sexta-feira, 4 de maio de 2018

Tacla Duran já foi ouvido em seis países, mas Brasil se nega a interrogá-lo


A defesa do ex-presidente Lula recorreu ao STJ para reformar a decisão de segunda instância que não obrigou o juiz Sergio Moro a permitir que Rodrigo Tacla Duran seja ouvido como testemunha do petista; "Ministérios Publicos do Equador, México, Andorra, Antigua, Peru, Argentina, dentre outros, me localizam, sempre que necessitam, através do Ministério Público Espanhol p/ assistência internacional na qualidade de testemunha. O MPF brasileiro alega que sou foragido e não comparece", critica Tacla Duran, no twitter
Cintia Alves, Jornal GGN - A defesa do ex-presidente Lula recorreu ao Superior Tribunal de Justiça para reformar a decisão de segunda instância que não obrigou o juiz Sergio Moro a permitir que Rodrigo Tacla Duran seja ouvido como testemunha do petista. Os advogados insistem no depoimento porque Duran avalia que provas apresentadas pela Odebrecht à força-tarefa do Ministério Público na Lava Jato foram adulteradas.
No último dia 30, a defesa protocolou um recurso ordinário em habeas corpus contra a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que, por unanimidade, rejeitou uma ação movida contra a decisão de Sergio Moro.
"A decisão que denegou o pedido [para que Duran seja testemunha], por óbvio, gera evidente prejuízo ao paciente [Lula], que se vê impedido de produzir prova essencial para demonstração da sua inocência, embora não seja ônus que lhe caiba, em claro ato atentatório ao contraditório à ampla defesa", diz a petição.
No documento, a defesa explica que durante o julgamento da ação penal em que Lula é acusado de receber vantagens indevidas da Odebrecht (um imóvel nunca usado pelo Instituto Lula e um apartamento que pertence a Glaucos da Costamarques), documentos apresentados por Marcelo Odebrecht e pelos procuradores de Curitiba tiveram sua idoneidade questionada.
Leia a reportagem na íntegra no GGN.


Capa de Veja sobre Lula na prisão é fake news, diz PF


A Polícia Federal do Paraná divulgou nota afirmando que a reportagem de capa da revista Veja que mostraria "a vida de Lula na prisão" possui "grande parte das informações equivocadas e imprecisas"; outro trecho importante da nota informa que o jornalista que assina a matéria "esteve presente no edifício da Superintendência Regional recentemente, onde participou de uma reunião com um servidor que não possui relação com quaisquer procedimentos relacionados à custódia"
247 - A Polícia Federal do Paraná divulgou uma nota nesta sexta-feira 4 afirmando que a reportagem de capa da revista Veja desta semana, que mostraria "a vida de Lula na prisão", possui "grande parte das informações equivocadas e imprecisas". "É absolutamente falso, por exemplo, que seja administrada insulina ao custodiado", desmente o texto.
Outro trecho da nota, no entanto, informa que o jornalista que assina a matéria "esteve presente no edifício da Superintendência Regional recentemente, onde participou de uma reunião com um servidor que não possui relação com quaisquer procedimentos relacionados à custódia", sem informar qual o tema da conversa.
Nota de Esclarecimento:
CURITIBA/PR - Em relação à publicação, da revista VEJA, em 04/05/2018, de matéria intitulada "A VIDA NO CÁRCERE", assinada pelo jornalista Thiago Bronzatto, que trata da suposta rotina do Ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Superintendência Regional da PF em Curitiba, esclarecemos que:
1.Minucioso exame das imagens de circuito interno de segurança permite verificar que o autor da matéria não teve acesso à área restrita ao Ex-Presidente.
2.Grande parte das informações constantes na reportagem são equivocadas e imprecisas. É absolutamente falso, por exemplo, que seja administrada insulina ao custodiado.
3.O jornalista esteve presente no edifício da Superintendência Regional recentemente, onde participou de uma reunião com um servidor que não possui relação com quaisquer procedimentos relacionados à custódia.
4.As circunstâncias que envolvem possível circulação do jornalista por outras alas do prédio, após a mencionada reunião, já estão sendo apuradas.
Comunicação Social da Polícia Federal no Estado do Paraná


Bar dá desconto para quem pagar com nota carimbada com Lula Livre


O Bar do Omar, no Rio de Janeiro, está dando 10% de desconto para quem pagar a conta com notas carimbadas com Lula Livre.
“Sim, é verdade. Pagando com notas carimbadas com o Rosto do Lula é 10% de desconto na conta. Aqui não tem golpe”, ressalta boteco carioca.
Em Curitiba, existe uma espécie de câmbio paralelo para as notas carimbadas com o rosto de Lula. Por exemplo, paga-se por uma cédula de R$ 100 entre R$ 110 e R$ 120.
Ou seja, as notas de “Lula Livre” estão mais valorizadas que as do real.


Advogado da vigília Lula Livre cobra apuração sobre ataque de delegado da PF


Gastão Schefer Neto destruiu caixas de som para impedir apoiadores de desejar bom dia a Lula


Apoiadores de Lula estão há 26 dias acompanhando ex-presidente, preso na PF
de Curitiba desde 7 de abril/Gibran Mendes

Desde o início do acampamento Lula Livre, nas proximidades da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, os dias de resistência têm início com um coro de vozes desejando bom dia ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; o próprio Lula, em mensagem a seus apoiadores, disse que ouve a mensagem todos os dias, e que o carinho o ajuda a perseverar diante da prisão injusta a que está submetido.
Nesta sexta-feira (4), porém, um ato inesperado de violência impediu que a população se comunicasse com Lula. Um delegado da Policia Federal, identificado como Gastão Schefer Neto, aproximou-se agressivamente do acampamento e depredou o equipamento de som utilizado pela organização da vigília.
Felipe Mongruel, advogado que responde desde o início pelo Acampamento se mostrou indignado diante da não prisão do agressor em coletiva à imprensa na qual relatou as medidas tomadas pela defesa.
“As duas deputadas que estavam presentes hoje pela manhã, Ana Perugini e Márcia Lia [ambas do PT-SP], deram voz de prisão ao agressor por depredação de patrimônio e avisaram a Polícia Militar. Porém, o que aconteceu foi que ele foi levado para a casa. Está solto. Ou seja, isso é um total absurdo”, disse o advogado. Segundo ele, o ataque compreende os crimes de agressão e depredação ao patrimônio público.
Omissão das polícias
Mongruel destacou também que o acampamento e a vigília são totalmente legais e obedecem a todos os acordos feitos com o poder público e a Policia Federal: “Neste trato, no interdito proibitório, estamos obedecendo todas as regulações. O terreno do acampamento é alugado. Então, aqui tudo está absolutamente legal. O que é ilegal é a omissão das polícias.”
Um boletim de ocorrência foi registrado e no início da tarde houve uma reunião com a Corregedoria e Superintêndencia da Polícia Federal, com a presença dos advogados de defesa, as deputadas e testemunhas, para expor o caso e solicitar providências.
Nesta reunião, os representantes do acampamento reafirmaram que atos violentos contra os apoiadores de Lula vêm se repetindo, e que a omissão das polícias tem se tornado um agravante.
“O que ficou claro na reunião foi a total omissão das policias e nós solicitamos para a defesa inclusive da própria instituição que o policiamento se intensifique. Se ninguém está se responsabilizando pela segurança, com o que vamos nos defender além dos próprios punhos e coragem?”, indagou o advogado.
Em nota, a organização da Vigilia Lula Livre, relatou como foi o ataque do delegado contra manifestantes e o equipamento de som, bem como a reação rápida dos manifestantes que estavam presentes. Confira a nota:
Nota da Vigília Lula Livre
A vigília Lula livre, que realizava pacificamente o ato de Bom Dia ao presidente Lula, foi atacada mais uma vez na manhã desta sexta (4), desta vez por um delegado da Polícia Federal, identificado como Gastão Schefer Neto.
Ele aproximou-se aos berros da esquina democrática Olga Benário, ameaçando a todos e todas que ali estavam. Na sequência, quebrou o equipamento de som utilizado nos atos. Neto foi conduzido e ouvido pela Polícia Militar depois de continuar tentando intimidar os militantes, registrando seus rostos com um telefone celular.
Independentemente das sanções penais cabíveis pela agressão praticada pelo delegado Gastão Schefer, a Polícia Federal tem a obrigação de tomar as medidas disciplinares em relação ao seu delegado que agrediu manifestantes pacíficos. Do contrário, a instituição se tornará cúmplice de mais este atentado.
Graças à atuação dos militantes que voluntariamente cuidam da segurança da esquina Olga Benário, Neto foi contido sem que nada de mais grave acontecesse com sua integridade física ou da dos presentes.
A deputada federal Ana Perugini (PT-SP) e a deputada estadual Márcia Lia (PT-SP), que testemunharam toda a ação, estiveram com a Superintendência e a Corregedoria imediatamente após o ocorrido. A deputada estadual  Rosangela Zeidan (PT-RJ) também estava no ato no momento. Será registrado ainda um Boletim de Ocorrência. As lideranças dos movimentos e dos partidos tomarão todas as medidas legais cabíveis.
Trata-se do segundo ataque envolvendo agentes da Polícia Federal contra a vigília, quase um mês depois de manifestantes terem sido agredidos com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo na chegada do presidente Lula ao prédio da Superintendência da Polícia Federal, onde é mantido desde então como preso político.
Os movimentos e partidos presentes na Vigília Lula Livre ressaltam que estão legalmente ocupando as ruas nas imediações do prédio da Polícia Federal e cumprindo todas as cláusulas do acordo firmado com as autoridades para garantir o direito constitucional à livre manifestação. Além disso, todas as medidas de organização e civilidade são tomadas para garantir a boa convivência com os moradores do bairro Santa Cândida e minimizar os contratempos causados pelo grande trânsito de pessoas no entorno.
A vigília Lula livre espera o cumprimento por parte das autoridades do compromisso de garantir a segurança de todos e todas e a pronta investigação dos ataques verbais e físicos contra as pessoas que por aqui transitam ou acampam.
Atos de violência ou intolerância não irão nos calar. Aqui seguiremos até a soltura do presidente Lula da prisão injusta, dando continuidade a um projeto de um país para todos e todas.
Lula Inocente!
Lula Livre!
Curitiba, 4 de maio de 2018


Vigília Lula Livre

Fonte: Brasil de Fato

Venezuela: Por que o chavismo continua movendo multidões?


Em crônica, a jornalista Fania Rodrigues acompanha um dia na campanha de Maduro e reflete sobre a atualidade do chavismo

Presidente faz campanha eleitoral na cidade de Maracay, estado de Aragua / Fotos: Fania Rodrigues

Depois de uma viagem de 2h30, saindo de Caracas, chegamos à cidade de Maracay, estado de Aragua, no interior da Venezuela. Um muro de três metros de altura separa os jornalistas do público. Dois portões de metais se abrem lentamente e deixam entrever um estádio lotado, em sua capacidade máxima. Parece uma final de campeonato, mas é a campanha eleitoral do presidente Nicolás Maduro, que tenta a reeleição no dia 20 de maio.
Os jornalistas ficam impactos com aquela cena. Nas arquibancadas, uma maré vermelha se posta em frente a um gramado tão verde que parecia ter sido recém plantado. No centro do estádio um palco baixo, muito próximo ao público de jovens estudantes e trabalhadores.
O sol está caindo, levemente amarelado, quando aparece o presidente Nicolás Maduro, com seus quase dois metros de altura.
O estádio não de futebol, mas sim de beisebol. O esporte que está para a Venezuela como o futebol está para o Brasil. É uma paixão nacional. Chávez era torcedor da equipe Navegante de Magallanes, um dos times mais populares do país. Nós, no entanto, estamos no território do Tigres de Aragua que, assim como o Magallanes, faz parte da Liga Venezuelana de Beisebol Profissional.
Maduro está acompanhado pelo jogador Potro Alvarez, uma estrela do beisebol nacional. Jogou em equipes da Venezuela e também dos Estados Unidos, como o Pittsburgh Pirates e o Chicago White Sox, que atuam na Major League Baseball (MLB), o ponto mais alto do beisebol mundial. Trata-se de um venezuelano que fez sucesso no mundo. O esportista de maior destaque da Venezuela. Potro é visto como herói nacional. E é um chavista declarado.
Era para ser apenas mais um ato da campanha eleitoral, mas não parece ser como os demais. Há algo diferente. Talvez por conta do dia ensolarado ou pela música que anima a multidão. A equipe do presidente está tranquila, a Guarda de Honor [responsável pela segurança de Maduro] está mais flexível, coisa rara. Pode ser por conta do povo de Maracay, que está feliz em receber o chefe do Estado venezuelano, ou talvez porque a situação do país se tornou menos tensa nos últimos meses. Mas não é só isso. Há algo mais no ar.
Não é só um encontro do presidente com o povo. É o reconhecimento de um processo histórico que começou em 1999. Ali está o sucessor de Hugo Chávez. Não é apenas Maduro: é a representação do líder atual do chavismo. Que outro político venezuelano seria capaz de encher um estádio apenas para ouvir um discurso eleitoral? Repeti essa pergunta à exaustão. A reação era uma só. Primeiro o silêncio, depois a reflexão de alguém que busca na memória alguma figura pública e logo a resposta: ninguém.
Por que, em meio uma crise econômica e política tão profunda, quando as classes populares estão passando por imensas dificuldades e a classe média teve seu poder de consumo reduzido, milhares de pessoas vão, emocionadas, a um estádio escutar o presidente da República? A resposta vem do jovem líder comunitário da favela La Pastora, em Caracas. “O chavismo é a única força política que nos oferece uma saída e um projeto de país”, diz Jesus García.
No entanto, os opositores, partidos de direitas, adversários de Chávez e, agora, de Maduro recusam a aceitar e a entender o chavismo. Apenas o negam. Negam que o chavismo seja uma identidade política e cultural. Uma força revolucionária consistente. Com todos os problemas e erros que podem ter ocorrido, foi o projeto político que reparou uma dívida social histórica, criando sistemas de saúde e educação públicos, assim como programas de construção de casas populares e distribuição de renda. Contudo, o chavismo não pode ser reduzido às conquistas materiais.
Voltando ao estádio dos Tigres de Aragua, o presidente vai começar o discurso. O palco baixo, de meio metro de altura, deixa o candidato a reeleição a poucos metros do público, composto em sua maioria por jovens e adolescente do programa social Chamba Juvenil (Trampo Juvenil, em livre tradução).
Durante sua fala, Nicolás Maduro anuncia que o programa chegou ao jovem número 1 milhão e que, a partir de agora, eles receberão um salário mínimo (no valor de 1 milhão de bolívares). O Chamba Juvenil oferece um estágio a jovens em idade escolar para trabalhar em órgãos do governo ou no campo da cultura, e por isso recebiam uma bolsa em um valor simbólico.
Nesse momento, lembrei da jovem de 16 anos que conheci nesta manhã, enquanto esperava o carro que levaria os jornalistas até Maracay. Ela estava entrando no canal estatal, a VTV, para começar em seu primeiro dia de estágio. Pediu meu celular emprestado para enviar uma mensagem. Já estávamos na estrada quando vejo que ela não apagou o texto enviado. Dizia: “Mãe, deposita o dinheiro para eu comprar a passagem de ônibus para voltar pra casa e também para que eu possa comprar uma banana, porque meu estômago está doendo”. Ela agora terá um salário. Seu estômago vai parar de doer.
Maduro veste uma camisa verde-água, que contrasta com a vestimenta vermelha do público. Chávez também vestia cores claras quando estava campanha, passava uma mensagem de coalisão, de ser “amplo nas ideias”. Mas por baixo sempre havia uma gola de camiseta vermelha. No fundo, ele queria dizer, “por dentro sempre serei vermelho, socialista até o final”. O chavismo não cabe dentro do Partido Socialista Unidos da Venezuela. Chávez era maior que o chavismo. E Maduro é seu herdeiro político.
Já passam das 17h quando o presidente deixa o estádio. O público se retira com uma disciplina impressionante. Em poucos minutos o local está vazio. Pareciam treinados para agir com precisão em ocasião de grandes eventos. Um exemplo de como funciona a máquina política venezuelana. Um país que vai para sua quarta eleição em menos de um ano,  que está acostumado aos fortes embates eleitorais. Essa é a história de um povo que optou pelas urnas como arma de luta.
Fonte: Brasil de Fato

Assistência Social: Rede une esforços no combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes em Apucarana


Com atividades ao longo de todo o mês, o dia nacional escolhido para marcar o Dia de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi o dia 18 
(Foto: Profeta)
Com uma “rua de recreio”, das 9 às 12 horas, na Escola Municipal Papa João XXIII, na Vila Regina, tem início neste sábado (05/05) a programação da Campanha de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes em Apucarana. Desenvolvidas pela Secretaria Municipal da Assistência Social, através do Serviço de Atenção e Proteção Especial à Criança e Adolescente do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS), em parceria com entidades ligadas à rede municipal de proteção, ao longo de todo o mês de maio serão realizadas ações educativas visando a mobilização e maior conscientização da sociedade.
“Muito importante se falar sobre isso, quebrar o silêncio. E essa campanha tem este sentido, informar a sociedade sobre a prevenção e os canais de denúncia. O ser humano não pode aceitar que o próximo esteja sujeito a qualquer tipo de violência, ainda mais em se tratando de uma criança. Parabéns a todos os envolvidos neste ato de carinho, amor e muita coragem em favor de nossas crianças e adolescentes”, disse Júnior da Femac, vice-prefeito de Apucarana, que representou o prefeito Beto Preto na solenidade de abertura da campanha, que aconteceu nesta sexta-feira (04/05) na sede do CREAS.
Além da denúncia, a melhor maneira de se combater a violência sexual contra crianças e adolescentes é a prevenção, disse a secretária interina da Assistência Social, Priscila Cunha. “Por isto prezamos pelo trabalho informativo junto aos pais e responsáveis, a sensibilização da população em geral e dos profissionais das áreas de educação e jurídica, com a identificação de crianças e adolescentes em situação de risco, e o acompanhamento da vítima e do agressor”, pontuou Priscila. De acordo com ela, se a pessoa souber de algum caso de violência ou exploração sexual infantil, deve procurar o conselho tutelar, delegacias especializadas, polícias militar, federal ou rodoviária, ou ainda ligar para o Disque Denúncia Nacional, de número 100.
A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Apucarana (CMDCA), Roberta Fogaça, enalteceu o engajamento da rede de proteção e que a tarefa é uma obrigação de toda a sociedade. “Fazemos parte de um conselho de garantia de direitos, mas devemos salientar que o assunto desta campanha diz respeito a todos enquanto sociedade. Graças a eventos como estes, muitos avanços foram implementados e estamos mais atentos ao problema do que há anos atrás, muito embora os casos ainda aconteçam de forma muito velada, o que torna ainda mais importante uma maior conscientização da população para contribuir no combate deste tipo de violência, que muitas vezes acontece dentro da própria família da vítima”, alertou Roberta.
Com atividades ao longo de todo o mês, o dia nacional escolhido para marcar o Dia de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi o dia 18. “Neste dia, em 1973, uma menina de 8 anos, de Vitória (ES), foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada. Seu corpo apareceu seis dias depois, carbonizado e os seus agressores nunca foram punidos. Desde então, esse se tornou o dia para que a população brasileira se una e se manifeste contra esse tipo de violência”, relatou Priscila Cunha, secretária interina da Assistência Social de Apucarana.
Além da rua de recreio neste sábado, na Vila Regina, a programação prevê apresentação do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI) em diversos locais, exibição de documentário para o público adolescente, diálogo sobre ética da denúncia, blitz educativa, caminhada e rodas de conversas com equipe das entidades sociais, corpo docente e discente de colégios estaduais.
Por dentro do assunto
O que é violência sexual?

É a situação em que a criança ou o adolescente é usado para o prazer sexual de uma pessoa mais velha. Ou seja, qualquer ação de interesse sexual, consumado ou não.

É uma violação dos direitos sexuais das crianças e adolescentes, porque abusa ou explora do corpo e da sexualidade, seja pela força ou outra forma de coerção, ao envolver crianças e adolescentes em atividades sexuais impróprias à sua idade, ou ao seu desenvolvimento físico, psicológico e social.
Abuso x Exploração

A violência sexual pode ocorrer de duas formas distintas. Abuso sexual é qualquer forma de contato e interação sexual entre um adulto e uma criança ou adolescente, em que o adulto, que possui uma posição de autoridade ou poder, utiliza-se dessa condição para sua própria estimulação sexual, da criança ou adolescente, ou ainda de terceiros, podendo ocorrer com ou sem contato físico.

Já a exploração se caracteriza pela utilização sexual de crianças e adolescentes com a intenção de lucro, seja financeiro ou de qualquer outra espécie. São quatro formas em que ocorre a exploração sexual: em redes de prostituição, pornografia, redes de tráfico e turismo sexual.
Denúncia
Além da prevenção, o combate a essa realidade exige que os casos sejam denunciados. Portanto, se souber de algum caso de violência sexual infantil, procure o conselho tutelar, delegacias especializadas, polícias militar, federal ou rodoviária e ligue para o Disque Denúncia Nacional, de número 100.



Oftalmologia: mutirões em Apucarana atendem mil pacientes em seis meses


Intensificação das consultas na especialidade começou em novembro e vai se estender por tempo indeterminado 
(Foto: Profeta)
Uma das especialidades com maior demanda, a Autarquia Municipal de Saúde (AMS) de Apucarana vem realizando, ininterruptamente há seis meses, mutirões para consultas de oftalmologia. A intensificação do serviço começou em novembro e já soma em torno de mil pessoas atendidas.
“Entre novembro e abril, 14 mutirões para consultas de oftalmologia e vamos manter esse ritmo de atendimento por tempo indeterminado. Neste mês de maio estão agendados dois mutirões, sendo um no próximo sábado dia 5 e o outro no dia 19”, informa o diretor presidente da AMS, Roberto Kaneta.
Os mutirões de oftalmologia acontecem paralelamente ao agendamento regular de consultas nesta especialidade. Os atendimentos extras, que acontecem sempre aos sábados, entre duas a três vezes por mês, são voltados a dois públicos específicos: pacientes acima de 60 anos, com triagem para diagnóstico da catarata; e crianças e adolescentes de 0 a 15 anos.
A prioridade para este segundo grupo é justificada pelo fato de ser formado por pacientes em idade escolar e que enfrentam dificuldade de aprendizado por questões de visão.
Os pacientes atendidos nos mutirões, numa média de 70 por sábado, fazem parte da fila de espera de oftalmologia e são encaminhados para consulta pelas Unidades Básicas de Saúde. Aqueles atendidos em datas do mutirão estão sendo informados em suas residências da respectiva data e horário através da UBS do seu bairro.
O mutirão vem sendo realizado no Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí e Região (Cisvir), sempre a partir das 8 horas e o atendimento é feito pela oftalmologista Manoela Berlinck Pereira. O prefeito Beto Preto lembra que as ações da saúde vêm intensificando consultas e exames em que o tempo de espera está mais longo. “Nosso objetivo é proporcionar um atendimento de qualidade e dentro do menor de espera possível”, afirma Beto Preto.



Acampamento pró-Lula sofre novo ataque fascista e o autor é delegado da PF


O acampamento em Curitiba que faz vigília em defesa da liberdade do ex presidente Lula sofreu um terceiro ataque na manhã desta sexta-feira, enquanto os militantes davam o tradicional "Bom Dia presidente Lula"; um homem quebrou todo o equipamento de som do grupo, usado para amplificar o bom dia; o autor do ataque foi identificado como o delegado da PF Gastao Schefer Neto, que já foi até candidato a deputado federal; em nota, o Vigília Lula Livre afirmou que segue "cobrando das autoridades proteção aos nossos espaços e medidas contra provocadores e fascistas"
Paraná 247 - O acampamento em Curitiba que faz vigília em defesa da liberdade do ex presidente Lula sofreu um terceiro ataque na manhã desta sexta-feira, enquanto os militantes davam o tradicional "Bom Dia presidente Lula". O delegado da Polícia Federal, Gastao Schefer Neto, quebrou o equipamento de som.
A deputada federal Ana Perugini PT/SP e a deputada estadual Ana Lia PT/SP negociaram para falar com a Polícia Militar, a fim de registrar um boletim de ocorrência.  O homem foi levado pela PM, mas ainda conseguiu circular tranquilamente entre os militantes e ainda gravar um vídeo, mesmo com os policiais presentes, como mostra o vídeo.
No primeiro ataque, houve tentativa de agressões a paus em cima de militantes. No segundo o local foi alvo de tiros, deixando duas pessoas feridas. Um rapaz baleado no pescoço já recebeu alta. 
Vale ressaltar que, em março, apoiadores do ex-presidente também haviam sido alvo de um ataque, também no Paraná, onde tiros foram disparados contra dois ônibus da caravana. O delegado Hélder Laudia, responsável pelas investigações, informou que os tiros contra os ônibus foram planejados.
Leia a nota da Vigília Lula Livre e assista ao vídeo:
Em que pese o apoio e solidariedade com que contam, em Curitiba, a Vigília #LulaLivre, o acampamento Marisa Leticia e os diferentes espaços em defesa da democracia e da liberdade de Lula, há incidentes e manifestações esporádicos de ódio contra nossos espaços e militantes. Seguimos cobrando das autoridades proteção aos nossos espaços e medidas contra provocadores e fascistas, como é o caso do delegado da Polícia Federal, Gastão Schefer Neto, que na manhã de hoje (4) tentou destruir o equipamento de som da vigília, numa atitude fascista e ensandecida. 
Nada irrita mais os ignorantes, os que não querem o jogo político baseado na disputa de ideias, os que não têm outra narrativa a não ser o ódio, os que não têm argumentos, os que não aceitam o fato de Lula seguir à frente das pesquisas e se manter sereno e crítico à sua prisão, nada os irrita mais do que ver nossas manifestações organizadas e firmes, a ponto de alcançar 30 dias de luta. 
Seguimos, coletivamente, aprendendo e caminhando, cantando e denunciando o país que os golpistas querem cada vez mais destruído, como denunciou Lula ontem durante a visita de Gleisi Hoffmann e Jaques Wagner. 
E que, como o presidente ressaltou, esse país vamos reerguer. 
Reafirmamos que a Vigília #LulaLivre segue organizada e nas imediações da Superintendência da Polícia Federal, respeitando nossos acordos coletivos e o combinado com as autoridades. Daqui só sairemos com a liberdade de Lula. 
*Curitiba, Vigília Lula Livre, 4 de maio de 2018.

Para PGR “diligências pendentes” justificam prorrogar inquérito contra Temer


Procuradora-geral da República, Raquel Dodge, justificou ao STF a necessidade de se prorrogar por mais 60 dias o inquérito que investiga Michel Temer no decreto dos portos; no parecer, Dodge deu ênfase como "especial" à análise dos dados obtidos na quebra de sigilos bancários, fiscais e telemáticos de envolvidos, bem como do material obtido em recente busca e apreensão feita contra alvos da operação Skala; decisão é do ministro Luis Roberto Barroso 
BRASÍLIA (Reuters) - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que "diligências pendentes" justificam a necessidade de se prorrogar por mais 60 dias o inquérito dos portos, que investiga se o presidente Michel Temer cometeu crimes na edição de um decreto ano passado que mudou regras portuárias, segundo manifestação da chefe do Ministério Público Federal (MPF) encaminhada nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF).
No parecer, Dodge deu ênfase como "especial" à análise dos dados obtidos na quebra de sigilos bancários, fiscais e telemáticos de envolvidos, bem como do material obtido em recente busca e apreensão feita contra alvos da operação Skala. Essa ação, realizada no fim de março, chegou a prender temporariamente dois amigos de Temer, o coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo João Baptista Lima Filho e o advogado José Yunes.
A procuradora-geral disse também que, nos depoimentos já colhidos no inquérito, houve menção a pessoas com envolvimento nos fatos e que precisam ser inquiridas a fim de esclarecer as situações.
"Diante do exposto, requeiro a prorrogação do prazo para a conclusão do inquérito epigrafado, por mais 60 (sessenta) dias, nos termos do art. 230, §1°, parte final, do Regimento Interno do STF, considerada a existência de diligências pendentes e necessárias ao deslinde das investigações, sem prejuízos de outras reputadas úteis", disse Dodge.
Caberá ao relator do inquérito no STF, ministro Luís Roberto Barroso, decidir se aceita ou não dar mais tempo para a conclusão das apurações.
Desde setembro do ano passado, Temer é alvo dessa apuração no STF sob suspeita de ter recebido propina, por meio do então assessor especial, Rodrigo Rocha Loures, para editar um decreto que beneficiou a empresa Rodrimar em alterações legais para a área portuária.
A pedido do MPF e da PF, Barroso autorizou a ampliação do escopo das apurações iniciais. Ele permitiu a quebra de sigilos bancário e fiscal de Temer e de pessoas próximas do presidente.
Na quinta-feira, uma das filhas do presidente, a psicóloga Maristela Temer, depôs na PF em São Paulo nesse inquérito.
Maristela entrou no radar das investigações depois de surgirem suspeitas de que a reforma da sua casa, na capital paulista, teria sido custeada em dinheiro vivo pelo coronel Lima.
Delatores da J&F, holding que controla a JBS , acusaram o coronel de ser um dos intermediários de Temer no suposto recebimento de vantagens indevidas. As defesas de Temer, de Maristela e do coronel negam irregularidades.
Em outra manifestação ao Supremo, Dodge se posicionou contra o pedido da defesa do presidente para arquivar o inquérito sob a alegação de que não houve favorecimento da Rodrimar na edição do decreto. Ela destacou que ainda há apurações a serem feitas.
"É preciso aguardar a conclusão das diligências em curso neste inquérito. Somente com o resultado dos atos investigatórios até agora determinados e de outras diligências que possam surgir no andar do apuratório, poder-se-á alcançar um cenário mais firme sobre a existência material do delito", considerou.
"Pífia"
Na semana passada, Temer fez um duro discurso contra a apuração, chamando-a de "perseguição disfarçada de investigação".
O Palácio do Planalto receia que o presidente seja alvo de uma terceira denúncia da Procuradoria-Geral da República —no ano passado ele conseguiu que a Câmara dos Deputados negasse andamento a outras duas acusações apresentadas pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.
Em entrevista nesta sexta à Empresa Brasileira de Comunicação, rede de rádios e TV estatal, Temer disse que uma eventual terceira denúncia seria ainda mais "pífia" que as anteriores, rejeitadas pelo Congresso, e não teria chance de prosperar.


TRF-4 nega pedido de Ciro para visitar Lula


TRF-4 negou pedido de visitação ao ex-presidente Lula feito presidenciável Ciro Gomes (PDT), Carlos Roberto Lupi, presidente do partido, e o deputado André Figueiredo; segundo o desembargador João Pedro Gebran Neto, autor da decisão, não é direito líquido e certo de amigos a visitação a um preso, não cabendo o mandado de segurança; Gebran frisou que tal requerimento poderia ser feito apenas por familiares e em situações excepcionais
Do TRF4 - O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) indeferiu liminarmente nesta quinta-feira (3) pedido de visitação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva feito pelos políticos do Partido Democrático Trabalhista (PDT) Ciro Gomes, Carlos Roberto Lupi, presidente do partido, e André Peixoto Figueiredo Lima, deputado federal.
Os integrantes do PDT impetraram mandado de segurança no tribunal após terem o requerimento negado pela 12ª Vara Federal de Curitiba. Eles alegavam que não apresentavam qualquer risco ao funcionamento da sede da Polícia Federal, que a visitação seria uma das manifestações da ressocialização da pena e que a decisão afrontaria o direito de amigos do custodiado. Argumentavam ainda que a Lei de Execuções Penais assegura a todo o preso o direito à visita de parentes em dias determinados.
Segundo o desembargador federal João Pedro Gebran Neto, não é direito líquido e certo de amigos a visitação a um preso, não cabendo o mandado de segurança. Gebran frisou que tal requerimento poderia ser feito apenas por familiares e em situações excepcionais, sendo correta a decisão do juízo de execução.
O desembargador ressaltou ainda que a Superintendência da Polícia Federal de Curitiba tem competência para limitar as visitas. “A visitação por alguns, excluirá a visitação de outros, já que o direito do custodiado submete-se à organização do local de cumprimento da pena”, pontuou o desembargador.
Gebran afirmou também que não é cabível uma decisão isolada para beneficiar apenas os autores do pedido. “Não é razoável pretender-se modificar a rotina da instituição que tem outras atividades preponderantes, para viabilizar a visitação por todos os interessados, o que nem mesmo ocorreria em um estabelecimento prisional”, observou o desembargador.
Por fim, o desembargador excluiu Ciro Gomes do polo passivo da ação por este ter deixado de anexar procuração nos autos.


Pimenta cobra investigação sobre capa de Veja


O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta, cobrou do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, abertura de investigação sobre a divulgação, pela revista Veja, da rotina privada do ex-presidente Lula na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde Lula é mantido como preso político; "De fundamental importância que se apurem individualmente as responsabilidades por tais ações que violam as condutas legalmente exigíveis a tais servidores públicos, especialmente dos responsáveis pelo acesso de jornalistas ao local ou pelo repasse de informações acerca do cotidiano e privacidade do Presidente Lula", diz o líder petista, que também requereu a convocação de Jungmann à CCJ da Câmara, para dar esclarecimentos sobre a violação da Veja
247 - O deputado Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara, enviou ofício ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, cobrando investigação sobre a divulgação, pela revista Veja, de informações privadas sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva relacionadas à sua rotina na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde Lula é mantido como preso político. 
De acordo com o ofício encaminhado ao ministro Raul Jungmann, Pimenta diz que a divulgação das informações viola o inciso X do artigo 5º, da Constituição; o artigo 38 do Código Penal, que estabelece que o preso conserva todos os direitos não atingidos pela perda da liberdade, cabendo às autoridades respeitá-los. Por fim, os responsáveis violaram também o inciso VIII do artigo 41 e o artigo 40 da Lei de Execução Penal, os quais determinam ser obrigação das autoridades o respeito à integridade física e moral dos condenados e presos provisórios, e a proteção contra qualquer forma de sensacionalismo.
"É inadmissível que tais violações de direitos e garantias fundamentais tenham ocorrido dentro de uma instituição pública, a Superintendência da Polícia Federal. Portanto, de fundamental importância que se apurem individualmente as responsabilidades por tais ações que violam as condutas legalmente exigíveis a tais servidores públicos, especialmente dos responsáveis pelo acesso de jornalistas ao local ou pelo repasse de informações acerca do cotidiano e privacidade do Presidente Lula, que extrapolam as atribuições de policiais ou servidores daquela instituição e mesmo porque configuram abusos no exercício das funções atinentes aos cargos", diz o líder petista. 
Em um jornalismo criminoso, a Veja expõe foto da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, com indicativo de onde seria a sala onde Lula é mantido como preso político. A reportagem mostra detalhes da organização interna do local e descreve até como o funcionário encarregado faz a entrega do café da manhã e aplica a insulina ao ex-presidente Lula.
Além do ofício a Raul Jungmann cobrando investigação do vazamento das informações privadas do ex-presidente Lula, o deputado Paulo Pimenta também apresentou requerimento na Câmara Federal, solicitando a convocação de Jungmann à Comissão de Constituição e Justiça da Casa, para prestar esclarecimentos sobre o assunto.