sexta-feira, 4 de maio de 2018

Venezuela: Por que o chavismo continua movendo multidões?


Em crônica, a jornalista Fania Rodrigues acompanha um dia na campanha de Maduro e reflete sobre a atualidade do chavismo

Presidente faz campanha eleitoral na cidade de Maracay, estado de Aragua / Fotos: Fania Rodrigues

Depois de uma viagem de 2h30, saindo de Caracas, chegamos à cidade de Maracay, estado de Aragua, no interior da Venezuela. Um muro de três metros de altura separa os jornalistas do público. Dois portões de metais se abrem lentamente e deixam entrever um estádio lotado, em sua capacidade máxima. Parece uma final de campeonato, mas é a campanha eleitoral do presidente Nicolás Maduro, que tenta a reeleição no dia 20 de maio.
Os jornalistas ficam impactos com aquela cena. Nas arquibancadas, uma maré vermelha se posta em frente a um gramado tão verde que parecia ter sido recém plantado. No centro do estádio um palco baixo, muito próximo ao público de jovens estudantes e trabalhadores.
O sol está caindo, levemente amarelado, quando aparece o presidente Nicolás Maduro, com seus quase dois metros de altura.
O estádio não de futebol, mas sim de beisebol. O esporte que está para a Venezuela como o futebol está para o Brasil. É uma paixão nacional. Chávez era torcedor da equipe Navegante de Magallanes, um dos times mais populares do país. Nós, no entanto, estamos no território do Tigres de Aragua que, assim como o Magallanes, faz parte da Liga Venezuelana de Beisebol Profissional.
Maduro está acompanhado pelo jogador Potro Alvarez, uma estrela do beisebol nacional. Jogou em equipes da Venezuela e também dos Estados Unidos, como o Pittsburgh Pirates e o Chicago White Sox, que atuam na Major League Baseball (MLB), o ponto mais alto do beisebol mundial. Trata-se de um venezuelano que fez sucesso no mundo. O esportista de maior destaque da Venezuela. Potro é visto como herói nacional. E é um chavista declarado.
Era para ser apenas mais um ato da campanha eleitoral, mas não parece ser como os demais. Há algo diferente. Talvez por conta do dia ensolarado ou pela música que anima a multidão. A equipe do presidente está tranquila, a Guarda de Honor [responsável pela segurança de Maduro] está mais flexível, coisa rara. Pode ser por conta do povo de Maracay, que está feliz em receber o chefe do Estado venezuelano, ou talvez porque a situação do país se tornou menos tensa nos últimos meses. Mas não é só isso. Há algo mais no ar.
Não é só um encontro do presidente com o povo. É o reconhecimento de um processo histórico que começou em 1999. Ali está o sucessor de Hugo Chávez. Não é apenas Maduro: é a representação do líder atual do chavismo. Que outro político venezuelano seria capaz de encher um estádio apenas para ouvir um discurso eleitoral? Repeti essa pergunta à exaustão. A reação era uma só. Primeiro o silêncio, depois a reflexão de alguém que busca na memória alguma figura pública e logo a resposta: ninguém.
Por que, em meio uma crise econômica e política tão profunda, quando as classes populares estão passando por imensas dificuldades e a classe média teve seu poder de consumo reduzido, milhares de pessoas vão, emocionadas, a um estádio escutar o presidente da República? A resposta vem do jovem líder comunitário da favela La Pastora, em Caracas. “O chavismo é a única força política que nos oferece uma saída e um projeto de país”, diz Jesus García.
No entanto, os opositores, partidos de direitas, adversários de Chávez e, agora, de Maduro recusam a aceitar e a entender o chavismo. Apenas o negam. Negam que o chavismo seja uma identidade política e cultural. Uma força revolucionária consistente. Com todos os problemas e erros que podem ter ocorrido, foi o projeto político que reparou uma dívida social histórica, criando sistemas de saúde e educação públicos, assim como programas de construção de casas populares e distribuição de renda. Contudo, o chavismo não pode ser reduzido às conquistas materiais.
Voltando ao estádio dos Tigres de Aragua, o presidente vai começar o discurso. O palco baixo, de meio metro de altura, deixa o candidato a reeleição a poucos metros do público, composto em sua maioria por jovens e adolescente do programa social Chamba Juvenil (Trampo Juvenil, em livre tradução).
Durante sua fala, Nicolás Maduro anuncia que o programa chegou ao jovem número 1 milhão e que, a partir de agora, eles receberão um salário mínimo (no valor de 1 milhão de bolívares). O Chamba Juvenil oferece um estágio a jovens em idade escolar para trabalhar em órgãos do governo ou no campo da cultura, e por isso recebiam uma bolsa em um valor simbólico.
Nesse momento, lembrei da jovem de 16 anos que conheci nesta manhã, enquanto esperava o carro que levaria os jornalistas até Maracay. Ela estava entrando no canal estatal, a VTV, para começar em seu primeiro dia de estágio. Pediu meu celular emprestado para enviar uma mensagem. Já estávamos na estrada quando vejo que ela não apagou o texto enviado. Dizia: “Mãe, deposita o dinheiro para eu comprar a passagem de ônibus para voltar pra casa e também para que eu possa comprar uma banana, porque meu estômago está doendo”. Ela agora terá um salário. Seu estômago vai parar de doer.
Maduro veste uma camisa verde-água, que contrasta com a vestimenta vermelha do público. Chávez também vestia cores claras quando estava campanha, passava uma mensagem de coalisão, de ser “amplo nas ideias”. Mas por baixo sempre havia uma gola de camiseta vermelha. No fundo, ele queria dizer, “por dentro sempre serei vermelho, socialista até o final”. O chavismo não cabe dentro do Partido Socialista Unidos da Venezuela. Chávez era maior que o chavismo. E Maduro é seu herdeiro político.
Já passam das 17h quando o presidente deixa o estádio. O público se retira com uma disciplina impressionante. Em poucos minutos o local está vazio. Pareciam treinados para agir com precisão em ocasião de grandes eventos. Um exemplo de como funciona a máquina política venezuelana. Um país que vai para sua quarta eleição em menos de um ano,  que está acostumado aos fortes embates eleitorais. Essa é a história de um povo que optou pelas urnas como arma de luta.
Fonte: Brasil de Fato

Assistência Social: Rede une esforços no combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes em Apucarana


Com atividades ao longo de todo o mês, o dia nacional escolhido para marcar o Dia de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi o dia 18 
(Foto: Profeta)
Com uma “rua de recreio”, das 9 às 12 horas, na Escola Municipal Papa João XXIII, na Vila Regina, tem início neste sábado (05/05) a programação da Campanha de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes em Apucarana. Desenvolvidas pela Secretaria Municipal da Assistência Social, através do Serviço de Atenção e Proteção Especial à Criança e Adolescente do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS), em parceria com entidades ligadas à rede municipal de proteção, ao longo de todo o mês de maio serão realizadas ações educativas visando a mobilização e maior conscientização da sociedade.
“Muito importante se falar sobre isso, quebrar o silêncio. E essa campanha tem este sentido, informar a sociedade sobre a prevenção e os canais de denúncia. O ser humano não pode aceitar que o próximo esteja sujeito a qualquer tipo de violência, ainda mais em se tratando de uma criança. Parabéns a todos os envolvidos neste ato de carinho, amor e muita coragem em favor de nossas crianças e adolescentes”, disse Júnior da Femac, vice-prefeito de Apucarana, que representou o prefeito Beto Preto na solenidade de abertura da campanha, que aconteceu nesta sexta-feira (04/05) na sede do CREAS.
Além da denúncia, a melhor maneira de se combater a violência sexual contra crianças e adolescentes é a prevenção, disse a secretária interina da Assistência Social, Priscila Cunha. “Por isto prezamos pelo trabalho informativo junto aos pais e responsáveis, a sensibilização da população em geral e dos profissionais das áreas de educação e jurídica, com a identificação de crianças e adolescentes em situação de risco, e o acompanhamento da vítima e do agressor”, pontuou Priscila. De acordo com ela, se a pessoa souber de algum caso de violência ou exploração sexual infantil, deve procurar o conselho tutelar, delegacias especializadas, polícias militar, federal ou rodoviária, ou ainda ligar para o Disque Denúncia Nacional, de número 100.
A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Apucarana (CMDCA), Roberta Fogaça, enalteceu o engajamento da rede de proteção e que a tarefa é uma obrigação de toda a sociedade. “Fazemos parte de um conselho de garantia de direitos, mas devemos salientar que o assunto desta campanha diz respeito a todos enquanto sociedade. Graças a eventos como estes, muitos avanços foram implementados e estamos mais atentos ao problema do que há anos atrás, muito embora os casos ainda aconteçam de forma muito velada, o que torna ainda mais importante uma maior conscientização da população para contribuir no combate deste tipo de violência, que muitas vezes acontece dentro da própria família da vítima”, alertou Roberta.
Com atividades ao longo de todo o mês, o dia nacional escolhido para marcar o Dia de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi o dia 18. “Neste dia, em 1973, uma menina de 8 anos, de Vitória (ES), foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada. Seu corpo apareceu seis dias depois, carbonizado e os seus agressores nunca foram punidos. Desde então, esse se tornou o dia para que a população brasileira se una e se manifeste contra esse tipo de violência”, relatou Priscila Cunha, secretária interina da Assistência Social de Apucarana.
Além da rua de recreio neste sábado, na Vila Regina, a programação prevê apresentação do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI) em diversos locais, exibição de documentário para o público adolescente, diálogo sobre ética da denúncia, blitz educativa, caminhada e rodas de conversas com equipe das entidades sociais, corpo docente e discente de colégios estaduais.
Por dentro do assunto
O que é violência sexual?

É a situação em que a criança ou o adolescente é usado para o prazer sexual de uma pessoa mais velha. Ou seja, qualquer ação de interesse sexual, consumado ou não.

É uma violação dos direitos sexuais das crianças e adolescentes, porque abusa ou explora do corpo e da sexualidade, seja pela força ou outra forma de coerção, ao envolver crianças e adolescentes em atividades sexuais impróprias à sua idade, ou ao seu desenvolvimento físico, psicológico e social.
Abuso x Exploração

A violência sexual pode ocorrer de duas formas distintas. Abuso sexual é qualquer forma de contato e interação sexual entre um adulto e uma criança ou adolescente, em que o adulto, que possui uma posição de autoridade ou poder, utiliza-se dessa condição para sua própria estimulação sexual, da criança ou adolescente, ou ainda de terceiros, podendo ocorrer com ou sem contato físico.

Já a exploração se caracteriza pela utilização sexual de crianças e adolescentes com a intenção de lucro, seja financeiro ou de qualquer outra espécie. São quatro formas em que ocorre a exploração sexual: em redes de prostituição, pornografia, redes de tráfico e turismo sexual.
Denúncia
Além da prevenção, o combate a essa realidade exige que os casos sejam denunciados. Portanto, se souber de algum caso de violência sexual infantil, procure o conselho tutelar, delegacias especializadas, polícias militar, federal ou rodoviária e ligue para o Disque Denúncia Nacional, de número 100.



Oftalmologia: mutirões em Apucarana atendem mil pacientes em seis meses


Intensificação das consultas na especialidade começou em novembro e vai se estender por tempo indeterminado 
(Foto: Profeta)
Uma das especialidades com maior demanda, a Autarquia Municipal de Saúde (AMS) de Apucarana vem realizando, ininterruptamente há seis meses, mutirões para consultas de oftalmologia. A intensificação do serviço começou em novembro e já soma em torno de mil pessoas atendidas.
“Entre novembro e abril, 14 mutirões para consultas de oftalmologia e vamos manter esse ritmo de atendimento por tempo indeterminado. Neste mês de maio estão agendados dois mutirões, sendo um no próximo sábado dia 5 e o outro no dia 19”, informa o diretor presidente da AMS, Roberto Kaneta.
Os mutirões de oftalmologia acontecem paralelamente ao agendamento regular de consultas nesta especialidade. Os atendimentos extras, que acontecem sempre aos sábados, entre duas a três vezes por mês, são voltados a dois públicos específicos: pacientes acima de 60 anos, com triagem para diagnóstico da catarata; e crianças e adolescentes de 0 a 15 anos.
A prioridade para este segundo grupo é justificada pelo fato de ser formado por pacientes em idade escolar e que enfrentam dificuldade de aprendizado por questões de visão.
Os pacientes atendidos nos mutirões, numa média de 70 por sábado, fazem parte da fila de espera de oftalmologia e são encaminhados para consulta pelas Unidades Básicas de Saúde. Aqueles atendidos em datas do mutirão estão sendo informados em suas residências da respectiva data e horário através da UBS do seu bairro.
O mutirão vem sendo realizado no Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí e Região (Cisvir), sempre a partir das 8 horas e o atendimento é feito pela oftalmologista Manoela Berlinck Pereira. O prefeito Beto Preto lembra que as ações da saúde vêm intensificando consultas e exames em que o tempo de espera está mais longo. “Nosso objetivo é proporcionar um atendimento de qualidade e dentro do menor de espera possível”, afirma Beto Preto.



Acampamento pró-Lula sofre novo ataque fascista e o autor é delegado da PF


O acampamento em Curitiba que faz vigília em defesa da liberdade do ex presidente Lula sofreu um terceiro ataque na manhã desta sexta-feira, enquanto os militantes davam o tradicional "Bom Dia presidente Lula"; um homem quebrou todo o equipamento de som do grupo, usado para amplificar o bom dia; o autor do ataque foi identificado como o delegado da PF Gastao Schefer Neto, que já foi até candidato a deputado federal; em nota, o Vigília Lula Livre afirmou que segue "cobrando das autoridades proteção aos nossos espaços e medidas contra provocadores e fascistas"
Paraná 247 - O acampamento em Curitiba que faz vigília em defesa da liberdade do ex presidente Lula sofreu um terceiro ataque na manhã desta sexta-feira, enquanto os militantes davam o tradicional "Bom Dia presidente Lula". O delegado da Polícia Federal, Gastao Schefer Neto, quebrou o equipamento de som.
A deputada federal Ana Perugini PT/SP e a deputada estadual Ana Lia PT/SP negociaram para falar com a Polícia Militar, a fim de registrar um boletim de ocorrência.  O homem foi levado pela PM, mas ainda conseguiu circular tranquilamente entre os militantes e ainda gravar um vídeo, mesmo com os policiais presentes, como mostra o vídeo.
No primeiro ataque, houve tentativa de agressões a paus em cima de militantes. No segundo o local foi alvo de tiros, deixando duas pessoas feridas. Um rapaz baleado no pescoço já recebeu alta. 
Vale ressaltar que, em março, apoiadores do ex-presidente também haviam sido alvo de um ataque, também no Paraná, onde tiros foram disparados contra dois ônibus da caravana. O delegado Hélder Laudia, responsável pelas investigações, informou que os tiros contra os ônibus foram planejados.
Leia a nota da Vigília Lula Livre e assista ao vídeo:
Em que pese o apoio e solidariedade com que contam, em Curitiba, a Vigília #LulaLivre, o acampamento Marisa Leticia e os diferentes espaços em defesa da democracia e da liberdade de Lula, há incidentes e manifestações esporádicos de ódio contra nossos espaços e militantes. Seguimos cobrando das autoridades proteção aos nossos espaços e medidas contra provocadores e fascistas, como é o caso do delegado da Polícia Federal, Gastão Schefer Neto, que na manhã de hoje (4) tentou destruir o equipamento de som da vigília, numa atitude fascista e ensandecida. 
Nada irrita mais os ignorantes, os que não querem o jogo político baseado na disputa de ideias, os que não têm outra narrativa a não ser o ódio, os que não têm argumentos, os que não aceitam o fato de Lula seguir à frente das pesquisas e se manter sereno e crítico à sua prisão, nada os irrita mais do que ver nossas manifestações organizadas e firmes, a ponto de alcançar 30 dias de luta. 
Seguimos, coletivamente, aprendendo e caminhando, cantando e denunciando o país que os golpistas querem cada vez mais destruído, como denunciou Lula ontem durante a visita de Gleisi Hoffmann e Jaques Wagner. 
E que, como o presidente ressaltou, esse país vamos reerguer. 
Reafirmamos que a Vigília #LulaLivre segue organizada e nas imediações da Superintendência da Polícia Federal, respeitando nossos acordos coletivos e o combinado com as autoridades. Daqui só sairemos com a liberdade de Lula. 
*Curitiba, Vigília Lula Livre, 4 de maio de 2018.

Para PGR “diligências pendentes” justificam prorrogar inquérito contra Temer


Procuradora-geral da República, Raquel Dodge, justificou ao STF a necessidade de se prorrogar por mais 60 dias o inquérito que investiga Michel Temer no decreto dos portos; no parecer, Dodge deu ênfase como "especial" à análise dos dados obtidos na quebra de sigilos bancários, fiscais e telemáticos de envolvidos, bem como do material obtido em recente busca e apreensão feita contra alvos da operação Skala; decisão é do ministro Luis Roberto Barroso 
BRASÍLIA (Reuters) - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que "diligências pendentes" justificam a necessidade de se prorrogar por mais 60 dias o inquérito dos portos, que investiga se o presidente Michel Temer cometeu crimes na edição de um decreto ano passado que mudou regras portuárias, segundo manifestação da chefe do Ministério Público Federal (MPF) encaminhada nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF).
No parecer, Dodge deu ênfase como "especial" à análise dos dados obtidos na quebra de sigilos bancários, fiscais e telemáticos de envolvidos, bem como do material obtido em recente busca e apreensão feita contra alvos da operação Skala. Essa ação, realizada no fim de março, chegou a prender temporariamente dois amigos de Temer, o coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo João Baptista Lima Filho e o advogado José Yunes.
A procuradora-geral disse também que, nos depoimentos já colhidos no inquérito, houve menção a pessoas com envolvimento nos fatos e que precisam ser inquiridas a fim de esclarecer as situações.
"Diante do exposto, requeiro a prorrogação do prazo para a conclusão do inquérito epigrafado, por mais 60 (sessenta) dias, nos termos do art. 230, §1°, parte final, do Regimento Interno do STF, considerada a existência de diligências pendentes e necessárias ao deslinde das investigações, sem prejuízos de outras reputadas úteis", disse Dodge.
Caberá ao relator do inquérito no STF, ministro Luís Roberto Barroso, decidir se aceita ou não dar mais tempo para a conclusão das apurações.
Desde setembro do ano passado, Temer é alvo dessa apuração no STF sob suspeita de ter recebido propina, por meio do então assessor especial, Rodrigo Rocha Loures, para editar um decreto que beneficiou a empresa Rodrimar em alterações legais para a área portuária.
A pedido do MPF e da PF, Barroso autorizou a ampliação do escopo das apurações iniciais. Ele permitiu a quebra de sigilos bancário e fiscal de Temer e de pessoas próximas do presidente.
Na quinta-feira, uma das filhas do presidente, a psicóloga Maristela Temer, depôs na PF em São Paulo nesse inquérito.
Maristela entrou no radar das investigações depois de surgirem suspeitas de que a reforma da sua casa, na capital paulista, teria sido custeada em dinheiro vivo pelo coronel Lima.
Delatores da J&F, holding que controla a JBS , acusaram o coronel de ser um dos intermediários de Temer no suposto recebimento de vantagens indevidas. As defesas de Temer, de Maristela e do coronel negam irregularidades.
Em outra manifestação ao Supremo, Dodge se posicionou contra o pedido da defesa do presidente para arquivar o inquérito sob a alegação de que não houve favorecimento da Rodrimar na edição do decreto. Ela destacou que ainda há apurações a serem feitas.
"É preciso aguardar a conclusão das diligências em curso neste inquérito. Somente com o resultado dos atos investigatórios até agora determinados e de outras diligências que possam surgir no andar do apuratório, poder-se-á alcançar um cenário mais firme sobre a existência material do delito", considerou.
"Pífia"
Na semana passada, Temer fez um duro discurso contra a apuração, chamando-a de "perseguição disfarçada de investigação".
O Palácio do Planalto receia que o presidente seja alvo de uma terceira denúncia da Procuradoria-Geral da República —no ano passado ele conseguiu que a Câmara dos Deputados negasse andamento a outras duas acusações apresentadas pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.
Em entrevista nesta sexta à Empresa Brasileira de Comunicação, rede de rádios e TV estatal, Temer disse que uma eventual terceira denúncia seria ainda mais "pífia" que as anteriores, rejeitadas pelo Congresso, e não teria chance de prosperar.


TRF-4 nega pedido de Ciro para visitar Lula


TRF-4 negou pedido de visitação ao ex-presidente Lula feito presidenciável Ciro Gomes (PDT), Carlos Roberto Lupi, presidente do partido, e o deputado André Figueiredo; segundo o desembargador João Pedro Gebran Neto, autor da decisão, não é direito líquido e certo de amigos a visitação a um preso, não cabendo o mandado de segurança; Gebran frisou que tal requerimento poderia ser feito apenas por familiares e em situações excepcionais
Do TRF4 - O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) indeferiu liminarmente nesta quinta-feira (3) pedido de visitação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva feito pelos políticos do Partido Democrático Trabalhista (PDT) Ciro Gomes, Carlos Roberto Lupi, presidente do partido, e André Peixoto Figueiredo Lima, deputado federal.
Os integrantes do PDT impetraram mandado de segurança no tribunal após terem o requerimento negado pela 12ª Vara Federal de Curitiba. Eles alegavam que não apresentavam qualquer risco ao funcionamento da sede da Polícia Federal, que a visitação seria uma das manifestações da ressocialização da pena e que a decisão afrontaria o direito de amigos do custodiado. Argumentavam ainda que a Lei de Execuções Penais assegura a todo o preso o direito à visita de parentes em dias determinados.
Segundo o desembargador federal João Pedro Gebran Neto, não é direito líquido e certo de amigos a visitação a um preso, não cabendo o mandado de segurança. Gebran frisou que tal requerimento poderia ser feito apenas por familiares e em situações excepcionais, sendo correta a decisão do juízo de execução.
O desembargador ressaltou ainda que a Superintendência da Polícia Federal de Curitiba tem competência para limitar as visitas. “A visitação por alguns, excluirá a visitação de outros, já que o direito do custodiado submete-se à organização do local de cumprimento da pena”, pontuou o desembargador.
Gebran afirmou também que não é cabível uma decisão isolada para beneficiar apenas os autores do pedido. “Não é razoável pretender-se modificar a rotina da instituição que tem outras atividades preponderantes, para viabilizar a visitação por todos os interessados, o que nem mesmo ocorreria em um estabelecimento prisional”, observou o desembargador.
Por fim, o desembargador excluiu Ciro Gomes do polo passivo da ação por este ter deixado de anexar procuração nos autos.


Pimenta cobra investigação sobre capa de Veja


O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta, cobrou do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, abertura de investigação sobre a divulgação, pela revista Veja, da rotina privada do ex-presidente Lula na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde Lula é mantido como preso político; "De fundamental importância que se apurem individualmente as responsabilidades por tais ações que violam as condutas legalmente exigíveis a tais servidores públicos, especialmente dos responsáveis pelo acesso de jornalistas ao local ou pelo repasse de informações acerca do cotidiano e privacidade do Presidente Lula", diz o líder petista, que também requereu a convocação de Jungmann à CCJ da Câmara, para dar esclarecimentos sobre a violação da Veja
247 - O deputado Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara, enviou ofício ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, cobrando investigação sobre a divulgação, pela revista Veja, de informações privadas sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva relacionadas à sua rotina na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde Lula é mantido como preso político. 
De acordo com o ofício encaminhado ao ministro Raul Jungmann, Pimenta diz que a divulgação das informações viola o inciso X do artigo 5º, da Constituição; o artigo 38 do Código Penal, que estabelece que o preso conserva todos os direitos não atingidos pela perda da liberdade, cabendo às autoridades respeitá-los. Por fim, os responsáveis violaram também o inciso VIII do artigo 41 e o artigo 40 da Lei de Execução Penal, os quais determinam ser obrigação das autoridades o respeito à integridade física e moral dos condenados e presos provisórios, e a proteção contra qualquer forma de sensacionalismo.
"É inadmissível que tais violações de direitos e garantias fundamentais tenham ocorrido dentro de uma instituição pública, a Superintendência da Polícia Federal. Portanto, de fundamental importância que se apurem individualmente as responsabilidades por tais ações que violam as condutas legalmente exigíveis a tais servidores públicos, especialmente dos responsáveis pelo acesso de jornalistas ao local ou pelo repasse de informações acerca do cotidiano e privacidade do Presidente Lula, que extrapolam as atribuições de policiais ou servidores daquela instituição e mesmo porque configuram abusos no exercício das funções atinentes aos cargos", diz o líder petista. 
Em um jornalismo criminoso, a Veja expõe foto da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, com indicativo de onde seria a sala onde Lula é mantido como preso político. A reportagem mostra detalhes da organização interna do local e descreve até como o funcionário encarregado faz a entrega do café da manhã e aplica a insulina ao ex-presidente Lula.
Além do ofício a Raul Jungmann cobrando investigação do vazamento das informações privadas do ex-presidente Lula, o deputado Paulo Pimenta também apresentou requerimento na Câmara Federal, solicitando a convocação de Jungmann à Comissão de Constituição e Justiça da Casa, para prestar esclarecimentos sobre o assunto. 

Arapongas: Conjunto Flamingos ganha Módulo de Segurança Integrado


Aconteceu nesta quinta-feira (03), pela manhã a inauguração do Módulo de Segurança Integrado” Cabo Nivaldo Ferreira”, localizado no Conjunto Flamingos, que conta com uma estrutura de 76,72 m² e investimento de R$ 115.826,90 em recursos próprios.
O novo espaço visa executar um serviço integrado entre a Guarda Municipal e Polícia Militar, a fim de otimizar a segurança em toda a região, que conta atualmente com mais de 20 mil habitantes, incluindo além do Conjunto Flamingos, os Conjuntos San Raphael (I ao V), Del Condor e Conjunto Águias.
“Contamos agora com um novo local adequado tanto para os nossos profissionais, como para a população, que contará com um serviço de 24 horas, não havendo mais a necessidade de se deslocaram até a 7ª CIA, para realizarem registros de queixas, entre outros”, explicou o prefeito, Sergio Onofre.
Conforme do Secretário de Segurança Pública e Trânsito, Coronel César Vinícius Kogut, o novo módulo se torna uma referência para outras cidades do Estado. “ Sem dúvidas, o trabalho que aqui será executado de forma integrada levará mais   segurança para esta área bastante populosa de Arapongas, tornando-se exemplo para demais cidades. Temos aqui uma referência fixa em serviços comunitários de segurança”, acrescentou.
Durante a solenidade que contou também com a presença dos Deputados Estaduais, Tiago Amaral e Pedro Lupion, foram entregues 04 novas viaturas à Polícia Militar, advindas de emendas parlamentares de ambos, sendo elas três Fiat Palio e uma Duster.
“ Para nós é um momento de grande orgulho e gratidão. Homenageamos de forma singela, mas de muita representatividade o Cabo Nivaldo Ferreira, que dedicou décadas de sua vida à Polícia Militar, e efetuando um excelente trabalho junto à corporação, além de darmos início em um novo intenso de segurança em Arapongas.”, disse o Comandante da 7ª CIA, Capitão Fonseca.
Participaram também do evento o vice-prefeito, Jair Milani, Secretário de Indústria e comércio, Valdecir Tudino, Secretária de Governo, Lucia Golon, Secretário de Administração, Valdecir Scarcelli, Secretário de Esporte, Altair Sartori, Secretária de Saúde, Marica Krempel, representantes do Núcleo Regional da Casa Civil do PR, Comandante do Corpo de Bombeiros, Capitão Meira, Presidente do conselho comunitário de segurança, Luiz Yokomizo, Osvaldo Alves, presidente da Câmra de Vereadores, demais vereadores, representantes da PMPR, além de Rosangela da Silva Ferreira, Thiago da Silva Ferreira e Lucas da Silva Ferreira, esposa e filhos do Cabo Nivaldo Ferreira(in memorian).
Entrega de novo aparelho à Polícia Civil
Ainda nesta quinta-feira (03), foi realizada a entrega de um aparelho de videoconferência para a Polícia Civil de Arapongas, durante solenidade realizada na 22ª Subdivisão.
Conforme informações, o novo aparelho foi adquirido através de emendas do Deputado Estadual, Pedro Lupion.
Participaram da ação, o Prefeito, Sergio Onofre, deputados estaduais, Pedro Lupion e Tiago Amaral, Delegado chefe de Arapongas, Dr. Marcos Fontes e demais autoridades.



Apucarana sedia debate sobre a implantação da Base Nacional Comum Curricular


Vice-prefeito afirma que município saiu à frente por ter currículo unificado
(Foto: Edson Denobi)
Secretários de educação e professores da região do Vale do Ivaí se reuniram, ontem (3/5), no Cine Teatro Fênix, para assistir à web conferência Encontros Conectados e discutir a implementação da Base Nacional Comum Curricular em seus municípios.
A programação foi organizada pela editora FTD e transmitida ao vivo, em Apucarana, por meio de parceria entre a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime-PR), a Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi), a Autarquia Municipal de Educação e o Núcleo Regional de Educação.
Aprovada em dezembro do ano passado, a BNCC visa unificar os conteúdos curriculares das escolas brasileiras, garantindo que todos os estudantes tenham as mesmas condições de aprendizado. Estados e municípios têm prazo até o início de 2020 para colocar o documento em prática nas redes de ensino.
Durante a web conferência, o tema foi mediado pelo jornalista Marcelo Tas e discutido pela Doutora em Educação Emília Cipriano, pelo Doutor em Sociologia e Mestre em Educação Ricardo Mariz e pelo sociólogo e membro do Conselho Nacional de Educação Cesar Callegari.
O vice-prefeito Junior da Femac acompanhou o encontro e destacou a importância do debate.  “Apucarana se notabiliza pela qualidade da educação que oferece na rede municipal. Nossa cidade se antecipou, já que o currículo escolar foi unificado desde 2013. Não é à toa, que está inserida nas principais discussões acerca do tema. A nossa secretária municipal de Educação, Marli Fernandes, leva a experiência da cidade para todo o país por meio da presidência da Undime-PR e da Undime Sul”, afirmou.
Além do vice-prefeito, participaram do encontro os secretários municipais de educação de Jandaia do Sul, Maria Devonete Calsavara, de Novo Itacolomi, Edimária Franco, de Bom Sucesso, Ronita Aparecida de Carvalho, e de Rio Bom, José Carlos Freire. A equipe de educação de Mauá da Serra e a chefe do Núcleo Regional de Educação Maria Onide Balan Sardinha estiveram também presentes no Cine Teatro.
A secretária municipal de educação de Apucarana, Marli Fernandes, cumpre agenda em Brasília. Ela foi representada no ato pela superintendente geral da AME, Ana Paula Cunha Barreira.


Perto de quebrar, em novo fracasso neoliberal, Argentina sobre juros a 40%

(Foto: Beto Barata/PR)

A receita neoliberal aplicada com requintes de crueldade na Argentina pelo governo Mauricio Macri está levando o país à falência novamente. Inflação alta, economia parada, juros em disparada, pobreza em massa e, agora, crise cambial. Festejado pelos neoliberais de todo o mundo como "exemplo de competência" e apontado como a grande referência pela direita brasileira, o governo Macri desmanchou-se em pouco mais de dois anos. 
247 - Governo Macri está naufragando na Argentina e lançando o país numa crise brutal, no que parece ser uma antecipação do que aguarda o Brasil sob o governo Temer. Voo curto como o da galinha para os governos neoliberais na América Latina. Ontem, o Banco Central argentino havia elevado a taxa de juros para 33,25% ao ano. Hoje (4), elevou de novo para 40%. Segundo reportagem do Valor Econômico, o risco cambial assombra a Argentina, "o peso é a moeda que mais perdeu valor frente ao dólar neste ano, 16,6%, e em 12 meses, 31,57%."
Uma das "bíblias" das publicações neoliberais globais, a revista norte-americana Forbes, afirma que aos investidores "parece ter chegado a hora de sair da Argentina. Leia aqui
O presidente Mauricio Macri chegou à presidência da Argentina em 2015 saudado por toda a direita e o mercado financeiro na América Latina e no mundo como "exemplo de competência". A imprensa conservadora e os analistas econômicos neoliberais no Brasil usaram Macri, oriundo do setor privado, como contraponto ao que apontavam como "fracasso dos governos do PT". O sonho neoliberal durou dois anos. 
O clima no país começa a beirar o pânico, com inflação alta, economia parada, juros em disparada, pobreza disseminada e, agora, crise cambial, que são os fantasmas dos anos 1980 e 1990. Escreveu o Valor:
"A forte desvalorização do peso fez muitos argentinos voltarem ao passado, quando não tinham nenhuma confiança em sua moeda e, por isso, compravam dólares e realizavam operações com a moeda americana. O momento ainda não é comparável ao das últimas décadas do século XX, mas recentemente poupadores procuraram converter depósitos em pesos para dólares a fim de driblar a depreciação da moeda local.
Para tentar conter a queda do peso, ontem o banco central da Argentina elevou a taxa de juros para 33,25% ao ano. Em seis dias, a taxa aumentou seis pontos percentuais. Ainda assim, a moeda argentina continuou perdendo valor. No mercado, a expectativa é que haja nova alta dos juros em breve.
'Há uma paranoia natural de que a moeda vai sair do controle em algum momento', disse ontem Walter Stoeppelwerth, diretor do Balanz Capital, um banco de investimentos de Buenos Aires, citado pelo Financial Times. 'Os argentinos são mais sensíveis ao risco cambial do que em qualquer outra nação da região, com exceção talvez da Venezuela'."


Juíza que negou visita de Nobel da Paz libera Veja na prisão para humilhar Lula


A juíza Carolina Lebbos, responsável pelas condições da prisão de Lula em Curitiba, ficou conhecida por negar, mesmo contra a Lei das Execuções Penais, o direito a visitas ao ex-presidente. Os casos mais escandalosos foram os do médico de Lula, do prêmio Nobel da Paz e do frei Leonardo Boff, cuja foto sentado à soleira da sede da PF correu o mundo. Tão rigorosa, a juíza-carcereira permitiu que a revista Veja tivesse acesso à sede da PF para uma reportagem que tem como única intenção denegrir novamente a imagem do ex-presidente. Mesmo regiamente recompensada pelo governo Temer, o grupo empresarial da revista, controlado pela família Civita, está ameaçado de quebrar 

247 - Para os amigos, tudo, diz o ditado. Ele se encaixa à perfeição à juíza-carcereira de Lula na prisão em Curitiba, Carolina Lebbos. Ela, que negou a visita a Lula na sede da PF em Curitiba ao prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, ao frei Leonardo Boff, e a políticos e amigos, alegando "o rigor da lei", franqueou a entrada da revista Veja numa reportagem que tem o único intuito de denegrir a imagem do presidente, como se ele fosse detentor de "regalias".
A reportagem tem só este objetivo: atacar o ex-presidente, insinuando que ele teria privilégios e alimentando a campanha de ódio da qual a revista tem sido ao longo dos anos uma das principais protagonistas. Lula, diz a reportagem da revista dos Civita, teria "uma rotina diferente da dos outros 22 presos na carceragem da PF em Curitiba". O texto, simulando discreto escândalo com a "vida boa" de Lula, descreve: "O ex-presidente não tem hora para acordar ou dormir, não tem hora para o banho de sol, pode receber os advogados quando desejar, as visitas não passam pela revista íntima e a cela, confortável se comparada às demais, não fica trancada. Normalmente, a porta permanece apenas fechada. Mesmo sem horários rígidos, o dia de Lula na prisão começa por volta das 7 horas — e segue uma rotina especial." Mais ainda, um ex-presidente da República, preso injustamente, numa solitária, teria uma "deferência" que, no tom que perpassa a reportagem, seria inadmissível: "o encarregado de servir a refeição bate na porta antes de abri-la. Entra, coloca a marmita sobre a mesa redonda e aplica uma dose de insulina no ex-presidente, necessária para o tratamento do diabetes." Sintomaticamente, a revista deixa de mencionar a idade de Lula, 72 anos, e seu estado de saúde. Além de diabético e cardíaco, o ex-presidente combateu por cinco anos um câncer na laringe, do qual foi declarado curado apenas em 2016. A juíza Lebbos negou o direito de visita ao médico de Lula. Para a revista Veja, no entanto, tudo é permitido. 
Com uma tiragem cada vez menor, a revista, que nos últimos anos tornou-se uma publicação que abandonou o jornalismo para tornar-se numa espécie de panfleto semanal contra os governos petistas e foi protagonista no processo do golpe de Estado contra a ex-presidenta Dilma Roussef. A revista foi regiamente recompensada pelo governo Temer. No primeiro ano do governo, a contar do afastamento de Dilma em maio de 2016, Veja viu sua receita publicitária com o governo federal crescer nada menos que 490%, superando todos os "jornalões" e revistas, incluindo Folha, Globo e Estadão. Foram mais de R$ 3 milhões para os cofres dos Civita, por decisão da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência. Todo o dinheiro não tem sido suficiente, no entanto, para tirar o grupo Abril da crise. Em janeiro deste ano, o grupo demitiu mais de 150 funcionários, na enésima onda de demissões, que inclui fechamento de títulos, mudança da icônica e suntuosa sede da revista na Marginal do Rio Pinheiros, numa agonia de anos, em sucessivas renegociações de dívidas com os bancos, sem sucesso. Em julho de 2017, saiu a público relatório da auditoria PricewaterhouseCoopers (PwC) sobre o balanço de 2016 da empresa, anotando dívidas de quase R$ 400 milhões e indicando o risco de quebra da Abril.  




Gleisi critica “caráter antidemocrático” da mídia

Stuckert
"Passando pra avisar que Lula não está com seus direitos políticos suspensos. Será candidato. Excluir sua representação de entrevistas só evidencia o caráter antidemocrático desses veículos de comunicação. Lembrem-se que ele está em primeiro nas pesquisas, assim como o PT!", disse a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), após o UOL informar que, em parceria com a Folha e o SBT, fará a partir da próxima segunda-feira (7) uma sabatina com os presidenciáveis
Paraná 247 - A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), reforçou que, mesmo preso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será o candidato do partido na eleição presidencial deste ano. 
"Passando pra avisar que Lula não está com seus direitos políticos suspensos. Será candidato. Excluir sua representação de entrevistas só evidencia o caráter antidemocrático desses veículos de comunicação. Lembrem-se que ele está em primeiro nas pesquisas, assim como o PT!", escreveu a parlamentar no Twitter.
O post foi publicado após o UOL informar que, em parceria com a Folha e o SBT, fará a partir da próxima segunda-feira (7) uma sabatina com o senador Álvaro Dias (Podemos-PR), dando início à série de entrevistas com pré-candidatos à Presidência da República. 
Lula foi condenado sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP) e foi preso sem que houvesse o esgotamento de todos os recursos judiciais. Líder absoluto em todas as pesquisas eleitorais e considerado o melhor presidente da história do País, conforme levantamentos oficiais, o ex-presidente também recebe intenso apoio para ser indicado ao Prêmio Nobel da Paz. A petição online já ultrapassou os 250 apoiadores.

Cuba é o 1º país do mundo a eliminar a transmissão do HIV de mãe para filho, diz OMS


A OMS reconheceu Cuba como o primeiro país do mundo a eliminar a transmissão do vírus HIV de mãe para filho, bem como o da sífilis congênita; "O sucesso de Cuba demonstra que é possível um acesso universal à saúde e que, de fato, ele é fundamental para o êxito da luta contra desafios tão preocupantes como o HIV", disse  a diretora da Organização Panamericana da Saúde (OPS), Carissa Etiene; "A eliminação da transmissão do vírus é uma das maiores conquistas possíveis no campo da saúde", afirmou a diretora geral da OMS, Margaret Chan

247 - A Organização Mundial da saúde (OMS) reconheceu que Cuba foi o primeiro país do mundo a eliminar a transmissão do vírus HIV de mãe para filho, bem como o da sífilis congênita. Segundo dados da própria OMS, cerca de 1,4 milhão de mulheres portadoras do vírus HIV engravidam anualmente e, caso não recebam tratamento, as chances de transmitirem a doença para os filhos durante a gestação, o parto ou amamentação variam entre 15% e 45%.
"Foi vencida uma grande batalha na luta contra a aids", disse a diretora da Organização Panamericana da Saúde (OPS), Carissa Etiene, durante cerimônia de entrega da primeira certificação do gênero em nível mundial. "O sucesso de Cuba demonstra que é possível um acesso universal à saúde e que, de fato, ele é fundamental para o êxito da luta contra desafios tão preocupantes como o HIV", completou.
"A eliminação da transmissão do vírus é uma das maiores conquistas possíveis no campo da saúde", afirmou, por meio de um comunicado, a diretora geral da OMS, Margaret Chan.
As chances de transmissão caem para 1% se mãe e filho forem tratados com medicamentos retrovirais em cada uma das fases nas quais a transmissão pode ocorrer. Desde 2009, segundo a OMS, o número de bebês que nascem com HIV foi reduzido pela metade, passando de 400 mil para menos de 40 mil em 2013. A sífilis materno-infantil também é um desafio a ser vencido, uma vez que cerca de 1 milhão de mulheres em todo o mundo é contaminada pelo vírus anualmente.
Segundo a OMS, existem atualmente "opções simples e relativamente acessíveis de detecção e tratamento durante a gravidez", como a penicilina.

O ministro da Saúde de Cuba, Roberto Morales Ojeda, destacou que o país conta com um serviço público de saúde "gratuito, acessível, regionalizado, integral e sem discriminação, baseado nos cuidados primários de saúde".