Os trabalhadores da Petrobras realizaram manifestações em
todo o país visando barrar o processo de privatização da estatal que vem sendo
implementado a passos largos pelo governo Michel Temer; em menos de dois anos,
já foram entregues às multinacionais mais de 30 ativos estratégicos da
petroleira e agora o foco está em cima das refinarias, terminais e oleodutos.
"A sociedade brasileira tem que saber de mais essa manobra do governo
entreguista de Michel Temer e de seu capataz Pedro Parente", destacou o
coordenador da, José Maria Rangel
247- Os trabalhadores do Sistema Petrobras amanheceram nesta
quinta-feira (26) mobilizados para barrar o processo de privatização da estatal
que vem sendo implementado a passos largos pelo governo Michel Temer. Em menos
de dois anos, já foram entregues às multinacionais mais de 30 ativos
estratégicos da petroleira e agora o foco está em cima das refinarias,
terminais e oleodutos.
"Para
acelerar a privatização, o governo Temer indicou para o Conselho de
Administração da Petrobras ex-executivos de multinacionais que concorrem com a
empresa. A nomeação deverá ser consolidada na Assembleia dos Acionistas, que
acontece nesta quinta-feira, 26, na sede da estatal, no Rio de Janeiro",
diz a Federação única dos Petroleiros (FUP).
Para
tentar impedir a privatização da Petrobras e alertar a população sobre a
entrega d patrimônio nacional às empresas multinacionais, a FUP e as frentes
Brasil Popular e Povo Sem Medo realizam um ato público no Rio de Janeiro com a
participação de petroleiros de outros estados, além de movimentos sociais e
centrais sindicais. "A sociedade brasileira tem que saber de mais essa
manobra do governo entreguista de Michel Temer e de seu capataz Pedro
Parente", destacou o coordenador da FUP, José Maria Rangel.
Também
foram realizadas manifestações em várias unidades do Sistema Petrobras, como a
Repar (PR), onde 100% dos trabalhadores próprios e terceirizados pararam por mais
de duas horas, em protesto contra o anúncio da venda de 60% da unidade e o
avanço da privatização nas demais unidades da empresa
Na
Bahia, houve mobilizações no campo de produção de Miranga, uma das 50 áreas de
exploração de petróleo em terra que foi posta à venda pelo presidente da
estatal, Pedro Parente. Além de lutar contra a privatização dos campos
terrestres, os petroleiros da Bahia resistem ainda a desativação da Fábrica de
Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) e a entrega de 60% da Refinaria Landulpho
Alves (Rlam) e dos oleodutos e terminais da Transpetro.
No Rio
Grande do Sul, os petroleiros da Refinaria Alberto Pasqualine (Refap), que já
sofreram na pele os efeitos da privatização, também se manifestaram na manhã
desta quinta. No governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a
refinaria teve 30% de seu controle entregue à multinacional Repsol e só voltou
a ser 100% Petrobras dez anos depois, no governo Lula. Agora, a Refap está
novamente na lista de privatização de Pedro Parente, que ameaça entregar 60% da
unidade para a concorrência, junto com terminais e oleodutos.
Com
informações da FUP.