Ao lembrar os 30 dias de prisão política do ex-presidente
Lula nesta segunda-feira (7), a presidente nacional do PT, senadora Gleisi
Hoffmann (PT-PR), reafirmou que o partido lançará o ex-presidente como
candidato do partido nas eleições presidenciais de 2018 e que é mentira que
Lula não possa se candidatar; "Lula pode ser candidato, porque a
Constituição diz que os direitos políticos de uma pessoa só são suspensos se
ela for condenada na última instância do Judiciário, que é o Supremo Tribunal
Federal. Então, o PT pode registrar o Lula como candidato. Mesmo que ele esteja
preso? Sim, é um direito constitucional", afirmou
Paraná 247 - Ao lembrar
os 30 dias de prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta
segunda-feira (7), a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann
(PT-PR), reafirmou que o PT lançará o ex-presidente como candidato do partido
nas eleições presidenciais de 2018 e que é mentira que Lula não possa se
candidatar. A parlamentar reforçou que a Constituição prevê a suspensão dos
direitos políticos de qualquer pessoa somente após o trânsito em julgado da
decisão penal condenatória, o que não seria o caso do ex-presidente Lula.
Gleisi
também ressaltou que a Lei da Ficha Limpa não impede que o ex-presidente
participe do processo eleitoral, ainda que sub judice, enquanto houver
possibilidade de recursos plausíveis para instâncias superiores.
"As
pessoas estão tentando dizer que Lula não pode ser candidato. É mentira! Lula
pode ser candidato, porque a Constituição diz que os direitos políticos de uma
pessoa só são suspensos se ela for condenada na última instância do Judiciário,
que é o Supremo Tribunal Federal. Então, o PT pode registrar o Lula como
candidato. Mesmo que ele esteja preso? Sim, é um direito constitucional",
explicou.
Ao
lembrar o legado do presidente Lula e o que ele representa para o Brasil,
Gleisi reafirmou que o partido será intransigente na sua defesa porque ela simboliza
as conquistas do povo brasileiro. "Não é a luta de uma pessoa apenas. Nós
sabemos que Lula na Presidência deste País é quem pode consertar os rumos desta
Nação, quem pode pacificar o Brasil, porque já conhece o País, já fez, já
pacificou, já entregou um legado ao povo brasileiro", acrescentou.
Para a
senadora, o real motivo para a condenação de Lula é afastá-lo do processo
eleitoral de 2018 já que o ex-presidente é o favorito no pleito e tem o dobro
das intenções de voto nas pesquisas eleitorais que qualquer outro candidato.
"Por mais que a grande mídia, aquela que ajudou na operação do golpe,
queira colocá-lo na invisibilidade, queira naturalizar a prisão dele, não
consegue, porque Lula continua presente na vida nacional. É impossível um líder
do tamanho de Lula, que não cabe naquela prisão, ser esquecido pela população
do Brasil e pelo povo brasileiro".
A
congressista cobrou do Judiciário as provas que serviram de base para a
condenação do ex-presidente no processo do triplex no Guarujá (SP). "Pergunto
aqui para o juiz Sérgio Moro e para o TRF4: cadê a prova para condenar Lula? Só
existem provas da sua inocência. Aliás, só foram oferecidas provas que dão
conta da sua inocência, portanto ele deveria ser absolvido, porque o objeto do
crime, que seria o recebimento de um apartamento, não foi comprovado. O
Presidente Lula não tem a posse, não tem a propriedade, nunca usufruiu daquele
apartamento", disse.
O
parlamentar criticou o andamento do processo, questionado por juristas
renomados do Brasil e do mundo. "Ele foi condenado num processo sem crime
tipificado; num processo de muita pressa, que foi contrário a todos os outros
tempos de processos já julgados por um juiz singular em Curitiba, da Vara
Federal, assim como pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região",
acrescentou.
Pesquisa
Datafolha, divulgada no mês passado, apontou que, mesmo preso, Lula apareceu
com 31% dos votos, seguido pelo presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, com 15%.
Na sequência aparecem a ex-senadora Marina Silva (Rede), com 10%, o ex-presidente
do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa (PSB), com 8%, o ex-governador de
São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), com 6%, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com
5%, Alvaro Dias (Podemos-PR), com 3%, Manuela D'Ávila, do PCdoB (2%), Fernando
Collor (PTC), com 1%, Henrique Meirelles (MDB), com 1%, Rodrigo Maia (DEM), com
1%, e Flávio Rocha, com 1% (PRB).