sábado, 5 de maio de 2018

Colisão frontal entre carro e ônibus deixa 9 mortos no Paraná


O veículo teria tentado ultrapassagem e, na manobra, houve colisão frontal com o coletivo, que transportava mais de 30 pacientes, beneficiários de um consórcio de saúde, de Curitiba para a cidade de Realeza

 Divulgação/PRF
Um acidente entre um carro e um ônibus resultou na morte de nove pessoas, na manhã deste sábado (5) na rodovia BR-373, altura do município de Candói, no Paraná, localizado na região de Ponta Grossa.
O veículo teria tentado ultrapassagem e, na manobra, houve colisão frontal com o coletivo, que transportava mais de 30 pacientes, beneficiários de um consórcio de saúde, de Curitiba para a cidade de Realeza.
Entre as vítimas fatais, segundo a Polícia Rodoviária Federal do Paraná (PRF-PR), estão o motorista e passageiro do carro e sete pessoas do ônibus. O condutor do automóvel chegou a ser levado ao Hospital Santa Clara de Candói. Após a triagem, teve de ser transferido para uma unidade em Guarapuava mas, no trajeto, não resistiu aos ferimentos.
Os demais feridos foram encaminhados ao Hospital Santa Clara de Candói e alguns transferidos para hospitais em Guarapuava e Coronel Vivida. Os carros foram retirados do local, liberando a via, e a perícia foi feita pelo Instituto Médico-Legal (IML) e o Instituto de Polícia Técnica. Com informações do Estadão Conteúdo.
Fonte: Notícias ao Minuto

Esquerda vai à periferia no Paraná


A esquerda paranaense lança neste sábado (5), às 14 horas, o inédito Movimento Popular Periferia (Moppe), no município de Ponta Grossa (PR), cujos expoentes são o senador Roberto Requião (MDB-PR) e os deputados Aliel Machado (PSB-PR) e Péricles Mello (PT-PR).
“Sabemos que o Moppe é suprapartidário. A tônica é a articulação de espaços e momentos de resistência popular atuando junto às organizações e grupos que lutam por uma sociedade mais justa com maior representação e organização popular”, explica Péricles.
A principal meta do Moppe consiste em unir ideias e ações para se contrapor à retirada de direitos dos trabalhadores e buscar melhor qualidade de vida para todos, dentro de um espaço aberto, solidário, de ação social, cultural, espiritual e político em Ponta Grossa.
A iniciativa do movimento surgiu quando os moradores de vários conjuntos habitacionais do ‘Programa Minha Casa, Minha Vida’ se uniram para derrubar as cobranças irregulares de IPTU a que estavam sendo submetidos pela Prefeitura no ano passado.
“Como essa ação foi vitoriosa, outras demandas que unem a população foram surgindo e agora o movimento está tomando corpo de forma organizada”, conta o presidente da Associação de Moradores da Vila Santo Antônio, José Carlos Faustin.
Para o deputado Aliel, o Moppe vai valorizar a família e estimular a mobilização.
“O Moppe está construindo ações de valorização da dignidade das instituições familiares entendendo que a luta pela família não é uma ação apenas moral, mas de dignidade do trabalho, da qualidade da Saúde e da Educação. Passamos por um momento político delicado no nosso país, onde a população não se sente representada. Por isso as organizações sociais, em especial as periféricas, serão importantes agentes de transformação social e de luta”, destaca o parlamentar socialista.
O Blog do Esmael soube que existem cerca de 400 associações de moradores no município de Ponta Grossa, o que denota alto grau de organização da sociedade pontagrossense.


Moro fará palestra em evento de Dória, ao lado de Marun, da tropa de Temer


Responsável pela prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contestada por juristas do Brasil e do mundo, Sergio Moro dará palestra em Nova York, no próximo dia 16, em evento do Lide, que pertence ao tucano João Doria, candidato do PSDB ao governo de São Paulo; Moro falará sobre o "fortalecimento das instituições" no Brasil, no momento em que várias personalidades, incluindo dois prêmios Nobel da Paz, consideram Lula um preso político; curiosamente, o outro palestrante do evento será o ministro Carlos Marun, representante maior da tropa de choque de Michel Temer, já denunciado como corrupto, chefe de quadrilha e agora investigado por propinas nos portos
Paraná 247 – Responsável pela prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contestada por juristas do Brasil e do mundo, Sergio Moro dará palestra em Nova York, no próximo dia 16, em evento do Lide, que pertence ao tucano João Doria, candidato do PSDB ao governo de São Paulo. A informação foi antecipada pela jornalista Sonia Racy, do Estado de S. Paulo.
"Sérgio Moro fará palestra no Lide Brazilian Investment Forum, dia 16, em Nova York. O evento reunirá cerca de 200 empresários, investidores e analistas de rating brasileiros e americanos. O juiz falará sobre o fortalecimento das instituições para o crescimento do Brasil", escreveu ela (leia aqui).
Moro falará sobre o "fortalecimento das instituições" no Brasil, no momento em que várias personalidades, incluindo dois prêmios Nobel da Paz (Adolfo Pérez Esquivel e Mohamed El-Baradei), consideram Lula um preso político,
Curiosamente, o outro palestrante do evento de Doria será o ministro Carlos Marun, representante maior da tropa de choque de Michel Temer, já denunciado como corrupto, chefe de quadrilha e agora investigado por propinas nos portos. O evento será no Hotel Pierre, um dos mais caros do mundo.


Após críticas, Globo admite ‘representatividade menor do que gostaria’ em novela


A Globo se posicionou a respeito das críticas que recebeu sobre a falta de negros no elenco de sua próxima novela das nove, Segundo Sol, que se passa na Bahia.
Confira a nota:
Uma história como a de Segundo Sol, também pelo fato de se passar na Bahia, nos traz muitas oportunidades e, sem dúvida, reflexões sobre diversidade na sociedade, que serão abordadas ao longo da novela, que está estruturada em duas fases. As manifestações críticas que vimos até agora estão baseadas sobretudo na divulgação da primeira fase da novela, que se concentra na trama que vai desencadear as demais. Estamos atentos, ouvindo e acompanhando esses comentários, seguros de que ainda temos muita história pela frente. De fato, ainda temos uma representatividade menor do que gostaríamos e vamos trabalhar para evoluir com essa questão.”
Fonte: DCM

Delegado que atacou acampamento foi reprovado em teste psicotécnico


O delegado federal Gastão Schefer Neto, que destruiu os equipamentos de som da Vigília Lula Livre, foi reprovado em dois concursos psicotécnicos da própria Policia Federal; ele garantiu vaga na Academia Nacional de Polícia, em 2006, graças a um mandado judicial; ou seja, está no cargo graças a uma decisão judicial que, ao contrário do ocorrido em 2009, não respeitou o resultado do teste psicotécnico, noticia o jornalista Marcelo Auler
Por Marcelo Auler - O delegado Federal Gastão Schefer Neto, que na manhã desta sexta-feira (04/05) atentou violentamente contra a Vigília Cívica que acompanha há 27 dias o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sede da Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal do Paraná (SR/DPF/PR), foi reprovado em dois concursos psicotécnicos da própria Policia Federal. Ele garantiu vaga na Academia Nacional de Polícia, no ano de 2006, graças a um mandado judicial. Ou seja, está no cargo graças a uma decisão judicial que, ao contrário do ocorrido em 2009, não respeitou o resultado do teste psicotécnico.
Considerado por seus colegas como “um perturbado” e declaradamente antipetista, de direita, está no DPF desde 2003. Primeiro trabalhou como escrivão, aprovado regularmente em concurso. Depois tentou ser Agente de Polícia Federal inscrevendo-se no Edital nº 24/2004-DGP/DPF, mas foi barrado no psicotécnico. Ajuizou, em julho de 2005, com uma ação judicial na 6ª Vara Federal de Curitiba – Nº 2005.70.00.020039-6 – na qual até obteve liminarmente o direito de ingresso, mas a sentença definitiva, em outubro de 2009, não lhe deu razão e suspendeu a decisão anterior.
A esta altura, porém, ele já tinha cursado a Academia Nacional de Polícia Federal no curso preparatório para delegados. Seu ingresso ali também foi mediante ação judicial, uma vez ter sido novamente barrado no psicotécnico. Conseguiu se formar e hoje está lotado na Delegacia Fazendária da Superintendência do DPF no Paraná.
Leia aqui a íntegra.


Ciro diz ter pena de Gleisi e se afasta de vez do PT


Pré-candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes declarou ter pena da presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), que disse que uma eventual aliança em que o PT ocuparia a vice de Ciro numa chapa presidencial não passaria nem com "reza brava"; "Vou ter paciência, respeito e compreendo o drama do PT. E tenho pena de uma pessoa da responsabilidade da presidente nacional do PT dizer uma coisa dessas", disse ele; Ciro disse ainda que a população brasileira não é um "eleitorado de cabresto", sinalizando que ele espera ter apoio de eleitores do PT, mas não uma aliança formal com o partido
247 – Pré-candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes declarou ter pena da presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), que disse que uma eventual aliança em que o PT ocuparia a vice de Ciro numa chapa presidencial não passaria nem com "reza brava" (saiba mais aqui). Glesi deu a declaração em resposta uma especulação surgida após declaração do ex-governador baiano Jaques Wagner.
Neste sábado, em entrevista a Fernando Canzian e Fábio Zanin, Ciro reagiu. "Vou ter paciência, respeito e compreendo o drama do PT. E tenho pena de uma pessoa da responsabilidade da presidente nacional do PT dizer uma coisa dessas. Para se ver como é questão de dar pena, meu partido, o PDT, portanto, eu, estou apoiando quatro dos cinco dos principais candidatos a governador do PT. Minha crença é que a população brasileira não é um eleitorado de cabresto, nem meu nem de ninguém. Eu vou tocar o meu bonde", afirmou.
Ou seja, Ciro sinalizou que ele espera ter apoio de eleitores do PT, mas não uma aliança formal com o partido.
Ele também se negou a assumir um compromisso a dar um eventual indulto ao ex-presidente Lula, que hoje é um preso político, em Curitiba. "O presidente Lula está a meio caminho de recursos [na Justiça]. Se a burocracia do PT cria uma campanha pelo indulto, o que ela está dizendo? Que o Lula será condenado em última instância. Isso nega a estratégia dos advogados do Lula. A sentença contra o Lula é injusta e a prova é frágil. Eu não vou cair nessa burrice", afirmou


Ricos ficam mais ricos mesmo em momento de retração econômica, apontam especialistas


Brasil acompanha fenômeno mundial e 1% da população terá nas mãos quase dois terços da riqueza do mundo até 2030

Política de austeridade total de Temer faz ricos lucrarem ainda mais e joga
muitos brasileiros para extrema pobreza/Reprodução/Contraf


A parcela 1% mais rica da população mundial concentra hoje 50,1% da riqueza das famílias de todo o mundo, de acordo com relatório do Credit Suisse do ano passado. A elite mundial atualmente possui cerca de 50% da riqueza do planeta, mas a tendência é que o percentual continue a aumentar, segundo o estudo a Biblioteca da Câmara dos Comuns britânica, encomendado pelo deputado trabalhista Liam Byrne.
Se as tendências observadas desde a crise financeira de 2008 continuarem, observa o relatório, o chamado 1% terá em suas mãos 64% da riqueza global daqui a apenas 12 anos.
Estudo da Oxfam, divulgado em janeiro deste ano, utilizando também dados do Credit Suisse, apontou que cerca de 7 milhões de pessoas que compõem o grupo dos 1% mais ricos do mundo ficaram com 82% de toda riqueza global gerada em 2017. 
Rafael Georges da Cruz, coordenador de campanhas da Oxfam Brasil, comenta a concentração de renda entre os mais ricos. "As últimas pesquisas da Oxfam tem revelado que as desigualdades de patrimônio no mundo tem crescido, a concentração do patrimônio no topo, no 1% mais rico, nos bilionários tem crescido", afirma.
Ele explica que as desigualdades diminuíram entre os trabalhadores, muito por conta de programas sociais como o Bolsa Família, que ocasionaram a redução de renda da classe média e retirada de pessoas da extrema pobreza, mas a hiperconcentração de renda segue intacta. "De certa forma é um círculo vicioso do qual a gente só vai sair com políticas redistributivas muito fortes, por exemplo, políticas tributárias internacionais, fim dos paraísos fiscais e esses tipos de políticas", explica.
Quem segue concentrando
A mudança na tributação aparece como alternativa no combate às desigualdades, pela pesquisa Oxfam Brasil/Datafolha lançada em dezembro do ano passado, onde a maior parte dos brasileiros se declara favorável ao aumento de impostos no país desde que seja aplicado apenas aos “muito ricos”, para financiar melhorias nas áreas de educação, saúde e moradia, segundo dados da pesquisa. 
Além disso, 72% apoiam a redução da carga indireta de impostos (aqueles cobrados sobre o consumo) e aumento da carga direta (sobre renda) para as pessoas de altíssima renda.
Jorge Paulo Lemann (AB Inbev), Joseph Safra (Banco Safra), Marcel Hermmann Telles (AB Inbev), Carlos Alberto Sicupira (AB Inbev), Eduardo Saverin (Facebook) e Ermirio Pereira de Moraes (Grupo Votorantim) são as seis pessoas mais ricas do Brasil. Eles concentram, juntos, a mesma riqueza que os 100 milhões mais pobres do país, ou seja, a metade da população brasileira composta por 207,7 milhões de pessoas.
Se gastassem um milhão de reais por dia, juntos, esses seis milionários levariam 36 anos para esgotar o equivalente ao seu patrimônio. Foi o que revelou outro estudo sobre desigualdade social realizado pela Oxfam.
A fórmula de austeridade total e radicalização de algumas propostas como a PEC do Teto dos Gastos e mudanças nas leis trabalhista trazidas pelo governo de Michel Temer, segundo Georges, causa retração econômica, mas não impacta os muito ricos.
Quem perde
A coordenadora de pesquisas e tecnologia do Dieese, o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, Patrícia Pelatieri, aponta sobre quem recai o peso das desigualdades. "Quem paga o preço dessa concentração de renda vergonhosa que o Brasil vive, resultado dessas escolhas políticas e econômicas feitas são os trabalhadores, mais especificamente as mulheres, os negros e os jovens", sentencia.
A pesquisadora relembra que em 2017 os bancos bateram recordes de lucratividade, alcançando os R$ 6 trilhões, ao mesmo tempo que mais de 1,5 milhão de brasileiros foram atirados na extrema pobreza.
Segundo os dados da PNAD, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, há 15 milhões de brasileiros vivendo na pobreza extrema com até R$ 136 mensais.
Pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA), do Dieese, no primeiro trimestre de 2018 o valor da cesta básica subiu em 18 das 20 capitais pesquisadas. "Em abril o salário mínimo necessário seria de R$ 3.706,44 ou seja quase 4 vezes superior ao salário mínimo brasileiro", conta.
Fonte: Brasil de Fato

sexta-feira, 4 de maio de 2018

‘Mentira que Lula seja diabético e tome insulina', afirma Alexandre Padilha


Ex-ministro da Saúde e amigo do ex-presidente desmente reportagem da revista 'Veja', segundo a qual o carcereiro aplica diariamente injeções de insulina em Lula


Padilha: 'Lula está forte, animado, ciente da sua inocência e que o dia da sua liberdade está cada vez mais perto'


São Paulo – Ex-ministro da Saúde, o médico Alexandre Padilha sempre esteve muito próximo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhando a sua saúde e a de seus familiares. Por isso é enfático: "É uma mentira essa matéria da Veja dizer que todo dia o presidente toma insulina na prisão. Aliás, a matéria nem se dá conta do absurdo que seria o presidente passar a ser picado pelo carcereiro para receber insulina na prisão da Polícia Federal", disse, referindo-se à reportagem da revista que, supostamente, teria entrado na ala onde Lula está preso desde o último dia 7 de abril.
Lembrando que até agora todos os pedidos de visita médica foram negados pela juíza Carolina Lebbos, Padilha disse que a reportagem deveria abordar a aplicação da Lei de Execução Penal. "No caso de Lula, está sendo infringida pelo regime de solitária que está sendo imposto ao presidente em Curitiba, negando visita de amigos, de médicos."
Ele ressaltou que as notícias envolvendo a saúde do ex-presidente vão no sentido contrário ao relatado pela publicação. "O que a gente ouve de familiares é que Lula está forte, animado, pronto para resistir, ciente da sua inocência, e de que cada dia chega mais perto o dia da sua liberdade."
Fonte: RBA

Tacla Duran já foi ouvido em seis países, mas Brasil se nega a interrogá-lo


A defesa do ex-presidente Lula recorreu ao STJ para reformar a decisão de segunda instância que não obrigou o juiz Sergio Moro a permitir que Rodrigo Tacla Duran seja ouvido como testemunha do petista; "Ministérios Publicos do Equador, México, Andorra, Antigua, Peru, Argentina, dentre outros, me localizam, sempre que necessitam, através do Ministério Público Espanhol p/ assistência internacional na qualidade de testemunha. O MPF brasileiro alega que sou foragido e não comparece", critica Tacla Duran, no twitter
Cintia Alves, Jornal GGN - A defesa do ex-presidente Lula recorreu ao Superior Tribunal de Justiça para reformar a decisão de segunda instância que não obrigou o juiz Sergio Moro a permitir que Rodrigo Tacla Duran seja ouvido como testemunha do petista. Os advogados insistem no depoimento porque Duran avalia que provas apresentadas pela Odebrecht à força-tarefa do Ministério Público na Lava Jato foram adulteradas.
No último dia 30, a defesa protocolou um recurso ordinário em habeas corpus contra a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que, por unanimidade, rejeitou uma ação movida contra a decisão de Sergio Moro.
"A decisão que denegou o pedido [para que Duran seja testemunha], por óbvio, gera evidente prejuízo ao paciente [Lula], que se vê impedido de produzir prova essencial para demonstração da sua inocência, embora não seja ônus que lhe caiba, em claro ato atentatório ao contraditório à ampla defesa", diz a petição.
No documento, a defesa explica que durante o julgamento da ação penal em que Lula é acusado de receber vantagens indevidas da Odebrecht (um imóvel nunca usado pelo Instituto Lula e um apartamento que pertence a Glaucos da Costamarques), documentos apresentados por Marcelo Odebrecht e pelos procuradores de Curitiba tiveram sua idoneidade questionada.
Leia a reportagem na íntegra no GGN.


Capa de Veja sobre Lula na prisão é fake news, diz PF


A Polícia Federal do Paraná divulgou nota afirmando que a reportagem de capa da revista Veja que mostraria "a vida de Lula na prisão" possui "grande parte das informações equivocadas e imprecisas"; outro trecho importante da nota informa que o jornalista que assina a matéria "esteve presente no edifício da Superintendência Regional recentemente, onde participou de uma reunião com um servidor que não possui relação com quaisquer procedimentos relacionados à custódia"
247 - A Polícia Federal do Paraná divulgou uma nota nesta sexta-feira 4 afirmando que a reportagem de capa da revista Veja desta semana, que mostraria "a vida de Lula na prisão", possui "grande parte das informações equivocadas e imprecisas". "É absolutamente falso, por exemplo, que seja administrada insulina ao custodiado", desmente o texto.
Outro trecho da nota, no entanto, informa que o jornalista que assina a matéria "esteve presente no edifício da Superintendência Regional recentemente, onde participou de uma reunião com um servidor que não possui relação com quaisquer procedimentos relacionados à custódia", sem informar qual o tema da conversa.
Nota de Esclarecimento:
CURITIBA/PR - Em relação à publicação, da revista VEJA, em 04/05/2018, de matéria intitulada "A VIDA NO CÁRCERE", assinada pelo jornalista Thiago Bronzatto, que trata da suposta rotina do Ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Superintendência Regional da PF em Curitiba, esclarecemos que:
1.Minucioso exame das imagens de circuito interno de segurança permite verificar que o autor da matéria não teve acesso à área restrita ao Ex-Presidente.
2.Grande parte das informações constantes na reportagem são equivocadas e imprecisas. É absolutamente falso, por exemplo, que seja administrada insulina ao custodiado.
3.O jornalista esteve presente no edifício da Superintendência Regional recentemente, onde participou de uma reunião com um servidor que não possui relação com quaisquer procedimentos relacionados à custódia.
4.As circunstâncias que envolvem possível circulação do jornalista por outras alas do prédio, após a mencionada reunião, já estão sendo apuradas.
Comunicação Social da Polícia Federal no Estado do Paraná


Bar dá desconto para quem pagar com nota carimbada com Lula Livre


O Bar do Omar, no Rio de Janeiro, está dando 10% de desconto para quem pagar a conta com notas carimbadas com Lula Livre.
“Sim, é verdade. Pagando com notas carimbadas com o Rosto do Lula é 10% de desconto na conta. Aqui não tem golpe”, ressalta boteco carioca.
Em Curitiba, existe uma espécie de câmbio paralelo para as notas carimbadas com o rosto de Lula. Por exemplo, paga-se por uma cédula de R$ 100 entre R$ 110 e R$ 120.
Ou seja, as notas de “Lula Livre” estão mais valorizadas que as do real.


Advogado da vigília Lula Livre cobra apuração sobre ataque de delegado da PF


Gastão Schefer Neto destruiu caixas de som para impedir apoiadores de desejar bom dia a Lula


Apoiadores de Lula estão há 26 dias acompanhando ex-presidente, preso na PF
de Curitiba desde 7 de abril/Gibran Mendes

Desde o início do acampamento Lula Livre, nas proximidades da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, os dias de resistência têm início com um coro de vozes desejando bom dia ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; o próprio Lula, em mensagem a seus apoiadores, disse que ouve a mensagem todos os dias, e que o carinho o ajuda a perseverar diante da prisão injusta a que está submetido.
Nesta sexta-feira (4), porém, um ato inesperado de violência impediu que a população se comunicasse com Lula. Um delegado da Policia Federal, identificado como Gastão Schefer Neto, aproximou-se agressivamente do acampamento e depredou o equipamento de som utilizado pela organização da vigília.
Felipe Mongruel, advogado que responde desde o início pelo Acampamento se mostrou indignado diante da não prisão do agressor em coletiva à imprensa na qual relatou as medidas tomadas pela defesa.
“As duas deputadas que estavam presentes hoje pela manhã, Ana Perugini e Márcia Lia [ambas do PT-SP], deram voz de prisão ao agressor por depredação de patrimônio e avisaram a Polícia Militar. Porém, o que aconteceu foi que ele foi levado para a casa. Está solto. Ou seja, isso é um total absurdo”, disse o advogado. Segundo ele, o ataque compreende os crimes de agressão e depredação ao patrimônio público.
Omissão das polícias
Mongruel destacou também que o acampamento e a vigília são totalmente legais e obedecem a todos os acordos feitos com o poder público e a Policia Federal: “Neste trato, no interdito proibitório, estamos obedecendo todas as regulações. O terreno do acampamento é alugado. Então, aqui tudo está absolutamente legal. O que é ilegal é a omissão das polícias.”
Um boletim de ocorrência foi registrado e no início da tarde houve uma reunião com a Corregedoria e Superintêndencia da Polícia Federal, com a presença dos advogados de defesa, as deputadas e testemunhas, para expor o caso e solicitar providências.
Nesta reunião, os representantes do acampamento reafirmaram que atos violentos contra os apoiadores de Lula vêm se repetindo, e que a omissão das polícias tem se tornado um agravante.
“O que ficou claro na reunião foi a total omissão das policias e nós solicitamos para a defesa inclusive da própria instituição que o policiamento se intensifique. Se ninguém está se responsabilizando pela segurança, com o que vamos nos defender além dos próprios punhos e coragem?”, indagou o advogado.
Em nota, a organização da Vigilia Lula Livre, relatou como foi o ataque do delegado contra manifestantes e o equipamento de som, bem como a reação rápida dos manifestantes que estavam presentes. Confira a nota:
Nota da Vigília Lula Livre
A vigília Lula livre, que realizava pacificamente o ato de Bom Dia ao presidente Lula, foi atacada mais uma vez na manhã desta sexta (4), desta vez por um delegado da Polícia Federal, identificado como Gastão Schefer Neto.
Ele aproximou-se aos berros da esquina democrática Olga Benário, ameaçando a todos e todas que ali estavam. Na sequência, quebrou o equipamento de som utilizado nos atos. Neto foi conduzido e ouvido pela Polícia Militar depois de continuar tentando intimidar os militantes, registrando seus rostos com um telefone celular.
Independentemente das sanções penais cabíveis pela agressão praticada pelo delegado Gastão Schefer, a Polícia Federal tem a obrigação de tomar as medidas disciplinares em relação ao seu delegado que agrediu manifestantes pacíficos. Do contrário, a instituição se tornará cúmplice de mais este atentado.
Graças à atuação dos militantes que voluntariamente cuidam da segurança da esquina Olga Benário, Neto foi contido sem que nada de mais grave acontecesse com sua integridade física ou da dos presentes.
A deputada federal Ana Perugini (PT-SP) e a deputada estadual Márcia Lia (PT-SP), que testemunharam toda a ação, estiveram com a Superintendência e a Corregedoria imediatamente após o ocorrido. A deputada estadual  Rosangela Zeidan (PT-RJ) também estava no ato no momento. Será registrado ainda um Boletim de Ocorrência. As lideranças dos movimentos e dos partidos tomarão todas as medidas legais cabíveis.
Trata-se do segundo ataque envolvendo agentes da Polícia Federal contra a vigília, quase um mês depois de manifestantes terem sido agredidos com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo na chegada do presidente Lula ao prédio da Superintendência da Polícia Federal, onde é mantido desde então como preso político.
Os movimentos e partidos presentes na Vigília Lula Livre ressaltam que estão legalmente ocupando as ruas nas imediações do prédio da Polícia Federal e cumprindo todas as cláusulas do acordo firmado com as autoridades para garantir o direito constitucional à livre manifestação. Além disso, todas as medidas de organização e civilidade são tomadas para garantir a boa convivência com os moradores do bairro Santa Cândida e minimizar os contratempos causados pelo grande trânsito de pessoas no entorno.
A vigília Lula livre espera o cumprimento por parte das autoridades do compromisso de garantir a segurança de todos e todas e a pronta investigação dos ataques verbais e físicos contra as pessoas que por aqui transitam ou acampam.
Atos de violência ou intolerância não irão nos calar. Aqui seguiremos até a soltura do presidente Lula da prisão injusta, dando continuidade a um projeto de um país para todos e todas.
Lula Inocente!
Lula Livre!
Curitiba, 4 de maio de 2018


Vigília Lula Livre

Fonte: Brasil de Fato

Venezuela: Por que o chavismo continua movendo multidões?


Em crônica, a jornalista Fania Rodrigues acompanha um dia na campanha de Maduro e reflete sobre a atualidade do chavismo

Presidente faz campanha eleitoral na cidade de Maracay, estado de Aragua / Fotos: Fania Rodrigues

Depois de uma viagem de 2h30, saindo de Caracas, chegamos à cidade de Maracay, estado de Aragua, no interior da Venezuela. Um muro de três metros de altura separa os jornalistas do público. Dois portões de metais se abrem lentamente e deixam entrever um estádio lotado, em sua capacidade máxima. Parece uma final de campeonato, mas é a campanha eleitoral do presidente Nicolás Maduro, que tenta a reeleição no dia 20 de maio.
Os jornalistas ficam impactos com aquela cena. Nas arquibancadas, uma maré vermelha se posta em frente a um gramado tão verde que parecia ter sido recém plantado. No centro do estádio um palco baixo, muito próximo ao público de jovens estudantes e trabalhadores.
O sol está caindo, levemente amarelado, quando aparece o presidente Nicolás Maduro, com seus quase dois metros de altura.
O estádio não de futebol, mas sim de beisebol. O esporte que está para a Venezuela como o futebol está para o Brasil. É uma paixão nacional. Chávez era torcedor da equipe Navegante de Magallanes, um dos times mais populares do país. Nós, no entanto, estamos no território do Tigres de Aragua que, assim como o Magallanes, faz parte da Liga Venezuelana de Beisebol Profissional.
Maduro está acompanhado pelo jogador Potro Alvarez, uma estrela do beisebol nacional. Jogou em equipes da Venezuela e também dos Estados Unidos, como o Pittsburgh Pirates e o Chicago White Sox, que atuam na Major League Baseball (MLB), o ponto mais alto do beisebol mundial. Trata-se de um venezuelano que fez sucesso no mundo. O esportista de maior destaque da Venezuela. Potro é visto como herói nacional. E é um chavista declarado.
Era para ser apenas mais um ato da campanha eleitoral, mas não parece ser como os demais. Há algo diferente. Talvez por conta do dia ensolarado ou pela música que anima a multidão. A equipe do presidente está tranquila, a Guarda de Honor [responsável pela segurança de Maduro] está mais flexível, coisa rara. Pode ser por conta do povo de Maracay, que está feliz em receber o chefe do Estado venezuelano, ou talvez porque a situação do país se tornou menos tensa nos últimos meses. Mas não é só isso. Há algo mais no ar.
Não é só um encontro do presidente com o povo. É o reconhecimento de um processo histórico que começou em 1999. Ali está o sucessor de Hugo Chávez. Não é apenas Maduro: é a representação do líder atual do chavismo. Que outro político venezuelano seria capaz de encher um estádio apenas para ouvir um discurso eleitoral? Repeti essa pergunta à exaustão. A reação era uma só. Primeiro o silêncio, depois a reflexão de alguém que busca na memória alguma figura pública e logo a resposta: ninguém.
Por que, em meio uma crise econômica e política tão profunda, quando as classes populares estão passando por imensas dificuldades e a classe média teve seu poder de consumo reduzido, milhares de pessoas vão, emocionadas, a um estádio escutar o presidente da República? A resposta vem do jovem líder comunitário da favela La Pastora, em Caracas. “O chavismo é a única força política que nos oferece uma saída e um projeto de país”, diz Jesus García.
No entanto, os opositores, partidos de direitas, adversários de Chávez e, agora, de Maduro recusam a aceitar e a entender o chavismo. Apenas o negam. Negam que o chavismo seja uma identidade política e cultural. Uma força revolucionária consistente. Com todos os problemas e erros que podem ter ocorrido, foi o projeto político que reparou uma dívida social histórica, criando sistemas de saúde e educação públicos, assim como programas de construção de casas populares e distribuição de renda. Contudo, o chavismo não pode ser reduzido às conquistas materiais.
Voltando ao estádio dos Tigres de Aragua, o presidente vai começar o discurso. O palco baixo, de meio metro de altura, deixa o candidato a reeleição a poucos metros do público, composto em sua maioria por jovens e adolescente do programa social Chamba Juvenil (Trampo Juvenil, em livre tradução).
Durante sua fala, Nicolás Maduro anuncia que o programa chegou ao jovem número 1 milhão e que, a partir de agora, eles receberão um salário mínimo (no valor de 1 milhão de bolívares). O Chamba Juvenil oferece um estágio a jovens em idade escolar para trabalhar em órgãos do governo ou no campo da cultura, e por isso recebiam uma bolsa em um valor simbólico.
Nesse momento, lembrei da jovem de 16 anos que conheci nesta manhã, enquanto esperava o carro que levaria os jornalistas até Maracay. Ela estava entrando no canal estatal, a VTV, para começar em seu primeiro dia de estágio. Pediu meu celular emprestado para enviar uma mensagem. Já estávamos na estrada quando vejo que ela não apagou o texto enviado. Dizia: “Mãe, deposita o dinheiro para eu comprar a passagem de ônibus para voltar pra casa e também para que eu possa comprar uma banana, porque meu estômago está doendo”. Ela agora terá um salário. Seu estômago vai parar de doer.
Maduro veste uma camisa verde-água, que contrasta com a vestimenta vermelha do público. Chávez também vestia cores claras quando estava campanha, passava uma mensagem de coalisão, de ser “amplo nas ideias”. Mas por baixo sempre havia uma gola de camiseta vermelha. No fundo, ele queria dizer, “por dentro sempre serei vermelho, socialista até o final”. O chavismo não cabe dentro do Partido Socialista Unidos da Venezuela. Chávez era maior que o chavismo. E Maduro é seu herdeiro político.
Já passam das 17h quando o presidente deixa o estádio. O público se retira com uma disciplina impressionante. Em poucos minutos o local está vazio. Pareciam treinados para agir com precisão em ocasião de grandes eventos. Um exemplo de como funciona a máquina política venezuelana. Um país que vai para sua quarta eleição em menos de um ano,  que está acostumado aos fortes embates eleitorais. Essa é a história de um povo que optou pelas urnas como arma de luta.
Fonte: Brasil de Fato