segunda-feira, 9 de abril de 2018

Comitê da ONU começa avaliar caso Lula



Comitê de Direitos Humanos da ONU começou, nesta segunda-feira (9), a avaliar o pedido feito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que seja colocado em liberdade durante a tramitação do seu processo; "O caso está sendo processado e os relatores do Comitê foram informados", informou a entidade por meio de e-mail, embora não haja indicação de prazo para a análise; base do pedido possui semelhanças com a realizada por políticos catalães que foram presos pela Justiça espanhola após o referendo separatista da região autônoma
247 - O Comitê de Direitos Humanos da ONU começou, nesta segunda-feira (9), a avaliar o pedido feito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que seja colocado em liberdade durante a tramitação do seu processo. "O caso está sendo processado e os relatores do Comitê foram informados", informou a entidade por meio de e-mail, embora não haja indicação de prazo para a análise.
A base do pedido possui semelhanças com a realizada por políticos catalães que foram presos pela Justiça espanhola após o referendo separatista da região autônoma. A decisão da ONU, porém, foi ignorada pela Espanha, uma vez que não possui poder vinculante e nem possui força para alterar as decisões internas de um país. Apesar disso, a mobilização internacional cria uma pressão em torno do caso que pode levar a uma revisão das decisões.
A primeira queixa de Lula foi apresentada ao Comitê em julho de 2016 pelo advogado Geoffrey Robertson e trata da parcialidade de Sérgio Moro na condução do processo. O caso tramita na ONU desde outubro de 2016.
Segundo Yuval Shany, um dos 18 peritos que integram o colegiado internacional, O Comitê só pode tratar do caso após serem esgotados os caminhos legais no país de origem do processo. O sr. Lula sugeriu que as injustiças são tais, que não há remédios locais efetivos para ele no Brasil", disse Shany ao jornal O Estado de São Paulo. "O estado (brasileiro) contesta isso. Portanto, precisamos primeiro decidir sobre essa questão", completou.
O Comitê de Direitos Humanos da ONU começou, nesta segunda-feira (9), a avaliar o pedido feito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que seja colocado em liberdade durante a tramitação do seu processo. “O caso está sendo processado e os relatores do Comitê foram informados”, informou a entidade por meio de e-mail, embora não haja indicação de prazo para a análise.
A base do pedido possui semelhanças com a realizada por políticos catalães que foram presos pela Justiça espanhola após o referendo separatista da região autônoma. A decisão da ONU, porém, foi ignorada pela Espanha, uma vez que não possui poder vinculante e nem possui força para alterar as decisões internas de um país. Apesar disso, a mobilização internacional cria uma pressão em torno do caso que pode levar a uma revisão das decisões.
A primeira queixa de Lula foi apresentada ao Comitê em julho de 2016 pelo advogado Geoffrey Robertson e trata da parcialidade de Sérgio Moro na condução do processo.  O caso tramita na ONU desde outubro de 2016.
Segundo Yuval Shany, um dos 18 peritos que integram o colegiado internacional, O Comitê só pode tratar do caso após serem esgotados os caminhos legais no país de origem do processo. O sr. Lula sugeriu que as injustiças são tais, que não há remédios locais efetivos para ele no Brasil”, disse Shany ao jornal O Estado de São Paulo. “O estado (brasileiro) contesta isso. Portanto, precisamos primeiro decidir sobre essa questão”, completou.


Marco Aurélio levará ao plenário liminar que pode garantir liberdade de Lula

Fellipe Sampaio/SCO/STF

O ministro do Superior tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, afirma que vai levar a plenário uma liminar que pode garantir a liberdade do ex-presidente Lula na próxima quarta-feira; Marco Aurélio acrescenta que não pedirá questão de ordem e que deixará a presidente Cármen Lúcia pautar a matéria; "eu tenho que cumprir o meu dever", diz o ministro
247 - Marco Aurélio Mello irá levar ao plenário do STF uma liminar que pode garantir a liberdade de Lula. O ministro diz que "tem que cumprir o seu dever" de levar a matéria, mas salienta que não fará questão de ordem, o que deixará a cargo da presidente Cármen Lúcia pautar ou não a votação.
Marco Aurélio entende que o voto de Rosa Weber acerca do habeas corpus de Lula deixou claro que ela é contra a prisão em segunda instância e que esse assunto vai retornar a ser discutido tão logo se tenha o agendamento da presidência da corte.
Confira um trecho da matéria do DCM:
"Na petição enviada ao Supremo um dia após a análise do habeas corpus de Lula, o PEN/Patriota argumenta que, nesse julgamento, ficou comprovada uma maioria de votos contrários à execução da pena após condenação em segunda instância. A alegação é de que a ministra Rosa Weber, autora do voto decisivo para negar o pedido de Lula, indicou que irá se posicionar de forma diversa quando da análise das ações genéricas, que não tratam de um caso específico.
Para Marco Aurélio, não há dúvida de que Rosa Weber, na sessão da quarta-feira, 4 , se mostrou a favor da procedência das ações declaratórias de constitucionalidade que contestam a prisão em segunda instância, conforme havia votado no julgamento em 2016, quando a jurisprudência atual foi definida. “Deixou no ar, não. Ela (ministra Rosa Weber) afirmou que, julgando o processo objetivo (as ações genéricas), ela se pronunciará como se pronunciou antes”,disse."
E aqui, a íntegra.



Relembre: Os balanços dos 100 dias de Richa



Há 3 anos, em 09 de abril de 2015, o governador Beto Richa (PSDB) publicava de maneira discreta um balanço dos 100 dias do seu segundo mandato. A Secretaria da Casa Civil tentou imprimir um tom de comemoração na lista de “realizações”, mas não havia clima para isso. Da mesma forma, os servidores denunciavam o desastre do segundo mandato do tucano.
O título do balanço do governo já entrava na defensiva: “Paraná corta gastos e mantém avanços em educação, saúde, segurança”. A parte do corte dos gastos era verdade, pelo menos no que tange aos salários e direitos dos servidores. Já sobre manter os avanços…
Naquele momento, era consenso que o primeiro governo de Richa havia se excedido nos gastos para bancar a reeleição e agora chegava a fatura. E quem iria pagar seriam os servidores, com o confisco da previdência e os paranaenses em geral, com o aumento de impostos e taxas do governo.
Ainda não eram conhecidos os esquemas de corrupção dentro do governo, desvendados pelas operações “Quadro Negro” e “Publicano” do Gaeco.
A APP-Sindicato, entidade representativa dos professores da rede pública estadual, publicou o seu balanço dos 100 dias. Leia o trecho a seguir:
“Para consertar a sequência de erros, Beto Richa tomou medidas austeridade, como costuma definir nas poucas entrevistas que cedeu para à imprensa, ou utilizando um termo popular entre os paranaenses, investiu nos “pacotaços”: aumento do ICMS, do IPVA, tentativa de acessar os recursos da previdência dos(as) servidores(as) e por aí vai.”
“Por conta disso, a resposta popular foi imediata. Greves de várias categorias do serviço público, mobilizações pedindo o seu impeachment e uma campanha fervorosa para mudar a sua imagem de bom moço e expor seu verdadeiro plano de governo neoliberal.”
“Um dos momentos emblemáticos destes 100 dias foi a greve geral dos(as) educadores(as) que paralisou as escolas estaduais por 29 dias. Movimento esse que motivou a eclosão de outras greves e contribuiu para tornar pública a falta de comprometimento com o discurso de campanha do governador Beto Richa.”
A verdade é que os professores ainda não tinham entendido do quê Beto Richa e sua equipe realmente eram capazes. Mas isso ficou claro da pior maneira possível. Durante a resistência contra a aprovação do confisco da previdência, o governador não hesitou usar a força policial de maneira desproporcional contra os servidores.
Ainda faltavam 20 dias para o massacre do Centro Cívico. Vamos relembrar diariamente os fatos que conduziram a esse desfecho trágico. Para que nunca seja esquecido.
Fonte: Blog do Esmael


Gleisi sobre Lula: “Vamos andar pelas suas pernas, pensar pela sua cabeça”



"Vamos assumir o que Lula falou. Ele diz que podem prender ele, mas não aprisionarão seus sonhos. E ele vai querer que o povo fale por ele. Vamos andar pelas suas pernas, pensar pela sua cabeça. Somos todos Lula", afirmou a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), durante ato em Curitiba; de acordo com a parlamentar, Lula "vai ser novo o novo melhor presidente da história do País"; "A prisão é política. A vigília não tem fim enquanto Lula estiver na PF, estaremos aqui", disse; "Liberdade de Lula é o resgate da nossa democracia"
Paraná 247- "Vamos assumir o que Lula falou. Ele diz que podem prender ele, mas não aprisionarão seus sonhos. E ele vai querer que o povo fale por ele. Vamos andar pelas suas pernas, pensar pela sua cabeça. Somos todos Lula", afirmou a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR). De acordo com a parlamentar, Lula "vai ser novo o novo melhor presidente da história do País". Em vídeo, o ex-presidente cravou: "Os que nos perseguem podem fazer o que quiserem, mas jamais poderão aprisionar os nossos sonhos".
A congressista criticou o que chamou de "desvio do papel do Judiciário". "Há justiça parcial e que tem lado". "Respeitamos decisão de Lula de cumprir a ordem de prisão, mas vamos lutar pela sua liberdade", disse. "A prisão é política. Vigília que não tem fim enquanto Lula estiver na PF, estaremos aqui. Temos caravanas de vários lugares do Brasil, manifestações de lideranças internacionais que querem visitar o ex-presidente", acrescentou.
A presidente do PT classificou como "injustificável" a violência da Polícia Militar contra manifestantes em Curitiba (PR). "Está na hora deste País acalmar", afirmou ela, para quem, após o golpe contra Dilma Roussef, houve uma "sistemática propagação do ódio, inclusive pelos maiores de comunicação", continuou. "Liberdade de Lula é o resgate da nossa democracia".
O ex-presidente se entregou à Polícia Federal neste sábado (7), após o Supremo Tribunal Federal negar seu Habeas Corpus na quarta-feira (4). No dia seguinte Sergio Moro emitiu a ordem de prisão contra Lula dando o prazo de até às 17h da sexta (6) para ele se entregar, sem que os recursos da defesa na Justiça tivessem acabado. O inciso LVII do artigo 5º da Constituição prevê que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória".
O Ministério Público Federal denunciou Lula, em setembro de 2016, alegando que o petista recebeu o apartamento no Guarujá (SP) da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012. Mas o procurador Henrique Pozzobon admitiu não existir "prova cabal" de que o petista é "proprietário no papel" do triplex. 
Em janeiro, a Justiça do Distrito Federal determinou a penhora dos bens da OAS, dentre eles o tríplex no Guarujá que a Operação Lava Jato dizia ser de Lula.
Antes de se entregar, o ex-presidente fez um discurso histórico em São Bernardo do Campo (SP). "Não adianta tentar acabar com as minhas idéias, elas já estão pairando no ar e não tem como prendê-las. Não adianta parar o meu sonho, porque quando eu parar de sonhar, eu sonharei pela cabeça de vocês e pelos sonhos de vocês", disse. "Não adianta eles acharem que vão fazer com que eu pare, eu não pararei porque eu não sou um ser humano, sou uma ideia" (leia mais aqui).


Curitiba terá ato internacional por Lula



"As cercanias da Polícia Federal em Curitiba, onde o ex-presidente Lula está preso desde sábado (7), serão palco de um ato internacional pela liberdade do petista na próxima quarta-feira (11). Personalidades políticas brasileiras e mundiais, artistas, enfim, caravanas de todos os estados e dos países vizinhos prometem engrossar o acampamento em frente à PF para exigir a liberdade para Lula", diz o jornalista Esmael Morais
Por Esmael Morais, em seu blog As cercanias da Polícia Federal em Curitiba, onde o ex-presidente Lula está preso desde sábado (7), serão palco de um ato internacional pela liberdade do petista na próxima quarta-feira (11). Nesse mesmo dia, em Brasília, o STF vai julgar um pedido de liminar do Partido Ecológico Nacional (PEN) contra a antecipação da pena para condenados em segunda instância.
Personalidades políticas brasileiras e mundiais, artistas, enfim, caravanas de todos os estados e dos países vizinhos prometem engrossar o acampamento em frente à PF para exigir a liberdade para Lula.
Quanto ao STF, caberá na quarta ao ministro Marco Aurélio Mello a tarefa de levar ao plenário o pedido de liminar do PEN em uma das duas Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs). Elas discutem a execução antecipada da pena de forma geral.
Neste domingo (8), na capital paranaense, a senadora Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT, afirmou esperar que o Supremo Tribunal Federal “cumpra o seu papel” e julgue as ADCs. A dirigente também disse esperar que a ministra Rosa Weber cumpra a palavra votando contra a antecipação da pena.
Se o STF mudar de entendimento e cumprir a Constituição Federal, Lula terá o direito a presunção de inocência e de recorrer da condenação ilegítima em liberdade. Diz o art. 5º, LVII, da Lei Maior: “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.”


Requião critica “manobra judicial” de Cármen Lúcia



Senador Roberto Requião (MDB-PR) criticou o fato de o STF ter negado o Habeas Corpus ao ex-presidente Lula; "O STF deveria ter julgado o princípio constitucional da presunção de inocência (art 5°inciso LVII) e não o Habeas. Manobra judicial da excelentíssima presidenta (Cármen Lúcia). Simples assim", disse; "O STF vai julgar a validade do Art 5° inciso LVII da Constituição. Se não validá-lo revogará a Constituição e o Congresso Nacional. Ou seja, estabelecera que as leis não valem e confirmará a ditadura do judiciário. Defendemos a Constituição e o fim da impunidade. Não ao abuso!"
Paraná 247 - Crítico ferrenho da condenação sem provas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o senador Roberto Requião (MDB-PR) voltou a criticar o fato de o Supremo Tribunal Federal ter negado, na quarta-feira (4), o Habeas Corpus à maior liderança popular do País.
"O STF deveria ter julgado o princípio constitucional da presunção de inocência (art 5°inciso LVII) e não o Habeas. Manobra judicial da excelentíssima presidenta (Cármen Lúcia). Simples assim", disse o parlamentar em sua conta no Twitter. "O STF vai julgar a validade do Art 5° inciso LVII da Constituição. Se não validá-lo revogará a Constituição e o Congresso Nacional. Ou seja, estabelecera que as leis não valem e confirmará a ditadura do judiciário. Defendemos a Constituição e o fim da impunidade. Não ao abuso!", escreveu.
Na próxima quarta-feira (11), o ministro do Supremo Marco Aurélio Mello deve levar à corte um pedido de liminar feito pelo Partido Ecológico Nacional (PEN) para suspender a execução da pena de condenados em segunda instância.
Após o STF negar o HC do ex-presidente, Sérgio Moro emitiu ordem de prisão contra Lula, sem que os recursos da defesa na Justiça tivessem acabado. O inciso LVII do artigo 5º da Constituição prevê que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória".
Na próxima quarta-feira (11), o ministro do STF Marco Aurélio Mello deve levar à corte um pedido de liminar feito pelo Partido Ecológico Nacional (PEN) para suspender a execução da pena de condenados em segunda instância.


“Richa nunca mais” ecoa na saída do tucano do governo do Paraná

Educadores organizaram um protesto em frente ao
Palácio Iguaçu. Foto: APP-Sindicato

Educadores e educadoras fizeram um protesto na sexta-feira (6) em frente ao Palácio Iguaçu, na Praça Nossa Senhora Salete, durante a oficialização da saída de Beto Richa (PSDB) do governo para concorrer a uma eventual cadeira ao Senado nas eleições deste ano. Na cerimônia em que a Cida Borguetti (PP) foi empossada governadora o que se viu foi um grande aparato policial que não permitiu que trabalhadores e trabalhadoras da rede estadual se aproximassem do local.
Com o mote “Richa Nunca Mais”, o ato encabeçado pela APP-Sindicato contou com panfletagens à população com informações sobre o descaso em áreas essenciais e básicas como educação, saúde e segurança. Os trabalhadores levaram ao local balões brancos, letreiros e manifestaram o descontentamento diante das punições sofridas por ordem do governador Beto Richa.
O presidente da APP, professor Hermes Leão, enfatizou que a despedida do tucano não pode ser tratada como um momento de “comemoração”, mas sim de denúncia. “O governo foi marcado pela violência, aumento de impostos e autoritarismo. Um período em que as ações judiciais esbarraram em um judiciário partidarizado e submetido ao Executivo, além de deputados, em maioria, vinculados ao governo. Denúncias também da corrupção em que o governador deveria ter sido afastado do cargo. Foi um marco forte de ataques ao direito e desrespeito às leis e constituição intensificados nos últimos quatro anos. A APP denunciou esse descumprimento legal e mostrou os ataques que recaíram contra os educadores adoecidos”, apontou Hermes.
Fonte: Porém.net

domingo, 8 de abril de 2018

Mídia global retrata Lula como alvo de perseguição e favorito nas eleições

Rafael Ribeiro

Sem vínculos com o golpe de 2016, que começou com o impeachment fraudulento da presidente Dilma Rousseff, e se concluiu ontem, com a prisão sem provas do ex-presidente Lula, a mídia internacional dedicou amplo espaço à tragédia brasileira e, de forma predominante, tratou Lula – o maior popular vivo no mundo – como um perseguido político que está sendo caçado pelo sistema judiciário brasileiro apenas porque lidera as pesquisas sobre as eleições presidenciais de 2018; mídia global ficou estupefata com o "condenado carregado nos braços do povo" – ou seja: ao menos no mundo civilizado, Lula venceu a disputa narrativa
247 – A prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na noite de sábado, e seu discurso no ato político realizado em São Bernardo do Campo, onde anunciou que se renderia à Polícia Federal, receberam grande destaque na imprensa estrangeira. O assunto está nas primeiras páginas de diversas publicações em todo o mundo e é um dos principais temas das agências internacionais de notícias. A foto de Lula, cercado por uma multidão em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, tirada por Francisco Proner, foi distribuída pela Reuters para todo o mundo e reproduzida em jornais influentes, como o inglês The Guardian e o canadense The Globe and Mail.
As palavras-chave são a rendição do maior líder da esquerda brasileira, que está à frente na corrida presidencial, a transformação de Lula em preso político e a desconfiança sobre o sistema judiciário do país. O material produzido pelas principais agências de notícia – APReutersBloombergAFPEFEDW Prensa Latina – ganhou o mundo. Vários despachos foram sendo atualizados ao longo do dia. 
O americano The New York Times traz longa reportagem assinada pelos correspondentes Manuel Androni, Ernesto Landoño e Shasta Darlington, com foto de Lalo de Almeida, destacando que Lula se rendeu para cumprir pena de 12 anos de prisão. “Sua prisão é uma reviravolta ignominiosa na notável carreira política de Lula, filho de trabalhadores rurais analfabetos que enfrentou os ditadores militares do Brasil como líder sindical e ajudou a construir um partido reformista de esquerda que governou o Brasil por mais de 13 anos”, diz a reportagem.
Os correspondentes do NYT relatam que antes de se render às autoridades policiais federais, Lula, 72 anos, acusou promotores e juízes de intencionalmente persegui-lo com um caso infundado. “Eu não os perdoo por criar a impressão de que sou um ladrão”, disse um indignado Lula, rouco, diante de uma multidão reunida do lado de fora do sindicato de metalúrgicos. A reportagem destaca que, durante horas no sábado, em um impasse tenso, seus fervorosos defensores haviam bloqueado fisicamente sua rendição, antes de finalmente permitir que ele partisse.
O americano Washington Post informa que Lula se entregou à Polícia Federal, mas disse que, mesmo encarcerado, vai fazer campanha política. Segundo o jornal, que destaca em foto Lula sendo levado nos braços do povo no berço do sindicalismo brasileiro, que a prisão “intensificou o drama político na maior nação da América Latina”. De acordo com o texto dos correspondentes Marina Lopes e Anthony Faiola, a cadeia transformou um homem que o presidente Barack Obama chamou de “o político mais popular da Terra” no prisioneiro mais famoso da região.
O inglês The Guardian reproduz a foto distribuída pela Reuters com Lula cercado pela multidão e destaca em manchete: “Lula inicia sentença de prisão no Brasil depois de se entregar à polícia”. Segundo o diário, o ex-presidente promete provar sua inocência da corrupção depois de encerrar um impasse de dois dias com as autoridades. “Faça o que quiser, o poderoso pode matar uma, duas ou 100 rosas. Mas eles nunca conseguirão impedir a chegada da primavera”, discursou o líder político.
O jornal canadense The Globe and Mail destaca em primeira página que Lula foi para a cadeia, “mas aqueles que ele defendeu lamentam o fim de uma era”, publicando também a foto de Francisco Proner, distribuída pela Reuters. O texto é da correspondente Stephanie Nolen, que abre a reportagem falando que Lula se entregou à Polícia Federal no sábado de noite, tendo feito antes um inflamado discurso de 55 minutos a apoiadores reunidos na frente do sindicato. “Foi o fim de uma dramática jornada de 48 horas que uniu o Brasil e forneceu suporte a uma extraordinária história política”, relata.
“Muitos brasileiros anunciaram a visão de um líder supremamente poderoso em custódia da polícia como um ponto de virada para o país, um golpe contra a impunidade dos poderosos”, escreve a correspondente. Mas para outros, a prisão de Lula é um fim devastador para uma era de um tipo diferente de política. “Lula trouxe um poder para os pobres brasileiros - as pessoas foram viver acima da linha da pobreza, pessoas que nunca tinham estudado começaram a estudar, trabalhadores domésticos tiveram direitos quando antes eram todos escravizados", disse Elisa Lucinda, uma proeminente atriz, poeta e cantora. “Era um Brasil que nunca havia sido visto antes e agora vai desaparecer novamente”.
O site russo Sputnik reporta que Lula se entregou à polícia. Os muitos despachos ao longo do dia foram reproduzidos em outras línguas, inclusive nos serviços em espanhol e português. Em um dos destaques no site, reportagem relata que embora tenha sido condenado por subornos, a Justiça não apresentou provas e que o ex-presidente é líder inconteste nas pesquisas de opinião para voltar ao poder nas eleições previstas para este ano. “A direita brasileira joga com fogo”, destaca. 
A emissora de TV Russia Today destacou no final da noite que Lula acabou com o impasse e se entregou à polícia. A reportagem aponta que, antes de se entregar, Lula se dirigiu a uma audiência de milhares de pessoas que estavam nas ruas de São Bernardo do Campo e discursou: “Quanto mais dias eles me deixarem (na cadeia), mais Lulas nascerão neste país”. A multidão gritou: “Libertem Lula!”.
Na Argentina, o jornal Clarín destacou em manchete de primeira página, que Lula já está preso em Curitiba para cumprir sua pena por corrupção. Outro jornal argentino, o Página 12, aponta que a detenção de Lula é um segundo golpe que o país vive, e que, durante todo o dia, o líder do PT recebeu o apoio e solidariedade de milhares de militantes e simpatizantes. Ele falou à multidão, onde disse que o único crime que cometeu “foi tirar milhões da pobreza” e que o golpe que começou com a deposição de Dilma Rousseff terminou com a decisão de impedi-lo de ser candidato à Presidência. Também o La Nación destacou em primeira página que Lula já está na sede da PF em Curitiba, onde cumprirá sua pena. 

AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Matéria da AP, reproduzida em 10,6 mil sites noticiosos, relatou que Lula foi levado no início da noite sob custódia policial, depois de um confronto tenso com seus próprios partidários e três intensos dias que de fortes emoções por causa do seu encarceramento. “Apenas algumas horas antes, Lula disse a milhares de partidários que se entregaria à polícia, mas alegou inocência e disse que sua condenação por corrupção era simplesmente uma maneira de os inimigos garantirem que ele não fugisse – e possivelmente vencesse – as eleições presidenciais de outubro”, diz o texto assinado por Maurício Savarese e Peter Prengaman.
Reportagem da AFP relata a tensão no final de sábado da saída de Lula da sede do sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo, apontando-o como favorito da eleição presidencial de outubro. O despacho destaca que “Lula se considera vítima de uma trama da elite para impedir que concorra a um terceiro mandato”. O jornal traz declaração forte do ex-presidente: “A obsessão deles é ter uma foto do Lula prisioneiro”, disse. O material foi replicado por 3,7 mil veículos de imprensa no mundo.
A agência espanhola EFE, em despacho divulgado no final de sábado, relatou que Lula pôs fim à sua resistência e já estava nas mãos da Polícia Federal, destacando trecho do seu discurso em que confessou ter cometido um delito. “Eu cometi um crime: trazer os pobres para a faculdade, o que lhes permite comprar carros, eles têm alimentos”. “Serei um criminoso pelo resto da minha vida”. Texto, vídeo e fotos foram reproduzidos em 2.590 sites e veículos noticiosos em todo o mundo.
Texto da Reuters, com a foto de Lula cercado pela multidão de simpatizantes e militantes de esquerda no pátio do sindicato onde começou sua vida política, foi reproduzido em dezenas de sites de notícias. A reportagem aponta que Lula se entregou à polícia, acabando com o impasse, no início da noite de sábado. Segundo a agência, “a prisão de Lula remove a figura política mais influente do Brasil, líder da campanha presidencial deste ano”. O texto especula que isso poderia aumentar as chances de um candidato centrista prevalecer. O despacho da agência foi reproduzido por 2.480 sites e jornais, inclusive o The New York Times
Deutsche Welle deu em manchete que “o ex-presidente brasileiro Lula está na prisão”, que o primeiro prazo ele havia deixado passar, no sábado os seus seguidores impediram a sua detenção, mas o líder condenado por corrupção foi levado afinal por policiais. “Vários pedidos para permanecer em liberdade até o final do apelo foram negados”, relata a agência alemã. “Lula também pediu ao Comitê de Direitos Humanos da ONU em Genebra uma liminar para evitar a detenção”.

EUROPA
O diário espanhol El País deu manchete de primeira página para a prisão de Lula, destacando no título trecho do discurso do ex-presidente: “A morte de um combatente não para a revolução”. Segundo o jornal, o líder petista foi para a prisão no final da noite de sábado, condenado a 12 anos de prisão, mas que falou antes a uma multidão: “Não sou um ser humano mais. Eu sou uma ideia. E as ideias não se encerram”.
O jornal francês Le Monde, por exemplo, em editorial na edição de sábado avalia que, mesmo Lula tendo caída em “desgraça” a Justiça brasileira terá que provar ao mundo que sua mobilização contra a corrupção é capaz de atingir também a outros grupos políticos. “A Operação Lava Jato deve demonstrar ao país que a prisão de Lula não é um ato político”, aponta o editorial. 
“A prisão daquele que continuará sendo um dos dirigentes mais marcantes da história do país não significa o fim dos processos. (...) A Lava Jato precisa ter a mesma severidade com outros caciques de partidos do centro e da direita”. E cita o ex-presidenciável tucano Aécio Neves, “suspeito de corrupção passiva e obstrução da justiça”, estranhando que “seu caso ainda não foi examinado pela Suprema Corte”. 
Em reportagem da correspondente Claire Gatinois, o Le Monde destacou que Lula se rendeu à polícia, abrindo a notícia com a declaração do ex-presidente para “uma multidão em lágrimas” de que “podem matar um combatente, mas a revolução continua". “Ofegante e animado”, descreve a jornalista, “o velho confirmou a sua rendição”.
O tradicional jornal Liberation questionou em sua edição de domingo se a ida de Lula para prisão poderia ser interpretado como “um golpe de misericórdia na esquerda latina”. Ouvindo especialistas, o jornal relata que Lula é o candidato da esquerda reformista – “não revolucionária” – a mais amigável em relação aos mercados. 
“O resultado é que ele vai tornar-se radical”, analisa Patricio Navia, orientador acadêmico do Centro de abertura e desenvolvimento da América Latina (Cadal). Fontes ouvidas pelo jornal avaliam que a esquerda terá grandes dificuldades em voltar, mas que “enquanto as sociedades da região da América Latina forem marcadas pela pobreza, desigualdade e exclusão social, sempre haverá um desafio para mudar o status quo”.
O jornal L’Humanité aponta um “golpe judicial e militar contra Lula”, reforçando o argumento da esquerda brasileira de que o ex-presidente está sendo perseguido. “O Supremo Tribunal do Brasil rejeitou na quarta-feira a libertação do ex-presidente Lula, que é o candidato presidencial em outubro. Contra o pano de fundo das ameaças do exército”, resume. O também francês Le Fígaro destacou que Lula anunciou que aceitava a sua prisão, mas a matéria ressalta que ele contestou as acusações que pesam contra si e disse que vai provar que seu julgamento é um “crime político”. 
Em outro despacho no mesmo jornal, o destaque foi a reportagem da agência France Press, também reproduzida no diário Le Progress, noticiando que, no final da tarde de sábado, Lula foi impedido de se entregar pelos simpatizantes que cercavam o sindicato dos metalúrgicos, onde ele despontou sua liderança, na região de São Bernardo do Campo. O material também foi reproduzido no canal France24, nos jornais La Provence eLa Croix, no canadense Le Journal de Montreal, as emissoras de rádio DH, da Bélgica, e Radio Canada
O português Diário de Notícias, em reportagem do correspondente João Almeida Moreira, destacou que o último dia de liberdade de Lula, poderia ser de tristeza, com sua despedida e a missa em memória da sua falecida mulher como panos de fundo. Mas se tornou uma festa, com direito a set list escolhida pelo ex-presidente: “Asa Branca” e “O que é, o que é”, de Gonzaguinha, “Apesar de Você”, de Chico Buarque, e o samba “Deixa a Vida me Levar”, de Zeca Pagodinho. A matéria reproduz trechos do discurso de Lula – “Eu não sou um ser humano, eu sou uma ideia, todos vocês agora vão virar Lula, eles acham que tudo o que acontece nesse país é responsabilidade do Lula, agora eu responsabilizo vocês” – e diz que o petista também citou Martin Luther King.
Na Bélgica, a RTBF manteve flashes sobre Lula e a sua iminente prisão, durante a programação de sábado.  Foram quatro destaques sobre o líder brasileiro, a última reportagem apontando que o petista foi impedido de se entregar à polícia pelos simpatizantes.


sábado, 7 de abril de 2018

Lula pode ser preso após a missa em homenagem a Marisa Letícia



O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ser preso após a realização de uma missa, nesta manhã, em São Bernardo do Campo (SP), em homenagem à ex-primeira-dama Marisa Letícia; segundo fontes da Polícia Federal, a defesa de Lula estaria negociando a prisão, mas movimentos sociais pretendem impedir que Lula seja retirado do sindicato e levado a Curitiba; juristas, como o professor Pedro Serrano, da PUC-SP, consideram ilegal e até mesmo inexistente a ordem de prisão; segundo familiares de Lula, Marisa Letícia foi assassinada pela Lava Jato
247 - Fontes ligadas à Polícia Federal confirmaram reservadamente os termos e o andamento das conversas. Ainda assim, a definição da data e do local da prisão foram adiados para hoje. Até o fim do diálogo, a PF garante que não fará investidas para prender Lula, tampouco o petista deverá se entregar.
A missa em homenagem à Marisa Letícia será celebrada por Dom Angélico Bernardino na manhã deste sábado, no próprio Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Morta no ano passado, Marisa completaria 68 anos no sábado.
"A defesa de Lula questiona a decretação da prisão antes que os advogados pudessem apresentar seus últimos recursos - os chamados "embargos dos embargos" no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Com essa argumentação, o defensor Cristiano Zanin Martins entrou com novos pedidos de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar barrar a detenção do ex-presidente.
O juiz federal Sergio Moro havia definido esta sexta-feira como o dia em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria se apresentar à Polícia Federal e, assim, começar a cumprir a pena de 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Mas uma estratégia do petista acabou por alterar o script traçado pelo magistrado, estendendo para o final de semana o imbróglio sobre a situação do político". 
Mais informações na matéria da BBC Brasil.


Emoção toma conta em vídeo de Lula para ser divulgado após prisão


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou uma mensagem gravada em vídeo para ser divulgada após sua prisão; segundo relatos de pessoas presentes, os trabalhos de gravação foram tomados pela emoção e tiveram que ser interrompidos diversas vezes; Lula deverá se apresentar à Polícia Federal após missa em homenagem à Marisa Letícia

247 - "O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva gravou a locução para um vídeo de animação produzido pelo PT para ser divulgado depois que o petista estiver preso. Segundo pessoas que acompanharam a gravação, os trabalhos foram interrompidos diversas vezes. A cada frase a voz de Lula ficava embargada. Conforme as informações, em ao menos uma dessas vezes ele chorou.
Quem presenciou a cena atribuiu o choro ao tom emotivo da animação na qual Lula, em primeira pessoa, conta sua história desde a fuga da fome em Pernambuco em um caminhão pau-de-arara ao lado da mãe, dona Lindu, e cinco irmãos, até a trajetória como líder sindical, a fundação do PT e a chegada à Presidência da República. "Não tenho medo do que vem no futuro", diz Lula no vídeo". Confira mais aqui.


Boletim da Resistência: Artistas cantarão no Sindicato após missa



"Após a missa teremos um espetáculo musical com grandes artistas que também são lutadores do povo brasileiro: Leci Brandão, Maria Gadú, Flávio Renegado, Tulipa Ruiz, Xênia França, Aíla, Thaíde, Rico Dalasam, Fioti, Eduardo Brechó e outros", diz o boletim, que lembra ainda que "parlamentares e líderes políticos e sindicais argentinos cobraram do governo Maurício Macri a convocação extraordinária, em caráter de urgência, da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) para discutir a crise no Brasil, diante da ruptura da cláusula democrática do órgão com o pedido de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva baseado em um processo fraudulento"

Boletim 4 – Comitê Popular em Defesa de Lula e da Democracia
Direto de São Bernardo do Campo – 07/04/2018 – 8h45
1. Lula novamente recebeu centenas de pessoas na noite de ontem. Companheiros e companheiras de todo país vieram prestar solidariedade. Hoje acordou disposto e tomou café da manhã com a família.
2. A partir das 9h30 será realizada uma missa em homenagem à companheira Marisa Letícia, a militante que fez a primeira bandeira do PT e que lutou ao lado de Lula por um Brasil e um mundo justos e igualitários durante 43 anos.
3. Após a missa teremos um espetáculo musical com grandes artistas que também são lutadores do povo brasileiro: Leci Brandão, Maria Gadú, Flávio Renegado, Tulipa Ruiz, Xênia França, Aíla, Thaíde, Rico Dalasam, Fioti, Eduardo Brechó e outros.
4. Ainda na sexta-feira (6), parlamentares e líderes políticos e sindicais argentinos cobraram do governo Maurício Macri a convocação extraordinária, em caráter de urgência, da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) para discutir a crise no Brasil, diante da ruptura da cláusula democrática do órgão com o pedido de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva baseado em um processo fraudulento e sem que lhe seja garantido o amplo direito à defesa.
5. Uma delegação de parlamentares e dirigentes sindicais da Argentina chegará ainda nesta manhã a São Bernardo do Campo para prestar solidariedade e reforçar a defesa da democracia e de Lula.
6. A Rede Globo, maior inimiga da democracia brasileira desde que foi criada em 1965, embora fale sempre em legalidade como se fosse um bastião do respeito às leis, tem usado reiteradamente – sem autorização prévia e/ou sem dar os devidos créditos – em suas transmissões, especialmente no canal Globo News, imagens geradas pela TV dos Trabalhadores (TVT) e por veículos da imprensa alternativa, como Jornalistas Livres e Mídia Ninja.
Comitê Popular em Defesa de Lula e da Democracia

#Boletim 4 – 07/04/2018 – 8h45



Decisão de Moro é comemorada em prostíbulo paulista



No vídeo que representa o fascismo brasileiro, Oscar Maroni, dono do Bahamas, celebra a ordem de prisão contra o ex-presidente Lula, expedida por Sergio Moro, e é chamado de "mito" por seus seguidores descerebrados
247 – No vídeo que representa o fascismo brasileiro, Oscar Maroni, dono do Bahamas, celebra a ordem de prisão contra o ex-presidente Lula, expedida por Sergio Moro, e é chamado de "mito" por seus seguidores descerebrados. Confira o vídeo:

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Lula fará pronunciamento histórico em São Bernardo



Condenado sem provas por Sergio Moro, por reformas executadas pela OAS num imóvel localizado em São Paulo, que jamais poderia ter sido julgado no Paraná, o ex-presidente Lula fará um pronunciamento histórico nesta tarde; Lula falará sobre a caçada implacável que vem sendo movida contra ele e sobre sua provável decisão de não se render a uma ordem de prisão ilegal, decidida antes mesmo do trânsito em julgado em segunda instância
Por Lisandra Paraguassu, da Reuters - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará um pronunciamento a aliados e simpatizantes que estão na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, por volta do meio-dia, disseram duas fontes ligadas ao PT.
As fontes também afirmaram que Lula não irá nesta sexta-feira a Curitiba para se entregar às autoridades, após o juiz federal Sérgio Moro determinar sua prisão na véspera e dar o prazo até as 17h desta sexta-feira para ele se apresentar à Polícia Federal na capital paranaense.
Caso Lula decida se entregar, ele o fará na Superintendência da PF em São Paulo, localizada na zona oeste da capital paulista. Não está descartada, no entanto, a possibilidade de o ex-presidente permanecer no sindicato, que é seu berço político, fazendo com que os policiais tenham de ir lá prendê-lo.
No momento, a única definição é que Lula não se entregará antes de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre um pedido de habeas corpus feito pela defesa do petista.
No pedido, os advogados argumentam que a prisão não poderia ter sido decretada antes de esgotados todos os recursos junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A defesa ainda pretende apresentar embargos aos embargos de declaração que foram rejeitados pela corte na semana passada.
Lula foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele teria recebido o tríplex como propina paga pela empreiteira OAS em troca de contratos na Petrobras.
O petista lidera as pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial de outubro, mas deve ficar impedido de disputar por causa da Lei da Ficha Limpa que determina a inelegibilidade de condenados por órgãos colegiados da Justiça.
Lula nega ser dono do tríplex, assim como quaisquer irregularidades. Lula, que é réu em outros seis processos, afirma ser alvo de uma perseguição política promovida por setores da imprensa, do Ministério Público, do Judiciário e da Polícia Federal com o objetivo de impedi-lo de ser candidato.
Com reportagem adicional de Ricardo Brito