quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Entidades celebram o Dia do Boné e mostram otimismo para 2018

Data que reforça Apucarana como principal polo produtor de bonés do País é comemorada oficialmente no dia 31 de janeiro 
Foto: Edson Denobi
Após enfrentar a crise asiática e a da própria economia brasileira, as entidades ligadas ao setor de bonés e vestuário projetam um cenário otimista para 2018. Depois de reduzir o quadro funcional em até 30%, o segmento começou a retomada já no final do ano passado e o impulso continua neste início de 2018, com a reposição de parte dos funcionários.
A avaliação foi feita nesta quinta-feira (25/01) pelo empresário e coordenador do Arranjo Produtivo Local, Jayme Leonel, em entrevista coletiva convocada para marcar o Dia do Boné, comemorado oficialmente no dia 31 de janeiro. O ato ocorreu na sede do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Apucarana e Vale do Ivaí (SIVALE), uma das diversas entidades que congregam o APL Bonés.
Jayme Leonel lembra que Apucarana continua sendo o principal polo produtor de bonés do Brasil, com a confecção de cerca de 4 milhões de peças por mês. “Já passamos uma época de pleno emprego e também por crises, como a asiática e mais recentemente a interna. O segmento tem uma função importante no primeiro emprego e também emprega bastante mão de obra feminina”, pontua Jayme Leonel.
A fabricação de bonés em Apucarana teve início em 1974, a partir da produção artesanal de bandanas e tiaras que eram comercializadas em feiras agropecuárias, exposições e nas praias do litoral paranaense.  Hoje, Apucarana é um dos grandes polos na confecção do artigo e de produtos associados (bandanas, bolsas, porta CD’s e camisetas).
Jayme Leonel estima que o segmento do vestuário, envolvendo bonés, camisetas, jeans e moda, gera cerca de 10 mil empregos diretos e outros 10 mil indiretos. “Um levantamento feito pela Federação das Indústrias do Paraná , realizado há cerca de três anos, mostrou que Apucarana tinha mais empregos formais do que Maringá e Cianorte, que são dois centros importantes do vestuário no Paraná”, compara.
DATA COMEMORATIVA – O Arranjo Produtivo de Bonés (APL Bonés) foi implantado em 2003, época em que Apucarana vivia o “boom” do artigo. “O Dia do Boné foi criado alguns anos depois, após a realização de uma pesquisa para definir uma data comemorativa. Foram deixadas urnas para votação em vários pontos e foi escolhido o 31 de janeiro, dia em que foi registrada formalmente a primeira indústria deste segmento na cidade”, lembra Jayme Leonel.
Beatriz Poletto, consultora do Sebrae, afirma que a governança do APL pensa semanalmente o boné e a moda dentro do segmento vestuário. “Um grupo de empresários se reúne todas as quintas-feiras, das 7h30 às 8h30, na sede do Sivale. É um grupo que pensa e se preocupa com o futuro do segmento.  O resultado vem em forma de ações para os setores envolvidos, como oportunidades de participar de rodadas de negócios e de levar os produtos e vender fora do país”, exemplifica a consultora do Sebrae.
“POLO DAS FACÇÕES” – O prefeito de Apucarana, Beto Preto, enaltece o desempenho e a importância do setor de confecções na economia de Apucarana, principalmente na geração de empregos. “Tudo começou com o boné e hoje estão sendo incorporados outros segmentos como o jeans, moda e camisetas, gerando a maior parcela dos postos de trabalho na cidade”, comenta o prefeito, cumprimentando empresários e trabalhadores do setor.
Beto Preto lembra que pretende ativar ainda neste primeiro semestre o “Polo das facções”, que irá funcionar num barracão adquirido pelo município. “O espaço irá abrigar micro-empresas do setor de confecções, no formato de incubadora, dando suporte para que possam se desenvolver no início de suas atividades”, anuncia Beto Preto.


quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Mídia ignora multidão em Porto Alegre


A mídia familiar brasileira escolheu deliberadamente ignorar a multidão que se reuniu em Porto Alegre em apoio a Lula nesta terça; Folha de S.Paulo, O Globo e Estado de S.Paulo não publicaram na primeira página as impressionantes imagens da concentração histórica em defesa da democracia e da candidatura do petista que reuniu uma multidão em Porto Alegre
247 - Os jornais da mídia familiar brasileira optaram por deliberadamente ignorar a multidão que se reuniu em Porto Alegre em apoio a Lula nesta terça. 
Nem dos três grandes —Folha de S.Paulo, O Globo e Estado de S.Paulo— mostrou imagens de destaque na primeira página da concentração histórica em defesa da democracia e da candidatura do petista.
Por outro lado, editoriais e colunistas se engajaram em pedir a cabeça do ex-presidente, apesar da ausência de provas que o condene. 


terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Trezentos jornalistas estarão no TRF4, incluindo 43 estrangeiros

Sessão está marcada para começar às 8h30 desta quarta-feira
Julgamento do recurso do ex-presidente será feito por
três desembargadores, que formam a 8ª Turma
São Paulo – O julgamento da chamada apelação número 50465129420164047000, referente ao recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está marcada para começar às 8h30 desta quarta-feira (24), no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre. Segundo o tribunal, será a 24ª apelação da Operação Lava Jato julgada pela Corte.
O julgamento está sob responsabilidade da 8ª Turma, formada pelos desembargadores Leandro Paulsen (presidente e revisor), João Pedro Gebran Neto (relator) e Victor Luiz dos Santos Laus. As 7ª e 8ª Turmas do TRF4 cuidam da área penal. Será a única sessão do dia, e a primeira da 8ª Turma em 2018.
De acordo com o tribunal, aproximadamente 300 jornalistas farão a cobertura no local. São 250 do Brasil e 43 correspondentes estrangeiros, da Alemanha, Argentina, Catar, China, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Inglaterra e Japão.
Paulsen abre a sessão, passando a palavra a Gebran, que fará a leitura do relatório do processo. Depois será a vez de o Ministério Público Federal (MPF) se manifestar e, na sequência, os advogados da defesa – além de Lula, há outros recursos sendo julgados. O relator lê o seu voto, seguido do revisor e, por fim, o desembargador Santos Laus. Existe a possibilidade de pedido de vista. Nesse caso, o processo será julgado em outra sessão.
Segundo o TRF4, o MPF.pode recorrer em caso de absolvição. Se houver condenação, a execução da pena só ocorrerá depois de julgados todos os recursos de segundo grau.
Formado por 27 desembargadores, o TRF4 tem jurisdição no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná.

Fonte: RBA

Globocop cai no mar em Recife e deixa 2 mortos

Globocop da Globo em Pernambuco caiu, na manhã desta terça-feira (23), na Praia do Pina, na Zona Sul do Recife. O acidente com o helicóptero ocorreu por volta das 6h15 (horário local). De acordo com informações do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), três pessoas estavam na aeronave. Duas delas morreram e uma foi encaminhada para o Hospital da Restauração (HR), na área central capital.
Dois dos ocupantes eram funcionários de uma empresa que presta serviços para a TV Globo. O acidente aconteceu logo depois que o helicóptero fez as imagens da abertura do telejornal Bom Dia Pernambuco, nesta terça-feira. A aeronave foi revisada na semana passada e já tinha feito vários voos normais desde então.
O helicóptero era pilotado pelo comandante Daniel Galvão. Também estavam a bordo o operador de transmissão Miguel Brendo e a sargento Lia, supervisora da empresa proprietária do Globocop. A aeronave pertencia à empresa Helisae e prestava serviços para a Globo há mais de 15 anos.
Chovia no Recife quando ocorreu o acidente. Bombeiros foram acionados para fazer o resgate e usam motos aquáticas para localizar o helicóptero. Segundo informações de testemunhas, haveria um quarto tripulante. A corporação tenta localizar a vítima.
Ainda de acordo com testemunhas, houve um clarão e uma explosão no mar.
Fonte:G1


segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Aumento de bilionários em 2017 acabaria com a extrema pobreza por sete vezes

Relatório da Oxfam aponta a extrema concentração de renda nas mãos do 1% mais rico da população mundial e foi lançado na véspera da abertura do Fórum Econômico Social, na Suíça
Oxfam mostra que há mais pessoas no Brasil concentrando riqueza
que a sociedade ainda busca caminha para enfrentar essa desigualdade

Agência Brasil
 – De toda a riqueza gerada no mundo em 2017, 82% ficaram concentrados nas mãos dos que estão na faixa de 1% mais rica, enquanto a metade mais pobre – o equivalente a 3,7 bilhões de pessoas – não ficou com nada. Os dados fazem parte do relatório Recompensem o trabalho, não a riqueza, da organização não governamental (ONG) britânica Oxfam, divulgado hoje (22). A entidade participa do Fórum Econômico Mundial, que começa amanhã (23) em Davos, na Suíça.
O documento destaca que houve um aumento histórico no número de bilionários no ano passado: um a mais a cada dois dias. Segundo a Oxfam, esse aumento seria suficiente para acabar sete vezes com a pobreza extrema no planeta. Atualmente há 2.043 bilionários no mundo. A concentração de riqueza também reflete a disparidade de gênero, pois a cada dez bilionários nove são homens.
O Brasil ganhou 12 bilionários a mais no período, passando de 31 para 43. "Isso significa que há mais pessoas concentrando riqueza. A gente não encontrou ainda um caminho para enfrentar essa desigualdade", disse Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil.
O patrimônio dos bilionários brasileiros alcançou R$ 549 bilhões no ano passado, um crescimento de 13% em relação a 2016. Por outro lado, os 50% mais pobres tiveram a sua fatia na renda nacional reduzida de 2,7% para 2%. Um brasileiro que ganha um salário mínimo precisaria trabalhar 19 anos para ganhar o mesmo que recebe em um mês uma pessoa enquadrada entre o 0,1% mais rico.
Cinco bilionários brasileiros concentram o equivalente à metade da população mais pobre do país. "O Brasil chegou a ter 75 bilionários, depois caiu, muito por causa da inflação, e depois, nos últimos três anos, a gente viu uma retomada no aumento do número de bilionários. Esse último aumento – de 12 bilionários – é o segundo maior que já houve na história. E o patrimônio geral também está aumentando", afirmou Rafael Georges, coordenador de campanhas da entidade.
Geração de emprego
A Oxfam aposta na geração de empregos decentes como mecanismos de diminuição das desigualdades, sendo uma das recomendações da entidade. "O que o relatório aponta é que está acontecendo um movimento contrário, inclusive com vários países regredindo em proteção trabalhista", disse Georges.
A organização recomenda ainda limitar os lucros de acionistas e altos executivos de empresas, garantindo salário digno a todos os trabalhadores. Indica também a eliminação das diferenças salariais por gênero. No ritmo atual, seriam necessários 217 anos para reduzir as disparidades entre homens e mulheres.
O relatório pede que os ricos paguem uma "cota justa" de impostos e tributos e que sejam aumentados os gastos públicos com educação e saúde. "A Oxfam estima que um imposto global de 1,5% sobre a riqueza dos bilionários poderia cobrir os custos de manter todas as crianças na escola."
"Recompensem o trabalho, não a riqueza"
Em referência ao título desta edição do relatório, a Oxfam afirma que atualmente "os níveis de desigualdade extrema excedem em muito o que poderia ser justificado por talento, esforço e disposição de assumir riscos". Segundo a organização, a maioria das riquezas acumuladas se deve a heranças, monopólios ou relações clientelistas com o governo.
"É um círculo vicioso do qual a gente precisa se livrar. A desigualdade gera desigualdade, quanto mais rico você é, mais dinheiro consegue gerar para você mesmo", criticou o coordenador de campanhas da Oxfam Brasil.
O documento diz que mantendo o mesmo nível de desigualdade, a economia global precisaria ser 175 vezes maior para permitir que todos passassem a ganhar mais de US$ 5 por dia. "O que seria ambientalmente catastrófico", afirma a entidade.

Kátia destaca que a entidade participa do Fórum Econômico Mundial, em Davos, com o objetivo de levar esse debate para a elite econômica mundial. Ela acredita que é possível reduzir a desigualdade por meio de ações de responsabilidade das grandes corporações. "Essa concentração extrema é também acelerada por diferentes setores da sociedade, então está nas nossas mãos fazer o enfrentamento disso e buscar construir um mundo um pouco mais igualitário, onde as pessoas sejam tratadas de forma mais justa".

Parque dos Pássaros tem pista de caminhada revitalizada

Companhia de Desenvolvimento de Arapongas (CODAR), realizou recentemente, obras de manutenção no Parque dos Pássaros, onde foram executados serviços de recuperação de base e tapa-buraco na pista de caminhada.
Com a manutenção realizada, o local oferece boas condições aos visitantes, inclusive para os adeptos de atividades físicas.
Obras de manutenção nos bairros e centro
Durante as últimas semanas a CODAR tem desenvolvidos serviços de recuperação da malha viária em diversos bairros da cidade, entre eles, no Jardim Vale das Perobas(rua tico-tico do campo, rua pomba de asa-branca e rua garrincha do mato), Jardim dos Pássaros(rua juruva canela, entre saíra do paraíso até a rua tié galo), Conjunto Ulisses Guimarães( ruas: baianinha, colegial, mineirinho, cirqueiro, bico chato de crista branca, araçari poça do bico amarelo, ferreiro, corredor, dituí e tapera de garganta branca, graveteiro, estalinho, curriqueiro cinzento e caminheiro ocre).
Os serviços foram executados e finalizados também no Parque Veneza (rua fruteiro, dançador rosado), Jardim Primavera (rua biguatinga e rua fogo apagou).
Nesta segunda-feira (22), as equipes realizam os trabalhos no Jardim Itália e na área central da cidade.


Reunião define últimos detalhes da 56ª Prova Pedestre 28 de Janeiro

(Foto: Profeta)
Uma reunião envolvendo todos os parceiros na realização da 56ª edição da Prova Pedestre 28 de Janeiro foi promovida na manhã desta segunda-feira (22), na Prefeitura Municipal de Apucarana. O encontro preparatório visou alinhar as ações já realizadas, além de definir os procedimentos finais para a realização do evento, marcado para o dia 27 de janeiro, com a largada da prova principal de 10 km previsto para 20h15, na Praça Rui Barbosa, em frente a Caixa Econômica Federal.
A Prefeitura realiza o evento através da Secretaria Municipal de Esportes e Juventude, comandada pela secretária Jossuela Pinheiro. Participaram da reunião o Major Roberto Cardoso, juntamente com a Tenente Kelly do 10º Batalhão de Policia Militar; Major Coelho, comandante do 4º Subgrupamento de Bombeiros de Apucarana; Alessandro Carletti, Comandante da Guarda Municipal de Apucarana; representante do 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado; representantes da Autarquia Municipal de Saúde (AMS); servidores da Secretaria de Esportes e Juventude e representantes da Rede Massa.
A 56ª edição da prova será disputada em três categorias, a vinteoitinha a partir das 17h, a prova de 5 km a partir das 19h e a principal 10 km a partir das 20h15. “Tivemos 3.100 atletas inscritos nesta edição da prova e mais de 150 pessoas estão trabalhando para a realização do evento. Esperamos que a população venha para a praça para prestigiar os atletas”, destacou Jossuela.
Após o término da corrida, a Rede Massa irá proporcionar um show com a dupla, Caio & Mateus da cidade de Maringá, em um palco montado ao lado das Pernambucanas. Será realizado no domingo (28), um evento denominado “Sua cidade é Massa”, onde serão montados brinquedos infláveis e diversas atrações para as famílias apucaranenses, além de shows inclusive de renome nacional, com a dupla Adson e Alana e o cantor Edy Lemond, além da Banda Bis e a dupla Mariana & Mateus.


Porto Alegre recebe milhares de pessoas para marcha em defesa de Lula

Manifestantes iniciaram a Marcha da Via Campesina por volta das 6h30 e seguiram até o acampamento pela Democracia do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Porto Alegre recebeu milhares de militantes de movimentos sociais mobilizados em caravanas de todo o país, na Marcha da Via Campesina, da Frente Brasil Popular, com objetivos específicos: defender a democracia e prestar solidariedade e apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que terá seu recurso julgado nesta quarta-feira (24), pelo TRF-4, na capital gaúcha. Logo cedo, por volta das 6h30, os manifestantes se concentraram na Ponte do Rio Guaíba e seguiram em marcha pelas ruas da cidade. A Fórum transmitiu ao vivo toda a caminhada e vai continuar acompanhando os eventos que antecedem o julgamento de Lula.
Por volta das 9h45, os manifestantes entraram em uma das principais vias do centro de Porto Alegre, a Avenida Borges de Medeiros, que foi interrompida para a caminhada. Às 10 horas, após 7,6 quilômetros de marcha, os militantes chegaram ao acampamento pela Democracia do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), localizado no Anfiteatro Pôr do Sol. Segundo os organizadores, cerca de 3 mil trabalhadores participaram da marcha. Durante o dia e até o dia 24 haverá uma série de atividades políticas, antecedendo o julgamento de Lula.
Marcaram presença, também, os deputados Paulo Pimenta e Maria do Rosário, o ex-prefeito de Porto Alegre e governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, o ex-ministro Alexandre Padilha, a senadora e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, o senador Lindbergh Farias, o presidente do MST, João Pedro Stédile, entre outros.

Fotos: Divulgação



Juristas: Sentença é frágil e Lula deve ser absolvido


Advogados e juristas ouvidos numa reportagem do jornal Valor Econômico veem ao menos quatro brechas na sentença do juiz Sergio Moro contra Lula, que dão margem a uma absolvição do ex-presidente pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4); os principais pontos questionados juridicamente pelos especialistas são os fatos de que não estaria comprovado se Lula, enquanto era presidente da República, solicitou, aceitou ou recebeu vantagem da OAS, como o triplex do Guarujá, além de haver dificuldades para se evidenciar se a transação do imóvel estava relacionada ao exercício da função pública
247 - Advogados e juristas ouvidos numa reportagem do jornal Valor Econômico publicada nesta segunda-feira 22 veem ao menos quatro brechas na sentença do juiz Sergio Moro contra Lula, que dão margem a uma absolvição do ex-presidente pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
Os principais pontos questionados juridicamente pelos especialistas são os fatos de que não estaria comprovado se Lula, enquanto era presidente da República, solicitou, aceitou ou recebeu vantagem da OAS, como o triplex do Guarujá, além de haver dificuldades para se evidenciar se a transação do imóvel estava relacionada ao exercício da função pública, se Lula teria praticado um ato de ofício que favorecesse algum agente privado envolvido no caso e se sabia dos ilícitos na Petrobras ou dos acertos de contas entre operadores e empreiteiros.
Para o criminalista Fábio Tofic Simantob, presidente do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), por exemplo, não é possível afirmar que Lula recebeu o tríplex da OAS como vantagem indevida em razão de ocupar o cargo de presidente da República. Nem mesmo vincular a suposta propina à empreiteira. O advogado criminal destaca que a acusação é centrada no depoimento do ex-presidente da OAS e candidato a delator da Lava Jato, Léo Pinheiro.
Já segundo o criminalista Fernando Castelo Branco, "há uma falta de atenção para o fator preponderante deste recurso". "O [a intenção] dolo eventual passou a ser o carro-chefe nessa análise de culpabilidade. Com isso, não existe preocupação com a demonstração efetiva do dolo, que no caso de corrupção passiva é um elemento indispensável", diz o coordenador do curso de pós-graduação de Direito Penal do IDP-São Paulo. 
Leia aqui a íntegra da reportagem.


sábado, 20 de janeiro de 2018

Promotores da Lava Jato ‘são analfabetos políticos’, diz Requião



Requião durante evento em Porto Alegre 
em agosto de 2017 | Foto: Guilherme Santos/Sul21
Por Manoel Ramires e Júlio Carignano


“Não quero julgar o pessoal da Lava Jato com o mesmo critério que eles julgam os outros. Mas eles estão completamente errados e prestando um desserviço ao Brasil. Botar o Lula na cadeia hoje é um crime contra o Brasil e contra a democracia”. A declaração é do senador Roberto Requião (PMDB-PR), ao avaliar o clima que antecipa o julgamento em segunda instância do ex-presidente Lula, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre (RS).
Às vésperas do julgamento do dia 24 sobre o caso envolvendo o triplex do Guarujá (SP), o senador recebeu a equipe do Porém.net. Crítico do atual posicionamento do Poder Judiciário, em especialmente dos promotores e juízes da operação Lava Jato, aos quais compara aos inquisidores Girolamo Savonarola e Tomás de Torquemada, da Santa Inquisição, lançada na fase mais intolerante da Igreja Católica na Idade Média, o parlamentar aponta que Sergio Moro, responsável pela primeira condenação do ex-presidente em Curitiba, foi “cooptado pela vaidade”.
Atribuindo falta de formação aos promotores, o senador referiu-se aos magistrados como os “analfabetos políticos”, citados por Bertold Brecht em seu poema clássico. “Não acho que estão fazendo tudo isso de forma deliberada, mas por má formação, por exacerbação corporativa. São verdadeiros Savonarolas, sem entender de história, de economia, sociologia, não entendem nada. Leram apostilas, fizeram concursos e se acham agora salvadores da pátria por uma absoluta falta de formação. São aquilo que o Brecht chamava de analfabetos políticos”.
Ao rechaçar o direcionamento e parcialidade do poder judiciário, Requião fez uma convocatória aos brasileiros para estarem presentes no dia 24 em Porto Alegre. “A resistência neste momento, mais que um protesto contra o absurdo da condenação do Lula, é uma defesa da democracia. Se não gosta do Lula tudo bem, mas se gosta da democracia esteja lá”.
Presidente do MDB do Paraná e pré-candidato ao governo do estado, Requião ainda falou do racha no partido e do processo eleitoral deste ano. Confira a entrevista na íntegra.
Porém: Como você avalia o clima que antecede o julgamento do ex-presidente Lula?
Requião: Estou confortável na análise por um motivo simples: fui a única oposição no Senado a política econômica do Lula e da Dilma, nunca aceitei a política do Meirelles e muito menos do Joaquim Levy. Votei contra o impeachment da Dilma pois conhecia a cúpula do PMDB e tinha consciência do que era a ‘Ponte para o Futuro’, que pregava abertamente o liberalismo econômico, o entreguismo, um modelo que havia fracassado na Europa.
Estava claro que não tinha nenhuma preocupação com a corrupção. A preocupação era retirar a Dilma para estabelecer esse modelo de liberalismo econômico.
Esse governo é absolutamente corrupto; ministros estão envolvidos, o Temer utiliza todo poder da máquina pública para evitar uma investigação. Junto a isso vemos corporações extrapolarem seus limites legais, se colocando como gestores do Brasil, como verdadeiros Savonarolas ou Torquemadas.
Essa política econômica do Temer é consequência ou causa do golpe?
A política econômica é a causa do golpe, ela foi o motivo da intervenção no governo da Dilma, pois não havia nenhuma preocupação com corrupção. Ai surge a Lava Jato, e eu saudei ela em prosa e verso na tribuna do Senado até verificar que a Lava Jato tinha um foco: era dirigida ao pessoal progressista, basicamente o pessoal do PT e partidos progressistas. Não estou fazendo defesa ou absolvição de corrupto, eles existem e muitos estão pagando pelo que fizeram, mas a Lava Jato sempre retirou do foco os políticos da direita, os entreguistas, os tais “liberais”. Veja as denúncias contra o Serra, ninguém leva a frente, os processos não andam. Mas passam em Porto Alegre na frente de sete processos para julgar o Lula. Evidente que não estão à procura do Lula, mas sim da consolidação deste projeto de liberalismo econômico que já faliu a Europa e está acabando com o Brasil. O foco não tem a ver com corrupção. Quando eu faço uma convocação para que os brasileiros vão a Porto Alegre não estou só considerando o julgamento do Lula, estou considerando o processo democrático no Brasil que está sendo abalado. Isso está sendo abalado pela interferência do Ministério Público, do Judiciário, da Polícia Federal, e de uma forma absolutamente dirigida.
Moro seguiu o script do mercado e dessa política econômica? Ele está sendo um ator do golpe?
Eles estão seguindo o script da extrapolação dos limites do Judiciário. Essa condução coercitiva não existe na legislação brasileira, é um absurdo total. Começou com o Lula, começou quando não deixaram ele assumir a Casa Civil e hoje um juiz de primeira instância impede que o Temer nomeie a Cristiane Brasil ministra do Trabalho (O governo federal já recorreu três vezes e em todas Cristiane foi impedida de assumir). É fato que ela não tem nenhuma condição de ser ministra, foi um troca de votos com o PTB, uma coisa sórdida para viabilizar a reforma da previdência, mas outro fato é que o juiz não tem nenhuma prerrogativa na lei para impedir a posse de uma ministra. Estão se sobrepondo ao sistema legal, não temos mais estado democrático de direito. Temos a liberdade hermenêutica, que é a ciência da interpretação, querem interpretar a lei apesar da lei. O juiz interpreta a lei segundo sua visão ideológica. Está havendo uma exacerbação, isso é uma ditadura, é o Torquemada e o Savonarola atuando no Brasil em nome de uma proposta ideológica que está na cabeça deles.
Já o Moro tem uma formação ideológica de direita, vejo nele uma paixão pelos Estados Unidos. Neste processo de “juiz protagonista”, ele comanda o inquérito e ao mesmo tempo julga o inquérito que está fazendo. Está tomado de ódio contra o PT e contra o Lula, isso por si só desautoriza qualquer julgamento que ele possa fazer.
Não assusta um juiz virar um “herói” da nação?
Não é questão de assustar, é uma distorção completa do processo judicial. O juiz virou polícia. Mas é uma polícia que não submete as regras da lei, utiliza uma hermenêutica livre, interpreta a lei como quer e no fim ele julga. Quem ele quer ele investiga, quem ele não quer não investiga. Ai sobra à margem todo esse pessoal do PSDB.
E quais as consequências dessa exacerbação do Judiciário?
Pode acarretar o efeito que tento corrigir com a lei do abuso do poder. Mas o problema não é só esse, o problema é que o sistema judiciário está falido, nossa justiça é de base filosófica, ideológica, os princípios são do direito romano e germânico. Ela tem uma série de recursos, apelos e formas de recorrer que se inviabilizam na maneira que a população cresce. A China por exemplo não tem nada a ver com direito romano e germânico, ela resolve seus problemas com conciliação. Que é um acordo entre as partes. E a China tem 130 mil juízes para um bilhão e meio de habitantes. São Paulo deve ter dez vezes mais para uma população de pouco mais de 40 milhões. O sistema jurídico está emperrado, não está funcionando. As associações profissionais se transformaram em sindicatos, em corporações que se colocam acima do conjunto da sociedade. Os erros do Moro são festejados pelas associações profissionais, os absurdos cometidos pelo MP são defendidos pela sua associação de classe. Eles não tem mais nada a ver com o interesse social e a defesa do estado de direito.
Essa “reforma” do judiciário entraria num debate eleitoral?
Não, o debate eleitoral hoje passa pela revogação das barbaridades do governo Temer. Essa é uma questão que precisa ser discutida com mais profundidade. Veja os advogados que surgiram como milionários neste processo da Lava Jato. O que devem estar ganhando aqueles advogados americanos que fizeram a patifaria da indenização da Petrobras? E os que operaram as delações premiadas no Paraná? São dois ou três. Que espécie de direito é esse. Como um promotor pode descobrir um delito de uma determinada pessoa, lhe atribuir a possibilidade de 100 anos de cadeia, e depois dizer ‘se você delatar o que eu quero, eu reduzo isso a um ano de cadeia’. Depois seis meses com uma tornozeleira e depois vai morar como o Funaro, no Rio Grande do Sul. Como isso é possível? Virou negócio, não tem nada a ver com a lei. É uma esculhambação total e atrás dessa esculhambação um projeto de liberação da economia brasileira, sem que os princípios de fraternidade e valorização do trabalho sejam respeitados. É a volta a barbárie. Eu não diria que todos esses juízes e procuradores estão fazendo isso de forma deliberada. Estão fazendo por má formação, exacerbação corporativa, são verdadeiros Savonarolas, sem entender de história, de economia, sociologia, não entendem nada. Leram apostilas, fizeram concurso e se acham agora salvadores da pátria por uma absoluta falta de formação. São aquilo que o Brecht chamava de analfabetos políticos.
E esses “analfabetos políticos” irão condenar o Lula em Porto Alegre?
Eles estão achando que essa condenação do Lula será a gloria deles. O Lula pode sim ser investigado, o Requião pode ser investigado se houver alguma denúncia que aprofunde a investigação. Mas o Lula era presidente da República, o orçamento do Brasil é uma monstruosidade.
O Lula seria corrompido por um apartamento triplex que nunca foi dele? Eu acho que a OAS pretendia dar esse apartamento para o Lula, acho que iriam insistir em dar um presente para um ex-presidente que saia com 84% de aprovação popular e que poderia influenciar nas decisões do novo governo e da Dilma, que ele praticamente elegeu.
Do ponto de vista do direito, pois sou advogado, não há materialidade do crime e ele não pode ser condenado. Mas o Moro e esse pessoal vem com a história que o convencimento do juiz pode ser feito com uma multidão de indícios. É uma tese que não pode valer nunca para o direito penal, que compromete a liberdade da pessoa e que funciona de certa maneira em uma interpretação do direito civil. Mas se vale essa interpretação para o Lula, o que dizer do Moro com as denúncias do Tacla Duran? As acusações ao Zucolotto? Não acredito nelas, mas se vale para o Moro julgar o Lula deve valer para o julgamento dele também. Ambas não são razoáveis. Acho que o Moro é um equivocado, ele está convencido que está salvando o mundo por falta de conhecimento histórico, sociológico e econômico.
Sobre o processo eleitoral, como avalia as especulações do seu nome para uma candidatura a vice do Lula ou como plano B para a eleição presidencial?
Isso é uma homenagem que alguns companheiros me prestam pelo meu protagonismo no Senado. Nunca falei com Lula sobre isso. Me sinto homenageado, mas sou um militante da mudança. Eu acho que essa mudança deve ser viabilizada por uma profunda discussão do Brasil pelos brasileiros. Precisamos de uma frente ampla, pois aquilo que eu acredito pode ser a minha verdade, mas não a verdade de todo mundo. Temos que enfrentar o liberalismo econômico que é a dominação absoluta do capital financeiro, o capital vadio (Após a entrevista, nas redes sociais, o senador colocou seu nome a disposição do partido para disputar o governo do estado).
Mas não há qualquer possibilidade nestas “especulações”?
Tenho idade suficiente para fazer o que eu quero, dizer o que eu penso, sem me incomodar com consequências. O meu protagonismo é esse, fazer o que eu quero, analisar o que vejo e tomar a posição que acho necessária. Sou um militante político com 76 anos de idade. Te diria que ao invés de procurar cargo, estou mais procurando escrever minha biografia com os atos da minha vida.
O PMDB voltou a ser MDB. O que muda? Porque não te expulsaram?
Não muda nada. Eu sou filiado número 1 do partido no Paraná, sou praticamente o fundador e atual presidente do partido no Estado. Acho que teriam dificuldade de me expulsar do diretório nacional.
O pessoal até vende o voto, mas ficaria ruim vender um companheiro. Não seria fácil para eles, mas é um risco que ainda corro. De repente eles ainda tentam uma intervenção no Paraná às vésperas da possibilidade da mudança de partido e evitam uma candidatura minha a qualquer coisa.
É um risco que corro, mas que eles correm também, pois a base do PMDB não tem nada a ver com essa posição corrompida e comprada dessa estrutura burocrática. Na ultima convenção tinha 700 pessoas de pé, o Jucá entrou e foi aplaudido por 27. Quando o Temer entrou esse número baixou para 23, mas na hora da votação eles ganharam. Isso porque os delegados estavam vinculadas aos deputados federais e os deputados tinham sido comprados por favores, emendas, dinheiro para suas bases, nomeações em cargos.
2018 terão eleições, mas até 2019 e o fim do mandato de Temer, o que esperar?

O Brasil é muito grande para ser destruído e os exemplos de reconstrução estão ai. É o protagonismo do Estado. Eles querem implantar o estado mínimo e entregar para banca e o capital financeiro. A Alemanha saiu de uma crise com uma associação do estado e grandes empresas sem muita preocupação social, os EUA na mesma época, em 1929 e 1930, saíram de uma crise com o New Deal (o novo pacto). Hoje com a evolução do mundo, com as conquistas trabalhistas da época do Getúlio Vargas não podemos regredir, eu não acredito que o povo brasileiro seja escravizado. Por isso, termino essa entrevista com um apelo: todo mundo dia 24 em Porto Alegre, pois estaremos evitando uma crise cruel do país. A resistência neste momento, mais que um protesto contra o absurdo da condenação do Lula, é um defesa da democracia. Se não gosta do Lula tudo bem, mas se gosta da democracia esteja lá. É a defesa do processo democrático no Brasil e o Lula é importante neste processo.

Ministro Ricardo Barros libera R$ 2,7 milhões para Apucarana

Recursos foram destinados ao Hospital da Providência , Hospital da Providência Materno Infantil, Cisvir e Instituto do Rim
A solenidade que lotou o Salão Nobre da Prefeitura de Apucarana, contou com presenças da vice governadora  do Paraná Cida Borghetti, do deputado federal Alex Canziani, da diretora do Hospital da Providência irmã Giovana Ramos, além de prefeitos da região e vereadores. (Foto: Profeta)

Em solenidade realizada no salão nobre da prefeitura de Apucarana, o ministro da Saúde Ricardo Barros, acompanhado da esposa e vice-governadora do Paraná Cida Borghetti, oficializou hoje (20), o repasse de recursos na ordem R$ 2.700.000,00 destinados ao Hospital da Providência de Apucarana e Hospital da Providência Materno Infantil, ao Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí e Região (Cisvir) e ao Instituto do Rim.
O Hospital da Providência vai utilizar R$ 1 milhão como reforço nas ações de atendimento de pacientes da alta e média complexibilidade. Os outros R$ 500 mil reais são destinados também no reforço no atendimento da maternidade do Hospital da Providência Materno Infantil para alta e média complexibilidade, através da UTI Neonatal e de atendimentos a partos de alto risco. Ainda R$ 337,3 mil serão investidos na habilitação de serviços de Terapia Renal Substitutiva em Apucarana.
Também foram repassados R$ 885 mil reais ao Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí e Região (CISVIR), voltados à realização de consultas, exames e cirurgias de alta e média complexibilidade em várias especialidades. Trata-se de uma solicitação antiga do ex-presidente do Cisvir e prefeito de Apucarana, Beto Preto e do atual presidente Aquiles Takeda.
“Viemos entregar recursos para o reforço de caixa para melhorar ainda mais a qualidade do atendimento do Hospital da Providência que faz uma ótima gestão. A exemplo de outros consórcios de saúde do estado, o Cisvir também está recebendo investimentos do governo federal”, disse Ricardo Barros, que apresentou um vídeo das suas ações frente ao ministério da saúde, marcada principalmente com economia nas licitações de compra de medicamento. “Estamos fazendo mais com o mesmo recurso, a partir de uma gestão em que os recursos públicos priorizam ações voltadas a melhoria do atendimento à população”, afirmou o ministro.
Ao agradecer o ministro Ricardo Barros, o prefeito Beto Preto enfatizou que a solenidade visava comemorar investimentos a fundos perdidos. “Saúde se faz com planejamento, porque a demanda da população é muito maior do previsto. No período de 1 ano e 8 meses que está à frente do ministério da saúde, Ricardo Barros já esteve 4 vezes em Apucarana e em todas veio trazer boas notícias. Ele implementou um marco de competência na saúde que  muito não se via. O SUS está atendendo mais pessoas com o mesmo recurso e isso é demonstração de competência”, disse Beto Preto.
A solenidade, que lotou o salão nobre da prefeitura, foi prestigiada por prefeitos e vereadores de Apucarana e da região.
HOMENAGEM E AGRADECIMENTO
A diretora geral do Hospital da Providência de Apucarana e do Hospital Materno Infantil de Apucarana, irmã Giovana Ramos, fez a entrega de uma placa em agradecimento ao ministro Saúde Ricardo Barros em agradecimento “por seu apoio e acreditar em Apucarana e nos serviços prestados pelo Hospital da Providência e Hospital da Providência Materno Infantil.” Ela fez questão de destacar a atuação do prefeito Beto Preto, que tem intermediado a liberação de recursos em favor da instituição.
O prefeito de Marilândia do Sul e Presidente do Consórcio Intermunicipal do Vale do Ivaí e região (Cisvir), Aquiles Takeda, também agradeceu os recursos destacando a abrangência e importância os serviços de saúde prestados pelo Cisvir a 17 municípios da região.


“Super-Moro”: As origens de um juiz acima da Lei

Pedro de Oliveira/ALEP

Boa parte das páginas de apoio ao juiz Sergio Moro se sustentam por meio do compartilhamento de fake news; "Juiz Sérgio Moro – O Brasil está com você" é do mesmo grupo que administra a página "Folha Política", uma dos principais propagadores de fake news das redes brasileiras; de acordo com  muitos juristas, o juiz utiliza desse apoio virtual para sua promoção pessoal, e, mais grave, para a formação da opinião pública sobre o principal e maior caso sob responsabilidade do juiz: a Operação Lava Jato
Há dezenas de páginas nas redes sociais homenageando o juiz de primeira instância da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, Sérgio Moro. Ao pesquisá-las, a primeira que aparece, com 1,6 milhão de curtidas e postagens constantes contra o Partido dos Trabalhadores (PT), leva apenas o nome do juiz, podendo ser confundida com uma página oficial. A segunda é "Juiz Sérgio Moro – O Brasil está com você", com 1,5 milhão de seguidores, que se define como uma página de "causa". A terceira é sobre um psicólogo canino que também se chama Sérgio Moro.
A repercussão das páginas de apoio a Moro é maior do que a de alguns presidenciáveis. Geraldo Alckmin (PSDB), por exemplo, não chega a 1 milhão de seguidores. É, talvez, a segunda vez na história brasileira em que um juiz ganha tanta fama. Antes de Moro, apenas Joaquim Barbosa havia adquirido um acervo de fãs, ainda que muito menor, e ambos foram cogitados como candidatos à Presidência.
Vale apontar que boa parte dessas páginas de apoio se sustentam por meio do compartilhamento de fake news. "Juiz Sérgio Moro – O Brasil está com você" é do mesmo grupo que administra a página "Folha Política", uma dos principais propagadores de fake news das redes brasileiras, de acordo com o "Projeto M", do portal Manchetômetro, que analisa a veracidade dos conteúdos jornalísticos sobre política no país.
De acordo com a análise de muitos juristas, o juiz utiliza desse apoio virtual para sua promoção pessoal, e, mais grave, para a formação da opinião pública sobre o principal e maior caso sob responsabilidade do juiz: a Operação Lava Jato. Inclusive, sua própria esposa, a advogada Rosângela Wolff Moro, chegou a criar uma página pessoal do casal, que teve como nome o trocadilho "Eu Moro com ele". A página foi amplamente repercutida, chegando a ter quase 1 milhão de seguidores e, de acordo com o casal, tinha como objetivo "retribuir o carinho e apoio do povo brasileiro" ao juiz.
No dia 30 de novembro de 2017, logo após a explosão das declarações do ex-advogado da Odebrecht Tacla Duran, que denunciou diversos crimes nas investigações da Operação Lava Jato, a página foi apagada, sob a justificativa de que já tinha "cumprido seu papel". Para além da página de Rosângela, Moro não possui outras contas próprias nas redes sociais.
Personalidade do ano
A Lava Jato não apenas teve grande parte de seus julgamentos em primeira instância sob a comarca do juiz, mas praticamente ganhou seu rosto como marca. Para o advogado da Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares (Renap), Patrick Mariano Gomes, esse processo serviu para legitimar uma série de ilegalidades jurídicas cometidas durante a Operação.
"O que justificava e sustentava a figura do juiz Sérgio Moro era a mídia, um se retroalimentava do outro. Funcionava assim: o juiz praticava ilegalidades, mas a mídia o exaltava, não só como uma grande personalidade jurídica, mas também como um grande personagem nacional. Então ele era incitado a falar sobre cultura, sobre shows, virou uma personalidade, porque interessava ao sistema político um personagem como esse", afirmou.
Mesmo sob os holofotes da grande mídia e das redes sociais, Moro construiu uma imagem supostamente discreta. Poucas informações sobre ele foram mapeadas em perfis jornalísticos nos últimos anos, e a vida pessoal do juiz, que nasceu em Maringá (PR) em 1972, e estudou Direito na Universidade Estadual de Maringá (UEM) e na Universidade Federal do Paraná (UFPR) – onde hoje leciona direito processual penal – é blindada.
Para especialistas, no entanto, não há nada de recatado em relação a Moro. O juiz já recebeu diversos prêmios e homenagens, inéditos para um magistrado brasileiro. Foi citado como uma das pessoas mais influentes e uma das maiores lideranças do mundo pelas revistas internacionais Fortunee Time. Esta última o caracterizou como "Super-Moro" logo na primeira linha do texto. O juiz também recebeu o prêmio Brasileiros do Ano pela Revista Istoé em dezembro de 2017 – ocasião em que foi definido como "herói brasileiro" em um discurso do prefeito de São Paulo João Doria (PSDB).
De acordo com Ricardo Costa de Oliveira, professor do Departamento de Sociologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que produziu um artigo acadêmico sobre o perfil social dos personagens da Lava Jato e suas relações com as estruturas de poder no país, a construção da imagem de Moro está relacionada às conexões que o juiz possui com a elite.
"Todas as conexões de Moro são com o campo político da direita no Brasil, com meios empresariais e da grande mídia. Há a tentativa de construção ideológica do juiz como um símbolo da luta contra a corrupção, quando ele sempre representou setores da elite, um homem branco, de família inserida na elite estatal, casado com uma mulher de uma das principais famílias do poder no Paraná. Além do mais, há essa produção ideológica na grande mídia, que também é oligárquica familiar, já que ele recebe prêmios e tem sua imagem projetada na Rede Globo e outras emissoras", explicou.
Super-Moro
O juiz não costuma negar o título de herói, e a página "Eu Moro com ele" frequentemente compartilhava fotos de crianças segurando cartazes que relacionavam o juiz aos super-heróis dos quadrinhos, dos quais ele próprio também é fã. Em um discurso realizado em 2015, durante um Congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Moro chegou a mencionar uma famosa citação da Marvel, uma das maiores editoras de histórias em quadrinhos de super-heróis, relacionando seu poder ao do personagem Homem-Aranha. "Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades", afirmou, arrancando risos da plateia.
No mesmo ano, durante uma palestra do evento Exame Fórum, Moro utilizou outra conhecida citação do universo dos quadrinhos, dessa vez do Batman, para definir a importância da Operação Lava Jato. "A noite é sempre mais escura antes do amanhecer", afirmou.
Coincidência ou não, a imagem do juiz é frequentemente atrelada à de Batman, em montagens online e cartazes de manifestações. O interesse no personagem, conhecido por fazer justiça com as próprias mãos, pode ser considerado um sintoma da visão do Direito compartilhada por Moro e colocada em prática pela Lava Jato. De acordo com Patrick Gomes, a Operação, considerada a maior da história brasileira, é baseada em uma série de arbitrariedades e ilegalidades, mas continua sendo defendida pela mídia como uma cruzada contra a corrupção.
"Não é tarefa dele condenar alguém, mas você pode ver que não é raro o discurso de que o Judiciário tem que combater a corrupção, quando, na verdade, ele não tem que combater nada, tem que julgar, porque a polícia investiga, o MP denuncia, e, se o juiz for combater, quem vai julgar? Então o papel do juiz foi completamente transfigurado", denunciou o advogado.
Juiz condenador
Além dos personagens dos quadrinhos, Moro tem outras referências polêmicas de entendimento de Justiça. Uma de suas principais inspirações é a mega-operação italiana "Mãos Limpas", que nos anos 1990 desvendou um enorme esquema de corrupção no país, emitindo quase 3 mil mandados de prisão contra parlamentares e empresários.
Moro já escreveu uma tese acadêmica sobre a operação e praticamente transpôs sua estrutura jurídica para a Lava Jato. Na sentença que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no chamado processo do triplex, Moro defendeu o uso das delações premiadas fazendo referências ao juiz italiano Piercamillo Davigo, que participou da "Mãos Limpas". A operação italiana é amplamente criticada por juristas do mundo todo pelos seus excessos e também utilizou da ferramenta das Delações Premiadas e dependeu do espetáculo midiático para "condenar" suspeitos antes do julgamento.
Para Patrick Gomes, desde que começaram a ser utilizados no país, os institutos de negociação que estão por trás da ferramenta da delação premiada estão sendo usados sem nenhuma forma de regulamentação.
"A delação, por ser negocial, dá margem a muita arbitrariedade. Você vê que os procuradores da Lava Jato negociam coisas que não poderiam negociar. Hoje, o empresariado que fez delação está em Nova York ou cumprindo prisão domiciliar. Esse é o problema dos institutos negociais, porque, no capitalismo, eles acabam reproduzindo o modo de atuação do capital: quem tem mais dinheiro escapa, quem não tem fica para trás", explicou.
De acordo com o advogado, a utilização indiscriminada de delações é prática comum do direito estadunidense, no qual Moro também se inspira. O juiz cursou o programa para instrução de advogados na Universidade de Harvard, nos EUA, e, em 2009, como foi vazado pelo site Wikileaks, chegou a participar de treinamentos do Departamento de Estado Norte-Americano para juristas brasileiros, um dos pontos mais polêmicos e questionáveis de seu currículo.
"Moro faz parte de uma geração de juízes, de uma faixa de idade de 40 anos, que meio que se encantou com uma visão do direito norte-americano. Talvez influenciado por séries de TV norte-americanas, acabou bebendo dessa fonte. O problema é o transplante de institutos norte-americanos no direito brasileiro sem nenhuma adaptação e crítica em relação ao nosso sistema. Nos EUA, se você divulgar a conversa de um presidente da república [como Moro fez com a ex-presidenta Dilma Rousseff], você é preso, por exemplo", critica.
Jurisdição universal
Um dos principais excessos praticados por Moro é a forma como grande parte dos julgamentos das mais de 40 fases da Operação Lava Jato caem na sua comarca, mesmo que os casos não tenham sido cometidos em Curitiba. O fenômeno, conhecido como "jurisdição universal", fere a Constituição Federal brasileira e é uma das principais linhas da defesa de Lula, uma vez que o caso do triplex aconteceu no Guarujá, litoral de São Paulo. Além do uso da jurisdição universal, o papel do juiz se torna difuso, se misturando às atribuições de investigadores de polícia e dos promotores do Ministério Público (MP), tornando Moro um "líder" supremo de uma investigação de proporções gigantescas.
Além dos prêmios recebidos nestes quatro anos de Operação, o juiz Sérgio Moro, agora ultra-especializado em crimes de "colarinho branco", já percorreu mais de 13 cidades de nove estados brasileiros, e outras seis no exterior, para realizar mais de 50 palestras sobre sua atuação. Na cidade de Coimbra, em Portugal, uma palestra com o juiz chegou a ter ingressos vendidos por R$ 8,5 mil.
Por fim, é irônico ressaltar que qualquer uma dessas manifestações do juiz - palestras, prêmios, páginas virtuais de apoio a ele -, não é, tampouco, constitucional. O artigo 36 da Lei Orgânica da Magistratura (Loman) proíbe os juízes brasileiros de manifestarem, por meio de qualquer meio de comunicação, sua opinião sobre processos pendentes de julgamento. Em seu artigo sobre a operação "Mãos Limpas", entretanto, Moro prova que pouco se importa com isso ou com o princípio de imparcialidade que rege a magistratura. No texto, ele destaca que "a opinião pública, como ilustra o exemplo italiano, é essencial para o êxito da ação judicial".


Polícia e GM abordam 75 pessoas, apreendem drogas e interditam duas tabacarias em Apucarana

As Polícia Militar (PM) e Civil e a Guarda Municipal (GM), em conjunto com o setor de tributação da prefeitura de Apucarana, Vigilância Sanitária (VS), Corpo de Bombeiros e Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescente realizaram na noite de sexta-feira (20) e madrugada de sábado (21) uma Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu) em diversas tabacarias e bares durante a qual 75 pessoas foram abordadas. 
De acordo com o comando da PM, a ação teve como objetivo fiscalizar os estabelecimentos comerciais visando coibir práticas delituosas recorrentes, conforme denúncias anteriores, bem como regularizar as situações no que diz respeito aos demais órgãos fiscalizadores, principalmente quanto a alvará de funcionamento. 
Resultado
Durante a Aifu, 75 pessoas foram abordadas. Duas delas foram detidas por posse de cocaína e maconha e quatro menores acabaram apreendidos.
A polícia acrescentou que duas tabacarias foram interditadas por irregularidade relacionada ao alvará de funcionamento. Os detidos e as pequenas quantidades de maconha e cocaína foram levados à 17ª Subdivisão Policial (SDP) para os procedimentos legais.

"Esse é um tipo uma ação bastante efetiva, que traz resultados positivos para toda população de Apucarana", afirmou comandante do 10º BPM, José Francisco Cardoso.
Fonte: TN Online