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(Foto: Mídia Ninja) |
"Tem insinuações de que se não for candidato, se não
tiver holofote e de que se não falar contra a condenação, será mais fácil a
votação a meu favor. A Suprema Corte não tem que me absolver porque sou
candidato, porque vou ficar bonzinho. Tem que votar porque sou inocente",
disse o ex-presidente Lula, em carta lida pelo ex-ministro Alexandre Padilha;
ontem, o PT reafirmou sua candidatura
247 – "Tem
insinuações de que se não for candidato, se não tiver holofote e de que se não
falar contra a condenação, será mais fácil a votação a meu favor. A Suprema
Corte não tem que me absolver porque sou candidato, porque vou ficar bonzinho.
Tem que votar porque sou inocente", disse o ex-presidente Lula, em carta
lida pelo ex-ministro Alexandre Padilha.
Ontem, o Partido dos Trabalhadores reafirmou a candidatura Lula.
Leia abaixo:
Dois
anos depois do golpe de estado que depôs a presidenta legítima Dilma Rousseff,
o Brasil vive uma espiral de violência política, de obscurantismo e de
agressões aos direitos fundamentais.
A censura
às artes, estimulada pelos setores mais retrógados, a perseguição policial, do
Ministério Público e de juízes às universidades, que provocou a morte do reitor
Luiz Cancelier, e os ataques à caravana de Lula no Sul do país são exemplos
desse ambiente de ódio.
Com
enorme repercussão internacional, vimos o assassinato de Marielle e Anderson,
que expôs dramaticamente a violência cotidiana contra mulheres, negros e LGBTs,
paralelamente aos crimes contra camponeses e indígenas. As investigações sobre
a morte de Marielle e Anderson, iniciadas com alarde, se arrastam há mais de um
mês sem nada esclarecer.
No dia
7 de abril, a violência voltou-se contra o ex-presidente Lula, preso por
decreto ilegal, inconstitucional e injusto de Sérgio Moro.
Por sua
liderança na América Latina e pelo reconhecimento internacional de seu governo,
do combate à fome e à pobreza, a prisão de Lula repercutiu negativamente ao
redor do mundo e despertou grandes gestos de solidariedade.
A
liberdade do ex-presidente Lula tornou-se questão central para a retomada do
processo democrático no Brasil.
Lula
foi condenado sem provas, por juízes parciais, que sequer conseguiram apontar o
crime que ele não cometeu. Foi massacrado pela TV Globo e por toda a mídia que
apoiou o golpe de 2016. Sua defesa foi censurada nos meios de comunicação.
Não se
poderá falar em Justiça no Brasil enquanto o processo de Lula não for revisto e
anulado, pelas ilegalidades, arbitrariedades, manipulações e cerceamento de
defesa de que o ex-presidente foi vítima na primeira e segunda instâncias.
E não
se poderá falar em Democracia no Brasil enquanto o maior líder popular do país
permanecer encarcerado como um preso político, mantido em regime de isolamento,
ao arrepio da lei, e sem poder recorrer em liberdade da sentença injusta, como
é direito de todo cidadão ou cidadã.
A
principal tarefa do Partido dos Trabalhadores, neste momento, é defender a
inocência de Lula, lutar por sua liberdade e fazer valer o direito do povo
brasileiro de votar no seu maior líder, nas eleições presidenciais de outubro.
Mesmo
depois de preso, Lula continua sendo o favorito a vencer as eleições, segundo
todas as pesquisas, disparado à frente dos demais candidatos.
Lula é
o nosso candidato e é o candidato do povo. É a grande esperança do país para
superarmos a crise política, econômica e social; para retomarmos a confiança no
futuro.
É
necessário superar a censura da mídia, levando à população a defesa de Lula e
denunciando a campanha de mentiras de que ele foi vítima neste processo.
Para
cumprir nossa tarefa histórica, devemos concentrar nossas energias e capacidade
de articulação com as forças de esquerda e os setores populares e democráticos,
como a Frente Brasil Popular, a Frente Povo Sem Medoe a Frente Democrática,
recentemente criada, pois a prisão ilegal de Lula afronta o estado de direito e
aprofunda o rompimento do pacto político-democrático nacional de1988.
Temos
de mostrar nas ruas a inconformidade do povo com a injustiça cometida contra
Lula e o cerceamento dos direitos políticos de toda uma nação.
A
candidatura de Lula é a resposta da maioria do povo brasileiro ao governo
golpista, que retira direitos dos trabalhadores, desmonta os programas sociais,
entrega o patrimônio nacional e a nossa soberania aos interesses privados
estrangeiros.
Lula é
candidato para reverter o desmonte das políticas públicas – aprofundado por
meio da Emenda Constitucional 95, que congelou por 20 anos os investimentos
públicos, inclusive em saúde e educação.
Para
retomar e fortalecer os programas voltados às mulheres, aos quilombolas, aos
indígenas, à agriculturafamiliar e reforma agrária. Para revogar a reforma
trabalhista e defender a Previdência.
Lula é
candidato para barrar a venda do patrimônio público e o desmonte de nossas
empresas estratégicas Petrobrás, Eletrobrás, Banco do Brasil, etc. Para impedir
que continuem entregando o pré-sal às petroleiras estrangeiras.
O
futuro da democracia no Brasil depende da realização de eleições livres em
outubro, com a participação de Lula e de todas as forças políticas do país.
Nesta
conjuntura o Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, reunido em
Curitiba, onde Lula se encontra ilegalmente encarcerado, saúda a militância que
se engajou de corpo e alma na defesa do nosso maior líder, agradece a solidariedade
de personalidades nacionais e internacionais, e adota a seguinte resolução:
1)
Fortalecer a Frente Nacional em Defesa da Democracia, dos Direitos e da
Soberania, recentemente lançada, em articulação com os partidos de esquerda,
movimentos sociais, centrais sindicais, com o mundo da cultura, forças
populares e democráticas;
2)
Fortalecer a luta democrática pelo restabelecimento pleno do estado de direito,
pelas garantias constitucionais e pelos direitos e conquistas sociais, em ampla
articulação com forças políticas e sociais;
3)
Fortalecer a denúncia do golpe e da prisão ilegal de Lula na mídia global,
incentivando as campanhas internacionais por Lula Livre.
4)
Reafirmar a candidatura de Lula à Presidência da República, conforme decidido
pelo Diretório Nacional em 15 e 16 de dezembro de 2017;
5)
Convocar para 28 de julho o Encontro Nacional do PT que indicará formalmente
Lula candidato a presidente;
6)
Registrar a candidatura na Justiça Eleitoral em 15 de agosto, conforme
determina a legislação;
7) Apresentar
ao país, nas próximas semanas, as diretrizes do programa de governo Lula;
8)
Deflagrar a pré-campanha Lula Presidente com ações de comunicação nas ruas, nas
redes sociais e na imprensa, e com um calendário dos pré-lançamentos de sua
candidatura Lula Presidente em todas os Estados do Pais.
9)
Avançar no debate político-eleitoral nos estados, de forma a articular a
pré-campanha de Lula com os lançamento das chapas estaduais, para governador,
senadores, deputados estaduais e federais;
10)
Convocar e organizar, no mês de maio, junto com os movimentos sociais, forças
populares e democráticas dois grandes atos de massa em defesa de Lula Livre, no
Nordeste e em São Paulo;
11)
Fortalecer o acampamento e a vigília Lula Livre em Curitiba, como local de
referencia da solidariedade a Lula e de resistência ao arbítrio que o mantém
preso político;
12)
Impulsionar a campanha de doações para o Fundo de Financiamento do Acampamento
e Vigília Lula Livre;
13)
Instalar em Brasília, próximo ao Supremo Tribunal Federal, a Tenda da
Democracia, com uma vigília e uma programação permanente de debates, aulas
públicas, exposições e apresentações culturais sobre o tema da democracia no
Brasil;
14)
Ampliar a formação de Comitês Populares Lula Livre por todo o país, para
dialogar com o povo, desmontar a farsa jurídica e mobilizar para uma agenda de
atos e debates, convidando os nossos candidatos e todos os que queiram se somar
a nossa causa;
15) Produzir
o boletim semanal Lula Livre para ser impresso e distribuído em panfletagens
pelos diretórios regionais, municipais e comitês Lula Livre no país;
16)
Incentivar a redação de cartas da população para Lula, como uma das tarefas dos
Comitês Populares a
17)
Criar o SOS Militante, para garantir apoio jurídico a todos apoiadores de Lula
e do PT atacados ou ameaçados por defenderem nossa causa;
18)
Apoiar e participar do grande ato unificado do Primeiro de Maio, de caráter
nacional, em Curitiba, além de atos em todos os estados;
19)
Lançar a campanha nacional de filiação com o tema "Sou Lula, Sou PT"
Lula Inocente
Lula livre
Lula Presidente!
Diretório Nacional do Partido dos
Trabalhadores
Curitiba, 23 de abril de 2018