Apucarana


A Polícia Civil de Apucarana confirmou nesta terça-feira (8) que prendeu duas pessoas suspeitas de envolvimento em estupro vulnerável que teria ocorrido em um ônibus de transporte de alunos de escola Municipal de Apucarana, e foi contra uma aluna de 12 anos.
Foram presos o motorista e a ajudante que cuidava das crianças no ônibus. O caso era investigado desde agosto de 2017, quando a própria Secretaria Municipal de Educação informou à polícia sobre comportamento suspeito do motorista e que havia queixa da aluna a princípio de tentativa de beijos por parte do motorista.
Em fevereiro a garota contou que havia sido estuprada e laudo de exame no do Instituto Médico Legal (IML) deu positivo. Após a confirmação do exame, a Delegacia da Mulher de Apucarana fez uma detalhada investigação sobre o caso antes de solicitar as prisões dos suspeitos.
Mais detalhes sobre o caso serão repassados em entrevista coletiva da Polícia Civil nesta terça-feira na 17ª Subdivisão Policial (SDP). 
TN Online


Facebook compra direitos da Libertadores e vai transmitir jogos


A transmissão da competição pela rede social acontecerá a partir de 2019

Getty Images
A partir do ano que vem, será possível assistir aos jogos da Libertadores pelo Facebook. A rede social adquiriu os direitos de transmissão da competição, num contrato válido de 2019 e a 2022, segundo informou a “Folha de S.Paulo”.
O Facebook vai exibir ao vivo e gratuitamente uma partida por semana aos seus usuários.
Os direitos de transmissão da Libertadores para a TV continuam com o Grupo Globo (canal aberto) e com o Fox Sports (canal fechado). O SporTV também poderá exibir algumas partidas, mas sempre respeitando a Fox, que tem a preferência.
Notícias ao Minuto


Amigo de infância anuncia “bomba” contra Beto Richa em revista nacional


O empresário e ex-deputado Tony Garcia revela que o ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), seu amigo de infância, será destaque numa reportagem de revista de circulação nacional.
“Uma importante revista de circulação nacional trará nesta quinta-feira fatos já narrados aqui por mim. Tais fatos se deram em 2014, e envolvem de sobremaneira o terceiro andar do Palácio Iguaçu na gestão de Beto Richa. Esperar pra ver!!!”, escreveu numa rede social.
Tony Garcia vinha denunciando há mais de três anos esquemas de corrupção no então governo de seu amigo de infância, Beto Richa.
Boa parte dessas denúncias públicas versam sobre operação quadro negro (corrupção na educação), operação publicano (desvios na Receita Estadual) e operação lava jato (propina da Odebrecht), foram repercutidas aqui no Blog do Esmael.
O empresário Tony Garcia contou que é amigo de Beto desde infância. “Eu o conheço como ninguém. Fui eu, inclusive, que apresentei a Fernanda [Richa] para ele quando tinha 16 anos”, assegurou em 2015 durante entrevista ao Blog do Esmael.


STF julga primeiro processo contra a reforma trabalhista nesta quarta


Ação envolve uma trabalhadora do estado de São Paulo

REUTERS / Ueslei Marcelino (Foto de arquivo) 
O TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região), com jurisdição na Grande São Paulo, condenou uma trabalhadora beneficiada pela Justiça gratuita a pagar custas processuais, após ela faltar à primeira audiência de uma ação trabalhista sem apresentar justificativa.
A reforma trabalhista, em vigor desde novembro de 2017, ordena o pagamento de custas no valor de 2% da causa.
A reforma trabalhista, em vigor desde novembro de 2017, ordena o pagamento de custas no valor de 2% da causa.
O artigo, porém, foi considerado inconstitucional pela PGR (Procuradoria-Geral da República) sob alegação de dificultar o acesso à Justiça gratuita e vai a julgamento nesta quarta-feira (9) no STF (Supremo Tribunal Federal). É a primeira vez que a corte vai analisar uma ação contra a reforma.
A trabalhadora de Guarulhos foi condenada a pagar R$ 592,96, por decisão do juiz Wassily Buchalowicz, da 11ª Vara do Trabalho. O caso foi arquivado. No julgamento do recurso, o TRT manteve a decisão.
A reforma trabalhista incluiu uma regra na CLT que só permite que a reclamante entre com uma nova ação contra o empregador caso quite o pagamento das custas. O advogado da funcionária não foi encontrado para comentar.
"No presente caso, ainda que o reclamante faça jus ao benefício da Justiça gratuita, ante a apresentação de declaração de hipossuficiência [pobreza], a sua concessão é irrelevante, ou inócua, pois a atual redação do texto celetista é cristalina ao firmar que o reclamante injustificadamente ausente à audiência arcará com o pagamento das custas processuais", escreveu a relatora do acórdão, Maria José Bighetti Ordoño Rebello.
O professor de direito do trabalho da FGV Mauricio Tanabe, sócio do escritório Campos Mello, diz que a decisão é objetiva. "A maioria das decisões é favorável ao trabalhador. Hoje, há momento de instabilidade. Os tribunais estão controversos, mas o TRT de São Paulo é mais técnico."
Na ação direta de inconstitucionalidade ajuizada em agosto de 2017, a PGR, sob comando de Rodrigo Janot, diz que a regra "padece de vício de proporcionalidade e de isonomia, por impor restrição desmedida a direitos fundamentais".
"A reforma tornou o processo mais oneroso para o empregado, e o acesso à Justiça gratuita, mais trabalhoso, mas também mais justo, porque o trabalhador tem de comprovar que tem dificuldade para pagar", diz Luiz Marcelo Góis, sócio da área de direito trabalhista do escritório BMA.
Para o professor de direito do trabalho da USP Flávio Roberto Batista, a nova regra instala clima de medo. "O trabalhador comum não sabe avaliar se a condenação em pagar as custas teve ou não teve motivo e qual foi. O que chega a ele é que esse risco existe e isso, por si só, desestimula o ingresso no Judiciário", afirma.
Batista ressalta que razões variadas podem explicar uma ausência, como problema de saúde sem atendimento médico ou falta de recursos para o transporte público. Com informações da Folhapress.
Notícias ao Minuto

Desvalorização do peso garante viagens mais baratas à Argentina


Problema enfrentado pela moeda do país vizinho coincide com a proximidade da temporada de neve, uma das preferidas dos turistas brasileiros

Divulgação/Ministério do Turismo da Argentina
Um dos destinos internacionais mais visitados pelos brasileiros, a Argentina está mais barata. O motivo é a forte desvalorização do peso, a moeda do país vizinho, que tem como consequência a diminuição no preço de serviços como hospedagem e alimentação para turistas oriundos do Brasil, onde o real se desvaloriza com menor velocidade.
"É possível encontrar serviços de turismo na Argentina com até 30% de desconto”, afirmou ao G1 o diretor de produtos internacionais da CVC, Rodrigo Vaz. De acordo com ele, um show de tango que custava R$ 216,09 no ano passado agora sai por R$ 174,84.
A desvalorização do peso coincide com a proximidade da temporada de neve na Argentina, quando destinos como Bariloche são tomados por turistas do Brasil.
Notícias ao Minuto

PM do Paraná quebra acordo e abandona segurança em vigília


Na tarde desta terça-feira, viaturas que permaneciam no local foram embora; ataques já realizados contra manifestantes seguem impunes
Dr. Rosinha denuncia: PM do Paraná não cumpre acordo, mas Vigília continua
A Polícia Militar do Paraná retirou as viaturas que faziam a segurança das imediações do prédio da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde encontra-se sob prisão política o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No local, é mantida uma vigília com apoiadores do ex-presidente e do Estado de Direito no Brasil.
As viaturas estavam ali desde que fora formado um acordo entre os organizadores da vigília e as autoridades do governo paranaense e da Prefeitura de Curitiba, depois que uma pessoa ainda não identificada pela polícia disparou mais de 20 tiros contra o acampamento Marisa Letícia, localizado a poucos quilômetros dali. Pelo acordo, a segurança seria mantida no local e os manifestantes se comprometiam a não utilizar equipamentos de som em seus atos contra a prisão política de Lula. Os manifestantes mantiveram sua parte no acordo. A polícia, não.
Na noite desta terça-feira, o presidente do PT do Paraná, Dr. Rosinha, foi à vigília e denunciou o ocorrido. “Não houve nenhuma negociação para tirar a segurança. Foi uma decisão unilateral da Secretaria de Segurança Pública. Temos que ficar muito atentos, porque agora provocadores podem chegar aqui, agora podem inclusive subir de carro, atropelar pessoas. Estamos muito preocupados”.

Veja, abaixo, nota publicada pelos organizadores da vigília
NOTA DA VIGÍLIA LULA LIVRE
As organizações que integram a Vigília Lula Livre denunciam a Prefeitura de Curitiba por ter desmarcado em cima da hora reunião agendada para o dia 9 (quarta), cuja pauta seria sobre a estrutura da vigília.
Denunciamos também o governo do estado por ter retirado hoje (8) parte da proteção policial de algumas ruas no entorno da Superintendência da PF, por ter reduzido o efetivo da Polícia Militar, colocando em risco manifestantes e a comunidade devido ao trânsito de carros e, já nesta madrugada, devido ao risco de violência contra manifestantes e contra o acampamento Marisa Letícia, como já foi observado em outros momentos.
Reafirmamos que mantemos na vigília nossa programação, atividades e quatro tendas instaladas, reforçando a disposição de lutarmos até a liberdade de Lula – livre, inocente e com direito a disputar as eleições.
Cobramos então das autoridades condições e segurança para realização do direito à livre manifestação, com diálogo e garantias, como temos feito desde o início.
Curitiba, noite do dia 8 de maio de 2018.
Da Redação da Agência PT de Notícias, em Curitiba


Termina nesta quarta-feira prazo para transferir, atualizar ou emitir o título eleitoral


Os eleitores podem transferir, atualizar ou emitir o título eleitoral até esta quarta-feira (9) para participar das eleições de 2018. O 1º turno ocorre daqui a cinco meses, no dia 7 de outubro. Se nenhum dos candidatos a presidente ou governador tiver mais da metade dos votos válidos, o 2º turno deve ocorrer em 28 de outubro.
GUIA DO ELEITOR
Os eleitores votam neste ano para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual ou distrital.
O voto é obrigatório no Brasil. Apenas eleitores que têm menos de 18 anos ou mais de 70 anos não precisam votar. O voto também é facultativo para analfabetos.
O eleitor que completa 18 anos até 7 de outubro, dia do 1º turno, também precisa emitir o título eleitoral até 9 de maio. Esse também é o prazo para quem mudou de endereço e deseja transferir o título eleitoral. O procedimento exige a apresentação do comprovante de residência e de um documento oficial com foto em uma unidade do cartório eleitoral.
Para transferir o título, o eleitor deve residir a pelo menos três meses no novo município. Ainda é necessário, no mínimo, um ano da data do alistamento eleitoral ou da última transferência do título. Consulte o site do Tribunal Regional Eleitoral do seu estado.
Via digital
A partir deste ano, o eleitor também tem acesso a uma via digital do título eleitoral por meio de um aplicativo lançado pela Justiça Eleitoral. O aplicativo está disponível nos aparelhos Android e iOS. É possível ver a seção e a zona eleitoral do eleitor, bem como a situação biométrica (se a biometria foi coletada ou não), a situação eleitoral (se está regular ou não) e a quitação eleitoral (se está quite ou não).
O e-Título substitui o documento oficial com foto (RG, CNH, carteira de trabalho etc) apenas quando o aplicativo mostra a foto do eleitor e quando a coleta da biometria já foi realizada.


A vice de Boulos é uma indígena: Sonia Guajajara


A pré-candidata a vice-presidente pelo Psol o lado do cabeça de chapa Guilherme Boulos, Sonia Guajajara, afirma que a candidatura de um indígena é muito importante para a consolidação da democracia. Guajajara é a primeira indígena em 128 anos candidata a um cargo dessa importância; levantamento da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), organização coordenada por Sonia Guajajara, aponta que o país teria pelo menos 36 pré-candidatos a cargos do Legislativo que se auto-identificam como índios
Do Sul 21 - A primeira vez que a aldeia mbya-guarani da Lomba do Pinheiro, na zona sul de Porto Alegre, recebeu alguém que concorre em uma eleição presidencial, a conversa começou com uma saudação em guarani. “Mba’ichapa neko’”, disse Sonia Guajajara ao abrir sua fala, na manhã desta terça-feira (8). Uma espécie de bom dia na língua indígena. Do outro lado da mesa, decorada com artesanato feito ali, indígenas guarani e kaingang, vindos de outras aldeias da região assistiam o momento histórico.
“É tão bom ser acolhida no sul, porque a ideia que nos passam é de que o sul é um Brasil à parte”, seguiu Sonia, contando sobre as andanças que tem feito na pré-campanha, visitando além de tribos indígenas, povos quilombolas e ribeirinhos. “Esse é o maior sentido da nossa jornada, neste momento. Ter um programa que alcance toda a diversidade do país”.
A pré-candidatura dela como vice-presidente de Guilherme Boulos, pelo PSOL, é a primeira de uma pessoa indígena em 128 anos de República Federativa do Brasil em uma eleição presidencial. Antes de Sonia, o marco mais alto de indígenas na política institucional havia sido com a eleição de Mário Juruna, pelo PDT do Rio de Janeiro, em 1983.
Este ano, porém, eles pretendem alterar essa narrativa. Uma frente integrada por cem povos indígenas já se articula para ter ao menos um candidato eleito em cada um dos 26 estados da federação e no Distrito Federal. Um levantamento da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), organização coordenada por Sonia Guajajara, citado em uma reportagem do El País de abril, aponta que o país teria pelo menos 36 pré-candidatos a cargos do Legislativo que se auto-identificavam como índios. As filiações vão desde o PSOL de Guajajara até o PSL de Jair Bolsonaro.
Na avaliação de Sonia, isso mostra a diversidade de opiniões também entre os povos indígenas. Ela diz que a prioridade, no momento, é fortalecer a ideia da frente para garantir mais espaço aos candidatos dela.
“Queremos mostrar que a gente tem todas as condições de estar nessa disputa de igual para igual, que não é uma luta secundária, que não somos incapazes, como dizia o próprio Estatuto do Índio de 1974. Não só a Constituição de 1988 superou isso, re-escreveu, mas a gente está mostrando na prática que temos todas as condições de falar por nós mesmos e estarmos ocupando a política institucional”, diz ela.
O Brasil tem hoje uma população de 896 mil indígenas. Embora não se tenha os números exatos de quantos habitavam essas terras antes da chegada dos colonizadores, a estimativa é de que aqui viviam entre 4 e 5 milhões de índios antes de 1500. Depois de anos de políticas eugenistas, a Constituição de 1988 deu um primeiro passo em direção à reparação. Porém, pouco se cumpriu. Passados 30 anos desde a Carta, a pergunta é por que demorou tanto para ter um indígena em uma chapa presidencial?
“Não foi falta de tentativa. Ao longo desses anos todos, as candidaturas indígenas têm sido apresentadas, não com muito êxito, mas a gente sempre acredita, porque não comunga com essa forma de fazer política na atualidade. A gente quer entrar e fazer uma disputa justa e ética. Não tem sentido entrar e continuar fazendo o que os outros fazem de errado. E queremos que as pessoas votem por consciência”, avalia Sonia.


Inspirados por Bolsonaro, militares lançam 71 candidatos nas eleições de 2018


Com discurso unificado e estimulados pelo desempenho do deputado e pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL-RJ) nas pesquisas eleitorais, 71 militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica lançaram suas pré-candidaturas a vagas no Congresso e no Executivo; são, pelo menos 25 Estados - e Distrito Federal – que podem acolher as candidaturas de militares; apenas o Acre não tem um candidato militar até agora
247 – Com discurso unificado e estimulados pelo desempenho do deputado e pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL-RJ) nas pesquisas eleitorais, 71 militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica lançaram suas pré-candidaturas a vagas no Congresso e no Executivo. São, pelo menos 25 Estados - e Distrito Federal – que podem acolher as candidaturas de militares. Apenas o Acre não tem um candidato militar até agora.
“Os pré-candidatos usaram frases e slogans para afirmar que trabalham com princípios de “honestidade” e “defesa dos interesses do País” cultivados nos quartéis. Bem ao estilo militar, a reunião começou pontualmente no horário marcado, com pouco mais de 30 participantes. A mesa foi composta apenas por generais, hierarquicamente superiores aos demais nas Forças. Cada presente se apresentou e os discursos, feitos sem interrupção, tinham como tema principal o combate à corrupção e o direito de militares de se candidatarem a cargos eletivos.
Mesmo ausente, Bolsonaro foi lembrado no evento, realizado em uma sala da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), na área central de Brasília. O presidenciável foi convidado, mas não compareceu – o que rendeu crítica de um dos presentes, que preferiu não se identificar. Nesta quarta-feira, o grupo pretende ir ao Congresso para se encontrar com o deputado.”
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Testemunha acusa vereador e miliciano de envolvimento na morte de Marielle


Um homem que trabalhou para um dos mais violentos grupos paramilitares do Rio procurou a polícia para contar, em troca de proteção, que o vereador Marcello Siciliano (PHS) e Orlando Oliveira de Araújo – ex-PM preso acusado de chefiar uma milícia – queriam a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada com o motorista Anderson Gomes
Rio 247 - Um homem que trabalhou para um dos mais violentos grupos paramilitares do Rio procurou a polícia para contar, em troca de proteção, que o vereador Marcello Siciliano (PHS) e Orlando Oliveira de Araújo – ex-PM preso acusado de chefiar uma milícia – queriam a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada com o motorista Anderson Gomes, no dia 14 de março, no Estácio.
Segundo informações do jornal O Globo, em três depoimentos, a testemunha relatou reuniões entre um miliciano, que hoje está preso em Bangu 9, e o político, sobre prejuízos causados pelo combate da vereadora ao avanço de grupos paramilitares em comunidades de Jacarepaguá.
Nos depoimentos, além do político e do chefe da milícia, também foram mencionados os nomes de outros integrantes do bando, que teriam participado da execução.


Novo tubo de ensaio: General Mourão pode ser candidato a presidente


O general da reserva Antonio Hamilton Mourão filiou-se ao PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro) e pode ser candidato à presidência pelo partido de Levi Fidélix; Fidélix já considera a hipótese de abrir mão da candidatura para dar espaço ao general; "O Brasil só tem uma solução: general Mourão, presidente urgente!", afirmara Fidélix em setembro de 2017; embora Mourão tenha se filiado ao PRTB no início de abril, um pouco antes do prazo legal para a disputa da eleição deste ano, o fato só foi divulgado agora, após a desistência do ex-ministro Joaquim Barbosa
247 - O general da reserva Antonio Hamilton Mourão filiou-se ao PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro) e pode ser candidato à presidência pelo partido de Levi Fidélix. Fidélix já considera a hipótese de abrir mão da candidatura para dar espaço ao general. "O Brasil só tem uma solução: general Mourão, presidente urgente!", afirmara Fidélix em setembro de 2017. Embora Mourão tenha se filiado ao PRTB no início de abril, um pouco antes do prazo legal para a disputa da eleição deste ano, o fato só foi divulgado agora, após a desistência do ex-ministro Joaquim Barbosa.
A possibilidade da candidatura Mourão está sendo considerada seriamente. Ele dividiria com Jair Bolsonaro (PSL) uma parte do eleitorado mais conservador e que prioriza temas ligados à segurança pública. Bolsonaro, que é ex-capitão do Exército, tem boa relação com Mourão. 
Uma aliança entre os dois não está descartada, o que poderia levar a uma situação inusitada: um general do Exército como candidato a vice na chapa de alguém de patente mais baixa. Uma eventual candidatura também enfrentaria dificuldades de ordem prática, como pouco tempo de TV, falta de dinheiro e inexistência de palanques competitivos nos estados.
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“Temo que haja espaço para um golpe militar”, diz Joaquim Barbosa

Marcos Oliveira/Senado

Em entrevista ao colunista d’O Globo Lauro Jardim, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal e agora ex-candidato à presidência da república, Joaquim Barbosa, diz temer um golpe militar; o golpe militar seria um dos “três perigos” que Barbosa vê no horizonte; os outros dois são Bolsonaro e o próprio Temer: “temo que ele, maquiavélico, possa articular algo para continuar no poder, ou mesmo uma aliança que o eleja”
247 – Em entrevista ao colunista d’O Globo Lauro Jardim, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal e agora ex-candidato à presidência da república, Joaquim Barbosa, diz temer um golpe militar. O golpe militar seria um dos “três perigos” que Barbosa vê no horizonte. Os outros dois são Bolsonaro e o próprio Temer: “temo que ele, maquiavélico, possa articular algo para continuar no poder, ou mesmo uma aliança que o eleja”.
Em tom de voz tranquilo, apesar de ter explodido há duas horas a bomba política do dia, Barbosa diz que já vinha amadurecendo a decisão nas últimas semanas. Apesar de ter se reunido na semana passada com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, Barbosa se esquivou de encontros com economistas, líderes de movimentos sociais e parte da bancada federal do partido.
Afirma que assim o fez exatamente para não dar esperanças, pois ainda não tinha certeza se que queria mesmo ser candidato. Barbosa pretendia inicialmente esperar até julho para uma definição. Chegou a avisar isso ao partido. Só que, em sua avaliação, as coisas se precipitaram.


Lewandowski: “precisamos tomar partido porque vivemos dias sombrios”


Em discurso durante jantar em que foi homenageado por acadêmicos, advogados e desembargadores, em São Paulo, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, afirmou que as pessoas precisam defender as garantias previstas na Constituição; "Nós precisamos voltar a ser cidadãos, a tomar parte na política, a defender o Estado Democrático de Direito, as garantias fundamentais que estão na Constituição, sejamos nós advogados, juízes, jornalistas ou profissionais de outras áreas. Precisamos tomar partido porque hoje vivemos dias sombrios, difíceis. Temos que tomar partido nesta luta"
Do Conjur - O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, foi homenageado na noite desta segunda-feira (7/5) em jantar com acadêmicos, advogados e desembargadores, em São Paulo. Ele completará 70 anos na próxima sexta-feira (11/5).
Além dos abraços e brindes, o evento acabou sendo um espaço de análise sobre os tempos atuais. "Em breve comemorarei 70 anos de idade. É uma idade repleta de experiências e, nesse sentido, quero dizer que sou daquela geração que nasceu no pós-guerra. Uma geração que o mundo não era um dado, mas era algo a ser construído", afirmou Lewandowski.
"Um planeta destruído pela guerra, que tinha saído dos mais terríveis genocídios que a humanidade jamais tinha visto. Era um momento em que as pessoas, sobretudo jovens, tinham que tomar uma posição em relação às coisas do mundo. Não era possível, como muitos fazem hoje, ficar em cima do muro", declarou.
O ministro afirmou que as pessoas não podem se comportar como meros consumidores. "Nós precisamos voltar a ser cidadãos, a tomar parte na política, a defender o Estado Democrático de Direito, as garantias fundamentais que estão na Constituição, sejamos nós advogados, juízes, jornalistas ou profissionais de outras áreas. Precisamos tomar partido porque hoje vivemos dias sombrios, difíceis. Temos que tomar partido nesta luta".
"Este é o momento em que é preciso que sigamos sem nenhum temor as bandeiras do Estado Democrático de Direito que generosamente foi construído pelos constituintes de 1988. Não há nenhuma possibilidade de recuo", declarou o aniversariante.