segunda-feira, 7 de maio de 2018

Precatórios reduzem capacidade de investimentos em Apucarana


A falta de uma certidão negativa de débitos junto ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ) está dificultando a liberação de duas importantes obras para Apucarana. Trata-se de novas alternativas de acesso à cidade, via Contorno Sul, pelas ruas Nova Ucrânia e Cristiano Kusmaull. 
O prefeito Beto Preto (PSD) explica que conseguiu junto ao Governo do Estado um crédito de R$ 4 milhões, via Fomento Paraná, destinado às obras de drenagem e pavimentação asfáltica destas duas ruas, mas a liberação está condicionada a uma certidão referente aos precatórios devidos por Apucarana. O município tem uma dívida próxima de R$ 64 milhões.
“Nos cinco anos e quatro meses que estou à frente da Prefeitura de Apucarana não gerei sequer um único centavo dessa dívida com precatórios, que já beira a casa dos R$ 64 milhões”, assinala Beto Preto. Ele acrescenta que neste mesmo período já pagou cerca de R$ 70 milhões de dívidas, sendo que deste total, quase R$ 30 milhões são referentes a precatórios.
O prefeito diz que, lamentavelmente, Apucarana figura hoje com a maior dívida per capta do Paraná referente a precatórios. “Isso é resultado de desmandos administrativos e gestões temerárias de meus antecessores – principalmente dos doze anos anteriores ,  que deixaram de pagar encargos sociais, desapropriações, empreiteiras que executaram obras e até prestadores de serviços”, assinala.
A aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos Precatórios pelo Congresso Nacional, em dezembro de 2017, deu um novo alento a centenas de municípios que não teriam condições de zerar seus precatórios até 2020, conforme havia determinado a justiça. Agora as prefeituras terão mais quatro anos para zerar os precatórios, ou seja, até 2024. Com a mudança da regra, a Prefeitura de Apucarana passou a pagar mensalmente cerca de R$ 1,15 milhão de precatórios, o que deve resultar num montante de R$ 13,8 milhões em 2018.
O prefeito Beto Preto pondera que a PEC dos Precatórios pode amenizar as dificuldades, na medida em que alonga o prazo para amortização das dívidas, mas as consequências delas ainda prejudicam muito Apucarana. “Apucarana acumula hoje R$ 63,5 milhões em precatórios e não conseguiria de forma alguma pagar esta soma num prazo de dois anos e meio, ou seja, até 2020”, comenta Beto preto.
Conforme revela o Procurador Geral do Município, Paulo Sérgio Vital, a Prefeitura de Apucarana tem atualmente 1.122 precatórios inscritos na fila para pagamento, que é controlada pelo Tribunal de Justiça do Estado. “Estimamos que outros 900 precatórios estejam tramitando para também ingressar nessa mesma fila”, revela Vital, assinalando que, "infelizmente, ex-prefeitos criaram um caos nas finanças do município".
O prefeito se manifesta contrariado com o “dinheiro bom” que está saindo dos cofres públicos para arcar com irresponsabilidades administrativas de ex-gestores. “Só para se ter uma ideia do que representa esse dinheiro dos precatórios, basta dizer que daria para reurbanizar e modernizar as três principais entradas de Apucarana, ao custo de cerca de R$ 20 milhões; seria possível ainda refazer toda a malha asfáltica do Núcleo João Paulo, com mais R$ 4 milhões e ainda sobraria recursos para outras obras e serviços”, avalia.  
Dívida inviabiliza importantes obras
O secretário municipal da fazenda, Marcello Machado, pondera que se as regras previstas na emenda constitucional 094/2016 – que previa zerar os precatórios até 2020 - fossem mantidas, Apucarana teria que arcar com um recolhimento mensal que beirava o patamar de R$ 1,7 milhão, em um cenário que poderia inviabilizar a gestão do prefeito Beto Preto. “Nestas circunstâncias, a prefeitura iria dispor de seus recursos somente para amortizar dívidas geradas por ex-gestores, comprometendo o dinheiro público para asfalto, escolas, creches e até para a prestação de serviços essenciais na cidade”, avalia Machado. Um dos maiores precatórios, na ordem de R$ 15 milhões é com a Construfert, empresa responsável por coleta de lixo. Também está na lista de precatórios, por exemplo, a construtora Cesbe, que fez obras no Viaduto da Vila Regina, e acumula dívida de R$ 500 mil.
Com o alongamento da dívida, segundo ele, o prefeito Beto Preto continua com dificuldades para contornar esse caos dos precatórios, mas com um rigoroso controle de despesas ainda poderá viabilizar obras e serviços, sempre buscando parcerias com o Estado e a União.
Atualmente, a Procuradoria Jurídica está questionando uma diferença de cerca de R$ 7 milhões em precatórios, referentes a 2017, que o TJPR está pleiteando. "Torna-se importante ressaltar que, aqueles que geraram os precatórios, pouco arcaram com as danosas consequências. O ex-prefeito João Carlos de Oliveira, por exemplo, pagou apenas R$ 5,3 milhões de precatórios, nos seus quatro anos de mandado (2009/2012). Já o prefeito Beto Preto, em cinco anos e quatro meses já pagou quase R$ 30 milhões", assinala o procurador.
Fonte: TN Online

Marcela Temer se joga em lago para salvar cão de Michelzinho


Cachorro Picolly estava sendo atacado por patos do Palácio da Alvorada

Reuters /Adriano Machado
A primeira-dama Marcela Temer se jogou no lago Paranoá, no Palácio da Alvorada, para salvar o cachorro do filho Michelzinho, chamado Picolly. O caso ocorreu há duas semanas, mas só veio à tona neste domingo (7).
As informações foram divulgadas pela revista Crusoé. Segundo a publicação, o cachorro foi atacado por patos ao entrar no lago. Marcela Temer não quis esperar por ajuda e mergulhou, de roupa e tudo, para fazer o resgate.
Militares que testemunharam o episódio teriam sido repreendidos por não terem ajudado a primeira-dama. Para a coluna Radar, da revista Veja, a Presidência da República informou que uma servidora chegou a ser transferida para uma nova função por não ter protegido Marcela Temer.
Notícias ao Minuto


Pedido de socorro de homem que estava em prédio incendiado é revelado


Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro pede: 'Por favor, manda o helicóptero. Tira eu daqui!'

REUTERS/Paulo Whitaker
Eu tô no prédio que tá pegando fogo!". Foi a primeira frase de Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro, uma das vítimas do incêndio do edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paissandu, centro de São Paulo. Conhecido como Tatuagem, ele tentava ajudar pessoas "que não conseguiram subir porque a fumaça é muito tóxica", como explicou.
"O senhor tá dentro do prédio?", pergunta a agente que atendeu o telefone de emergência da Polícia Militar. "Eu tô no prédio. Eu tô no último andar. Eu tô no térreo. Eu tô na, na, na cobertura! O fogo já tá aqui em cima. Por favor! O fogo já aqui em cima perto de mim!", alerta Ricardo, desesperado, ao pedir que mande um helicóptero. "Por favor, manda um helicóptero, tira eu daqui" (sic).
Um dos bombeiros que atuaram na tentativa de resgate na madrugada do dia 1º de maio, o sargento Caio Salgado Corá explicou, ao Fantástico, que subiu, com os colegas, 15 andares de escada, em um prédio vizinho, até chegar a um ponto onde pudesse ser feito o salvamento. Depois de abrir um "acesso na parede" com marretas.
À esta altura, Ricardo, que estava encurralado pelo fogo, desceu pelo cabo de para-raios até o 15º andar, altura em que recebeu um cinto de escalada e uma corda. Neste momento, quando ia ser puxado pelos agentes, a estrutura ruiu e ele foi atingido por uma laje.
"A gente sente o impacto grande, a gente chega as ser arrastado ali cerca de um metro, devido a este tensionamento da corda, a gente sente a corda romper, quando ele, infelizmente, se solta do nosso equipamento e vem a cair nos escombros", lamenta o sargento. "Como a gente estava a cerca de 3, 4 metros do prédio que desabou, a sensação de que ele viria a cair sobre nós, no primeiro momento, foi muito grande, o susto foi grande", finaliza.
Leia a transcrição do telefonema
- Polícia Militar, Emergência.
- Eu tô no prédio que tá pegando fogo!
- O senhor tá dentro?
- Hã?
- O senhor tá dentro do prédio?
- Eu tô no prédio. Eu tô no último andar. Eu tô no térreo. Eu tô na, na, na cobertura! O fogo já tá aqui em cima.
- Tem a altura do número aí? Mais ou menos a rua?
- É no começo da Rio Branco. O bombeiro já tá vindo pra cá.
- Eu vou avisar que o senhor tá em cima, tá?
- Por favor! O fogo já aqui em cima perto de mim!
- Tem mais alguém com o senhor aí?
- Teve gente que não conseguiu subir por causa da fumaça. É muito tóxica.
- Tá, tá. Tá bom. Eu vou avisar aqui, tá bom?
- Por favor, manda o resgate pra mim aqui, eu tô no térreo.
- Como é que é seu nome? Qual que é seu nome, senhor?
- Ricardo de Oliveira Galvão.
- Senhor Ricardo, eu já vou avisar, tá bom? É só aguardar aí.
- Por favor, manda o helicóptero. Tira eu daqui!
- Senhor, eu já tô avisando. Conte com a Polícia Militar. Boa noite.
Fonte: Notícias ao Minuto

sábado, 5 de maio de 2018

Dilma diz que Moro quebrou as cinco maiores construtoras nacionais


Deposta pelo golpe de 2016, a presidente eleita Dilma Rousseff fez uma crítica direta à Lava Jato, ao participar de um fórum em Londres; "As cinco maiores empresas de engenharia do Brasil foram sistematicamente destruídas", disse ela; Dilma também reafirmou a candidatura do ex-presidente Lula; "Em tempos normais, o PT pode apoiar outro partido e até deve. Agora, neste momento, nesta conjuntura, não é esta a posição do partido. Não há plano B"
247 – Deposta pelo golpe de 2016, a presidente eleita Dilma Rousseff participou de um fórum em Londres nesta tarde e fez uma crítica direta à Lava Jato, conduzida por Sergio Moro. "As cinco maiores empresas de engenharia do Brasil foram sistematicamente destruídas", disse ela. Até agora, Odebrecht e Andrade Gutierrez já deram calote em suas dívidas, a OAS entrou em recuperação judicial, enquanto outras empresas, como Mendes Júnior e UTC também foram devastadas.
No encontro, Dilma também reafirmou a candidatura do ex-presidente Lula; "Em tempos normais, o PT pode apoiar outro partido e até deve. Agora, neste momento, nesta conjuntura, não é esta a posição do partido. Não há plano B", afirmou, sinalizando que não haverá composição com Ciro Gomes ou outro nome.
Dilma também falou sobre o assassinato de Marielle Franco e o golpe de 2016. "A morte de Marielle tem três componentes: política, por ser vereadora, racial, por ser negra, e gênero, por ser mulher", declarou. Sobre o golpe, ela foi irônica. "Até as emas do Alvorada sabem que se tratou de um golpe. O maior temor do golpe é ser chamado de golpe", disse, que também apontou retrocessos. "Uma das primeiras medidas do Ministério das Relações Exteriores golpista foi fechar embaixadas na África".


Correios vão fechar 513 agências e demitir 5,3 mil trabalhadores



O grupo Correios pretende contribuir com o aumento do desemprego no Brasil ao declarar que irá fechar 513 agências e demitir 5.300 trabalhadores; O ex-presidente da Estatal Guilherme Campos afirma que o número de demissões poderá ser ainda maior, caso a empresa não consiga arcar com as dívidas trabalhistas; A estatal pretende economizar R$ 190 milhões com a ação
247 - O grupo Correios pretende intensificar a taxa de desemprego no Brasil ao declarar que irá fechar 513 agências e demitir 5.300 trabalhadores, segundo informações da colunista Andreza Matais, do Estadão. A proposta foi aprovada em fevereiro pela comissão diretora da empresa, mas mantida em sigilo há meses. 
Em Minas Gerais, das 20 agências mais rentáveis, 14 encerrarão suas atividades. Já em São Paulo, 167 agências fecharão as portas. 
O ex-presidente da Estatal Guilherme Campos afirma que o número de demissões poderá ser ainda maior, caso a empresa não consiga arcar com as dívidas trabalhistas.  O grupo pretende economizar R$ 190 milhões com a ação. 


Temer corta Bolsa Família de quase 1 milhão de famílias


Em abril, 312 mil famílias perderam o benefício; entre junho e julho do ano passado, mais 543 mil foram cortadas do programa, totalizando 935 mil famílias desprotegidas contra a fome e condenadas à miséria e à pobreza; Temer anunciou o reajuste no valor de 10 reais a mais para cada família; os cortes feitos no programa não foram destacados por Temer
Por Rosely Rocha, especial para o Portal CUT - Em um cenário de taxas recordes de desemprego e volta da fome e da miséria no país, o governo golpista e ilegítimo de Michel Temer (MDB-SP), em 10 meses, cortou quase um milhão de famílias, que recebiam, em média, R$ 177,71 por mês, do Programa Bolsa Família.
Em abril, 312 mil famílias perderam o benefício; entre junho e julho do ano passado, mais 543 mil foram cortadas do programa, totalizando 935 mil famílias desprotegidas contra a fome e condenadas à miséria e à pobreza.
Na véspera do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, em pronunciamento à nação, transmitido em cadeia nacional de rádio e televisão, Temer anunciou o reajuste no valor do Bolsa Família em 5,56%, o que dá, em média, R$ 10 reais a mais para cada família beneficiada do programa.
Os cortes feitos no programa não foram destacados por Temer, que também omitiu o fato de que, com menos famílias recebendo, o governo acabou economizando milhões de reais - uma medida típica de um governo que não tem um programa para os mais pobres, que adotou um modelo neoliberal nefasto que perpetua a crise econômica para favorecer os mais ricos e aumentar a desigualdade social.
É o que mostram os números do que vem sendo investido, ou retirado, do maior programa de distribuição de renda do país, criado pelo governo do ex-presidente Lula.
Segundo o economista Arthur Welle, do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica da Unicamp, o governo economizou R$ 69,7 milhões por mês com os cortes.
No cálculo, ele considerou as 13.772.904 famílias beneficiadas com R$177,71, em média, em abril, ou seja, depois dos cortes do governo.
"Ou seja, o reajuste no valor do benefício tem seu impacto reduzido quase que pela metade com a diminuição do número de beneficiários", diz Arthur Welle, que fez questão de explicar que "Este cálculo só considerou a redução do número de beneficiários de abril, não levou em conta, portanto, a redução no número de beneficiários do ano passado que foi ainda maior".
Para a secretária de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT, Jandyra Uehara, o corte nos benefícios associado ao desemprego e à destruição das políticas públicas jogam o Brasil no mapa da fome e da miséria e anunciam uma crise social sem precedentes.
"A saída para esta situação está no fortalecimento da luta do movimento sindical e popular, na defesa dos direitos e da democracia, com Lula livre e, eleito presidente, revogando todas as medidas antipovo dos golpistas", diz a dirigente.
Para o economista da Unicamp, Arthur Welle, programas como o Bolsa Família estimulam a economia, como mostram vários estudos feitos no Brasil.
"Para cada um real gasto em Bolsa Família temos um aumento de R$ 1,78 reais no Produto Interno Bruto (PIB)", exemplifica.
"Um conceito muito importante aqui é o 'efeito multiplicador' de um gasto. Como as pessoas mais pobres consomem/gastam quase tudo que ganham, o efeito multiplicado no PIB do benefício direcionado a essa parcela da população é muito grande", afirma Welle.
Outro estudo que comprova a importância da redistribuição de renda por meio de programas sociais, é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
A pesquisa mostra que as transferências sociais representam uma fonte de rendimento das famílias que é utilizada na aquisição de bens e serviços, no pagamento de impostos e contribuições e retida sob a forma de poupança.
Essas transferências estimulam a produção dos setores de atividades, que, por sua vez, incrementa o lucro das empresas e a remuneração do trabalho, retornando para as famílias e reiniciando o ciclo econômico do país.
Clique aqui para conferir a integra do estudo.
Temer dificulta acesso a programas sociais
O governo Temer prejudica ainda mais os vulneráveis na medida em que dificulta o acesso aos programas sociais.
Em artigo publicado no Portal da Rede Brasil Atual (RBA), a assistente social, especialista em Gestão de Políticas Públicas e mestranda do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Rural da UFRGS, Paola Loureiro Carvalho, faz um alerta:
"Somado aos desligamentos, o corte orçamentário da política de assistência social, que em algumas rubricas fundamentais, como os Serviços de Proteção Social Básica e a Estrutura da Rede de Serviços de Atenção Básica, chegaram a 99%, desmonta a possibilidade das famílias serem acompanhadas e até mesmo incluídas no Cadastro Único do Governo Federal, porta de entrada do programa Bolsa Família".
Já a socióloga Isabel Pauline Georges (*), lamenta os cortes nos programas sociais do governo.
Francesa, radicada no Brasil há 11 anos, Isabel é pesquisadora do IRD – órgão público do governo francês que estuda os países em desenvolvimento – e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Segundo ela, que pesquisou o resultado dos programas sociais na cidade de São Paulo até 2015, muitas famílias utilizavam o Bolsa Família para ajudar no pagamento das prestações da casa própria, nos programas Minha Casa, Minha Vida - Faixa 1,destinada à camada mais pobre da população.
"Essas moradias foram construídas na periferia. Imagine um lugar sem transporte adequado, longe do centro econômico e agora com a crise, sem emprego. A única coisa que essas famílias tinham era um teto. Agora não sabem se ainda terão", diz Isabel
Para a socióloga, o Bolsa Família ainda é uma oportunidade para as pessoas evitarem trabalhos indignos.
"Ninguém sobrevive só de Bolsa Família, mas é um instrumento importante de dignidade. O programa foi pensado para que as pessoas incentivassem a educação de seus filhos, melhorando a qualidade de vida de toda uma nova geração".
"O que se vê hoje tanto em São Paulo como em São Carlos e, creio que no restante do Brasil, é a volta de crianças pedindo em faróis, o aumento de moradores de rua e de pedintes", lamenta a socióloga.
(*) Isabel Pauline Georges é autora do livro " As novas políticas sociais brasileiras na saúde e na assistência – Produção local do serviço e relações do gênero", em parceria com Yume Garcia dos Santos, socióloga e professora da Universidade Federal de Minas Gerais.


Laudos da prefeitura garantiam que prédio não corria risco de desabar


Engenheiro disse que não "verificou anomalias" na estrutura do edifício que desabou na última terça-feira (1º)

Reuters 
Relatórios do governo federal e prefeitura de São Paulo revelam o motivo pelo qual o prédio que desmoronou na última terça-feira (1º) não foi desocupado. Em novembro de 2016, um engenheiro da prefeitura afirmou que não havia problemas na estrutura do edifício. 
"Referente à estrutura da edificação ou sua estabilidade, não verificamos anomalias que impliquem em risco para o prédio", diz texto do engenheiro Álvaro de Godoy Filho.
Outro relatório, de março de 2017, diz que o prédio "não havia risco de desabamento". Em novembro do mesmo ano, o engenheiro repete que não foram verificadas "anomalias que implique em risco de desabamento". Até o momento, a prefeitura não se manifestou sobre o engenheiro que assinou estes documentos.
De acordo com o G1, o Ministério Público afirmou em 2016 que já havia cobrado o governo federal, que era proprietário do imóvel, sobre a desocupação. Para desfazer a ocupação do edifício, a então superintendente do Patrimônio da União, Cláudia Fellice, disse que seria preciso “contratar empresas para fazer a mudança dos moradores, e para guardar os móveis”. Segundo ela, esta operação custaria R$ 16 mil.
A guarda provisória passou para a Prefeitura de São Paulo em 17 de outubro de 2017. Desde então, a gestão diz que vinha negociando com os moradores da ocupação, por saberem da necessidade das famílias de deixarem o local. A prefeitura disse ainda que a tutela legal continua sendo da União, apesar da guarda provisória.
Notícias ao Minuto

Justiça autoriza que Lula receba visita dos seus médicos




A justiça concedeu neste sábado (5) que o ex-presidente Lula, preso arbitrariamente desde o último dia sete de abril na sede da Polícia Federal de Curitiba, receba visitas dos seus médicos; Além das visitas médicas, a justiça também deu permissão para que seja colocada na cela do ex-presidente, que tem 72 anos de idade, uma esteira de exercícios físicos

247 - A justiça concedeu neste sábado (5) que o ex-presidente Lula, preso arbitrariamente desde o último dia sete de abril na sede da Polícia Federal de Curitiba, receba visitas dos seus médicos. Anteriormente, as visitas haviam sido vetadas. As informações são do O Globo. 
Além das visitas médicas, a justiça também deu permissão para que seja colocada na cela do ex-presidente, que tem 72 anos de idade, uma esteira de exercícios físicos.


“Heróis” da Lava Jato são da fina flor da elite paranaense


O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos rostos mais famosos da força-tarefa da Operação Lava Jato, gosta de usar o Facebook para comentar a investigação. Em 23 de abril, compartilhou um artigo do jornal gaúcho Zero Hora que teorizava que a operação só seria possível em Curitiba. Em São Paulo, a grana não deixaria. No Rio, o problema seria a malandragem. Em Porto Alegre, a ideologia.
Uma pesquisa feita na Universidade Federal do Paraná (UFPR) por quatro sociólogos pinta um quadro diferente. Intitula-se “Prosopografia familiar da ‘Operação Lava Jato’ e do ministério Temer”. É de julho de 2017. Propõe-se a descrever a genealogia e as relações de personagens como Santos Lima, seu colega procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa, e o juiz Sérgio Moro. Um total de 16 pessoas participantes da maior operação de combate à corrupção da história brasileira.
Suas conclusões? “A classe dominante do Paraná tradicional é uma grande estrutura de parentesco, quase sempre com as mesmas famílias da elite estatal ocupando simultaneamente os poderes executivo, legislativo e judiciário”, diz o texto.
Na origem disso, segundo os pesquisadores, estão famílias de imigrantes que ao longo do tempo assumiram o controle dos órgãos e da burocracia estaduais, “com seus privilégios e poderes, muitas vezes se associando na grande e antiga teia de nepotismo, de escravidão, exclusão social e coronelismo das antigas e sempre atuais oligarquias familiares da classe dominante paranaense”.
Moro nasceu em 1972 no Maringá. Sua família é de origem italiana. Um parente, Hildebrando Moro, foi desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná. Sua esposa, a advogada Rosângela Wolff de Quadros, também é de família imigrante e com parentes no TJ, Fernando Paulino da Silva Wolff Filho, na ativa, e Haroldo Bernardo da Silva Wolff, aposentado em 2000.
Conforme a pesquisa, Rosângela é prima do atual prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), ambos descendentes de um capitão, Manoel Ribeiro de Macedo, “preso pelo primeiro Presidente da Província do Paraná por acusações de corrupção e desvio de bens públicos em instalações estatais”.
Outro parente influente dela “é Luiz Fernando Wolff de Carvalho, do grupo Triunfo, bastante ativo nas atividades empresariais e na política regional, sempre envolvido com problemas jurídicos”.
Santos Lima é filho de um político que foi do partido da ditadura, a Arena. Promotor de carreira, Osvaldo dos Santos Lima foi vice-prefeito em Apucarana e, em 1973, presidente da Assembleia Legislativa. O avô de Carlos Fernando, Luiz dos Santos Lima, era “comerciante e juiz em São Mateus do Sul, na época do coronelismo local”.

Os irmãos do procurador da Lava Jato, Luiz José e Paulo Ovídio, prossegue a pesquisa, são promotores de Justiça no Paraná. A esposa, Vera Márcia, foi funcionária do Banco Banestado, o antigo banco estadual alvo de um escândalo nos anos 1990 e 2000, com remessas ilegais e bilionárias de dinheiro para o exterior.
Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, nasceu em Pato Branco em 1980. Seu pai, Agenor Dallagnol, era procurador também. “Tal como nos outros dois [Moro e Lima] casos verificamos uma reprodução dentro da elite estatal, com os filhos preservando muitas vezes os valores e as ideologias dos pais na década de 70, época de autoritarismo e justiça de exceção”, dizem os pesquisadores.
A genealogia dos principais nomes da Lava Jato leva os estudiosos a pôr em dúvida a falta de ideologia apontada no artigo compartilhado por Santos Lima. Com o tempo, dizem os sociólogos, ficou “evidente” a “forma seletiva” como Moro e a força-tarefa “escolheram os alvos políticos”. Não atacaram o sistema de corrupção privada sobre o Estado vigente desde a ditadura. Preferiram “inviabilizar o governo Dilma, o PT e perseguir e desmoralizar o ex-presidente Lula”.
O resultado desse quadro político-estatal-familiar-burocrático no Paraná, de acordo com a pesquisa da UFPR? “A grande teia de nepotismo e familismo explica muito do atraso, falta de justiça e desigualdades no Paraná e Curitiba, locais em que famílias com mentalidades políticas do ‘Antigo Regime’ ainda mandam e dominam.” Do Diário do Centro do Mundo com informações da Carta Capital.


Pesquisa em PE: Lula vence com folga e apoio à Marília dá a ela a vitória


Lula lidera com 65,8% de intenções de voto, seguido por Bolsonaro (PSL) com 7%, Marina (Rede) com 4,8%; 51,5% votariam "com certeza" em um candidato apoiado por Lula; mas 94,3% não votariam num candidato apoiado por Temer; Paulo Câmara (PSB), Marília Arraes (PT) e Armando Monteiro (PTB) empatam tecnicamente para o governo; porém, em outro cenário, Marília (PT), apoiada por Lula, vence com 49,8%
Pernambuco 247 – 600 pessoas foram ouvidas em Pernambuco, entre 27 de abril e 1º de maio, pelo Instituto Multipla. Antes de tratar do empate técnico entre os postulantes ao governo, que empatam tecnicamente, vale registrar a situação avassaladora do ex-presidente Lula contra qualquer adversário.
A pesquisa foi contratada pelo próprio instituto e está registrada no TRE-PE sob o número 03562/2018, e no TSE sob o número 00402/2018. Ela foi estimulada, isto é, com apresentação de um cartão ao eleitor com os nomes de todos os pré-candidatos.

Presidente
Com Lula na disputa para presidente, ele lidera com 65,8% de intenções de voto, seguido por Bolsonaro (PSL) com 7%, Marina Silva (Rede) com 4,8%, Joaquim Barbosa (PSB) com 1,8%, Ciro Gomes (PDT) com 1,8% e Geraldo Alckmin (PSDB) com 1,2%.

Sem o ex-presidente, Marina Silva fica em primeiro com 16,3%, Bolsonaro tem 9,5%, Ciro Gomes 6,8%, Joaquim Barbosa 4,2% e Geraldo Alckmin (PSDB) com 3,7%, Fernando Collor de Mello (PRTB) surge com 2,7%, Rodrigo Maia (DEM) com 1,5% e Manoela D'Ávilla (PCdoB) com 1,2%.
Impressionantes 51,5% dos entrevistados responderam que votariam "com certeza" num candidato apoiado por Lula. Já 94,3% não votariam, também, num candidato apoiado por Michel Temer. 76% dos entrevistados responderam que o ex-presidente Lula deveria disputar a eleição e 20,5% que ele deveria ser impedido de concorrer.
Governador
Resultado aponta empate técnico entre o governador Paulo Câmara (PSB),15,5%, a vereadora Marília Arraes (PT),15%, o senador Armando Monteiro (PTB), 14,5%, e o deputado Mendonça Filho (DEM), 11%, na disputa pelo governo estadual. A margem de erro da pesquisa é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos. O 5º colocado é o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) com 3,8%, seguido pelo deputado Odacy Amorim (PT) com 2,3%, o ex-prefeito de Petrolina, Júlio Lossio (Rede) com 1,5%, o ativista José de Oliveira (PT) com 1,2%, o coronel Luiz Meira (PRP) com 0,8% e Daniela Portela (PSOL) com 0,3%. Brancos e nulos somam 23,3%, indecisos 7,5% e não sabem ou não quiseram responder 3,3%.
Governador I
O instituto simulou um segundo cenário com apenas Paulo Câmara (PSB), Marília Arraes (PT) e Armando Monteiro (PTB) e novamente houve empate técnico entre os três. Nessa hipótese, o governador teria 24%, a vereadora 21,5% e o senador 17,3%. Brancos e nulos totalizariam 25,7%.
Governador II
Num cenário em que são mostrados os apoios a cada um dos candidatos, o resultado seria o seguinte: Marília Arraes (PT) apoiada por Lula: 49,8%, Paulo Câmara (PSB) apoiado por Joaquim Barbosa: 10,5%, Armando Monteiro (PTB) sem apoio de nenhum presidenciável: 8,7%, Coronel Meira (PRP) apoiado por Jair Bolsonaro: 4,7%, Júlio Lossio (Rede) apoiado por Marina Silva: 1,2% e Daniele Portela (PSOL) apoiada por Guilherme Boulos: 0,5%. Brancos, nulos e indecisos: 24,6%. Num cenário em que Paulo Câmara (PSB) seria apoiado pelo ex-presidente Lula (PT), o governador iria para 47,7%.
SENADOR
O deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB) está em 1º lugar com 20% das intenções de voto, seguido pelo senador Armando Monteiro (PTB) com 15,8%, o senador Humberto Costa (PT) aparece com 12%, o deputado federal Mendonça Filho (DEM) tem 11,3%, o deputado estadual André Ferreira (PSC) 5,7%, o deputado federal Sílvio Costa (Avante) surge com 5,2%, o advogado Antonio Campos com 3,7%, o ex-prefeito José Queiroz (PDT) com 3,2%, o ex-prefeito Júlio Lossio (Rede) com 2,3%, Eugênia Lima (PSOL) com 2,0% e Antonio Souza (Rede) com 1%. Brancos, nulos e indecisos, 41,4%.


Sócio de Huck e Accioly, empresário preso tomou cano de Aécio em sua festa de casamento

Accioly, Rzezinksi e respectivas senhoras

A lista de amigos e sócios do empresário Roberto Rzezinski inclui Luciano Huck, Alexandre Accioly, laranja de Aécio e parceiro de Huck na academia Bodytech, o ex-jogador Ronaldo, o ex-técnico Bernardinho et caterva.
Rzezinski foi preso na quinta sob suspeita de ter recorrido ao esquema de Vinicius Claret e Cláudio Barbosa, delatores da Operação “Câmbio, Desligo”, os chamados “doleiros dos doleiros”.
Robertinho e o irmão gêmeo Marcelo trocaram, entre 2011 e 2017, US$ 12 milhões de dólares depositados em contas no exterior por reais em espécie no Brasil.
Em 2010, o casamento com Wanda Grandi, ex-assistente de palco de Huck, foi uma espécia de reunião da máfia, com mais gente hoje enrolada na Justiça do que patê de foie gras.
A colunista Lu Lacerda contou quem foi o amigão que deu bolo no casório:
Aécio Neves seria padrinho do casamento de Roberto Rezinski e Wanda Grandi, nesse sábado, no Copacabana Palace, e todo mundo estranhou ao perceber que ele não apareceu. O futuro senador mineiro fez falta. A razão foi uma viagem para a Itália com a namorada, Letícia Weber, com quem reatou o namoro há pouco tempo, ou seja, uma lua-de-mel rápida, já que estará de volta ao Brasil no fim desta semana.
Convidar político ou jogador de futebol para padrinho de casamento nem sempre é boa coisa. Ronaldo Fenômeno, por exemplo, que adora o noivo (a recíproca é verdadeira), havia sido escalado para um um jogo no domingo e também teve que desmarcar – o que não comprometeu, por assim dizer, o time que estava no altar montado no Copa: Álvaro Garnero, Marcus Buaiz, Zé Luca Magalhães Lins, Alexandre Accioly, Rico Mansur, Tuca Maia etc.
Fonte: DCM

Lula solto até sexta-feira


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá ganhar a liberdade até a próxima sexta-feira, dia 10 de maio, haja vista que a Segunda Turma do STF terá de pronunciar, nessa data, o resultado do julgamento virtual do recurso do petista que questiona a prisão antecipada do ex-presidente.
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Note o leitor que há uma verdadeira guerra de guerrilha travada entre advogados de Lula, 13ª Vara Federal do Paraná, TRF4, STJ e STF. A maioria dessas instâncias jurisdicionais é parte no golpe de Estado e, somente por isso, elas precisam manter a narrativa segunda qual o ex-presidente é um “agente perigoso” que precisa antecipadamente cumprir a pena ao arrepio da Constituição Federal.
Também é importante salientar que a prisão após condenação na segunda instância foi uma criação específica para “atender” Lula, isto é, o direito brasileiro avançou para a condenação de único indivíduo por questões sabidamente políticas. Traduzindo: o raio do direito penal do autor sobrepôs-se ao garantista direito penal do fato.
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Dito isto, voltemos à soltura de Lula na próxima sexta. Tal evento foi previsto, primeiramente pelo Blog do Esmael, e na sequência pela revista-panfleto IstoÉ. Este prognóstico leva em conta as características da composição da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, que tem um perfil majoritariamente “garantista”. Portanto, há de se falar em placar de 4 votos a 1 pela liberdade do ex-presidente.
Entretanto, para o ministro Gilmar Mendes — o macho alfa do STF — a libertação do ex-presidente Lula não significa que ele poderá concorrer às eleições. Pelo contrário, diz o magistrado. O petista já estaria automaticamente enquadrado pela “Lei da Ficha Limpa” que outrora o próprio Gilmar dissera que esse dispositivo fora criado por “bêbados”.
No início de fevereiro, antes da prisão de Lula, o Blog do Esmael repercutiu amplamente a fórmula “Lula solto, mas inelegível” desenhada pelo establishment que pretende um “acordão”. Na época, o jornal espanhol El País concordou com a tese desenvolvida por este site.
Do Blog do Esmael